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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, recuou de sua decisão de tirar do ar de reportagens sobre acusações de violência doméstica contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Os relatos foram feitos Jullyene Lins, ex-esposa de Lira. A decisão de censura se baseava em alegação da defesa do deputado de que a acusação seria obra de uma milícia digital. 

Segundo Moraes, informações obtidas após à ordem de retirada do ar das reportagens “demonstram que algumas das URLs não podem ser consideradas como pertencentes a um novo movimento em curso, claramente coordenado e orgânico, e nova replicagem, de forma circular, desse mesmíssimo conteúdo ofensivo e inverídico”.

"São veiculações de reportagens jornalísticas que já se encontravam veiculadas anteriormente, sem emissão de juízo de valor”, prosseguiu.

Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:

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Transcrição
00:00Em meio às polêmicas em torno do PL sobre aborto,
00:03a defesa de Arthur Lira afirmou haver um movimento orgânico
00:06encadeado de divulgação de notícia mentirosa contra ele.
00:11A alegação é de que a iniciativa está sendo articulada
00:13por um gabinete do ódio no campo da esquerda
00:16para atingir a imagem do parlamentar.
00:19Foi o que registrou o jornal O Globo.
00:20E, diante disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF,
00:24determinou a retirada do ar de dois vídeos
00:27e uma matéria envolvendo Juliane Lins, ex-esposa de Lira.
00:32No material, ela acusa o presidente da Câmara
00:35de agressão física, estupro e envolvimento em corrupção.
00:40A gente está falando de acusação de violência doméstica, portanto.
00:43A ex-mulher do Lira dizendo aquilo que ele teria feito,
00:47como a alegação dela, contra ela, ex-mulher dele.
00:53Os vídeos foram publicados pela Folha de São Paulo em 2021
00:56e por um blog de esquerda no YouTube,
00:58enquanto a matéria foi ao ar no Portal Terra
01:00e em outro blog de esquerda.
01:03O Moraes deu um prazo de duas horas
01:05para que o conteúdo fosse retirado do ar
01:07sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
01:10A Folha, agora há pouco, publicou uma matéria
01:14dizendo que Moraes censura reportagens, etc.
01:18Inclusive a da Folha, que está lá escrito no texto.
01:21Mas apontou ali nessa decisão do Moraes
01:24uma censura de reportagem.
01:26A gente vai fazer já a análise a respeito disso.
01:29O ministro alegou que não é permitida
01:31a utilização da liberdade de expressão
01:33como escudo protetivo para a prática
01:35de discursos de ódio, antidemocráticos,
01:38ameaças, agressões, infrações penais
01:41e toda sorte de atividades ilícitas.
01:44Fecho aspas.
01:44Olha, eu já lamento por parte do Poder Judiciário
01:50e, claro, a gente está falando especificamente do STF,
01:54essa mistura de discurso de ódio e antidemocrático
02:00com tudo aquilo que tem, de fato,
02:03uma tipificação penal.
02:06Então, ameaça, agressão, você tem lá um tipo penal.
02:09O discurso de ódio é algo, assim, muito genérico,
02:16muito amplo, que pode ser apontado
02:21sem que haja especificamente um tipo penal
02:24em que o conteúdo se enquadre, vamos dizer assim.
02:30Quer dizer, o sujeito pode apontar que
02:31você está fazendo discurso de ódio,
02:33na verdade, só porque não gosta daquele discurso.
02:35Vamos lembrar sempre, para sempre,
02:37porque foi um episódio muito grave
02:40da República Brasileira,
02:42que a Cruzoé foi censurada,
02:45censurada mesmo,
02:46um exemplo muito característico de censura,
02:49porque publicou a verdade
02:52que Dias Toffoli era chamado por Marcelo Debrecht
02:55como amigo do amigo do meu pai,
02:56tinha um codinome
02:57para se referir ao ministro do STF,
03:00o empreiteiro.
03:02Então, já lamento aí
03:04essa mistura que o Moraes faz,
03:06até para tentar legitimar as suas outras decisões.
03:09Essa tem alguns elementos diferentes
03:11que a gente já vai abordar.
03:13A defesa do Arthur Lira afirmou à Folha
03:14que o conteúdo das declarações de sua ex-mulher
03:17era requentado e que ele havia sido absolvido
03:19das acusações dela pelo STF.
03:21A questão grave aí
03:24rende um debate interessante.
03:28Por quê?
03:30Existem várias decisões de censura do Moraes
03:33tomadas no âmbito daqueles inquéritos monstrengos.
03:36Seja o inquérito das fake news,
03:38no âmbito do qual ele censurou a Cruzoé,
03:41depois de receber uma mensagem ali
03:43bem enganosa,
03:46de Dias Toffoli,
03:47sobre a veracidade do conteúdo.
03:51Tem o inquérito dos atos antidemocráticos,
03:53tem o inquérito das milícias digitais.
03:55Então, todos esses renderam decisões
03:57que foram objeto de muitas críticas
03:58no debate público ao longo dos últimos anos.
04:03Tem uma diferença aí
04:05que não necessariamente
04:07vai ter o juízo de cada um.
04:09Exime o Moraes
04:12de sofrer críticas
04:14em razão dessa decisão específica.
04:16É porque
04:16o processo
04:18sobre a agressão
04:20que foi alegada
04:22pela ex-mulher do Arthur Lira,
04:24ele acabou.
04:26Quer dizer,
04:27o Arthur Lira foi absolvido
04:29nesse processo.
04:30É óbvio que as pessoas
04:31podem ter toda a desconfiança
04:32em relação a decisões do judiciário.
04:35De que a investigação
04:36não foi devidamente feita,
04:38de que a decisão foi injusta,
04:40de que a politização
04:42de tribunal em Alagoas,
04:45a politização
04:46na esfera federal,
04:48etc.
04:48Tudo isso faz parte
04:50do que a opinião pública
04:51pode julgar
04:51a respeito de votos
04:52e decisões do judiciário.
04:53Afinal,
04:54ainda existe alguma
04:55liberdade de expressão
04:56de crítica e de imprensa
04:57no Brasil,
04:58embora não muita.
05:00Então, o Moraes
05:01estava ali aplicando
05:02o que, na visão dele,
05:04é consequência
05:05do resultado do julgamento.
05:07E mandou retirar
05:08os vídeos
05:09em que a mulher fala.
05:10A Folha, o que que fez?
05:13Acabou relembrando
05:14toda a entrevista
05:15por escrito.
05:17Está mandando tirar
05:18do ar o vídeo?
05:19Ok.
05:20Leia aqui
05:21a entrevista
05:22que a ex-mulher deu,
05:23porque só o vídeo
05:25foi censurado.
05:25Não é que você não possa dizer
05:27as palavras
05:28que a ex-mulher
05:28do Arthur Lira usou.
05:31Então, também tem um aspecto
05:32em termos de efeito,
05:33que é o chamado
05:34efeito Streisand,
05:35por causa da cantora
05:36e atriz americana
05:37Barbara Streisand,
05:38que ela, enfim,
05:40fez uma ação ali
05:41contra um fotógrafo
05:43que tinha fotografado
05:45a mansão dela
05:46por cima,
05:47uma vista aérea,
05:48e aí tomou
05:49uma medida contra ele
05:50e acabou repercutindo
05:51ainda mais.
05:52Todo mundo acabou
05:52vendo a foto
05:53que não veria
05:54se ela não tivesse
05:55tomado a medida.
05:56Então, é óbvio
05:57que está hoje,
05:58pelo menos,
05:59havendo uma repercussão
06:00maior ainda
06:01das declarações
06:02da ex-mulher.
06:03Muita gente nem sabia,
06:04nem lembrava
06:05que a ex-mulher
06:05tinha dito
06:06essas coisas,
06:07mas agora,
06:08com uma decisão
06:08do Moraes
06:09mandar a reportagem
06:09algumas matérias
06:12saírem do ar,
06:14mas o vídeo
06:15da Folha
06:15sair do ar,
06:16isso está sendo
06:17recolocado
06:18no debate público.
06:20E aí, Greb,
06:21qual é?
06:21Estou tentando explicar
06:22primeiro
06:23para que,
06:24se quem quiser
06:24fazer o juízo,
06:25faça,
06:26mas porque tem
06:27algumas nuances aí.
06:29A questão é a seguinte,
06:31a pessoa,
06:32e aí acho que cada um
06:32pode se colocar
06:33no lugar também
06:34para avaliar
06:34e ver se há
06:36alguma diferença
06:37também de autoridades
06:37públicas.
06:38A pessoa é acusada
06:39em vídeo,
06:41som e imagem,
06:43de um crime
06:44que a justiça,
06:47vamos dizer assim,
06:48não considerou
06:49que houve.
06:51E aí,
06:52esse vídeo
06:52pode ficar no ar,
06:54rolando e tal,
06:54mesmo depois da pessoa
06:55ter sido absolvida?
06:57Acho que essa
06:58é a questão
06:59a ser discutida.
07:00Esse é um caso
07:02daquilo que se,
07:04já tem até nome
07:05para isso,
07:06direito ao esquecimento.
07:07Exatamente.
07:08Parece que ele se enquadra
07:09como um caso
07:10de direito ao esquecimento.
07:13Esses casos
07:13de direito ao esquecimento
07:15em países civilizados,
07:19daí você inclui Brasil
07:21se quiser ou não
07:21nessa definição,
07:23mas estou pensando
07:24em Europa,
07:25por exemplo,
07:27costumam ser decididos
07:28com o seguinte raciocínio,
07:30primeiro,
07:32trata-se de um indivíduo
07:34privado,
07:36um indivíduo
07:37de vida comum.
07:41Isso é muito importante,
07:44porque às vezes
07:44um crime
07:45que foi cometido
07:4630 anos atrás
07:48volta a atormentar
07:50essa pessoa,
07:51dificulta a vida dela,
07:53e a pessoa cometeu
07:54aquele crime lá atrás
07:56e nunca voltou
07:57a fazer nada
07:57que a lei condenasse
08:00nem nada disso.
08:01E essas pessoas falam,
08:02olha, não é justo
08:03que isto continue
08:04me perseguindo.
08:06Em muitos casos,
08:08elas obtêm
08:09uma decisão
08:11na justiça
08:12para que aquele conteúdo
08:13seja retirado do ar,
08:16ocultado o nome delas
08:18dentro de uma reportagem
08:20ou de um texto,
08:22de um vídeo mesmo.
08:23agora,
08:25o fato da pessoa ser,
08:28que eu estou chamando
08:29de pessoa comum,
08:29um indivíduo privado,
08:31ou ser uma pessoa pública
08:32faz toda a diferença.
08:34Faz toda a diferença
08:36nesses casos.
08:38O grau de proteção
08:40que você concede
08:41à gente que está
08:43na vida pública,
08:44e daí,
08:45pode se tratar
08:46de celebridade,
08:48pode se tratar
08:48de artista,
08:50e pode se tratar
08:51de político.
08:53O grau
08:54de proteção
08:55concedido
08:56a esse tipo
08:57de indivíduo
08:57é muito menor.
09:00É muito menor.
09:01Porque,
09:02por razões diversas,
09:03se considera
09:04que existe
09:04interesse legítimo
09:05do público,
09:07da sociedade,
09:09em saber
09:09a respeito
09:10da vida
09:10dessas pessoas.
09:13Eu quero saber
09:14sobre o ídolo
09:15da música pop,
09:17se ele é também
09:19um estuprador.
09:23Eu quero saber
09:24sobre o político
09:26que preside
09:28uma Câmara,
09:32se ele tem
09:33acusação
09:33de violência
09:35doméstica.
09:37Então,
09:38não se costuma
09:40atender
09:42o pedido
09:42desse tipo
09:43de personagem.
09:45Porque daí
09:46se considera
09:46que o interesse público
09:47é maior
09:48do que o interesse
09:49do cara
09:50como indivíduo
09:51ali,
09:52sozinho.
09:54Eu acho
09:55que,
09:55nos casos
09:56de violência
09:57doméstica,
09:59tem um outro
10:00aspecto
10:00que precisa
10:01ser levado
10:02em conta.
10:03Um outro aspecto
10:04que precisa
10:04ser levado
10:05em conta.
10:05de certa forma,
10:09você está
10:10submetendo
10:11a mulher,
10:13você pode,
10:14vamos dizer assim,
10:15você pode
10:15estar submetendo
10:17a mulher
10:17a um castigo
10:19extra,
10:20a um silenciamento.
10:22E vamos repetir,
10:25processo judicial
10:28é uma coisa,
10:30você só
10:31condena
10:31se forem
10:33cumpridos
10:33os requisitos,
10:34se você conseguir
10:35provar,
10:36demonstrar
10:37aquelas
10:38condutas
10:38que foram
10:39relatadas.
10:42A condenação
10:43muitas vezes
10:44não significa
10:45que o crime
10:46não aconteceu.
10:48Eu estou falando
10:48em abstrato,
10:49não estou falando
10:50do caso específico
10:51do Arthur Lira.
10:52A absolvição.
10:53A absolvição
10:54não necessariamente
10:55significa
10:56que o crime
10:57não aconteceu.
10:58Quer dizer,
10:59pode simplesmente
11:00a justiça
11:01ter entendido
11:02que não havia
11:03provas suficientes
11:05ou que o processo
11:06de alguma maneira
11:07estava viciado
11:08e evidentemente
11:09como a gente
11:10está careca
11:10de saber,
11:12há um monte
11:13de casos
11:14em que
11:15se alega,
11:16se aponta
11:17vício
11:18para
11:18melar
11:19o processo
11:20todo
11:20sem que haja
11:22uma substância
11:23de fato
11:23nessa alegação.
11:25Então,
11:26a gente está falando
11:26em abstrato,
11:27não está falando
11:28do caso específico,
11:29mas o que o Graeb
11:31está mostrando
11:34é a diferença
11:35entre decisão judicial,
11:37algo que eu chamei
11:37muita atenção aqui,
11:38e a história
11:39dos fatos,
11:40não é, Graeb?
11:40Exatamente.
11:41Obrigado por ter me salvado
11:43de um momento
11:44Carla Zambelli
11:45aqui.
11:48Você foi fazendo
11:49vários parênteses
11:50e tal,
11:50mas eu guardei
11:51aqui onde você estava.
11:52mas, então,
11:53é isso,
11:54o processo judicial
11:55não significa
11:58necessariamente
11:59que os fatos
12:01não tenham
12:02acontecido
12:02e que não se
12:04possam,
12:04muitas vezes,
12:05se deva fazer
12:06um juízo
12:06político
12:07daqueles fatos.
12:09E daí,
12:10se você tira isso
12:11do debate público,
12:13se você esconde,
12:14se você censura,
12:16você está impedindo
12:17que as pessoas
12:18ponderem
12:19a respeito daquilo
12:20e, como eu estava falando,
12:21num caso de violência
12:22doméstica,
12:23muitas vezes,
12:23você está submetendo
12:24a vítima,
12:26que pode ser uma vítima,
12:27a um castigo
12:28suplementar,
12:29a um silenciamento.
12:31Ah, então,
12:32quer dizer que agora
12:32eu não posso
12:32sequer falar
12:33sobre aquilo
12:35que eu passei,
12:36porque, se eu falar,
12:38a justiça
12:38vai me silenciar também.
12:42Eu acho que isso...
12:43Eu acho que é bastante ilustrado.
12:46Eu acho que tudo isso
12:48torna
12:49injustificável
12:51essa decisão
12:53do Alexandre de Moraes.
12:55Injustificável.
12:56Sujeito público,
12:59caso de violência doméstica,
13:01não deveria
13:02haver essa retirada.
13:03O Arthur Lira
13:04tem que conviver
13:05com o ônus
13:05de se explicar
13:06a respeito disso
13:07um bilhão de vezes,
13:09se for preciso.
13:12O que eu ia
13:13citar aqui
13:14é justamente
13:14a declaração
13:15original dela,
13:16já que, a princípio,
13:17a decisão
13:17é para a retirada
13:18do vídeo
13:19e a própria
13:20matéria da Folha.
13:21Eu vou ler
13:21a matéria da Folha.
13:23Está citando
13:24as palavras
13:25da ex-mulher.
13:26Então,
13:27é para
13:27reforçar
13:28aquilo que o Graeve
13:30está argumentando.
13:32Ela disse,
13:33me agrediu,
13:34me desferiu
13:35murro,
13:35soco
13:36pontapé,
13:37me esganou.
13:38Ele me disse
13:38que onde não há corpo
13:39não há crime,
13:41que eu posso
13:41fazer qualquer coisa
13:42com você.
13:43Aquilo era o machismo
13:44puro,
13:45o sentimento de posse.
13:47E aqui
13:48a matéria diz,
13:50ela afirmou ainda
13:50ter sido usada
13:51como laranja.
13:52E dá aspas
13:53de novo para a ex-mulher.
13:54Ele abriu uma empresa
13:55com o meu nome
13:55e até hoje
13:56não tenho vida fiscal.
13:58Fecho aspas.
13:58Mais do que isso,
14:02houve um momento
14:03da declaração
14:04em que ela disse
14:06que foi ameaçada
14:08justamente
14:08para que ela
14:09recuasse
14:10na sua
14:12alegação
14:13para que ele
14:15escapasse
14:16do processo.
14:17Cadê esse trecho
14:18aqui da matéria?
14:21Deixa eu ver
14:21se eu pego agora,
14:22mas eu estava lendo
14:22pouco antes de entrar
14:23no estúdio
14:24e houve
14:26ali
14:28a absolvição
14:29do Arthur Lira.
14:31Então,
14:32assim,
14:34e aí?
14:35Quer dizer,
14:37e na hipótese?
14:38Vamos sair
14:39do caso específico.
14:40Vamos sair
14:41do caso específico
14:41para raciocinar
14:42em tese.
14:44E na hipótese
14:44de uma mulher
14:45ser agredida,
14:48ser ameaçada,
14:49aí ter que
14:50refazer
14:50o seu discurso,
14:52o sujeito
14:52ser absolvido
14:53e tal,
14:54e aí um tempo
14:54depois ela diz,
14:55olha,
14:55eu mudei o discurso
14:56porque ele me ameaçou.
14:58E aí?
15:00Quer dizer,
15:01a pessoa não pode
15:02dar mais
15:04esse depoimento
15:04em público,
15:05esse depoimento
15:05não pode ser publicado
15:07e não pode abrir,
15:10se abrir uma nova
15:11investigação
15:11a partir de um depoimento
15:12como esse.
15:14Então,
15:14assim,
15:15tudo que a gente
15:16está colocando,
15:16Grael,
15:17é sobre
15:18o risco
15:20que uma decisão
15:21gravosa como essa
15:22acaba acarretando
15:24para pessoas
15:26sem poder
15:26que eventualmente
15:28estão acusando
15:29algo que uma pessoa
15:31muito poderosa
15:32fez de errado
15:34ou de criminoso.
15:37Então,
15:37assim,
15:37somando tudo,
15:38de fato,
15:39a gente tem que olhar
15:39com preocupação
15:40para dizer o mínimo,
15:42porque,
15:42assim,
15:43me incomoda
15:43há muito tempo
15:44e eu tenho registrado
15:45aqui no Papo Antagonista
15:46que o STF
15:47seja o editor
15:47do debate público.
15:50É claro que já
15:51havia decisão anterior
15:52nesse processo e tal,
15:53mas é o Moraes
15:54no STF
15:55que está tomando
15:56a decisão
15:56de mandar tirar
15:57a reportagem do ar.
15:59Então,
15:59sempre fiz
16:00esse discernimento.
16:02Uma coisa
16:02é decisão judicial,
16:04outra coisa é histórico
16:04dos fatos.
16:05Não é porque o Dias Toffoli
16:06está passando a boiada
16:07e aliviando 115
16:09acusados de corrupção
16:11que as pessoas
16:13não cometeram corrupção,
16:14que não houve
16:15petrolão,
16:16que não confessaram
16:18suborno,
16:18que dinheiro
16:19não foi recuperado.
16:20Então,
16:20uma coisa é diferente
16:21da outra.
16:22isso aí
16:23é para a massa
16:24de manobra acreditar.
16:25O Lula fala
16:26foi tudo uma mentira
16:27inventada contra mim.
16:28A gente conhece
16:29toda a história
16:29daquilo que realmente
16:31aconteceu.
16:32Ele nem entra
16:32no detalhe
16:33e a gente vai ver
16:34isso agora.
16:35Ele acabou
16:36de dar um discurso
16:37relacionado
16:39a Petrobras,
16:40lembrando aí
16:41questões da Lava Jato
16:42que vão remeter
16:43a esse raciocínio
16:43que a gente está fazendo.
16:46O Lula não entra
16:46no caso específico
16:48do Triplex,
16:48do Sítio de Atibaia,
16:50da relação dele
16:50com os empreiteiros,
16:52da Conta Amigo,
16:53que era o codinome dele,
16:55como foi apontado
16:56pelo próprio
16:58Marcelo Odebrecht
16:59em depoimento
17:00de delação premiada.
17:01Ele não entra nisso.
17:02Ele tenta fingir
17:04que foi tudo
17:04uma mentira,
17:05que foi tudo
17:05uma invenção,
17:06blá, blá, blá, blá, blá.
17:07A gente sabe
17:08como aconteceu
17:09a história,
17:10independentemente
17:11de o Poder Judiciário
17:13do país
17:13ter considerado
17:14determinados atos
17:15criminosos ou não.
17:16são questões diferentes
17:19e aqui a gente busca
17:20fazer as devidas
17:21distinções.
17:23Acabou de sair
17:24uma notícia
17:24que faz parecer
17:28até que o Alexandre de Moraes
17:30estava ligado aqui
17:31no Papo Antagonista,
17:31Graebi.
17:32Já falei disso
17:33sobre o Paulo Gornet,
17:35apesar de todas
17:35as nossas ressalvas
17:37e com o Moraes também,
17:38apesar de todas
17:39as ressalvas.
17:40Olha só o que a Folha
17:40acabou de publicar.
17:42Moraes recua
17:43e derruba censura
17:44imposta por ele
17:45a reportagens
17:46sobre Lira.
17:48Pois é,
17:49o ministro do STF
17:50volta atrás
17:51um dia após ter atendido
17:52a pedido da defesa
17:53do presidente da Câmara.
17:55Então,
17:55a gente vai repercutir
17:57em o antagonista.com.br
17:58porque a gente,
18:00como mostrou aqui,
18:02é contra
18:02esse tipo de censura,
18:04o histórico dos fatos
18:05precisa
18:06ficar exposto
18:08quando envolve
18:09autoridades públicas
18:10e casos emblemáticos
18:11e o Moraes
18:13sentiu
18:14a pressão,
18:15a Folha destacou
18:16ao longo da tarde
18:17essa matéria,
18:19nós criticamos
18:20e agora
18:22veio
18:23essa decisão.
18:24Então,
18:25está aí
18:25o recuo,
18:27a marilada do Moraes
18:28que parece que está sentindo
18:29que
18:30os seus
18:31excessos
18:32geram
18:33um desgaste
18:34e não está pegando bem,
18:36Greve.
18:38Vou repetir,
18:39antes tarde do que nunca.
18:40Ainda bem que foi rápido
18:41esse recuo.
18:43Era um absurdo
18:44a decisão,
18:45porque
18:46você não pode
18:47privar a sociedade
18:48de saber coisas
18:49sobre o presidente
18:50da Câmara.
18:51Ele que se explique,
18:53ele que se explique
18:54mil vezes
18:55se tiver que se explicar,
18:57faz parte
18:57da história dele.
18:59Teve uma mulher
18:59que o acusou,
19:00uma ex-mulher,
19:01esposa,
19:02que o acusou
19:03dessas coisas.
19:04Se ele quer viver
19:05em público,
19:07se ele quer ter
19:07um cargo político
19:08de tanta exposição
19:09quanto o que ele tem,
19:11explique-se.
19:12Ele não pode
19:13contar
19:15com um esquecimento
19:16imposto pela justiça.
19:18Está certo,
19:18pronto,
19:19está bom.
19:20Certa decisão do Moraes.
19:21Moraes.
19:22Moraes.
19:22Moraes.
19:23Moraes.
19:23Moraes.
19:23Moraes.
19:24Moraes.
19:24Moraes.
19:24Moraes.
19:24Moraes.
19:25Moraes.
19:25Moraes.
19:25Moraes.
19:26Moraes.
19:26Moraes.
19:26Moraes.
19:26Moraes.
19:26Moraes.
19:27Moraes.
19:27Moraes.
19:27Moraes.
19:27Moraes.
19:27Moraes.
19:27Moraes.
19:28Moraes.
19:28Moraes.
19:28Moraes.
19:28Moraes.
19:28Moraes.
19:28Moraes.
19:29Moraes.
19:29Moraes.
19:29Moraes.
19:30Moraes.
19:30Moraes.
19:30Moraes.
19:30Moraes.

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