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ODONTOLOGIA GERAL - Todas as Aulas Organizadas de forma Didática na Playlists.
Transcrição
00:00Então, vamos aos nossos clássicos do dia, né?
00:15Bom, em geral, as dores em odontologia, como eu falei pra vocês, são inflamatórias, tá?
00:22Então, essas duas classes de fármacos são as que a gente mais acaba prescrevendo.
00:27O que que eu quero? Ah, tá, caneta.
00:30Bom, aqui a gente tem uma cascata que se refere à geração de dor.
00:39Como que a dor inflamatória geralmente é percebida?
00:42Você tem uma injúria, por exemplo, você fez uma exodontia.
00:49Então, você, querendo ou não, rompeu vasos, você mexeu no osso, você causou uma descontinuidade, tá?
01:00O que acontece? Vocês lembram do Sônia Lopes, o livro que a gente usava para ajudar a biologia,
01:07numa era que nem existia nem, ou existia, porém era pouco prestigiado, né?
01:12E a gente, lá no Sônia Lopes, nós aprendemos o conceito de membrana plasmática.
01:16O que é a membrana plasmática? Vocês lembram? É feita de quê?
01:26É normal não lembrar, é uma fórmula de Bhaskara da nossa vida, que está perdida em alguma gaveta, lá no nosso córtex.
01:34Bom, a membrana plasmática, ela é uma camada dupla, lembra? De fosfolipídios.
01:42Nem vou perguntar qual o conceito de membrana plasmática fluida, né?
01:47Porque aí vocês também não vão lembrar.
01:48Mas, enfim, ela é formada de fosfolipídios, ou seja, gordura, certo?
01:53O que acontece? Quando você tem uma quebra, lembrem que toda célula tem membrana.
01:59Afinal, né? Nós não temos parede celular, nós somos vegetais.
02:03Nós somos humanos.
02:04Então, temos membrana plasmática com duplas camadas de fosfolipídio.
02:09Quando você tem uma quebra dessa membrana, o que acontece?
02:13Esses lipídios são expostos, tá?
02:17Eles ficam disponíveis para serem quebrados, como substratos de uma reação enzimática.
02:23Lembra? Chave fechadora.
02:24Não é tão simples assim, mas ajuda a lembrar.
02:27Então, o que acontece?
02:29Os fosfolipídios, eles são parte de uma reação.
02:31E algumas enzimas podem quebrar esses fosfolipídios que estão disponíveis.
02:37São elas.
02:39A fosfolipase A2, tá?
02:41O que ela faz?
02:42Ela quebra os lipídios, fosfolipídios, em ácido aracidônico.
02:46Lembra do ácido aracidônico?
02:48Isso aqui já foi terceiro semestre da faculdade, já dá para lembrar, né?
02:51Ensino médio é um pouco viagem, mas aqui já dá para lembrar.
02:55Então, o ácido aracidônico, ele fica aqui disponível
02:59e é substrato de outras enzimas, que são as ciclooxigenases,
03:04que essas aí com certeza vocês lembram, eu espero.
03:07Oro por isso.
03:09E as lipoxigenases, menos lembradas, porém não menos importantes.
03:13E essas enzimas, elas vão quebrar, no caso das ciclooxigenases.
03:20O ácido aracidônico em prostaglandinas e tromboxanos.
03:24Prostaglandinas, como eu falei para vocês, são as amigas bastante verdadeiras
03:30que cometem sincericídio e magoam os nossos septores.
03:33E, dentre coisas que elas fazem, mas elas fazem outras coisas como, por exemplo,
03:40interferir na agregação plaquetária.
03:43Daí você usar a S como antiagregante.
03:47Então, elas têm diversas funções.
03:49Uma delas é propiciar a dor inflamatória.
03:54Aí você tem os tromboxanos, que participam do processo de formação de trombo, também.
04:02E você tem, gerado pela LOX, que é a lipoxigenase, os leucotrienos,
04:09que geram a resposta da anafilaxia.
04:14Então, é uma resposta diferente.
04:17É a resposta que a gente tem quando a gente come um camarão,
04:20que é uma notícia muito ruim, né, depois de, sei lá, 30 anos de idade,
04:25você um belo dia come um camarão e você tem uma alergia.
04:28Aí você fica muito chateado, porque você já provou, você já gosta de camarão.
04:32Uma coisa é você ter uma alergia sempre àquela coisa, você não gostar da coisa.
04:36Mas você adquirindo uma alergia é uma coisa muito triste, né.
04:40Mas está aí o antihistamínico para isso.
04:42Então, toma um e come o camarão.
04:45E reza.
04:49Por que isso acontece?
04:50Porque, no momento em que o seu corpo é sensibilizado com o antígeno,
04:54mas isso já é aula de imuno, então não vou entrar muito nisso,
04:58o seu corpo produz substâncias, né, como os leucotrienos.
05:04E os leucotrienos, eles acabam estimulando a liberação de histamina pelos mastócitos.
05:10Daí você toma antihistamínicos, tá,
05:13que a histamina faz essa mediação de alergia, mas que não é o foco da nossa aula.
05:18Então, os leucotrienos, eles participam basicamente de processos alérgicos, tá.
05:24Tem um papel muito importante no pulmão.
05:27E, então, esses são os principais mediadores que são gerados uma vez que você tem quebra de membrana.
05:39Aí, obviamente, a indústria farmacológica, farmacêutica, resolveu como intervir nesses processos.
05:47Uma intervenção possível são os AINES, tá.
05:52Os AINES, eles vão fazer o quê?
05:54Eles bloqueiam COX.
05:56COX 1 e COX 2.
05:58Aí, a gente vem para os velhos conceitos.
06:02Como eu, na verdade, eu falei isso ontem.
06:04Esse negócio de ficar na marinha, na regular, não sei o que eu falei para quem.
06:08Estudar para o livro é uma coisa defasada, tá.
06:13Não para concurso, porque o que cai no concurso é o livro.
06:18Mas, assim, fiquem atentos em relação à bibliografia do concurso.
06:23O Leni tem um livro bastante antigo.
06:25Então, ele fatalmente tem milhares de coisas defasadas.
06:28O Andrade já tem coisas defasadas.
06:30Ele é de 2014.
06:31A gente está em 2018, né.
06:32Já tem quatro anos.
06:33Muita literatura foi produzida.
06:35Mas, apesar de isso não ser mais verdade,
06:39e eu tenho que fazer esse parênteses,
06:41para o meu coração de farmacologista ficar em paz, né,
06:44para eu não achar que eu estou ensinando coisa errada,
06:46mas para o concurso, o que eu vou escrever ainda é realidade, tá.
06:50Apesar de não ser mais realidade na vida,
06:52é realidade no concurso.
06:53Então, você tem três COX.
06:56COX 1,
06:58COX 2,
07:00vou escrever até com outra caneta,
07:01COX 2
07:06e COX 3.
07:12COX 3 é questionável, tá.
07:14Essa questão da COX 3
07:15está meio que sendo questionada.
07:19Enfim,
07:20mas para concurso isso aqui existe.
07:23O que acontece?
07:25Você,
07:27qual foi o primeiro wine que foi formulado?
07:29Escolinha do professor Raimundo Total hoje aqui.
07:33Alguém vai ter que,
07:35vai ter que me responder.
07:36Não é possível.
07:37Vou dizer assim,
07:37fulaninho,
07:39little do whatever, né,
07:41que tinham esses nomes assim.
07:43Qual foi o primeiro wine que foi inventado?
07:46Um chute.
07:47Pense nos wines que vocês prescrevem,
07:49falem qual foi o primeiro wine.
07:50Desde que vocês nasceram, em 1980.
07:53Qual?
07:55Aspirina.
07:56Exatamente.
07:57O que que a aspirina faz?
07:59O americano toma a aspirina como se fosse
08:01bala fine, né.
08:03Você vê na TV e isso é real.
08:07O fármaco mais difundido lá é a aspirina.
08:10Por que que eles tomam a aspirina como bala fine?
08:13Porque frequentemente ela não tem muito efeito.
08:16Então você precisa tomar muito para ela fazer efeito.
08:19Tá.
08:20Como analgésico
08:21e como anti-inflamatório.
08:24Tá.
08:24Mas ela foi o primeiro.
08:26O que acontece?
08:27A aspirina
08:29ela é um inibido chamado inibidor não seletivo.
08:34Tá.
08:35É o AS.
08:37Ele é chamado inibidor não seletivo.
08:39Ele inibe cox-1 e cox-2.
08:41Tá.
08:42Qual o principal efeito adverso
08:44dos aines,
08:45relacionado aos aines?
08:47Em clínica.
08:47Frequentemente a gente quando prescreve a aine
08:50para algum tipo de paciente
08:51a gente tem que fazer uma chamada
08:53associação de fármacos, né.
08:55Tem paciente que não tolera a aine durante muito tempo.
08:58Por quê?
08:59O que é que ele sente?
09:01De efeito.
09:02Dor de estômago, né.
09:05Reações gastrointestinais.
09:06Então frequentemente você tem que fazer uma proteção gástrica, né,
09:09nesses pacientes.
09:09com omeprazol, pantoprazol, enfim, a nitidina.
09:15Por que que isso é feito?
09:16Porque nos aines tradicionais, como o AS,
09:20você tem uma inibição completa de ciclooxigenase,
09:23cox-1 e 2.
09:25E aí tem um conceito que também é defasado,
09:28mas aí nos livros já tem sido atualizado,
09:33de que a cox-1,
09:35tá bem flamengo isso,
09:36ela é constitutiva
09:41e a cox-2 é induzida.
09:45Ou seja,
09:46essa aqui é a cox da inflamação.
09:49Vou colocar a morte,
09:51mas a inflamação também é uma coisa boa.
09:53Então essa aqui é a cox da inflamação.
09:56Então, por que que isso foi tido como estabelecido?
10:00Porque a cox-1,
10:02quando você inibe,
10:03você impede a produção de prostaglandinas
10:05do bem, né?
10:08Do bem nesse contexto.
10:09Por que?
10:10Porque elas ajudam a produzir um muco do estômago, tá?
10:14Então elas fazem a proteção gástrica.
10:17Então quando você inibe,
10:18você inibe a produção de prostaciclina,
10:20que é PGI, né?
10:22Prostaglandina e 2.
10:24Acho que isso,
10:29esse tipo de abordagem,
10:31de perguntar a prostaglandina,
10:33esse tipo de coisa mais específica,
10:34é muito caro do Exército.
10:36Até porque eles têm um livro,
10:37tem uma bibliografia,
10:38além do Andrade e do Lenita,
10:40eles também têm o Consolaro,
10:42que é um livro de inflamação.
10:45Então a última prova do Exército foi bem...
10:47caíram muitas questões de inflamação, tá?
10:52Então essa prostaglandina aqui,
10:54prostaciclina,
10:55ela produz um muco.
10:57Então ela protege o estômago.
10:59Se você inibe a cox,
11:00você não tem.
11:02E o que acontece?
11:03Você não tem muco,
11:04e o seu estômago fica mais sensível
11:06ao suco gástrico, né?
11:08Ao ácido clorírico.
11:10Daí o dano.
11:12Certo?
11:12Isso, isso.
11:21Mas,
11:22apesar de ter algum papel
11:26em produção de cox inflamatória,
11:29ela majoritariamente,
11:31ela é mais responsável
11:33por processos como produção
11:35de muco
11:37e agregação plaquetária.
11:40Daí a questão do AS,
11:43que foi um segundo efeito
11:45que se viu,
11:46que os pacientes sangravam muito, né?
11:49Pacientes que tinham suscetibilidade
11:50a sangramento tinham,
11:52sangravam.
11:52Por quê?
11:54Porque
11:54a cox, né,
11:58um,
12:00ela também,
12:00as prostaglandinas,
12:02as prostaciclinas também
12:03têm um papel
12:04na questão da agregação plaquetária.
12:07Tá?
12:08Então,
12:10ficou esse problema
12:13de que quando você
12:14bloqueava as duas,
12:17apesar de você conseguir
12:18um alívio na inflamação,
12:20você causava
12:21descrasias sanguíneas,
12:22ou seja,
12:23o paciente sangrava
12:24e causava problemas
12:26gástricos.
12:28Tá?
12:29Então,
12:30qual seria a solução?
12:31Quem aponta uma solução?
12:32Isso já é velho.
12:37Algum professor de farmáquico
12:37perguntou isso pra vocês
12:38e já responderam isso
12:39na faculdade.
12:42Quais foram os novos fármacos
12:44que foram inventados?
12:46Seletivos, né?
12:48Seletivos pra quem?
12:50Cox 2.
12:52Então,
12:53qual seria a estratégia?
12:54Você cortaria
12:55a cox 1,
12:56então o paciente
12:58ele teria
12:59uma proteção
13:00gástrica
13:02normal, né?
13:03E aí você
13:04potencializaria.
13:06E aí você tem
13:07os coxibis,
13:09né?
13:10Que são
13:11rofecoxib,
13:13parecoxib,
13:15valdecoxib,
13:17selecoxib,
13:18que é o único
13:18que ainda é
13:19vendido,
13:20que é o celebra.
13:21coxibis.
13:28Então você tinha
13:28o arcoxib,
13:29o vióxib,
13:30vários.
13:32Por que que você achou?
13:33E aí,
13:34existem várias etapas
13:35pra você aprovar um fármaco,
13:36né?
13:36Desde o estudo com os ratinhos,
13:38que é o que eu
13:39fiz o mestrado,
13:40faço o doutorado,
13:41até chegar nos humanos.
13:43E aí dos humanos
13:43milhares de etapas.
13:45Mas os coxibis,
13:46eles pularam
13:47algumas etapas.
13:48Por quê?
13:50Dinheiro,
13:51porque isso aqui
13:52gera muito dinheiro,
13:54né?
13:55Porque os
13:56anti-inflamatórios
13:57são os fármacos
13:58mais prescritos
13:59de uma forma geral.
14:00Agora,
14:01quem vocês acham,
14:03por exemplo,
14:04experiência do consultório
14:05de vocês.
14:07Você tem um paciente,
14:08você faz uma exodontia,
14:10né?
14:10Vamos colocar
14:10terceiro molar.
14:12Porque por vezes
14:12a exodontia é simples,
14:13a gente nem precisa
14:13passar a AIM,
14:14né?
14:15Só a analgésia.
14:16Então,
14:17vai fazer um terceiro molar.
14:19Por quanto tempo
14:19vocês prescrevem AIM?
14:21Em geral?
14:22Três.
14:23Três dias, né?
14:26Algumas pessoas
14:26passam cinco dias?
14:28Tá.
14:30Então,
14:30por três dias,
14:32algum paciente seu,
14:33você pergunta
14:35se o paciente
14:35tem problema gástrico
14:37quando você prescreve?
14:38Pergunta.
14:39Geralmente ele fala
14:40que não, né?
14:43Já prescreveu
14:44pra quem tinha
14:45problema gástrico?
14:47Protegeu?
14:47Não,
14:48porque ele não me disse.
14:49Diz que era não,
14:50não sei o que,
14:51ele não sabe o que.
14:52Não,
14:52tudo bem,
14:53três dias, né?
14:53Você também podia,
14:55ah,
14:55não vou proteger,
14:56porque são três.
14:56Mas o paciente
14:56ele toma além
14:57do que você manda,
14:58porque acha que,
14:59ah não,
15:00pra evitar a dor,
15:01enfim.
15:01É,
15:02porque no Brasil
15:02não se vende
15:03o comprimido,
15:04né?
15:04Você dá uma caixa
15:05e ele só vai tomar
15:05dois daquele
15:06e vai ficar em casa
15:06pra cedo.
15:07Meu sogro tomava
15:08azitromicina
15:09pra dor de cabeça,
15:10então,
15:10nem me fala.
15:12Isso é rearrão.
15:13É.
15:13Mas ele se divorciou
15:15da minha sogra,
15:15então não é mais
15:16problema o meu.
15:19Tá,
15:19então,
15:20três dias, né?
15:22Mas você já
15:22recebeu alguma
15:23reclamação de paciente
15:24que ele sentiu
15:24muita dor de estômago
15:26tomando três dias?
15:29Né?
15:29Vamos ignorar
15:30a pessoa que tomou mais
15:31porque a pessoa
15:32tomou mais.
15:33Mas em odontologia,
15:35três a cinco dias,
15:35você já receberam
15:36reclamação que a pessoa
15:37tava com muita dor de estômago,
15:38atacou o estômago
15:39por causa de mais?
15:41Não, né?
15:41Em geral,
15:42a curto prazo
15:43não é o suficiente
15:45pra causar
15:46um problema gastro.
15:47Então,
15:48quem seriam os pacientes
15:49que se beneficiariam
15:51disso aqui?
15:52Um exemplo
15:52de uma doença.
15:54Se vocês possam imaginar.
15:58Vocês estão muito
15:58desanimados
15:59só porque é carnaval
16:00e...
16:01Pra algumas pessoas
16:01ainda é carnaval, né?
16:02Porque o meu já
16:03nem teve,
16:04nem existiu.
16:09Alguém falou artrite,
16:10né?
16:10Você falou artrite?
16:11Isso, artrite reumatóide,
16:14né?
16:15Reumatismo.
16:16Então,
16:16são pessoas que têm doenças
16:18por vezes degenerativas,
16:20né?
16:21E inflamatórias crônicas.
16:23Então,
16:23a pessoa toma aquilo
16:24a vida toda.
16:26E aí,
16:26você tem aquele fármaco,
16:28então ela fatalmente
16:30vai tomar aquilo
16:30com o meprazol,
16:32né?
16:33Então,
16:33ah,
16:34mas por que não tomar
16:34aquilo com o meprazol?
16:35Ou assim,
16:36a gente vai tomar
16:36duas medicações,
16:38vai comprar,
16:38né?
16:38Então,
16:39assim,
16:40inicialmente,
16:41pessoas que seriam
16:41uma boa ideia.
16:43Quem geralmente
16:44é a faixa etária
16:46que tem
16:47doença inflamatória
16:49crônica?
16:52Facilitando.
16:53Idosos.
16:54Então,
16:55justamente,
16:56quando você fez
16:57os testes clínicos,
16:59tava tudo
16:59de boas.
17:01Tipo talidomida.
17:03Talidomida
17:04era um fármaco
17:04pra náusea.
17:06Então,
17:06quando ele foi testado
17:07em rato
17:08e nos primeiros humanos,
17:11tava tudo bem,
17:12mas quem é que sente
17:12mais náusea?
17:14Quem é o grupo
17:16que mais sente náusea?
17:17Grávida.
17:19Então,
17:19a grávida,
17:20quando tomou a talidomida,
17:21teve efeito
17:22teratogênico
17:22que não foi previsto
17:23antes.
17:25Mesma coisa
17:25que foi com coxib.
17:28Não se via
17:29efeito adverso.
17:30mas,
17:32quando ele foi
17:32pro mercado
17:33pra idosos
17:34tomarem
17:35durante meses,
17:37o que começou
17:37a acontecer?
17:38Os idosos
17:39começaram a ter
17:39aumento de pressão
17:41e problemas cardíacos.
17:43E aí,
17:44descobriu-se
17:45que a cox2
17:47ela não é
17:48só induzida,
17:50ela também
17:50é constitutiva.
17:52Tá?
17:52Aonde?
17:53Rins
17:54e coração.
17:56Certo?
17:56Então,
17:57nos rins
17:58e no coração,
17:59a cox2
17:59ela também
18:00é considerada
18:00constitutiva.
18:02E ela
18:02produz
18:03prostaciclinas
18:04que participam,
18:05por exemplo,
18:05da regulação
18:05da pressão arterial
18:06no rim.
18:07Né?
18:08Da eliminação
18:09de sódio,
18:11de líquidos.
18:12Então,
18:13esses idosos,
18:13uma vez que essa
18:14prostaglandina
18:15foi cortada,
18:17eles tiveram
18:17aumento da pressão.
18:18Então,
18:19é por isso
18:19que os coxib
18:20saíram no mercado.
18:22Quem foi
18:22que saiu
18:22do mercado?
18:24Valdecoxib,
18:25Rofecoxib,
18:26para o coxib.
18:29Quem ficou?
18:30O Celecoxib,
18:31que é o Celebra.
18:33O Celebra,
18:34ele
18:35continua no mercado,
18:37mas você tem
18:38que passar
18:38uma notificação,
18:39uma receita
18:40de controle especial,
18:41não é?
18:42Vou passar
18:42coxib
18:43agora
18:44e
18:44é uma receita
18:46de controle especial,
18:47duas vias.
18:49Mas isso
18:50é a ponto de prazo?
18:51Esse é a ponto de prazo
18:52se for online
18:53que a gente faz?
18:54Exatamente,
18:55estava aguardando
18:55essa pergunta.
18:56qual a vantagem
18:59do coxib
18:59sobre um online?
19:01Vamos falar
19:01de potência,
19:03certo?
19:04A gente tem a mania
19:05de falar
19:05que tal online
19:06é muito potente,
19:08outra é menos potente,
19:12tal.
19:12O que acontece
19:14é que o coxib
19:15ele não é mais potente
19:17do que um online,
19:19certo?
19:20Exatamente isso,
19:21está fazendo a testa,
19:22mas é exatamente isso.
19:23porque a gente
19:24foi levado a acreditar
19:25que ele era mais potente,
19:27por quê?
19:27Porque ele era
19:27mais seletivo.
19:29Só que um online
19:30nas doses prescritas
19:32ele também iniba
19:32o cox2.
19:34O problema dele
19:35não é não ser potente,
19:36o problema dele
19:36é ser potente demais,
19:38porque ele acaba
19:39inibindo o cox1
19:40e causa efeitos adversos.
19:42Então não é
19:42que o celebre
19:43é mais potente
19:44do que a anemia
19:46azulida,
19:47por exemplo,
19:47não é.
19:48eles têm potências
19:51equivalentes.
19:53Ele inibe
19:54mais a cox2,
19:56gerando assim
19:57menos efeitos
19:58gastrointestinais,
19:59certo?
20:01Em odontologia
20:02a gente prescreve o quê?
20:033, 5 dias.
20:05Vai fazer a diferença?
20:07Não.
20:07Então assim,
20:08em odontologia
20:09não há um racional
20:09para se prescrever
20:10esse alebre,
20:11certo?
20:11Na verdade,
20:13não há um racional
20:13para se prescrever
20:14esse alebre,
20:15fora o nome do fármaco,
20:17se me processarem,
20:18eu não tenho dinheiro,
20:19infelizmente.
20:20Então,
20:20o celecoxique
20:21não há um racional
20:23em quase nenhuma condição.
20:26Um exemplo,
20:27a minha sogra,
20:28eu vou dar um exemplo
20:29para a minha sogra
20:30porque ela tem várias coisas.
20:31Então assim,
20:31a minha sogra,
20:32ela tem artrose.
20:36Então,
20:36dentre várias coisas
20:37que foram tentadas
20:38como infiltração
20:38de corticóide no joelho,
20:40que é uma coisa dolorosa
20:41para caramba,
20:42foi feito o celebra.
20:46Foi prescrever
20:46celebra.
20:47Quando eu vi,
20:48porque assim,
20:48gente.
20:52E realmente,
20:53ela teve um aumento
20:53de pressão absurdo.
20:56Foi prescrito
20:57por 21 dias.
21:00Celebra.
21:01E ela é hipertensa.
21:04Então assim,
21:04era um paciente de risco,
21:05o médico nem perguntou.
21:07Não considerou.
21:09Ele considerou o quê?
21:10Porque ela também
21:11tem gastrite.
21:13Então ele considerou o quê?
21:14Que a proteção gástrica
21:15era a mais importante.
21:16Então acaba que é um jogo
21:17de, é um trade-off, né?
21:20O que é que você vai?
21:21Mas em geral,
21:22é mais seguro
21:22você prescrever
21:23um AINE
21:24com um homeoprazol.
21:26Ou com uma ranitidina.
21:28Ou com um pantoprazol.
21:30Enfim.
21:31Certo?
21:31Do ponto de vista
21:32de potência.
21:34Tá?
21:35Então se você tem um paciente
21:36que tem problema gástrico
21:37e você tem que prescrever
21:38um AINE
21:38durante cinco dias,
21:40você não tá seguro
21:41se ele vai passar mal
21:42por conta daquilo.
21:44Porque realmente,
21:44às vezes o paciente
21:45é muito sensível.
21:46E ele pode ter
21:48uma reação a curto prazo.
21:49Enfim.
21:50É improvável.
21:51Mas é possível.
21:52O que você faz?
21:52Você protege.
21:54Entendeu?
21:55Da mesma forma,
21:56o Celebra,
21:57ele não vai causar
21:58um problema cardíaco
21:59de pressão
22:00em cinco dias também.
22:01Você também
22:01pode prescrever o Celebra.
22:02Mas qual é aquela
22:05velha história
22:06de dar um tiro de canhão
22:07a uma mosca?
22:08Preço elevado.
22:09Preço extremamente elevado.
22:11Aí a gente vai,
22:12na hora do antibiótico,
22:13a gente vai entrar nesse mérito.
22:14Mas é do ácido clavulano
22:15com a motocilina.
22:17Que frequentemente
22:17não se pensa
22:18que é cem reais uma caixa.
22:20Então, assim,
22:22às vezes se prescreve
22:23uma coisa
22:23que não tem um racional
22:24por trás.
22:25Então é importante
22:25a gente saber o racional
22:26na hora da prescrição.
22:28Tá?
22:29Não é errado
22:29para escrever,
22:30mas é necessário.
22:31Então a gente peça.
22:32Tem uma coisa
22:33que eu esqueci mesmo.
22:37Não.
22:38Isso eu não aceito.
22:39O profeno
22:40e a mesurida
22:41e o profeno.
22:43Qual um deles
22:43que é a mesurida?
22:46Os três.
22:47Os três são?
22:48Uhum.
22:50A gente vai ver
22:51que eles têm
22:51umas características diferentes
22:52em relação à analgesia.
22:54Que o profeno
22:54ele também é um analgésico bom.
22:57Então ele também é usado
22:58não só no contexto
22:59da inflamação.
23:01Tá?
23:01Não se a gente
23:04pergunta idiota.
23:05O idiota é não perguntar.
23:07Todo professor
23:07com pelo menos
23:08cinco anos de carreira
23:08tem que ter as frases
23:09do tiozão do pavê, né?
23:12Tem que ter.
23:13Se não tiver,
23:13não é professor.
23:14Bom,
23:15eu já tenho
23:16cinco anos de carreira.
23:18Meu Deus.
23:19Bom,
23:20então,
23:21qual a diferença,
23:22então,
23:23por que prescrever
23:23um corticóide?
23:24Aí a gente vai voltar
23:25na velha história
23:25do racional.
23:27Eu tô falando muito devagar.
23:28Eu acho que você fala muito rápido,
23:29às vezes muito devagar.
23:30Não vai dar tempo de novo.
23:31Vai dar tempozinho.
23:32Deus no comando.
23:34Qual a diferença
23:35entre
23:36corticóide e aino?
23:40Por exemplo,
23:41chega um paciente seu,
23:43né,
23:43agora vai apontar pessoas,
23:44senão não vai rolar a interação.
23:46Chega um paciente seu
23:47no consultório,
23:47você vai fazer uma cirurgia.
23:49O que que diz pra você
23:50se você vai passar
23:50uma nimesulida
23:51ou uma dexametasona?
23:52O edema, né?
23:56Uma possível geração
23:57de edema.
23:58Né?
23:58É isso que te diz.
24:00E como você aborda?
24:01Como você prescreve?
24:05Antes, né?
24:07Certo.
24:13Antes de intervir.
24:17Certo.
24:19Exatamente.
24:19O que que torna
24:22aí sim
24:23um corticóide
24:25mais potente
24:26do que um aino?
24:27Um corticóide
24:28é mais potente
24:29do que um aino.
24:30Certo?
24:31Por quê?
24:33Porque o corticóide
24:33ele intervém bem aqui.
24:36Certo?
24:36Ele alibia fosfolipase A2.
24:39Então ele tira
24:39tudo isso aqui.
24:41Quando você tá
24:42com alergia,
24:43o que que você toma?
24:47Antistamínico,
24:48mas
24:48exemplo ruim.
24:51Por exemplo,
24:53o paciente
24:54quando ele choca,
24:55né?
24:56Ele tem um choque
24:57anafilático,
24:58a primeira coisa
24:59que é feita
25:00é dar adrenalina
25:00pra ele.
25:02Porque vai expandir
25:02os pulmões,
25:03enfim,
25:04ele vai voltar
25:04à vida.
25:05Certo?
25:07Mas,
25:08durante um tempo,
25:10ele fica tomando
25:10um fármaco.
25:12Né?
25:12Alguém aqui já chocou?
25:14Não, né?
25:14Que bom.
25:14mais alguém na família?
25:17Alguém trabalha
25:18no hospital?
25:19Ai meu Deus,
25:19alguém,
25:20alguém?
25:20É.
25:21Então,
25:21durante alguns dias,
25:23isso não só
25:23quando faz choque,
25:25não.
25:26Já aconteceu uma vez,
25:27a minha tia,
25:28quando tava grávida,
25:29ela teve uma reação
25:30alérgica,
25:31ela gosta de tomar
25:31Coca-Cola com cerveja.
25:32Ela não tava grávida,
25:35não.
25:36Porque ela tomou
25:36cerveja,
25:37então não foi quando
25:37ela tava grávida,
25:38foi antes ou depois.
25:39Enfim.
25:40Ela tomou Coca-Cola
25:40com cerveja,
25:41ela tem essa mania,
25:42ela acha isso delicioso.
25:43Mas a gente bota
25:44sorvete na cerveja,
25:46então,
25:46na Coca,
25:47né?
25:47Vaca preta.
25:48Então,
25:48lá no Icó,
25:49minha cidade interior
25:49do Ceará,
25:50existe isso.
25:51Então,
25:52ela tomou.
25:53Aí ela teve
25:54uma reação alérgica.
25:55Ela toma Coca-Cola
25:56com cerveja,
25:56pelo menos,
25:57desde que eu me entendo
25:58por gente,
25:58assim,
25:58há muito tempo.
25:59Acho que ela era até
25:59menor de idade,
26:00isso até é crime.
26:01Então,
26:02nunca sentiu nada.
26:03Um belo dia,
26:04ela sentiu.
26:05Obviamente,
26:05ela ficou desesperada
26:06com medo que fosse
26:06alergia à Coca-Cola,
26:08que ela gostava mais
26:08da Coca-Cola
26:09do que da cerveja.
26:11O que aconteceu?
26:13Ela ficou empolada,
26:14né?
26:15A garganta começa a coçar
26:16e vem aquele desespero,
26:18mas ela não teve choque,
26:19anaflástico, não.
26:21Aí ela foi
26:21no médico
26:23e aí ele prescreveu
26:25durante alguns dias
26:26corticoide,
26:28tá?
26:28Por que que isso é feito?
26:31O corticoide,
26:32ele é potente
26:33em várias coisas.
26:35Ele, por exemplo,
26:36participa na produção
26:37da substância
26:39surfactante.
26:41Já ouviu não falar nisso?
26:42Quando um bebê
26:43nasce muito novinho,
26:45prematuro,
26:47você dá corticoide
26:47pra ele,
26:48pra amadurecer
26:49o pulmão,
26:50tá?
26:51Então,
26:51o corticoide,
26:52ele mimetiza
26:53uma substância
26:53que a gente tem no corpo,
26:54que é o cortisol
26:55e participa de milhares
26:57de coisas.
26:57É um hormônio
26:58do estresse.
26:59Mas não é do estresse
27:00só no sentido ruim,
27:01é do estresse
27:02no sentido de,
27:02tipo assim,
27:04o que mantém a gente
27:05funcionando
27:06é o estresse.
27:07Se a gente não fosse
27:07estressado,
27:08se a gente fosse
27:08super de boas,
27:10a gente não funcionaria.
27:12Tá?
27:12Porque o nosso corpo
27:12vai falar assim,
27:13ok,
27:13ela tá de boas,
27:14vou dar uma parada aqui
27:15e parar de respirar,
27:17parar de fazer as coisas,
27:18enfim.
27:19Mas o estresse
27:20mantém funcionando.
27:22Certo?
27:23Então,
27:23o corticoide,
27:24ele é um fármaco
27:25considerado extremamente seguro,
27:26porque ele animetiza
27:28uma coisa que tem
27:28no seu corpo,
27:29que é o cortisol.
27:31Certo?
27:32E aí ele participa
27:33de diversos processos,
27:34um deles é da alergia.
27:36Por que você não toma
27:36animesulida pra alergia?
27:37Quem são os mediadores
27:40da alergia?
27:42Que eu falei pra vocês.
27:43Aqui.
27:44Os leucotrienos.
27:46Pra você tirar o leucotrieno,
27:48você tem que tirar quem?
27:49A lipooxigenase.
27:51E só quem faz isso
27:52é o corticoide.
27:53Ao inibir fosfolipase.
27:55Certo?
27:56Uma outra coisa interessante.
27:59Sempre que você tem
27:59uma cascata de coisas,
28:02certo?
28:04Por exemplo,
28:05você tem uma cascata
28:05aqui com
28:06três vias.
28:10Aí você fecha
28:10sua torneira aqui.
28:12Dá um AIN.
28:13Certo?
28:15Você não tem mais COX.
28:17Mas você tem ainda
28:18a inflamação rolando, né?
28:19Você só tirou a COX,
28:20mas os fosfolipídios
28:22estão lá.
28:23A fosfolipase tá lá.
28:25O que a fosfolipase faz?
28:27Ela quebra
28:28e vai passar por quem?
28:31Lipoxigenase,
28:31que não foi bloqueada.
28:32Você só bloqueou isso aqui
28:34com a COX.
28:34Certo?
28:36Por isso os AINs
28:37são muito alergênicos.
28:39Por quê?
28:41Quando você bloqueia aqui,
28:42você gera muito substrato
28:43pra lipoxigenase.
28:45Então os AINs,
28:46eles frequentemente
28:47dão reação
28:48de hipersensibilidade.
28:50Não é pouca gente
28:51que chega em consultório
28:52de médicos,
28:53de dentistas,
28:53enfim,
28:54com uma lista de coisas
28:54que não toma.
28:55E geralmente é AIN.
28:56Você já viram alguém
28:57com alergia a corticoide?
29:01Essa pessoa que alergia
29:02a corticoide
29:02alergia a própria vida
29:03e a própria existência.
29:05E já teve alguém
29:06na primória alergia
29:07a corticoide?
29:07Eu não lembro quem.
29:09Aí a pessoa falou,
29:09eu.
29:10Foi você?
29:11Ah, ótimo.
29:12Que bom.
29:12Que é uma coisa também
29:17bem, bastante tensa, né?
29:20É, corticoide.
29:21Corticoide ajuda
29:23a estabilizar a membrana
29:24porque o antihistamínico,
29:27o que ele faz?
29:28Ele impede que a histamina
29:29seja liberada
29:30pelos mastócitos, né?
29:33Então assim,
29:34é um pouco tenso
29:35dela ser alérgica a isso.
29:37Mas o corticoide ajuda
29:38porque ele estabiliza
29:39a membrana do lisossomo
29:41dos mastócitos,
29:42impedindo a liberação
29:42de histamina.
29:44Então é uma outra abordagem.
29:45Certo?
29:46Por que a gente toma
29:47o antihistamínico na hora?
29:48Porque o antihistamínico
29:49é batata.
29:51Você toma e ele faz.
29:54O corticoide,
29:55pela própria natureza
29:56do que elas falaram,
29:57ele demora.
29:59Então, em reações
30:00alérgicas agudas,
30:03é problemático
30:03usar corticoide
30:04porque ele demanda
30:06um tempo de ação.
30:08Certo?
30:09Mas seria uma abordagem.
30:12É...
30:12Fármaco pra alergia
30:13não tem muito.
30:15Assim, não é uma classe
30:16de fármacos
30:17com leque gigante.
30:20Assim como, por exemplo,
30:21antibiótico.
30:22Vai chegar...
30:23Tá chegando uma hora
30:23que não tem mais antibiótico.
30:25Então a gente meio que
30:26vai morrer, assim.
30:27Não tem mais o que passar.
30:30Vai ser uma coisa
30:30meio walking dead.
30:31Mas, né,
30:32por enquanto tá tudo bem.
30:34O governo federal
30:34vai intervir
30:35e vai nos ajudar.
30:37É...
30:37Oi?
30:37Bom...
30:39Então...
30:40É...
30:42Por isso eles são
30:42alergênicos, tá?
30:44Então,
30:45daí que o corticoide
30:46ele faz isso.
30:47E o nome disso aqui,
30:48S-R-S-R-S-A.
30:52Quer dizer
30:53substância lenta
30:54da anafilaxia.
30:56Então,
30:57é um processo
30:58que pode durar dias.
30:59E o corticoide
31:00ele modula
31:02esse processo.
31:03Porque depois que você
31:03tem uma alergia,
31:04você acha que acabou.
31:05teve alergia,
31:07tomou um monte de histamínico,
31:07acabou.
31:08Tudo bem.
31:09Mas você fica sensível.
31:11O seu corpo
31:11fica instável.
31:14Então,
31:14por vezes,
31:14os médicos
31:15prescrevem
31:16de uma maneira acertada, né?
31:18Você tomou aquele
31:18fenergan na hora
31:19que é maravilhoso.
31:20Você dorme, né?
31:21É ótimo.
31:23Sempre que eu tive
31:23alguma coisa
31:24parecida com alergia,
31:25que eu só tive
31:26uma vez na vida,
31:28e foi a floxetina.
31:30Porque tem uma época
31:30que eu resolvi ser feliz
31:31e tomar a floxetina
31:33por conta própria.
31:34E...
31:35mas eu tive alergia
31:36à felicidade.
31:37E tive um rastrocutâneo.
31:39Aí eu tomei
31:39fenergan e dormi
31:40até outro dia.
31:41Foi maravilhoso.
31:42Mas, assim,
31:43em geral,
31:44em alergias grandes,
31:46em que você tem
31:47muita coceira,
31:48iminência de adema de glote,
31:50você fica com
31:51seu corpo todo
31:52instável, né?
31:54Sensível à liberação
31:55de histamina.
31:56Então, você dá
31:56o corticoide
31:57para manter
31:57a estabilidade.
31:59Para evitar
32:00um novo episódio.
32:01Certo?
32:02Porque ele participou
32:03dessa reação lenta.
32:04Alguma dúvida
32:05em relação a isso?
32:11Na fosfolipase.
32:12Quando ele bloqueia aqui,
32:14tinha uma animação,
32:15porém,
32:16não tem mais.
32:17Quando ele bloqueia aqui,
32:19imagine um X,
32:21tudo isso aqui
32:21desaparece.
32:23Então,
32:23ele bloqueia
32:23cox e lox.
32:25Certo?
32:25a ciclooxigenase,
32:29vou fazer um X aqui
32:30para você, ó.
32:32A ciclooxigenase,
32:33quando você bloqueia
32:33só aqui,
32:34você mantém a outra.
32:36Tá?
32:37A gente vai ver hoje
32:38outras situações
32:40em que esse negócio
32:40de bloquear de um lado
32:42dá um problema
32:42do outro lado.
32:43bom,
32:49e aí,
32:50a gente,
32:51se você tiver alguma dúvida,
32:52se você pegou o bom de andando,
32:53você para, tá?
32:54Por enquanto,
32:55a gente só falou
32:55da diferença de corticórdia,
32:56de arne,
32:57até que a gente não
32:58falou nada,
33:00falou umas coisas importantes,
33:01né?
33:02Mas assim,
33:03nada que você não consegue acompanhar.
33:04Então,
33:06assim,
33:09dentro
33:09das células
33:11que participam
33:12da inflamação,
33:14a gente tem os neutrófilos,
33:15tá?
33:16O Andrade comenta
33:17um pouco disso.
33:18O neutrófilo,
33:19ele é meio que
33:20a célula kamikaze,
33:21tá?
33:22São as primeiras tropas
33:23que vão chegar no Rio.
33:25Ou seja,
33:26elas vieram aqui
33:27dar a vida por nós,
33:29né?
33:29São os kamikazes.
33:30Neutrófilos fazem isso.
33:32Eles chegam primeiro,
33:33assumem todos os riscos
33:34e morrem.
33:37As tropas não vão morrer, tá?
33:38Foi só um exemplo.
33:40Mas eles assumem o risco.
33:41E o que acontece
33:42quando eles morrem?
33:43Eles viram o quê?
33:45Vocês lembram disso?
33:47Robbins,
33:48livro de patologia.
33:49Terceiro semestre
33:50eu tive isso na faculdade.
33:52Eles viram pus, né?
33:53Pus nada mais é
33:54do que neutrófilo
33:55e fibrina,
33:56enfim.
33:57Então,
33:59eles participam
34:00num processo
34:01de dano
34:03e defesa.
34:05Porque ao mesmo tempo
34:06que eles defendem,
34:08eles liberam
34:09enzimas
34:09que causam dano.
34:11Então,
34:12é por isso que
34:13muitas vezes
34:13a inflamação
34:14é uma coisa boa,
34:15porque mantém
34:16o organismo funcionando,
34:18mas ela pode levar
34:19a um processo
34:20degenerativo
34:21de destruir,
34:23né?
34:23Por exemplo,
34:24uma articulação,
34:25tá?
34:26E os neutrófilos
34:26são células mediadoras
34:28nesse processo.
34:28E aí,
34:29e aí,
34:29e aí,
34:30e aí,
34:30e aí,
34:31e aí,

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