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As decisões do ministro Dias Toffoli, do STF, que resultaram na anulação de atos judiciais e arquivamento de ações envolvendo alvos da Lava Jato, impactaram processos com pedidos de ressarcimento e danos que superam 17 bilhões de reais, segundo a Folha de São Paulo.

Os montantes foram originalmente solicitados pelo Ministério Público nas denúncias apresentadas, mas nem sempre houve aplicação integral dos valores em sentenças condenatórias.

Até outubro de 2024, o magistrado, citado na delação de Marcelo Odebrecht como o “amigo do amigo de meu pai”, invalidou ou suspendeu ações contra aproximadamente 70 pessoas.

Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:

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Transcrição
00:00As decisões do ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal que resultaram na anulação de atos judiciais
00:06e arquivamento de ações envolvendo alvos da Lava Jato impactaram processos com pedidos de ressarcimento e danos
00:14que superam R$ 17 bilhões, segundo a Folha.
00:18Os montantes foram originalmente solicitados pelo Ministério Público nas denúncias apresentadas,
00:22mas nem sempre houve aplicação integral dos valores em sentenças condenatórias.
00:27Até outubro de 2024, o magistrado citado na delação de Marcelo Odebrecht como amigo de amigo do meu pai
00:32invalidou ou suspendeu ações contra aproximadamente 70 pessoas.
00:38Em outros quase 70 casos, ele determinou que as provas advindas das delações da Odebrecht eram inválidas,
00:44abrindo caminho para a nulidade dos processos em outras instâncias.
00:48Ao comentar o balanço sobre o impacto das decisões de Toffoli, a Transparência Internacional Brasil escreveu no X,
00:53aspas, o custo da impunidade para o Brasil, fecha o aspas, está aí.
00:59O custo da impunidade são esses, quantos bilhões, Duda Teixeira? 15 bilhões?
01:0417, eu acho.
01:0517 bilhões de reais.
01:0717 bilhões de reais é o custo da impunidade nesse momento,
01:13de acordo com o cálculo feito sobre multas, etc., que fazem parte dos processos que vão sendo anulados.
01:20E a Procuradoria-Geral da República, em vários momentos, entrou com recurso contra essa anulação dessas multas,
01:32porque é dinheiro, é muito dinheiro, é dinheiro que era para estar com o Estado brasileiro.
01:39Poderia ajudar aí o governo sem conseguir equilíbrio fiscal.
01:44Felipe, eu acho que essa soma é tão grande que é praticamente o Bolsa Família.
01:50Vou conferir, mas eu acho que o Bolsa Família era 20 bilhões.
01:53Então, é quase isso.
01:55E tudo por quê?
01:57Porque é um ministro que está ali tomando essas decisões da cabeça dele,
02:03desconsiderando diversas, inúmeras evidências,
02:06ali com muita tristeza, como ele diz, mas é uma anulação atrás da outra.
02:13Isso não só do ponto de vista moral é condenável, como se não ele está indo contra a justiça,
02:21como ainda está dando um prejuízo aí para o Estado brasileiro e para todos os brasileiros.
02:26E teve decisão favorável à própria Odebrecht, que o chamava de amigo do amigo do meu pai.
02:32teve decisão favorável à JIF, dos irmãos Batista.
02:37Os irmãos Batista, de uma maneira geral, o Wesley e o Wesley,
02:41que são clientes da esposa do Toffoli, da Roberta Rangel.
02:45Quer dizer, você tem uma série de elementos que tornam esse cenário ainda mais lamentável.
02:52Ricardo Kertzmann.
02:53Felipe, 17 bilhões de reais é o custo apurado nesses casos aí.
03:01Porque, obviamente, o custo é muito maior, esse custo da impunidade.
03:05Isso é o que está vindo à tona em meia dúzia de casos.
03:08O custo da impunidade para o Brasil, ele é de centenas de bilhões de reais,
03:14advindos de perda de produtividade, de superfaturamento, de insegurança jurídica,
03:19de conluios, excusos. Isso sim ao verdadeiro custo que a corrupção e a impunidade trazem para o Brasil.
03:27Concorrência de leal do mercado.
03:30Totalmente, isso mesmo.
03:32Chega a ser aviltante para pessoas comuns, normais,
03:36que não conseguem, quando tem algum problema judicial,
03:39ser representados por advogados estrelados,
03:42que frequentam o STF com trajes impróprios,
03:44que tem parentes, advogados que são parentes, até de primeiro grau,
03:50de ministros do STF,
03:51ou patrocinados em seus cursos, em seus institutos,
03:56por advogados assim,
03:58as pessoas comuns sofrem com decisões, às vezes arbitrárias,
04:02às vezes injustas, em primeiras, segundas instâncias,
04:05e não tem a que recorrer.
04:07Agora, é bom a transparência internacional ficar de olho,
04:11colocar as barbas de molho,
04:12porque, lembrando que esse ano, Toffoli já mandou investigar a transparência internacional,
04:17porque não gostou, quando ela soltou um estudo,
04:20e rebaixou o Brasil na percepção, no ranking mundial de percepção de corrupção.
04:26Exatamente.
04:26Foi daí que fizemos a matéria de capa da Cruz Oé,
04:30assinada por mim, inclusive,
04:31a história da fake news contra a transparência internacional,
04:35uma história que acabou se confirmando recentemente,
04:39numa decisão que mostrou o absurdo daquele encaminhamento feito pelo Toffoli,
04:46com os seus aliados do Sistemão,
04:50para tentar desqualificar o trabalho de uma entidade que existe em dezenas e dezenas de países
04:57e que combate a corrupção.
04:58E aí aponta como a corrupção não está sendo combatida no Brasil,
05:01como isso é prejudicial ao país,
05:03que fica fadado ao subdesenvolvimento,
05:05e aqui as autoridades ficam irritadas com quem mostra aquilo exatamente que elas estão fazendo.
05:12Duda, diga.
05:13Felipe, acabei de pegar aqui uma notícia da agência GOV,
05:17da agência Brasil do governo.
05:20Bolsa Família, 14 bilhões de reais de investimento,
05:24ou seja, só isso que o Toffoli anulou,
05:26dava outro Bolsa Família e ainda sobrar dinheiro.
05:28Alguém queria falar algo mais a respeito da última pauta?
05:31Duda Teixeira, Ricardo Kersmann,
05:33falem agora ou vamos tocar a próxima.
05:35Você comentou aí da presença dos ministros do STF nos eventos internacionais,
05:39quando não tem ministro do STF em algum desses eventos,
05:43a gente toma até um susto.
05:44Foi notícia hoje no Cruzoé?
05:46Notícia, o evento que vai ter agora em Lisboa,
05:50que é daquele grupo lead do João Dória,
05:52não vai ter nenhum ministro do STF, né?
05:54Impressionante.
05:55O Luiz Roberto Barroso participou do último que aconteceu em janeiro,
06:00em Zurique, na Suíça,
06:02mas dessa vez ele não vai, não sei porquê,
06:04não sei se ninguém foi convidado,
06:06se eles agora estão com vergonha,
06:07acho difícil, né?
06:08Que eles realmente tenham essa autocontenção,
06:11mas o que a gente sabe é que não teremos perder o Mané
06:14em Lisboa nos próximos dias.
06:17É, ou só participam daqueles que são patrocinados pelos Irmãos Batista,
06:21pelo Dórias, não querem participar,
06:25estão escolhendo aí algum lado,
06:28ou pode ter tido um desgaste com tanta repercussão negativa
06:32a respeito dessas últimas viagens,
06:34estão segurando a onda um pouquinho.
06:35Essa hipótese é mais difícil de acreditar,
06:38porque o descaramento anda muito grande.
06:40Kertzmann quer completar algo ou vamos em frente?
06:42O Felipe, é bom a gente pontuar que o judiciário,
06:47no caso o STF,
06:48ele só é a ponta desse iceberg, né?
06:50Porque toda essa impunidade que deságua na justiça,
06:55ela começa um passo anterior,
06:57que é no coluio do mal com os poderes executivo,
07:01legislativo e parte do empresariado,
07:04do grande empresariado brasileiro,
07:06que ali nos corredores acertam leis,
07:10acertam benefícios,
07:12excusos,
07:13em troca de propina.
07:15Exatamente.
07:16Muitas medidas provisórias, por exemplo,
07:19apareceram aí nas investigações de Força-Tarefa Anticorrupção,
07:23como tendo sido,
07:24literalmente,
07:25compradas por empresários.
07:26Quer dizer,
07:27o empresário faz aquele lobby
07:28em Brasília com parlamentares,
07:31os parlamentares fazem a lei
07:32de acordo com o interesse do empresário
07:34para beneficiar o seu negócio,
07:36para que ele ganhe muito dinheiro
07:38com uma mudança legislativa,
07:40e em troca se molha a mão do político
07:42com o propina.
07:44É suborno.
07:45É aquilo que estava sendo apontado
07:47diversas vezes pelo Ministério Público,
07:49mas que acabou, em geral,
07:51não dando em nada.
07:53É a mesma coisa na relação com o executivo,
07:55por exemplo,
07:56quando você tem a obtenção de contratos públicos
08:00na Petrobras,
08:02por meio de diretorias
08:03que foram nomeadas
08:04pelo Poder Executivo,
08:07e em troca desses contratos públicos,
08:10nos quais, muitas vezes,
08:11a empresa ganha bilhões de reais,
08:13ela dá alguns milhões de reais na mão,
08:15no bolso daquele político.
08:18Em geral,
08:18o líder político está sendo representado
08:20ali na diretoria por um operador,
08:22ou pelo diretor,
08:24que está sendo mantido por um partido
08:25com aquele interesse exclusivo
08:27de arrecadação de propina,
08:30Então, como o Ricardo bem observou,
08:32você já tem um esquema
08:33da ala podre do empresariado
08:35junto com essa ala podre
08:37do Poder Legislativo e do Poder Executivo.
08:40Aí o caso é descoberto
08:42pelo Ministério Público,
08:43pela imprensa,
08:45você tem uma pressão popular,
08:46chega processo,
08:47vira uma ação lá no Supremo Tribunal Federal,
08:51e o Supremo Tribunal Federal,
08:53o que é que tem feito?
08:54Varrido toda a sujeira para debaixo do tapete.
08:55Nov 276.
08:57com o conhecimento do patete.
08:59Oh 5100.
09:04Comesticídios do padrinho.
09:05Vou dizer que é um overnight,
09:06tudo bem.
09:06Para o seu poste.
09:15Deixa amanhã,

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