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A bancada do partido Novo na Câmara tenta reunir o número mínimo de assinaturas para apresentar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para impedir o governo de editar Medidas Provisórias (MPs) que criem ou aumentem impostos no país.
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Transcrição
00:00A bancada do Novo na Câmara tenta reunir o número mínimo de assinaturas
00:05para apresentar uma proposta de emenda à Constituição
00:08para impedir o governo federal de editar medidas provisórias
00:13que criem ou aumentem impostos.
00:16Apelidada de PEC anti-taxade,
00:18a proposta precisa do apoio de 171 deputados para ela ser protocolada.
00:24Segundo o deputado Gilson Marques,
00:26seria possível, com essa PEC, frear manobras do poder executivo.
00:32Deputado, para a gente entender um pouco essa proposta,
00:36qual é a ideia dessa PEC anti-taxade?
00:40Na verdade, nós estamos vivendo um momento de retrocesso histórico fenomenal.
00:48A evolução da história é de que os tributos não possam ser
00:55de maneira aleatória e de vontade única do governante, do rei e do senhor feudal.
01:02Lá na Inglaterra, lá nos idos de 1200 e depois de 1600,
01:08que é o sentido do parlamento,
01:10é de que a criação, a elevação de tributos,
01:14ela precisa ser de forma consentida.
01:17Ainda que esse assentamento, ele não seja de uma maneira pessoal,
01:24mas através de um sistema, que é o legislativo.
01:29O legislativo, ele é o órgão competente, se não o único,
01:33para brecar, para apertar o cinto da sanha arrecadadora do governo.
01:39Então, o que que pretende essa PEC?
01:42Proibir, com exceção de casos de guerra,
01:45de que o governo, o executivo, ao seu bel prazer,
01:50crie e eleve tributos por intermédio de medida provisória.
01:54Na própria justificativa da PEC,
01:56eu menciono quatro exemplos que esse governo especificamente fez isso.
02:02Então, obviamente que nós temos um sistema
02:05que ele é muito difícil de controlar,
02:10já que o próprio legislativo também tem interesse
02:13que os impostos sejam aumentados
02:15e as novos impostos sejam criados,
02:19porque são eles que também administram os recursos dos outros.
02:23Apesar disso, nós já temos 83 assinaturas,
02:25queremos aí conseguir os restantes até o final do recesso.
02:30Rodrigo Oliveira.
02:32Deputado, eu particularmente, quando eu ouvi,
02:34é claro que é um nome mais marqueteiro, assim, né?
02:37PEC antitaxagem, etc.
02:39Então, achei que fosse uma ideia meio ruim,
02:41mas eu estou entendendo que é o seguinte,
02:43como a gente está mirando aí nas medidas provisórias,
02:46a ideia é dar tempo de discussão para novas taxas, etc.,
02:52que é o que o senhor estava falando aí agora há pouco.
02:54Mas eu queria entender, assim,
02:56isso também não pode amarrar um pouco o governo aí,
03:00qualquer que seja o governo, né?
03:01No sentido de ele precisa ter um pouco mais de mobilidade ou não, né?
03:06A gente acaba seguindo aí regra de anterioridade para a criação ou aumento de tributo
03:12ou é uma adequação do lado da receita para a lei de responsabilidade fiscal
03:18que cuida ali das despesas, né?
03:20Normalmente.
03:21Olha, se tiver uma despesa nova, tem que dizer de onde sai o dinheiro.
03:23Agora, talvez, não está na PEC de vocês, eu sei,
03:28mas talvez fosse uma ideia de, olha, para ter uma receita nova,
03:32a gente vai precisar que você explique para onde vai esse dinheiro, é isso?
03:38Essa pergunta é interessante porque, na verdade,
03:41a população está acostumada a ser letárgica.
03:45O objetivo realmente é amarrar.
03:48Você não entendeu errado, não.
03:49Nós estamos, em comparação lá ao quinto dos infernos e tiradentes,
03:54nós já ultrapassamos aí 35% de tributos.
03:58Se nós não amarrarmos agora, vamos amarrarmos quando?
04:01O governo executivo, ele precisa trabalhar com o cinto apertado.
04:07Se você dá folga, ele avança ainda mais para o patrimônio alheio.
04:13Com relação a essa conta, nós tivemos, em 2023, recorde de arrecadação.
04:17Resolveu o problema?
04:18Não, nós também tivemos recorde de dívida pública.
04:22Então, nós precisamos frear esse avanço,
04:26pelo menos de maneira aleatória e ao bel prazer do executivo.
04:30Se quer aprovar, se precisa, se é um momento anômalo, enfim,
04:37que seja feito através do legislativo.
04:39Afinal de contas, essa é a principal função do legislativo.
04:45Determinar se a população está disposta ou não,
04:49se é justo ou não, arrecadar mais.
04:52E é interessante porque o Brasil,
04:54ele tem vários órgãos de controle de roubo.
04:57Tem a Polícia Federal, tem o Ministério Público, tem o próprio Judiciário.
05:03Mas o roubo legal, por canetada,
05:06o único órgão que trabalha mais ou menos para isso é o legislativo.
05:11Não existe outro órgão.
05:12Dizer que não precisa de freio é admitir, hipoteticamente,
05:17que o executivo pode fazer uma medida provisória
05:20de tributar dos 35, 40 atuais para 80, para 90.
05:25É confiscatório.
05:27E é óbvio que isso não faz sentido nenhum.
05:29Então, o objetivo, sim, é amarrar,
05:32e é o que nós mais precisamos hoje
05:34para brecar essa sanha arrecadadora do governo.
05:38Agora, deputado, em termos práticos,
05:42eu sei que essa é uma PEC pouco popular entre os seus pares.
05:46É só para a gente encerrar a nossa conversa.
05:48O senhor já conseguiu quantas assinaturas?
05:50Como é que vai ser a expectativa de coleta de assinaturas
05:52no segundo semestre, no retorno do recesso parlamentar?
05:55Nós temos 83 assinaturas agora.
06:01Precisamos 171.
06:04Tenho uma expectativa muito boa de conseguir
06:06logo no início dos trabalhos.
06:09Agora, até outubro, é um momento ruim
06:12porque é eleições municipais.
06:17Então, o Congresso não deve trabalhar num ritmo normal.
06:22Então, a expectativa é se juntar essas assinaturas
06:25até outubro, novembro, trabalha normalmente, entre aspas.
06:31E quem sabe a gente já consegue aprovar esse ano
06:33para ter validade aí desde então.
06:52E aí
06:57E aí

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