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Os investidores repercutem nesta quarta-feira, 24, a apresentação da primeira de três propostas do governo para regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo aprovada no ano passado e o avanço do PL (Projeto de Lei) do Perse (Programa Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) aprovado na Câmara dos Deputados.

No que diz respeito à Reforma Tributária, o secretário responsável pelo tema na Fazenda, Bernard Appy, adiantou que o texto tem cerca de 500 artigo e mais de 300 páginas. Nessa primeira etapa, a ideia é apresentar as regras para o funcionamento dos novos tributos criados com a emenda constitucional do ano passado e a transição até 2026, quando o novo regime passa a valer.

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Transcrição
00:00Agora já vamos passar direto e reto para o nosso querido Rodrigo Oliveira
00:04para falar sobre economia e, claro, a política por trás da economia,
00:09porque a economia nunca está sozinha.
00:11Ela está sempre sendo alvo de negociações do governo, da oposição,
00:16gastos para lá, impostos para cá.
00:19E, para isso, queremos a opinião do Rodrigo Oliveira,
00:22enquanto você deixa o seu like aqui no nosso vídeo, que isso é importante.
00:25Deixa o seu like mostrando justamente que você quer mais manifestações do Caio Matos,
00:32do Rodrigo Oliveira, do nosso Rodolfo Borges, do Duda Teixeira.
00:36O seu like é sinal de aprovação.
00:40Meu caro, o que é que você está achando agora deste momento de reforma tributária?
00:47O Haddad disse que vai mandar uma proposta, mas essa proposta não seria final.
00:51Então, por que vai mandar?
00:52E o que é que o mercado financeiro está achando dessa possível proposta
00:57de reforma tributária e do PERSI?
01:02Vamos lá. Boa tarde.
01:04Quase boa noite já, uma da tarde.
01:07Está com fome.
01:11Vamos com calma.
01:13A reforma tributária é o primeiro projeto de três, segundo o governo.
01:20Esse primeiro projeto vai lidar com algumas transições e como é que vai funcionar,
01:25o funcionamento geral desses novos impostos, do IBS, do IS.
01:31Esse imposto único dual, um para estados e outro para o imposto federal em si.
01:39E o imposto seletivo vai ser aquele sobre coisas que estão ruins, engordam, coisas parecidas.
01:47Muito bem.
01:48Dado esse panorama, o governo envia.
01:51Então, hoje, eu não sei se já enviou, inclusive, o projeto de reforma tributária,
01:56segundo o Bernardo Api, que é o secretário especial da reforma tributária lá no Ministério da Fazenda.
02:01Segundo o Bernardo Api, 500 artigos, aliás, 500 artigos, mais de 300 páginas para os deputados lerem.
02:13Você imagina que ontem mesmo a gente falava que o Lula estava dando um pito no Haddad
02:18e ele não devia ficar lendo livro e, sim, ele devia conversar com o Congresso.
02:22Agora vai ter assunto para mais de meta e vai ter livro para ler também,
02:26porque 300 páginas já é um livro que para em pé.
02:29Pois bem, isso mostra, brincadeiras à parte aqui, mostra a complexidade que é você fazer uma reforma tributária.
02:37E mostra também que é muito difícil.
02:40Não que eu esteja esperando aqui que os parlamentares sentem e leiam as 300 páginas.
02:47Isso, obviamente, não vai acontecer.
02:50Se é salvada uma meia dúzia de três ou quatro, quem sabe um ou dois.
02:55O que a gente tem que entender aqui é que, mesmo assim, como tem vários pontinhos
03:03que, embora os parlamentares não vão ler, não pretendam ler,
03:08os grupos de interesse, setores empresariais, empresários e outros,
03:15sindicalistas e tudo mais, vão, obviamente, ler e buscar ali aquilo que eles querem que mude.
03:22Então, cada um vai lá e fala que eu sou deputado, que eu sou senador e vai pressionar para alguma mudança.
03:28O problema é que você tem sete semanas até o recesso parlamentar, no meio do ano.
03:33A próxima semana é 1º de maio, dia do trabalhador, ninguém trabalha no dia do trabalho.
03:40E a Câmara, provavelmente, nem vai votar coisa nenhuma.
03:44Então, você teria aí seis semanas para 500 artigos, 300 páginas ou coisa parecida,
03:52para você ver e votar e apreciar e aprovar ou não e modificar a reforma tributária
04:01antes do recesso parlamentar.
04:03E depois da Câmara ainda vai para o Senado e o Senado faz o mesmo processo.
04:07A chance de isso ser feito antes do recesso parlamentar é quase zero,
04:14apesar de os mais esperançosos, depois da reforma, da PEC da reforma,
04:19ter sido votada ali em uma semana, antes do Lira Safadão,
04:23o Lira ir ao cruzeiro do Wesley Safadão,
04:26não se acredita que toda essa gama de artigos e de normatizações vai ser votada antes desse recesso.
04:38E aí você tem um outro problema.
04:39Começam as eleições municipais e até outubro a Câmara e o Senado
04:44funcionam de uma forma meio Operação Tartaruga,
04:47porque eles estão, obviamente, nas bases eleitorais,
04:51apoiando ali os candidatos deles a vereador, prefeito e afim.
04:58Então, o que a gente imagina é que depois desse primeiro projeto,
05:03que já é grande o bastante, que vai ficar para o fim do ano,
05:07ainda tem mais dois projetos de lei, um projeto de lei complementar
05:11e um projeto de lei ordinário,
05:12para regulamentar mais partes ainda da reforma tributária,
05:17que é a primeira parte da reforma, que é a reforma sobre consumo.
05:22E aí você vai lembrar que lá no começo a ideia era tributar os ricos, blá, blá, blá.
05:27Enquanto isso, amigo, renda, nada, nenhum tributo, coisa nenhuma.
05:32Pelo menos nenhuma mudança até agora.
05:35Por enquanto, ficou tudo no consumo mesmo,
05:38mostrando que vai para cá, vai para lá,
05:42corre para a direita, corre para a esquerda,
05:44acaba tudo onde estava, ninguém se interessa em coisa nenhuma
05:48e a gente vai consertando as coisas meio a reboque,
05:52aquilo que dá para fazer.
05:54De qualquer forma, a reforma tributária é melhor do que não reforma tributária.
05:59Essa reforma tributária não está piorando a situação,
06:02pelo menos aparentemente.
06:03A gente ainda tem que esperar aí essa regulamentação.
06:06Sobre o PERS, vou fazer aqui um...
06:08O PERS, que é o Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos,
06:15o governo conseguiu uma vitória importante ontem,
06:21tem várias coisas, eram 44 quinais, foi para 30,
06:25o governo queria dois, sei lá, queria muito menos, obviamente.
06:28Ah, faturamento pelo lucro real e pelo lucro arbitrado,
06:32o governo não queria que tivesse ficado arbitrado,
06:35vai ficar só em 24, 25, 26, não vai ter mais.
06:37Mas o mais importante disso tudo é que a relatora
06:43manteve no texto, ou colocou no texto,
06:47uma meia trava para o processo,
06:49que é o governo só vai gastar,
06:52ou vai abrir mão de arrecadar, 15 bilhões de reais.
06:56Então, o custo fiscal disso é 15 bilhões de reais,
06:595 bilhões por ano, 5 agora, 5 no ano que vem, 5 em 2026,
07:03e aí o programa se encerra.
07:05Ah, mas e se o dinheiro acabar antes?
07:08O programa se encerra também.
07:09Então, se gastar os 15 bilhões antes,
07:13acaba o programa, é uma vitória para o governo,
07:15porque acaba segurando alguma coisa da despesa,
07:19pelo menos, né?
07:20É aquilo que a gente estava falando aqui.
07:22Então, o que a gente tem?
07:24Uma despesa um pouco mais controlada com essa parte do PES,
07:28que a ideia do Congresso, para chantagem ou não,
07:32era manter do jeito que estava até 2027,
07:36o governo defendia aí que o gasto fiscal,
07:40o custo fiscal era de quase 20 bi,
07:43os setores diziam que era algo entre 10 e 13 bi,
07:46o fato é que ficou 15 bi em três anos.
07:49Então, vitória aí para o nosso querido Haddad,
07:51que deve estar tomando muito cafezinho,
07:53conversando muito e lendo coisa nenhuma.
07:56Tchau, tchau.

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