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Um dos integrantes do grupo de trabalho responsável pela elaboração do projeto de lei que trata da regulamentação da reforma tributária, o deputado federal Cláudio Cajado (União-BA) afirmou ao programa Meio-Dia em Brasília que há um compromisso interno para que não ocorra a elevação do peso dos impostos no país.
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Transcrição
00:00Vamos falar sobre reforma tributária, porque o grupo de trabalho responsável pela regulamentação da reforma tributária
00:08pretende entregar o seu relatório até amanhã.
00:11A expectativa é que esse grupo mantenha a alíquota do chamado IVA em 26,5%.
00:17Detalhes do texto estão sendo fechados ainda por esse grupo de trabalho.
00:21E a ideia do presidente da Câmara é que na semana que vem se tenha um esforço concentrado
00:27para votar a regulamentação da reforma tributária.
00:32Para falar sobre o assunto, eu estou com um dos integrantes do grupo, o deputado Cláudio Cajado,
00:36que gentilmente nos atendeu aqui.
00:39Deputado, seja muito bem-vindo ao meio-dia.
00:42Bom dia, Wilson. Bom dia, Rodrigo.
00:45A todos que nos acompanham agora pelo antagonista, é um prazer.
00:50Eu, de último, já te agradeço a gentileza, deputado, porque pela manhã a gente conversava
00:55no momento que eu te pedi essa entrevista, você me falava
00:58Wilson, eu estou conversando com muita gente, então vai ter que ser uma conversa rápida,
01:02prática e objetiva, porque eu tenho que entregar esse relatório.
01:06Deputado, o relatório vai ser entregue mesmo amanhã?
01:09O que ainda falta para fechar esse texto?
01:12Bom, estamos agora.
01:13Eu interrompi a reunião com os demais membros do grupo do 28, do grupo do trabalho número 2,
01:21para poder fazermos essa entrevista.
01:24E, exatamente agora, nós estamos aí compatibilizando o texto da 108 com o nosso,
01:31do grupo do trabalho que eu integro, que é o PLP-68,
01:34no intuito de podermos fazer com que os dois textos estejam e fiquem prontos para serem votados.
01:40Inicialmente, eu tinha uma ideia de que votaríamos primeiro o nosso,
01:45para depois votar o grupo do 108,
01:47mas me parece que houve um acordo entre o grupo e o presidente Arthur Lira,
01:51ainda vou confirmar isso assim que estiver com o Arthur Lira,
01:54e vamos votar logo em seguida ao nosso, ou se ficará para o segundo momento.
01:58O importante é que, nesse momento agora,
02:00nós estamos aí trabalhando para poder afinarmos os dois textos,
02:04e estamos na conclusão ainda das questões técnicas
02:08em relação ao PLP-68, que eu integro juntamente com os demais seis relatores.
02:13É uma lei muito complexa, muito mais complicada do que fora o arcabouço no ano passado,
02:19porque mexe com muitos setores produtivos,
02:22mas, assim, em resumo, todos adoraram e querem a aprovação da reforma tributária.
02:28O que existe, por exemplo, é quem está fora da cesta básica,
02:33quer ter a alíquota zero estando na cesta básica.
02:36Quem está na alíquota reduzida, está querendo entrar na cesta básica.
02:40Quem está com a alíquota cheia, quer ficar com a alíquota reduzida.
02:43Ou seja, é uma situação que nós temos como ajustar,
02:46e segundo o nosso roteiro, vamos fazer esse ajuste,
02:49estamos fazendo agora, do ponto de vista técnico,
02:52o próprio governo já encaminhou uma série de alterações,
02:55não apenas pelas sugestões que recebeu,
02:58paralelamente ao que nós fizemos das audiências públicas e das mesas de diálogo,
03:03muitas sugestões e críticas construtivas foram apresentadas,
03:07tanto ao nosso grupo de trabalho quanto ao governo,
03:10e fomos ajustando o texto.
03:12Então, o que nós estamos fazendo até agora,
03:14até esse exato momento,
03:16é ajustar o texto do ponto de vista técnico
03:19e da técnica legislativa dentro do parlamento.
03:22Por exemplo, tem três incisos,
03:24nós podemos botar um parágrafo único e resolve a boa técnica legislativa.
03:28Coisas como essa.
03:30E os textos que o próprio governo reconheceu
03:32que poderia ser alterado,
03:34que não compromete os dois, digamos assim,
03:37critérios absolutos que nós estamos não nos desvinculando.
03:41Primeiro, de não haver um aumento da carga tributária geral de 26,5%.
03:47E segundo, de não haver um compromisso que não se aumente a carga tributária, não é, deputado?
03:54Que não se aumente a carga tributária.
03:55E que se mantém a neutralidade da atual carga nos setores produtivos.
04:00São dois, é uma moeda de dois lados que nós não queremos deixar de lado.
04:04Por isso mesmo, vamos entrar no segundo momento,
04:06agora nas demandas que nós consideramos política,
04:09porque depende da vontade do parlamento manter ou alterar
04:12da forma como veio do projeto da Lei Complementar 68.
04:18Rodrigo Oliveira.
04:19Deputado, eu queria até entender um...
04:23Eu vi que, obviamente, tem essas pressões de grupos específicos, né?
04:27Por estarem ali numa alíquota reduzida ou na cesta básica,
04:31sem incidência de imposto, etc.
04:34Eu queria que o senhor explicasse para a gente como é que se dá essa conversa, né?
04:37É uma apresentação de motivos pelos quais eu gostaria de ser beneficiado por isso?
04:43Porque a gente está bem no meio de uma discussão
04:46que o presidente Lula tem falado.
04:48Agora, olha, tem muito benefício fiscal, etc.
04:51Isso é uma espécie de gasto fiscal, né?
04:54Como é que está sendo isso para vocês lidarem?
04:56E aí, só me tiro uma dúvida,
04:57eu não sei se o grupo de vocês ficou com o cashback também?
05:00Vocês já têm uma formatação de como é que vai ser o cashback?
05:06O que o senhor está sabendo?
05:07Nós estamos com tudo, né?
05:10O grupo 2, basicamente, ficou com a questão do comitê gestor,
05:14que é uma coisa muito simplória.
05:1590% da reforma tributária está com o nosso grupo, o grupo 1,
05:20e nós estamos avançando exatamente nessas discussões.
05:23Os setores, como eu disse,
05:25têm várias justificativas para cada um despedido dele.
05:28Por exemplo, o pessoal do imposto seletivo,
05:31cigarro, bebidas, cada um tem uma alegação
05:34para poder ou sair do imposto seletivo
05:36ou ter uma alíquota diferenciada.
05:40Por exemplo, as cervejeiras acham que não é justo
05:43pagar o imposto seletivo com o mesmo valor
05:45em cima do que se paga a bebida destilada,
05:49apesar de que você tem uma dupla incidência
05:52de tributação sobre os estilados e a cervejaria,
05:55levando em consideração não apenas o teu alcoólico,
05:57mas também a graduação da quantidade de álcool
06:00por, digamos assim, por quilograma.
06:03Então, fizemos uma dupla cobrança.
06:07Essa é uma demanda.
06:08O pessoal de cigarro acha que,
06:10se for aumentar a alíquota do cigarro,
06:13vai ter muito mais cigarros contrabandeados
06:16e o objetivo do imposto seletivo,
06:20que seria aqueles itens ou produtos nocivos à saúde,
06:24prejudicar e tentar evitar-se isso,
06:26aumentar o contrabando,
06:27porque o cigarro contrabandeados vai ficar mais barato
06:30e vai aumentar quem fuma e o efeito vai ser inverso.
06:33Ou seja, estou dando exemplos aqui
06:35de que existe argumento para tudo.
06:37O que nós estamos levando em consideração,
06:38como eu disse inicialmente,
06:39é não aumentar a alíquota geral de 66%.
06:42Então, se qualquer item tiver de ser diminuído
06:45ou acrescido na sua alíquota,
06:47você tem que fazer a dosimetria
06:48para que, no final, a carga tributária não seja aumentada.
06:51É uma demanda muito grande.
06:53Hoje nós achamos que todos os setores têm legitimidade,
06:58mas a gente vai tomar uma decisão
07:00e a nossa decisão aqui do Colégio dos Relatores
07:04vai ser submetida ao presidente Arthur Lira
07:07e aos líderes partidários
07:08para quando o projeto chegar em plenário
07:10não tiver muitas dificuldades para a sua aprovação.
07:13Por isso mesmo, nós somos sete relatores,
07:15cada um representando os sete maiores partidos daqui da Câmara.
07:18Estamos conversando com as nossas respectivas bancadas
07:21e eu não vejo grandes dificuldades.
07:23O projeto é muito técnico,
07:25ele tem assentamentos muito em uma matéria tributária
07:29que nem todo mundo tem uma compreensão clara,
07:31mas o importante dizer aqui,
07:33Rodrigo e Wilson,
07:34e todos que nos acompanham,
07:36é que o Brasil tem o décimo pior sistema tributário do Brasil.
07:41Nós estamos agora conversando aqui.
07:43Se você pegar um óculos, por exemplo,
07:45desculpe,
07:46se você pegar um óculos, por exemplo,
07:48você não sabe quanto é que você pagou de imposto nesse óculos.
07:52A partir do momento que nós aprovarmos a reforma tributária,
07:56esse óculos vai ter um preço e um imposto ao lado,
08:00o que significa dizer que todo mundo vai saber quanto está pagando.
08:04E o mais importante,
08:06quando o comerciante compra da indústria o óculos,
08:09esse óculos será pagar um imposto,
08:13esse imposto vai subir para uma espécie de câmara de compensação,
08:17que nós estamos chamando de split payments,
08:20e quando o consumidor final comprar da loja,
08:23esse imposto será abatido.
08:25Ou seja, você não terá o que tem hoje da chamada cumulatividade.
08:30Ou seja, cada momento da cadeia produtiva,
08:34ou da cadeia de comércio,
08:35que esse produto passar,
08:37vai estar sendo separado o imposto,
08:39para que o consumidor final pague,
08:41e cada um, ao longo da cadeia,
08:43possa se acreditar naquilo que pagou.
08:45Ou seja, ninguém vai pagar imposto sobre imposto,
08:47como acontece hoje.
08:48Isso é o melhor benefício dessa reforma tributária,
08:52e sem dúvida nenhuma,
08:53nós queremos, ao final de 2032, 2033,
08:57quando ela entra em pleno vigor,
08:59ter uma diminuição da carga tributária,
09:00que seria hoje um 26,5%,
09:03quando o modelo começar a ser implementado,
09:05para algo em torno de 24% a 22%.
09:07Ou seja, nós vamos baixar a carga tributária do país.
09:10Teve alguma mudança no cashback, deputado?
09:14O senhor está por dentro desse item também, ou não?
09:17Essa, com outras que eu sei que vocês, jornalistas,
09:19não perdem a oportunidade,
09:21é a pergunta de um milhão, né?
09:22Se houver, nós vamos dizer, na quinta-feira,
09:25na audiência geral, na coletiva,
09:31que nós vamos dar, viu, Rodrigo?
09:33Perfeito.
09:33Agora, deputado, tem uma aqui que eu vou lhe perguntar,
09:36que eu tenho certeza que você não vai conseguir escapar,
09:37que é o seguinte, como é que está a conversa com o Quarto Lira,
09:41para você ter a aprovação desse texto?
09:43A ideia é realmente apresentar o relatório amanhã,
09:45e fazer as suas coisas,
09:46então, terça, quarta, quinta,
09:47para na quinta ele já ser aprovado,
09:49e já partir para a tramitação do Senado?
09:52Essa é o roteiro que nós estabelecemos lá atrás.
09:55Eu não consegui falar com o presidente Artulira,
09:57ele estava em Lisboa, né,
09:58naqueles eventos lá das delegações brasileiras
10:02que foram para lá,
10:03e retornou, me parece, no domingo.
10:06Tem um evento ontem e hoje em Alagoas,
10:09das mulheres parlamentares integrantes do P20,
10:12do parlamento dos G20,
10:15quando teremos aqui um encontro
10:16entre todos os chefes de estados e presidentes
10:21do grupo do G20,
10:22dos países integrantes do G20,
10:24e ao mesmo tempo teremos aqui em Brasília o P20,
10:27que é o encontro dos presidentes dos parlamentos
10:29que integram o grupo dos 20 países
10:33que integram esse grupo.
10:34Então, eu espero falar com ele hoje ou amanhã.
10:38Ficou previsto o nosso encontro amanhã,
10:40para que nós pudéssemos conversar,
10:41e logo em seguida com os líderes partidários.
10:44Acontecendo esse encontro amanhã, na quarta-feira,
10:46já que hoje, até o final da noite,
10:48nós esperamos concluir esse relatório,
10:52nós integraremos o relatório ao presidente Artul,
10:54e a partir daí a bola fica com ele,
10:56para ver se vai disponibilizar o relatório
10:58para os líderes já na quarta-feira,
11:00ou se disponibilizaria em uma reunião na quinta-feira.
11:03Então, nossa previsão é que entre quarta e quinta
11:07o relatório não esteja disponibilizado
11:09para seguir, de fato, a votação na semana que vem.
11:12Esse é o nosso roteiro.
11:14Mas, repito, depende aí da decisão final do presidente Artul,
11:19juntamente com os demais líderes que integram o Colégio de Líderes.
11:21Legenda Adriana Zanotto

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