Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • hoje
No Visão Crítica, os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Cezinha de Madureira (PSD-SP) debatem sobre o orçamento público e as polêmicas emendas parlamentares. Enquanto Zarattini defende a linha do governo, Cezinha argumenta pelo Congresso, em uma discussão moderada por Marco Antonio Villa.

O cientista político Cristiano Noronha, analisa os problemas fiscais graves do Brasil e os impasses entre Executivo e Legislativo na gestão dos recursos públicos do país.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/5Tl6tbFT_Zc

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#VisãoCrítica

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Quem nos acompanha aqui no programa falou, olha, pergunte aos entrevistados isso.
00:04Um, emendas parlamentares.
00:08Muitos dos que nos acompanham falam assim, mas o Congresso fala que precisa cortar gastos.
00:14Perfeito, por que não começa a cortar as emendas parlamentares,
00:16que nunca foram tão altas na história da República como agora?
00:20Eu pergunto ao deputado Zaratini, por que não?
00:24Primeiro, são 51 bilhões de reais de emendas parlamentares.
00:28Esse assunto estava ficando fora aqui da conversa.
00:32E, na verdade, ele é um dos assuntos centrais na decisão do presidente Hugo Mota,
00:38porque houve aquele posicionamento do Flávio Dino, que sustou as chamadas emendas secretas.
00:47Que nunca foram secretas, né?
00:49Bom.
00:49Foram ou não foram?
00:50Não, nunca foram.
00:51Não foram?
00:51Nunca foram.
00:52Essas emendas, vamos dizer assim, emendas secretas, sustou.
00:57Depois teve um atraso no orçamento devido à própria votação no Congresso,
01:02que só foi votar em abril desse ano o orçamento.
01:05E isso levou a um atraso na liberação das emendas.
01:09Então, todo esse processo aí também é um processo que se considera que está irritando o Congresso.
01:16E, muitas vezes, não se vê que a transferência do dinheiro do Tesouro Federal para o município,
01:22ela é um processo, não é o Pix, que a gente vai lá com o dedinho e aperta e o dinheiro vai.
01:28Não, tem que ter um processo, tem que ter justificativa, tem que ter a legalidade,
01:33uma série de coisas para poder ser feita a transferência.
01:36E as equipes do governo federal não são tão numerosas assim.
01:40Agora, o fato é o seguinte, o Congresso, ao longo desse processo,
01:45desde lá do governo Dilma, quando se tornaram impositivas as emendas individuais,
01:50até o governo Bolsonaro, quando se ampliaram,
01:53porque começou as emendas secretas no Temer com o Rodrigo Maia,
01:57e explodiram com o governo Bolsonaro,
02:00que não tinha interesse nenhum de controlar o orçamento,
02:03para ele tanto fazia, ele jogou na mão do Congresso.
02:06Agora, é evidente que o Congresso vai querer continuar controlando o orçamento.
02:12É muito difícil abrir mão que os deputados e senadores
02:15abram mão daquilo que eles já têm, certo?
02:19Que é a possibilidade de direcionar uma fatia enorme do orçamento,
02:24mas ele não vai abrir mão.
02:26Então, eu acho muito difícil que esse problema se resolva,
02:29porque teria que haver uma decisão dos próprios parlamentares
02:32contra os seus próprios interesses.
02:35Então, isso, o governo do presidente Lula deu como fato,
02:41porque o que ele pode fazer?
02:42Qualquer medida que ele faça no orçamento, na LDO,
02:47ela vai ser rechaçada pelo Congresso.
02:50Não há possibilidade de mudar isso por enquanto.
02:52Deputado César Inimadureira, justamente sobre essa mesma questão,
02:56como é que ficam, no plural, as emendas parlamentares?
03:00Alguns dizem que são abusivas, outros dizem que é o deputado
03:04que conhece as necessidades da população a quem dirige aquelas emendas.
03:08Na opinião do senhor, como é que vão sair dessas?
03:10Vale a pena lembrar que nunca existiu nada secreto.
03:13Isso é o número um.
03:15Isso aí é um...
03:17Você lembra do projeto 2630?
03:20Pelo número, eu acho que o senhor não vai lembrar.
03:22Mas se eu falar fake news, o senhor vai lembrar.
03:24Porque deram apelido ao projeto.
03:28Deram apelido às emendas chamadas secreto, que nunca foram.
03:32Até porque o parlamentar precisa mandar um ofício,
03:36o município precisa mandar um ofício, precisa mandar o projeto e por aí vai.
03:41Desde lá de trás, no governo Bolsonaro, vale a pena lembrar
03:45que quase a maioria do que foi indicado por parlamentares
03:51Na virada do governo, o presidente Bolsonaro faz um decreto cancelando ali
03:56um... não lembro agora o número, mas cancelou um montante muito grande
04:01daquilo que foi indicado por parlamentares.
04:05Aí, Zaratini me fala aqui dos 51 bi.
04:11Esse dinheiro não tirou do que já era feito pelos ministérios.
04:17O que ninguém explica.
04:18Esse recurso, esse recurso, todos eles eram na caneta dos ministros.
04:25Antes do governo Temer.
04:29E ali começa a dar uma liberdade maior e um poder melhor para os parlamentares.
04:35O presidente Bolsonaro, ele faz a sua campanha dizendo,
04:38olha, menos Brasília, mais município.
04:42Quem é que representa os municípios em Brasília?
04:46Os deputados, seja ao lado Pará ou seja do Rio Grande do Sul, do Iapoque ao Chuí.
04:53A maior representação, principalmente, são os deputados que estão lá na ponta,
04:58sabendo a necessidade, lá onde tem o índio, lá onde tem problema no Rio Grande do Sul,
05:04da água e por aí vai.
05:06Esse dinheiro não é um dinheiro que tirou de algum outro lugar, não.
05:11Não criou-se mais orçamento para colocar nesse orçamento de emendas parlamentares.
05:16O que fez foi tirar um certo poder ali dos ministros e trazer para o parlamento.
05:24Agora, o presidente Lula está governando com outro orçamento diferente de outros presidentes?
05:30Não. A diferença é que a fonte está sendo outra.
05:33É importante dizer isso.
05:35Quando se fala de orçamento secreto, tem que entender e falar também que
05:41este orçamento indicado por um deputado ou senador,
05:45ele tem uma visibilidade total daquilo que você faz desde o início,
05:50quando o prefeito ou o vereador te manda um ofício que tem que ter um projeto.
05:55Agora, o que tem acontecido muito é que o governo, com um apoio muito grande no judiciário,
06:03tenta às vezes resolver as coisas não no parlamento e no judiciário, em especial no STF.
06:09É isso que tem também irritado um pouco o Congresso,
06:13que agora está com um pouco mais de coragem.
06:15Veio aí o presidente Lira, agora o presidente Hugo,
06:18que em que pese com aquela carinha de novo,
06:22mas tem muita experiência, que tem muita coragem e muita lenha para queimar pela frente.
06:27Então, eu acredito que ele fez o certo.
06:29Eu acho que o parlamento está no caminho certo do que fez essa semana.
06:36São quase 400 votos, Aratini.
06:39Então, não foi apenas uma votação apertada, não.
06:43Foram quase 400 votos.
06:45E, diga-se de passagem, muitos não foram votar para não se expor com seus espaços que tem no governo,
06:55mas gostariam de votar também, o que aconteceu essa semana.
06:59Significa que precisa de uma nova conversa,
07:02precisa colocar no caminho certo,
07:04porque o povo lá na ponta não pode perecer.
07:07Cristiano Noronha, que é o cientista político,
07:10está em Brasília acompanhando e participando da nossa conversa de hoje do Visão Crítica.
07:16De uma forma mais sucinta, porque eu quero colocar uma questão no final,
07:19e o tempo corre, o tempo passa, como diria um célebre locutor, o Fiore Gilhote.
07:26Então, passa tudo muito rápido.
07:28Na sua visão, como cientista político,
07:30essa questão das emendas parlamentares e o volume que isso representa hoje,
07:35que é um processo histórico que foi crescendo
07:37desde o primeiro presidente eleito plenamente democrático,
07:42foi o Fernando Collor, a partir de 1990, quando toma posse.
07:45Como é que é a sua análise?
07:48Bom, Vila, obviamente que tem aumentado muito.
07:52É preciso fazer, sim, algum tipo de redução nesse volume de emendas.
07:59O recurso é muito expressivo, sem dúvida nenhuma.
08:05Agora, eu não vejo que não é resolvendo esse problema das emendas
08:11que a gente vai resolver o problema fiscal de forma estrutural do país.
08:16Pode dar uma folga, mas existem outras situações.
08:22A própria ministra do Planejamento, Simone Tebet,
08:26que, diga de passagem, depois dessas recomendações que ela fez,
08:30parece ter sido colocada um pouco de lado,
08:33ela já havia falado da necessidade, sim,
08:38do Executivo rever essas questões de vinculação de benefícios ao salário mínimo.
08:45Essa política de reajuste do salário mínimo é muito meritória para o governo,
08:50mas acontece que a gente tem problemas graves fiscais.
08:53Essa política de reajuste do salário mínimo é só de 2024 até 2026, 2027,
09:06vão representar 100 bilhões de reais em gastos na Previdência.
09:12Então, a gente está falando aqui, o governo derrubou esse decreto,
09:18na próxima semana o governo vai fazer uma regulamentação da questão do IPI verde,
09:25reduzindo até o final de 2026 o IPI para automóveis,
09:32para automóveis não poluentes e tudo mais.
09:34Enfim, qual é o benefício, qual é a contrapartida tributária para esse?
09:40Não foi anunciado.
09:42Qual foi a compensação também para fazer o reajuste do salário mínimo?
09:51Não foi anunciado.
09:54Então, a gente vê sempre uma facilidade enorme,
09:58tanto uma parte do Congresso que até aceita isso,
10:03quanto do Executivo também de aumentar o gasto,
10:06e nem sempre necessariamente trazendo essas fontes de arrecadação.
10:12E o próprio governo também, o Congresso Nacional,
10:16acaba aprovando, o Fundeb é uma,
10:19a medida, houve uma prorrogação, um aumento do percentual do Fundeb também,
10:25que acaba vinculando, engessando ainda mais o orçamento.
10:29Então, a gente tem um pacuete no Parlamento e no Executivo também,
10:37muito forte, de querer sempre enrijecer o orçamento,
10:43deixando uma margem muito pequena,
10:46por exemplo, para o Executivo ir tocando as chamadas reformas estruturantes.
10:53Hoje mesmo saiu também o dado de que o Legislativo brasileiro,
10:57ele tem 51% mais servidores do que o Legislativo americano,
11:04nos Estados Unidos, por exemplo.
11:09Existem no Brasil muitos desperdícios.
11:13Vila, eu acho que o Brasil precisa passar muito,
11:17um pente fino em todos esses gastos,
11:20revisar essas questões,
11:22e tem muito dinheiro aí sendo desperdiçado
11:26e a gente está deixando passar,
11:30não olhando com atenção para isso.
11:33Eu já falei aqui, a Simone Tebbit fez esse diagnóstico,
11:37é importante essa discussão,
11:41mas que infelizmente a gente não tem coragem política de enfrentar.
11:45A reforma administrativa,
11:48o Hugo Mota está fazendo ali,
11:50criou um grupo de trabalho para discutir,
11:52não vejo chance disso avançar,
11:54mas pelo menos toda essa novela do IOF,
11:59acredito eu, e também essa questão dessas medidas provisórias
12:03que estão sendo ainda pendentes do governo,
12:05ele está trazendo de novo uma discussão
12:09que eu acho que para o futuro é muito importante
12:12do Brasil discutir essa questão do gasto,
12:15discutir desperdício,
12:17fazer uma rediscussão sobre a questão orçamentária no país.
12:21Esse debate já está muito atrasado
12:25e ele é muito urgente,
12:26como a gente pode ver nos dados fiscais
12:30que são divulgados com bastante frequência
12:33pelo Tesouro e também pelo Banco Central.
12:35Então,
12:36os vídeos,
12:36os vídeos,
12:36os vídeos,

Recomendado