O ministro do STF Dias Toffoli rejeitou pedido do ex-deputado Eduardo Cunha para anular todos os atos processuais instaurados contra ele por integrantes da Operação Lava Jato.
Assim como José Dirceu – que teve o benefício concedido por Gilmar Mendes – e João Vaccari Neto, o ex-deputado argumentou que houve parcialidade do ex-juiz Sergio Moro em duas ações penais que tramitaram na 13ª Vara Federal de Curitiba. - Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores!
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00:00Ontem, o ministro do STF, o Dias Toffoli, ele rejeitou um pedido do Eduardo Cunha para também entrar no bonde do Dirceu, para também ser beneficiado daquele habeas corpus que livrou o Lula da Lava Jato.
00:15Matheus, coloca aí na tela, por gentileza, a argumentação do Toffoli, porque no caso específico, o Toffoli pediu a extensão dos benefícios do habeas corpus ao Lula, em dois casos, no caso das sondas, que tratou do recebimento de vantagens devidas relacionadas ao contrato da Petrobras com a Samsung Heavy, para a compra de dois navios sonda, e também no caso Benin, que é uma acusação sobre o recebimento de vantagens devidas relacionadas ao contrato de exploração de petróleo
00:44da Petrobras naquele país africano. E o Toffoli falou o seguinte, que cole-se aqui em documentos, conforme se vê nos trechos, que o pleito, ora em análise, é formulado a partir dos diálogos transcritos na inicial entre o ex-magistrado e membros do Ministério Público, para tentar demonstrar um colúio, etc.
01:07Na medida que os diálogos diretos reproduzidos na inicial diz respeito apenas ao momento em que seria apresentada a denúncia. Ou seja, traduzindo em bom português, né, Rodolfo?
01:18O Toffoli não enxergou nos diálogos da Lava Jato, aqueles diálogos furtados, roubados, não enxergou um motivo para beneficiar o Eduardo Cunha, embora o Cunha tenha sido citado.
01:31Já o ministro Gilmar Mendes entendeu que sim, entendeu que vale, né, que a citação, que havia aí a confirmação de que houve uma suposta
01:41parcialidade da equipe da Lava Jato. A pergunta que eu te faço é a seguinte, fica difícil de acreditar no Supremo assim, não é?
01:49Porque cada juiz, cada cabeça tem uma sentença e não há uma concordância nem em relação a autos que são públicos e notórios.
01:58Boa tarde, amigo.
01:59Boa tarde, Wilson. Boa tarde para a nossa audiência. De fato, você mesmo falou essa expressão, todo mundo usa, que cada juiz é uma sentença.
02:06O pior, o problema dessa questão específica é que esses juízes estão no mesmo nível e decidem sozinhos quando existe um plenário para fazer isso.
02:17E não só decidem sozinhos, como decidem de forma divergente sobre questões que aparentemente são muito parecidas.
02:23Então, nesse caso, para ser bem breve, vou concordar com o Toffoli e com a PGR e vou discordar do Gilmar Mendes.
02:31E quem quiser ler um pouco mais sobre o problema de ter estendido esse benefício do Lula para o José Dirceu,
02:39vou dar a dica aqui.
02:42O texto que o Felipe Moura Brasil publicou no Antagonista se chama
02:45Gilmar Mendes usou premissas falsas para livrar José Dirceu e lá, mais do que ninguém, o Felipe Moura destrinchou essa decisão do Gilmar
02:57para mostrar que nesse caso específico, aparentemente, o Toffoli está certo, vamos ficar do lado do Toffoli nessa,
03:04e do Paulo Gonê, o procurador-geral da República, porque não era para ter sido estendido esse benefício para o Lula.
03:11E o próprio benefício do Lula já é questionável na origem.