- anteontem
ODONTOLOGIA GERAL - Todas as Aulas Organizadas de forma Didática na Playlists.
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AprendizadoTranscrição
00:00Então, como que a gente vai intervir, né?
00:12A gente tem três estratégias, e isso tem sido muito cobrado nos últimos tempos, de
00:18analgesia, que são analgesia preventiva, pré-emptiva e perioperatória.
00:27Tem isso aí, né, gente?
00:30Bom, tá, que eu vejo vocês pulando, eu fico desesperada de um tempo.
00:38Então, você tem essas três modalidades, qual a diferença entre elas, né?
00:41O que pega, geralmente, é preventiva com pré-emptiva.
00:44Pré-emptiva, você intervém antes, certo?
00:49Então, você tem um paciente, por exemplo, vai fazer um terceiro molar, como a amiga
00:57falou, ela prevê que vai ter uma edema.
01:01Então, ela, antes da cirurgia, ela vai dar um fármaco.
01:04Isso é o que se chama de pré-emptiva.
01:07Certo?
01:09E quem é que a gente dá, geralmente?
01:13Hã?
01:13Dexametasona, né, que é um corticoide.
01:17Então, daí a gente pode aferir que os corticoides são excelentes fármacos para uma analgesia
01:23pré-emptiva.
01:25Certo?
01:26Então, você dá antes de você manipular.
01:30E aí você tem a analgesia preventiva.
01:32Pré-emptiva.
01:34O que é analgesia preventiva, né?
01:36E isso confunde, porque a preventiva as pessoas acham que é antes de manipular, mas não.
01:40É antes do paciente sentir a dor.
01:44Ou seja, você fez um procedimento que você demorou mais do que queria, né?
01:54E você acha que o paciente necessita de uma analgesia.
01:57Isso, geralmente, é feito sempre, né?
01:58Ou deveria ser feito.
02:01Não deixar o paciente sentir dor.
02:03Tá na cadeira, fez um procedimento, você já tem lá o fármaco e já dá pra ir.
02:07Certo?
02:08Pra que ele não sinta dor.
02:09Por quê?
02:10Ele tá anestesiado, então ele não tá sentindo nada.
02:12Mas ele vai pegar o metrô, o BRT, né?
02:15O Uber, vai chegar em casa e vai começar a sentir.
02:18Aí vai ligar pra farmácia, o entregador não tá lá, enfim.
02:21Todo aquele problema, né?
02:23Então, uma coisa.
02:25Sempre que a dor já está instalada, ela é mais difícil de combater.
02:31Né?
02:31É uma coisa meio óbvia.
02:32Então, assim, é sempre bom não deixar a dor se instalar.
02:37E como você faz isso?
02:39Por exemplo, né?
02:40A amiga faz lá uma isodontia de um incisivo central, né?
02:45A gente adora.
02:46Coisa bem maravilhosa, que só roda e tira.
02:49Então, ele não vai sentir quase nada.
02:50Mas aí você fala, ah, mas eu quero dar alguma coisa, porque vai que ele sente alguma coisa aí.
02:56Aí você intervém ali.
02:57Acaba, sutura e dá o fármaco.
03:01Isso é preventivo.
03:02Ou seja, ele foi manipulado, mas ele não tá sentindo a dor.
03:06Certo?
03:07Quem são os melhores fármacos pra isso?
03:10Os AINs.
03:11E por que que eles são os melhores?
03:14Como é que o AIN age?
03:17Que a gente já falou hoje.
03:19Eu ia responder, mas eu não vou responder.
03:21Como é que o AIN age?
03:22Ele inibe quem?
03:24As cox, né?
03:26E a cox age em quem?
03:28Quem que ela quebra?
03:29A gente viu lá no início, né?
03:31Tinha no esquema.
03:32O ácido aracidônico.
03:33Como é que o ácido aracidônico fica disponível?
03:36Você tem que ter o quê?
03:38Uma inflamação, uma quebra na membrana.
03:42Então, se você der um AIN pra uma pessoa que não teve uma quebra de membrana,
03:48não teve substrato pra cóccius e a cóccius não produziu prostaglandina, ele vai funcionar?
03:54O AIN, ele precisa que haja um dano.
03:56Certo?
03:57Por quê?
03:58Porque pra que ele funcione, tem que ter prostaglandina pra ele inibir,
04:02tem que ter esse cox genase funcionante, a ponto de causar uma dor inflamatória.
04:07Então, já teve um estímulo.
04:09Quando você manipula o paciente, faz um retalho, abre, ou mesmo mexe lá com força,
04:15inclusive, enfim, pega um pouquinho da gengiva, ups, escapou e tal, né?
04:18Deu aquela mordidinha de lado.
04:21Aquilo ali já gerou uma inflamação, enfim.
04:24Então, o AIN, ele já tem substrato pra estar agindo.
04:28Você já pode intervir nesse momento.
04:30Certo?
04:31Por isso que é uma estratégia mais racional.
04:35Intervir depois que você mexe.
04:38Certo?
04:38E perioperatória é tudo aquilo que passa durante o operatório, né?
04:45O momento operatório.
04:47Obviamente, quando você dá uma analgesia preemptiva,
04:50você pode esperar que haja alguma cobertura perioperatória, né?
04:54Por vezes, a gente faz uma anestesia durante o procedimento, né?
05:00E aquilo causa uma sensação de analgesia perioperatória.
05:06Tem o que eu falei da questão da medicação de resgate.
05:09Que o paciente tá lá durante o procedimento, ele sente dor.
05:13Você tenta anestesiar.
05:15Mas ele tá muito nervoso porque ele está sentindo a dor.
05:18Então, você pode, por exemplo, colocar um cetorolaco, né?
05:21Que eu dei o cio embaixo da língua.
05:24Causando uma analgesia perioperatória.
05:27Pra que você deixe o paciente mais tranquilo e possa anestesiar.
05:32Ele não vai fazer uma anestesia.
05:35Mas ele causa um conforto por conta da analgesia.
05:39Certo?
05:40Que é um fármaco muito utilizado.
05:42Então, isso pode ser feito.
05:44Alguma dúvida em relação aos três regimes?
05:49Então, né?
05:50Matei todas as animações.
05:53O Deus do quê?
05:56Não.
05:56Eu dei um exemplo do que se chama medicação de resgate.
06:02O que é medicação de resgate?
06:03É quando a pessoa já tá com uma dor.
06:06E você dá um fármaco pra intervir com uma dor já instalada.
06:10O Deus do funciona nisso por quê?
06:12Porque o paciente tá com dor.
06:15Coloca o fármaco embaixo da língua.
06:17E imediatamente ele tem uma analgesia.
06:20Certo?
06:20Você pode fazer isso, por exemplo, durante um procedimento.
06:23Porque você não tem como parar com o paciente lá com a boca aberta.
06:27Retalho, por exemplo, aberto.
06:29Parar pra ele tomar um comprimido.
06:30Beber com água e esperar.
06:32Você não vai injetar.
06:33Então, assim.
06:34É uma estratégia.
06:35Por exemplo, uma analgesia perioperatória.
06:38Entendeu?
06:38É só um exemplo.
06:41Qual é o exemplo desse medicação perioperatória na situação?
06:47É um exemplo.
06:49Ou você pode considerar, por exemplo, o próprio anestésico local.
06:56Que causa uma sensação de anestesia que leva à ausência de dor.
07:01Entendeu?
07:01Mas o perioperatório, ele acaba sendo uma interseção do preventivo ou do preemptivo, né?
07:10Geralmente do preventivo.
07:12Porque ele vem, aliás, do preemptivo.
07:15Porque ele vem de antes e pode durar durante o processo da perioperatória.
07:20Tá?
07:22Frequentemente não é utilizado de forma isolada.
07:25Mas são exemplos.
07:26Tá?
07:27Apesar do anestésico local, assim como o deucil, o anestésico local não é um analgésico, certo?
07:36Então, um exemplo de analgesia perioperatória com o deucil, que eu falei, né?
07:40O cetorolaco.
07:41Mas ele é um haine.
07:43Ele causa uma analgesia porque há uma inflamação.
07:47Não.
07:48Ele é um haine.
07:49O nome dele é cetorolaco.
07:51Tá?
07:51E aí, né, tem o que a gente chama, né, de manejo sequencial da dor.
08:01Que foi o que eu falei com vocês, a questão de você dar um tiro de canhão numa mosca.
08:06Tá?
08:07Você não chega...
08:08Isso acontece às vezes.
08:09Por quê?
08:10Porque tem paciente também que muitas vezes passa uma sensação profissional de que tá sentindo uma dor
08:15exacerbada, muito grande.
08:18Então, o profissional fica...
08:19Será que eu percebo um Tilex, por exemplo, né?
08:22Não passa uma concordeína.
08:24Em tese, a primeira abordagem é não fazer isso.
08:28Tá?
08:30Primeiro, você entrar com analgésicos não opioides.
08:34Tá?
08:35No manejo de dor não inflamatória.
08:38Por exemplo.
08:39Então, assim, você, por exemplo, você pode associar...
08:42Você pode usar uma dipirona, um paracetamol, né?
08:50Pra uma dor que não haja uma repercussão inflamatória muito grande, você pode entrar só com a dipirona, só com o paracetamol.
08:56Isso minimiza efeitos adversos.
09:00O paciente não responde.
09:01Qual o próximo passo?
09:02Associar, né?
09:05Uma dor de uma duração média, o paciente relata que tá refratário a dor, não responde.
09:11Se você aplicou na dose certa, numa posologia adequada, durante um tempo adequado,
09:18e não respondeu, você pode partir pra uma associação, certo?
09:24Que aí seria, por exemplo, paracetamol e codeína, né?
09:29Que é o chamado Tilex.
09:31Em caso de não responsividade, você pode passar pros analgésicos opioides, né?
09:37E com esse problema que eu falei da minha sogra, foi exatamente isso.
09:41Começou tomando Dorflex.
09:43Não respondia, não respondia.
09:44Passou pro Tilex.
09:45Não respondia, não respondia.
09:46Passou pra codeína pura.
09:48Certo?
09:49Com uma dosagem maior.
09:51Então, tramal.
09:53Certo?
09:54Então, e em alguns casos de dores mais proeminentes, né?
10:01Aí passar pra fármacos fentanil, entendeu?
10:05Fármacos mais potentes.
10:07Que em odontologia não é muito a nossa realidade.
10:09É mais assim, bucomaxilo, né?
10:12Pode ser uma realidade pra eles.
10:14Não sei se alguém aqui é.
10:16Mas pra gente, assim, em clínico odontológico não é muito realidade, tá?
10:20A gente acaba parando no meio.
10:21Então, a gente tem alguns princípios gerais pro tratamento de dor.
10:28Primeiro, identificar a origem e intensidade.
10:31Quando a gente identifica de onde vem a dor, a gente pode intervir pra remoção de causa,
10:35por exemplo.
10:36Tá?
10:37Intensidade que vai interferir na duração do tratamento, da posologia, enfim.
10:41Se possível, né?
10:43Tratar a dor, eliminando a causa, como eu já falei.
10:46Se o tratamento for sintomático, usar analgésicos menos potentes e com efeitos adversos.
10:52O que acontece?
10:53Muitas vezes, esses fármacos são usados de forma que eles não tiram a causa do problema.
11:02Por exemplo, um artrite reumatoide, que é uma doença autoimune e você administra um haine,
11:12ele não está curando a pessoa.
11:15Ele está curando um sintoma.
11:18Mas ele não age na causa.
11:20Então, são fármacos que não agem na causa e agem na sintomatologia.
11:28Certo?
11:29Tem que haver uma resolução da causa para que eles, por exemplo, resolvam o problema.
11:35Por isso que, assim, a haine, quem resolve, na verdade, o problema é o nosso corpo.
11:40Os processos de reparo e cicatrização do nosso corpo acabam levando à resolução
11:45e o haine vai controlando o processo até que a gente resolva.
11:49Certo?
11:50Então, eles não agem na causa.
11:53Eles agem no processo.
11:58Não postergar o uso de analgésicos potentes em quase dores intensas.
12:03Então, aquela escala, que é a escala proposta da OMS, né, de vagar,
12:09obviamente, você tem um paciente que está com uma dor excruciante
12:13e você sabe que uma dipirona não vai resolver.
12:17Então, você pode pular.
12:18Obviamente, você não vai deixar o paciente sofrendo.
12:20Usar esquemas de administração apropriados.
12:25Reconhecer doses equianalgésicas.
12:27O que são doses equianalgésicas?
12:29Por exemplo, você saber que 750mg de paracetamol causa um alívio semelhante a 500mg de dipirona.
12:37Então, você pode passar 750mg de paracetamol ou 500mg de dipirona, se o paciente preferir.
12:45Em geral, né, a minha conduta, no sério de vocês, é perguntar qual o analgésico que a pessoa é acostumada.
12:50De 750 a 500, aproximadamente.
13:00Eu sempre passo de um gramo.
13:01Se eu acho que é uma coisa assim, então eu passo de um gramo.
13:04Mas, você pode prescrever de 500 também.
13:07Se for uma dor mais localizada, enfim, uma biópsiazinha, uma coisinha mínima, você passa de 500.
13:14Então, você reconhecer doses que sejam próximas.
13:18Então, você pode trocar um por outro.
13:20Ter um leque de opções para o paciente.
13:22Na vigência de fara terapêutica, usar doses máximas.
13:28Então, obviamente, a gente viu isso na aula passada.
13:32A questão da idiosincrasia.
13:35Tem pessoas que têm uma responsividade melhor ou pior em alguns fármacos.
13:38Tem gente que fala, por isso que eu pergunto o que a pessoa toma.
13:41Porque tem gente que fala, eu, não, parece que tá mal pra mim, é bala, eu tomo e não passo.
13:46Tem gente que é assim com dipirona.
13:48Então, assim, às vezes a pessoa não responde.
13:52Mas, às vezes ela não responde por quê.
13:54Você faz uma investigação.
13:56Quando que ela toma?
13:57São quadros em que a dipirona realmente age?
14:01Que ela realmente responderia?
14:02Ou era uma inflamação e você precisava de um AIM também pra controlar o sintoma?
14:07Então, assim, é sempre bom fazer esse questionamento.
14:10E caso não esteja respondendo na sua posologia, por exemplo, dipirona de 500,
14:13você primeiro aumenta pra dipirona de 1, antes de trocar pra um outro fármaco.
14:19Certo?
14:20Existe uma coisa também que é feita.
14:22Isso é off.
14:24Certo?
14:25É off concurso.
14:27Que é você usar dois analgésicos.
14:31Certo?
14:32Por exemplo, você passa a dipirona, o paciente tá muito ansioso, não respondeu.
14:37Uma hora depois você dá um paracetamol.
14:40E aí você observa os intervalos.
14:42Certo?
14:43Não é muito recomendável, principalmente com paracetamol, por conta do dano hepático.
14:48Mas, né, funciona em alguns pacientes, principalmente, que estão muito ansiosos e com dor já instalada.
14:53Porque aí no início, ele toma e fala, não passou.
14:58Aí você, então, toma um antipirona de 500, uma hora depois, e vamos ver.
15:02Então isso pode ser feito.
15:04Tá?
15:04Mas nunca o mesmo fármaco.
15:06Principalmente não o paracetamol.
15:08Porque a dose tóxica dele baixou.
15:11Tá?
15:11Então, seguir a sequência que eu já falei pra vocês.
15:16Não empregar algésicos, se necessário.
15:21Isso a gente vai ver em prescrição também.
15:23Prescrição, documento.
15:24Então, assim, a gente tem que fechar.
15:26Todo documento, quando vocês fazem um cheque, esse cheque é uma coisa velha.
15:30Mas você escreve um cheque, você faz o quê?
15:33Quando você bota o valor no cheque.
15:36Você cruza, você coloca um jogo da velha antes e um depois.
15:41Você não deixa que haja margem pra uma pessoa botar mais um zero, né?
15:45E o cheque voltar, claramente.
15:47Porque não vai ter limite.
15:48Então, assim, a gente sempre tem esse cuidado.
15:53Na prescrição é a mesma coisa.
15:56Se você...
15:57É o que eu falo pros alunos, né?
15:59Que faculdade a gente tem que ser...
16:01A pessoa é mais ingênua.
16:03Então, a pessoa faz e prescreve e fala assim.
16:06Você toma, se necessário.
16:09E isso é uma coisa que a gente recebe muita prescrição.
16:11Então, assim, a gente vai no médico e ele prescreve pra gente, assim.
16:14Em caso de dor, né?
16:16Então, é uma coisa de ser excomum.
16:18Então, é normal ser feita.
16:20Aí, você...
16:21Você estudou farmacologia.
16:24Então, você sabe que você não vai tomar o paracetamol de um em um minuto.
16:29Sempre que você quiser, né?
16:32Discriminadamente.
16:32Mas, se você coloca em caso de dor, pra pessoa,
16:36não diz por quantos dias e fecha os dias.
16:39A pessoa vai tomar que nem ela falou.
16:41Que o paciente tomou durante vários dias.
16:44Ela tomou três, né?
16:46Se o paciente já tem essa propensão a se auto-medicar.
16:49Aí, você fala assim.
16:50Em caso de dor, de pirona, oito em oito.
16:55E você não coloca.
16:56Né? Três dias.
16:57Se deixa aberto.
16:58Então, o paciente vai tomar de pirona aí.
17:01Até quando ele achar que tem que tomar.
17:04Certo?
17:04E ela, todo mundo tem bom senso.
17:06Então, e aí, em caso de processo, esse tipo de coisa.
17:09O paciente sempre fica com a restrição e vai estar lá.
17:13Né?
17:13Que você não foi claro.
17:15Né?
17:16Você não foi claro em relação ao que ele deveria fazer.
17:20Então, é igual a coisa da clarexidina.
17:23Que eu falo pros alunos colocaram.
17:24Não embolir.
17:25Parece uma coisa.
17:26Mas, o paciente não sabe que não é pra embolir, né?
17:29Então, ele também não sabe se em caso de dor.
17:32Ele, por exemplo, pode não respeitar as oito horas.
17:35Porque ele vai tomar sempre que houver dor.
17:37Entendeu?
17:37Fica ambívio.
17:38Então, não fazer isso.
17:42Monitorizar efeitos adversos.
17:44E isso aí é contato com o paciente.
17:47Hoje, com o WhatsApp, a gente nem precisa ter se preocupado, né?
17:49Ele sempre vai entrar em contato.
17:50Não temos esse problema.
17:51Não usar placebo para diagnóstico de dor psicogênica.
17:56O que é placebo?
17:57É você dar um fármaco que não tem ação nenhuma.
17:59Uma pílula de farinha pro paciente.
18:02Isso é uma abordagem bem doutor house, né?
18:05Você dá um negócio pro paciente porque você acha que ele tá fingindo que é psicológico.
18:10Que vai melhorar.
18:11Pode funcionar, mas não é uma abordagem que se chama de humanizada.
18:15Certo?
18:15Então, nós não podemos fazer isso.
18:19E aí, como eu falei pra vocês.
18:21Você pode agir na analgesia dos sintomas ou da causa.
18:26Então, ela pode ser específica, né?
18:29Agir na doença de base ou sintomática.
18:32Em relação aos libidores da COX, né?
18:35Vulgo, AIME.
18:38A gente já comentou aqui, sabiamente recitado por uma de nossas amiguinhas,
18:44que o AS foi o primeiro, né?
18:47E até hoje ele é utilizado.
18:50Ele é considerado um AIME padrão por conta de sua segurança.
18:53Segurança.
19:04Apesar de ser o AIME padrão, ele não é o AIME mais utilizado hoje, né?
19:09No intuito de inflamação.
19:11Por quê?
19:11As doses pra inflamação chegam a 5 gramas por tomada.
19:18Então, ele é o que se chama de fraco, né?
19:21Você tem que tomar muito AS e daí o fato de ele ter muito efeito adverso.
19:27Porque na dose que você toma, é muito alta.
19:29Então, pra você inibir a inflamação, você vai ter muito efeito adverso.
19:34Qual é a principal atividade do AS hoje?
19:39Antiagregante plaquetário.
19:41Numa dose que geralmente é de 40 miligramas.
19:44Bem menor.
19:46Né?
19:46E aí o paciente, ele não tem os efeitos adversos gástricos.
19:50Que seriam esperados porque é uma dose bem baixa.
19:54Tá?
19:54É, obviamente, mais uma vez eu falo obviamente, eu tô com esse cacoete de falar obviamente.
20:03E às vezes não é óbvio.
20:04Mas eu espero que seja óbvio.
20:05É, os AIMEs, eles variam, né?
20:09A sua potência com a meia-vida e a dose.
20:14Porém, como eu falei pra vocês, dentro do grupo dos AIMEs, não há um AIME que se diga
20:19Nossa, que AIME potente.
20:23Né?
20:23Assim, infinitamente melhor do que outro.
20:26Dentro de um grupo coeso.
20:28Por exemplo, um grupo coeso que eu posso citar pra vocês.
20:31Nimesulida.
20:33Setorolaco.
20:36Fala o nome de um AIME.
20:39Branco.
20:39Não, é justamente o que eu não quero.
20:42Queboprofeno não é tão potente.
20:44Tá?
20:45Diclofenaco.
20:46Tá?
20:47Aí você tem outros que são tiro, né?
20:50Que tiro foi esse?
20:51Tipo, naproxeno.
20:52Quem prescreve naproxeno?
20:55Né?
20:55Que é um fármaco que o médico prescreve.
20:56Você vê que médico, ele tem uma coisa que ele não consegue fazer sempre a mesma coisa.
21:02Né?
21:02Você já reparou?
21:03Tipo assim, fora os conflitos de indústria farmacêutica, né?
21:07Ninguém aqui vai pra Disney com a indústria farmacêutica pagando.
21:10Infelizmente eu queria, mas ninguém chama.
21:13A Colgate não me chama, mas estamos aí, Colgate.
21:18Mas, mesmo assim, tirando os conflitos de interesse de indústria farmacêutica, o médico gosta de variar muito.
21:24Se você for num mesmo médico durante um ano, ele vai te prescrever naproxeno, meloxicam, nimesulida.
21:33Nunca vai ser a mesma coisa.
21:35Você sempre vai ter que comprar, né?
21:36Sempre vai ter que comprar uma caixa nova e é super cara.
21:39Lá em casa tem todos, porque meu marido compra, né?
21:41Eu sou meio, até isso é ruim, meio radical de não querer me ir pro hospital, querer me autocurar.
21:47Enfim, espero que eu não morra disso.
21:49Mas, geralmente prescrevem novos.
21:53Dentro de um mesmo grupo coeso, pra uma ação anti-inflamatória curta, eles não tem muita diferença.
22:03Certo?
22:03Só que tem ailes que são extremamente potentes no sentido de efeitos adversos.
22:08Por exemplo, você usar um deucil pra analgesia de uma forma constante, deucil extremamente potente,
22:18em relação a efeitos adversos, tá?
22:21Naproxeno.
22:23Naproxeno é potente em relação a efeitos adversos.
22:26Você tem ailes mais clean.
22:28O profeno é um ailes super clean, né?
22:31Clean até demais.
22:33Mas você tem diclofenac, que é um pouco mais clean.
22:36Nimesulida é potente, mas é um pouco mais clean, certo?
22:40Então, assim, em clínica notológica, a gente pode prescrever de tudo.
22:43Você pode prescrever naproxeno.
22:45Mas em pacientes mais suscetíveis, você pode se resguardar de ailes que tenham mais efeitos adversos.
22:51E também que são mais caros, né?
22:53Porque muitas vezes eles são vendidos como mais potentes.
22:58E, na verdade, eles têm efeitos adversos bem potentes.
23:01O que é confortável em algum desses ailes?
23:06A administração de uma dose diária.
23:09Então, você não tem que tomar de 8 ou 8 horas.
23:10É confortável para o paciente, que ele adere melhor.
23:14Já até vende, inclusive, meu marido, mais uma vez, exemplo.
23:18Estava tomando naproxeno protegido.
23:22Eles já vendem, na indústria farmacêutica, um fármaco que, dentro do fármaco, da cápsula,
23:26tem associação de um omeprazol, não era um omeprazol, acho que era pantoprazol,
23:31com naproxeno.
23:32Para você ver como o negócio é um tiro.
23:35Certo?
23:35Então, já vem protegido.
23:37Então, assim, existem essa...
23:40Isso é bom vocês saberem, para a prescrição também.
23:43Que já existem fármacos que já vêm protegidos.
23:45Para um paciente que vocês tenham também um receio, você já prescreve o mesmo fármaco.
23:49Só que é mais caro do que você comprar um omeprazol e um animesulida separado.
23:55Certo?
23:56Então, obviamente, o que se fala de animes mais potentes,
24:01seriam animes, por exemplo, que você administra uma vez ao dia.
24:06Potência no sentido de que ele tem uma meia-vida grande.
24:10Numa dose menor.
24:12Você vê que o ibuprofeno a gente prescreve de quanto?
24:15Para a inflamação.
24:17600.
24:18E animesulida?
24:21100.
24:21Então, você vê aí uma janela de potência, né?
24:27Em relação à dose.
24:29Mas os efeitos adversos e esperados são bem parecidos.
24:31E, como eu falei pra vocês, a questão da seletividade de cox, cox 1 e cox 2, não torna um mais potente do que o outro.
24:41E, sim, mais seguro.
24:42Certo?
24:44Todos os que saíram do mercado eram animes extremamente mais seletivos.
24:49Que são, que eram o rofecoxib, que se eu não me engano, eram 4 mil vezes mais seletivo.
24:59O parecoxib, que se eu não me engano, eram 100 vezes mais seletivo.
25:04Então, eles eram muito mais seletivos.
25:06O celebra, ele é, o celecoxib, ele é 20 vezes mais seletivo.
25:115 a 20 vezes, se eu não me engano, tá?
25:13Então, assim, ele é mais seletivo, mas também não é extremamente, tá?
25:20Então, a gente tem aqui esse quadro que é do Andrade, que vocês têm aí na postura de vocês,
25:26que categoriza o que a gente fala hoje.
25:30Por isso que eu falei que esse conceito vem caindo.
25:35Porque a gente fala de não seletivos e seletivos,
25:39mas isso aqui não reflete muito a realidade.
25:43Porque eu, pra concurso sim, pra vida não.
25:48Porque o que a gente tem hoje é Aine mais seletivo, certo?
25:54Ninguém é totalmente seletivo.
25:57Mas, por exemplo, a Nimesulida, ela é mais seletiva cox-2.
26:05Ela é um coxib?
26:06Considerado coxib?
26:08Não.
26:09Mas ela é ligeiramente mais seletiva cox-2.
26:12É por isso que a Nimesulida é mais potente?
26:17Não.
26:18É porque a estrutura molecular dela, ela é um fármaco mais potente e uma dose menor.
26:23Certo?
26:24Você precisa de menos Nimesulida pra gerar um efeito.
26:28Mas não é por inibição de cox, tá?
26:30Ela é um pouco...
26:33Mas o que acontece?
26:34Ela é mais segura do que um cetoprofeno, do que um cetorolaco, que é o Deucil.
26:42Por quê?
26:43Porque o cetorolaco, ele é mais não seletivo.
26:48Ele inibe muito mais cox-1, que é a que causa o efeito gastrointestinal, do que a Nimesulida.
26:57Certo?
26:58Não é que o cetorolaco...
27:00Todo mundo aqui, quando você já ouviu falar, e paciente adora Deucil, apesar de, em 4 horas, ele ligar pra você falando que está doendo de novo.
27:06Porque o efeito não é persistente.
27:08O que leva a pessoa a ficar toda hora colocando aquela desgraça em baixo da língua.
27:13Né?
27:13Então, assim...
27:15Ele é potente...
27:16Considerado potente por quê?
27:17Porque ele tira dor na hora.
27:19Você coloca em baixo da língua e você tem uma sensação maravilhosa.
27:22Porque ele é rapidamente absorvido e ele tem uma potência boa.
27:27Mas, ele é menos seguro do que a Nimesulida.
27:32Que é um fármaco potente.
27:34Bom.
27:35Mas que não causa tantos efeitos gastrointestinais quanto o cetorolaco.
27:40Quanto o diclofenaco, por exemplo.
27:42Você vê que a dose de diclofenaco é baixinha, né?
27:45Fala.
27:46Então, no caso, o deusivo, ele é mais rápido por causa da via, né?
27:53Por causa da via.
27:55Exatamente.
27:56Pode que a pessoa está tomando um problema, gente, mas eu não pode.
28:00Aí ele não.
28:02Então, que eu desistiria de praça que você já não.
28:05Aí você vai visitar o deusivo, mas recomendo não.
28:09Associação de Aines é meio tenso.
28:12Recomendo não.
28:13Tá?
28:13Eu recomendaria um analgésico no opióide, de piromaparacetamol.
28:18Mas não, não.
28:21Com o deusivo, cetoprofeno, ele é muito bom.
28:28Cetorolaco.
28:29Ele é muito bom pra trazer o paciente.
28:33Tirar ele do quadro de dor.
28:35Rapidamente.
28:36Mas ele não é muito...
28:38Ele...
28:39Do mesmo jeito que ele vai...
28:40É igual os amores de carnaval, né?
28:42Vem rápido e vai rápido.
28:44Então, assim...
28:45Ele agir rápido, mas ele também precisa toda hora.
28:48O paciente...
28:48Frequentemente, você bota um intervalo de seis em seis horas.
28:51Ou de quatro em quatro horas.
28:53Antes das quatro horas, o paciente já está com dor.
28:55Querendo tomar o próximo.
28:56Entendeu?
28:57Porque ele não dura tanto.
29:00Quanto o animesulida, que você faz uma administração de doze em doze.
29:04Né?
29:04Já tem até como fazer diário.
29:06Então, assim...
29:07Dura mais.
29:10Então, se torna mais seguro.
29:11Porque o paciente toma menos dele.
29:13Entendeu?
29:14E aí, está sublinhado ibuprofeno por quê?
29:19Porque mesmo ele sendo não seletivo, ele é considerado um fármaco bastante seguro.
29:24Certo?
29:26Inclusive, ele é o único AINE que se dá em criança.
29:31Porque criança não pode tomar AINE.
29:33Certo?
29:34Em geral.
29:34Não se recomenda.
29:36Por quê?
29:37Porque não tem relatos de segurança.
29:40O ibuprofeno não pode ter em criança.
29:45Pode.
29:46O ibuprofeno pode.
29:47É o único que pode.
29:48É o que tem no posto, né?
29:49Para a felicidade.
29:51Mas, realmente.
29:52Porque...
29:53Muita gente percebe o ibuprofeno.
29:56Quem trabalha em serviço público.
29:57Porque é o que tem.
29:58No posto.
30:00E às vezes até menosprezam.
30:01Porque, ah, é o que tem.
30:03Mas o ibuprofeno é um fármaco bastante seguro.
30:06Ele, certamente, se você fizer um terceiro molar e dar o ibuprofeno, a pessoa vai sentir.
30:11Né?
30:11Assim.
30:11Ele não é um AINE extremamente potente.
30:15Mas ele é um AINE...
30:17Por que eu falei que não foi o melhor exemplo quando você falou?
30:19Porque desses ele é o menos potente.
30:21De fato.
30:22O ibuprofeno, ele não tem uma ação...
30:24Ele é potente igual numa dose muito maior.
30:28Certo?
30:29Esse conceito de potência em AINE quer muito dizer com a dose.
30:32Porque para você ter uma ação de 100mg aqui, você precisa de 600mg ali.
30:35O que aumenta o efeito anti-inflamatório, mas aumenta muito o efeito adverso também.
30:42Então, pede na segurança.
30:44Certo?
30:46Não.
30:47O diclofenac é um bom fármaco.
30:48Mas ele é, geralmente, em dose de 50.
30:51Que é uma dose baixa.
30:52Ele é potente.
30:53É um fármaco potente.
30:55Só tem que ter cuidado com dose de segurança.
30:57Para o paciente não ultrapassar.
30:58Mas é um fármaco potente.
31:01Um fármaco bom.
31:01Todos esses, assim, em geral, em finca odontológica, a preferência é diclofenac, nimesulida, ibuprofeno e diclofenaco.
31:10São os fármacos mais prescritos.
31:12Certo?
31:13Mas é porque eles não compram.
31:16E o Delcil, né?
31:17Que é muito prescrito.
31:18Esse é torolaco.
31:19Ele tem uma ação analgésica.
31:26Ele não possui uma ação anti-inflamatória.
31:28Mas ele ainda se enquadra no grupo dos ARNs, né?
31:30Cuidado para não confundir na questão de classificação de questão, né?
31:34Responder qual a classe ele pertence.
31:36Mas ele tem uma ação mais analgésica nessa dose.
31:39E ação anti-inflamatória?
31:40Não faz diferença.
31:44Antes dizia que se fosse de sódio aumentava a pressão.
31:47Mas ambos aumentam a pressão.
31:49Porque o ARN aumenta a pressão.
31:51Tá?
31:51Então não faz diferença.
31:55Então, quando usar?
31:57Quando você tem um quadro de dor inflamatória.
32:00Então, você vai usar esse sentido.
32:02E quando você vai...
32:04Qual o tipo de regime que você vai fazer?
32:06Daqueles que a gente viu.
32:07Tipo de regime analgésico.
32:11Tipo preventivo, preemptivo e peroperatório.
32:14Usar ele, você vai usar quanto?
32:17Preventivo.
32:17Ou seja, quando você faz, tem uma lesão.
32:20Duração do tratamento.
32:22Como ela falou de forma acertada, né?
32:24Ela usa três dias.
32:27Porque geralmente é o tempo do processo de resolutividade.
32:30Da cicatrização.
32:32Mas isso pode variar.
32:34O Andrade é muito perigoso.
32:35No sentido de você querer levar aquilo pra sua vida.
32:39Por exemplo.
32:40Antibiótico.
32:41Andrade não dá pra ninguém.
32:43Né?
32:43Pra ele dar um antibiótico pra uma pessoa.
32:44A pessoa tem que estar morrendo.
32:46Lá, pedindo.
32:47Pelo amor de Deus, não dá um antibiótico.
32:50E assim.
32:51E é isso que eu tenho cuidado.
32:53Vocês são um público de concurso.
32:55Mas vocês também podem sair daqui falando que a professora falou uma coisa que...
32:59Então, eu sempre tento ponderar isso.
33:01Igual como eu faço na faculdade.
33:02Por vezes você vai entrevistar um clínico no posto.
33:07E o clínico...
33:08Os alunos gostam de fazer essas coisas de entrevista.
33:10O clínico fala umas coisas que você vê a aula e fala.
33:12Caraca, que absurdo.
33:14Só que no posto funciona.
33:16A pessoa tá há 20 anos fazendo aquilo.
33:18Então, ela tem a receita dela de que dá aquilo por tantos dias.
33:22Funciona.
33:23Então, não adianta você, sabe?
33:25Intervir.
33:25É...
33:27Uma coisa...
33:28Há, em senso comum, é cinco dias.
33:31Certo?
33:31Em quase todos os lugares.
33:32Então, não adianta você falar que...
33:35São três.
33:35São dois.
33:36Enquanto houver...
33:37O processo de...
33:39Então, assim...
33:39No intervalo de cinco dias ainda é seguro.
33:42Certo?
33:43No livro do Andrade, ele traz o período de 72 horas.
33:48Três dias.
33:48Que é o tempo de resolutividade.
33:51Porque, como eu falei pra vocês, o AINI, ele age quando há o quê?
33:55O dono.
33:56Conforme o corpo vai cicatrizando e vai resolvendo o processo, o AINI já não faz sentido.
34:02Em cinco dias já não tem quase nada de inflamação.
34:06Então, o AINI já não tem muito no que tá agindo.
34:08Certo?
34:09Então, em geral, três dias.
34:11Por conta da resolutividade.
34:14A questão de ser seletivo ou não, a gente já comentou.
34:17Seletividade não implica necessariamente potência.
34:20Implica o quê?
34:22Segurança.
34:23Efeitos adversos.
34:25Então, você pode usar um AINI clínica odontológica em geral, não seletivo e tá tudo bem.
34:33Menores de 18 anos não se usam coccibes.
34:37Por quê?
34:38Porque não há estudos mostrando segurança de coccibes nessas pessoas.
34:43Caso você resolva usar, como eu falei pra vocês.
34:47Não há estudos que provem que você usando cinco dias um seleticoxib, você vai matar a pessoa.
34:58Ela vai ter uma pressão alta e ela vai ficar muito mal.
35:01Não há.
35:02Porém, como é um fármaco que claramente é um fármaco de maior controle.
35:06Você vê que em um AINI você pode chegar numa farmácia e comprar livremente.
35:11Quantas caixas quiser, do jeito que você quer, protegido ou não.
35:15Sua receita é só um guia.
35:18Ele compra como quer.
35:19O seleticoxib não.
35:20Ele tem que ter uma receita, né, de duas vias.
35:24Então, o fármaco mais protegido.
35:26Então, você tem que resguardar para situações que realmente você acha que caibam.
35:30Então, que em odontologia meio que não existem.
35:33Mas, assim, vai que.
35:35Você resolve, ok.
35:36Você pode usar.
35:37Mas, o que se aconselha, até do ponto de vista legal, é você usar menor dose por menor tempo.
35:44Tá?
35:44Quando você aplicar.
35:46AINI é problemático em idoso, né.
35:53Por quê?
35:54Vários motivos.
35:55Como a gente falou, a COX, que é constitutiva, né.
36:01Idoso é polimedicado, a INI interage.
36:05Enfim.
36:06São os dois principais motivos.
36:08Então, assim, frequentemente idoso, até por ele ser polimedicado, ele já faz, já tem problemas gástricos, muitas vezes, de outros fármacos.
36:15Então, tem que fazer proteção, questão de elevação pressórica, interação com outros fármacos.
36:23Então, da mesma forma que o Andrade não dá antibiótico para ninguém, ele dá corticoide para todo mundo.
36:31Então, é uma coisa que ele tomou para a vida dele, entendeu?
36:34Então, assim, por que ele fala isso?
36:37Por conta do AINI ser problemático dos seus efeitos adversos.
36:40Então, idoso é bom resguardar.
36:43Tá?
36:43E pessoas com histórico de infarto e com estentes cardíacos, né.
36:50Por quê?
36:51Por conta da inibição de COX, que apesar de ser inflamatória, também é constitutiva.
36:58E podem levar a episódios, né, de tromboembolismo e de aumento de pressão nesse tipo de paciente.
37:05Então, evitar.
37:06Já uma animação de coisas que já falei.
37:13O pico de dor, em geral, leva oito horas, tá?
37:18Então, em oito horas, depois que você intervenha, o paciente tem o pico.
37:21E daí ele só declina.
37:23Daí você usar um analgésico um dia.
37:27Frequentemente você prescreve de oito a oito horas durante vinte e quatro horas.
37:32Às vezes, dois dias, no máximo.
37:34Ninguém prescreve, em geral, pra procedimentos simples durante uma semana.
37:39Porque o pico de dor é rápido.
37:41O pico do edema, ele já é mais lento.
37:45Daí você intervém com o corticoide antes.
37:48Espera se estabelecer a meia-vida do corticoide.
37:52E ele ainda fica aí durante, sei lá, cinco dias, muitas vezes, né.
37:56Três a cinco dias o corticoide.
37:58Por quê?
37:58Porque o pico do edema é em trinta e seis horas.
38:01Mas esse pico, que pode também ser um pouco antes, vinte e quatro, já é dali a ladeira abaixo.
38:07É resolução, tá?
38:09Então, não fica pior do que isso.
38:10Coisas importantes.
38:20A gente vai ver também em interações medicamentosas, mas os aines, eles, como eu falei pra vocês,
38:27são um pouco os filhos feios da farmacologia, pois eles interagem com várias coisas e dão muito problema.
38:33Coisa que a gente acha que é banal, né.
38:35Porque aqui é facílimo de comprar.
38:39Mas uma coisa muito white people que aconteceu na minha família, que a minha cunhada é médica em Londres.
38:46Ela um dia precisou de Nimesulida.
38:50E o marido dela, que é médico também, prescreveu pra ela.
38:53Eles foram chamados no King's College, Royal College, coisa assim, dos médicos, pra prestar esclarecimento.
39:01Porque ele prescreveu um fármaco pra esposa.
39:03Então, você vê que nos outros países tem um controle muito rígido, né, dos fármacos.
39:11Isso realmente, eu fiquei impressionada.
39:13Mas porque eu achei, né, nossa gente, calma, Nimesulida.
39:15Mas, se você parar pra pensar, o efeito que isso aqui faz em um leigo, que tem acesso num balcão, né, de mercado,
39:23isso pode interagir com outros fármacos que ele toma.
39:26O exemplo é o ibuprofeno.
39:28Piroxicano não é tão prescrito por nós, mas o ibuprofeno é amplamente prescrito.
39:33E ele interage com varfarina, né.
39:36Então, assim, ele pode aumentar o tempo de coagulação do paciente, fazer o paciente sangrar.
39:42E isso pouca gente sabe, né.
39:43Pouca gente lê a bula.
39:45Outra coisa é um efeito direto, né, dos AINES na questão das prostaglandinas envolvidas na pressão.
39:55Então, se o paciente toma anti-hipertensivo, ele pode ter um aumento de pressão por conta dos AINES.
40:03Isso é muito, muito, muito comum.
40:05Como eu falei, em casa aconteceu isso.
40:07Então, assim, paciente que tem pressão alta não pode tomar AINES durante muito tempo.
40:12O que é muito tempo?
40:15Mais do que sete dias, tá.
40:17Então, assim, em geral interage.
40:20E se a curto prazo você quiser evitar, melhor.
40:23Pra você e pro paciente, se puder evitar.
40:27Não associar também coxibis a antiagregantes.
40:30Se isso não tiver na pochila, porque são só pequenas considerações.
40:36Vocês fazem uns asteriscozinhos e tal.
40:41Não associar coxibis a antiagregantes.
40:44Por quê?
40:46Potencialização de efeito.
40:48Aumenta o tempo de sangramento.
40:50Você, em geral, AINES, você evita em paciente que toma aspirina.
40:58Forticoide.
40:59Forticoide, em tese, é o que é feito, tá.
41:05Mas mesmo corticoide é porque o que acontece.
41:08Mais uma vez, vida, Andrade.
41:11Pro Andrade, o corticoide não interfere na hemostasia, certo.
41:15Então, no concurso, no concurso, no concurso, você vai dar corticoide, certo.
41:22Na vida, você vai pensar.
41:26Por quê?
41:27Porque o AINES, ele interfere.
41:28Aí eu vou pedir pra cortar, porque quem não está vendo o contexto vai responder errado na prova.
41:35O corticoide pode interferir, sim, com coagulação, tá.
41:38Porque ele também inibe cox, ele também inibe nox.
41:41Só que ele interfere de uma forma menos proeminente do que o AINES.
41:44Por conta de mecanismos compensatórios do corpo, tá.
41:48Porque ele faz inibição completa, então, acaba que ele balanceia melhor no nosso corpo.
41:56O mecanismo de compensação.
41:58Mas ele interfere isso na hemostasia, tá.
42:01Então, assim, não é, pô.
42:02Não pode, AINES, toma aí esse corticoide aí, se entope aí de corticoide.
42:06Por que que ele geralmente é preferível?
42:09E aí entra vários argumentos que o Andrade dá, e esse é um argumento que pode ser válido também.
42:15Ele é mais potente, sim.
42:17Então, você usa menos.
42:18Uma dose menor.
42:19Então, você não precisa bloquear um paciente de corticoide semanas, né.
42:27Em geral, ele responde dois dias, acabou.
42:31Então, aí, nesse sentido, ele interfere menos com a hemostasia.
42:35Porque você não fica num tempo prolongado com o Farma, tá.
42:39Mas, assim, é importante pontuar isso.
42:42Pra que vocês também não fiquem muito, né, confiando muito no Andrade.
42:45Não tomem ele como bíblia.
42:46Pro concurso é, pra vida não tanto.
42:49E a Nimesulida, existem relatos de que ela possivelmente é hepatotóxica.
42:58Assim como o Paracetamol.
43:00Então, se o paciente tem problema hepático, evitar a Nimesulida.
43:03Certo?
43:04Nesse contexto.
43:05Pois ela tem um efeito direto sobre o fígado.
43:08Causando um dano hepático.
43:11O que não está muito estabelecido.
43:14Assim como com o Paracetamol.
43:15O Paracetamol é a maior causa de insuficiência hepática aguda do mundo.
43:20Então, assim, realmente.
43:22Se sabe.
43:24Aí você tem a lista de fármacos, tá.
43:27E vocês vão ter todo o tempo do mundo pra ler e decorar.
43:31Enfim.
43:32Mais uma.
43:33E com seus intervalos.
43:35E...
43:36E empregabilidade, né.
43:39Como a gente já comentou.
43:40Que são os que a gente mais usa.
43:42Que são os que a gente mais usa.
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