- anteontem
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NotíciasTranscrição
00:00As incertezas sobre o panorama das eleições presidenciais no Brasil em dois mil e vinte e seis movimentam com força os bastidores da política nacional.
00:11Diferentes cenários e personalidades de todas as regiões do país integram as listas de confronto entre possíveis candidatos.
00:19O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro seguem como personagens centrais.
00:27No entanto, o petista enfrenta turbulências no governo e o embate com o Congresso Nacional, enquanto Bolsonaro segue declarado inelegível até dois mil e trinta e aguardando os desdobramentos das investigações do Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de golpe de Estado.
00:45As sondagens dos institutos de pesquisa de opinião, apesar de diferentes métodos de medição, chegam a um prognóstico comum.
00:55O quebra-cabeças antecipado sobre o primeiro e segundo turno das eleições do próximo ano continua embaralhado.
01:03O Visão Crítica desta noite traz ao debate as simulações da mais recente pesquisa eleitoral sobre quem deve ocupar o gabinete presidencial e as estratégias das legendas partidárias mediante os números indicados em cada levantamento.
01:29Visão Crítica
01:30Olá, hoje estamos começando o nosso Visão Crítica, discutindo já a corrida eleitoral para o ano que vem, dois mil e vinte e seis.
01:40Passando pelas pesquisas que saíram hoje da Paraná Pesquisa e tendo uma análise indo até dois mil e vinte e três, até o momento contemporâneo,
01:49em relação à avaliação do governo e a questão que envolve as possíveis candidaturas para dois mil e vinte e seis.
01:55Estamos aqui, presente aqui no estúdio, com a Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas,
02:03e com o Rogério Prando, que já esteve conosco, cientista político, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
02:11Bem, Murilo, muito obrigado por você ter aceito o nosso convite.
02:13Vamos começar para vocês dois.
02:16Eu vou só entregar a bola para vocês a discussão, primeiro, da pesquisa que saiu hoje, da Paraná Pesquisa,
02:22sobre a avaliação e aprovação da administração do presidente Lula.
02:26De acordo com a pesquisa, eu vou só apresentar o primeiro dado.
02:31O dado mais concreto, nós temos a aprovação 39,8, a desaprovação 56,7.
02:39A questão, e se fôssemos desdobrá-las, ótimo, 8,8, boa, 16,8, regular, 25,8, ruim, 9,6, péssima, 37,9.
02:56Fazendo análise geral, aprovação 39,8, desaprovação 56,7.
03:03Surpreendeu você, como pesquisador, Murilo Indago, essa avaliação?
03:09Que considerações iniciais você poderia fazer?
03:12Primeiramente, boa noite, professor, boa noite.
03:14É uma honra estar com vocês aqui.
03:17A pesquisa, professor, mostra que o quadro está estável.
03:21Certo, Lula?
03:23Ele vem desde janeiro, das pesquisas, do começo do ano, estável.
03:29Na verdade, ele vinha de 46, 42, desde fevereiro, 42, 39, 40 agora, certo?
03:35Sim.
03:36Eu diria que está numa margem de erro.
03:38A gente acredita que o Lula bateu o teto da queda dele.
03:41Daqui ele não cai mais.
03:43Só se tiver uma denúncia muito grave, algo muito concreto.
03:46Disso, ele vai permanecer nisso, porque é o teto do eleitor dele.
03:50Sim.
03:50Eleitor das pessoas que torcem por ele, das pessoas que ele tem simpatia por ele.
03:55Independente do governo estar mal ou não, aprovam a gestão dele.
04:00E também, professor, tem muita gente aqui que aprova, em cima, hoje, da polarização.
04:07A polarização também ajuda o presidente Lula.
04:10Certo?
04:10Que é o medo que o outro lado volte.
04:13Então, mesmo não gostando, avaliando serviços como o ruim e péssimo de saúde, educação
04:18e outras coisas do governo, acabam aprovando o governo dele de medo que o outro lado retorne.
04:25Perfeito, perfeito.
04:27E é interessante, antes de eu passar para o professor Prando, é que se nós olharmos
04:32em termos de uma sequência histórica, usando como referência agosto de 2023, cerca de, portanto,
04:40dois anos atrás, chegando até junho de 2025, nós temos uma... começou com uma avaliação
04:47ótima em 2023, em agosto, entenda-se, 15,9, hoje está 8,8, cerca de metade, aproximadamente.
04:57A análise de boa, 24,1, hoje com 16,8.
05:02Regular, 27,9, aí está próximo, 25,8.
05:07O ruim, que era 7, saltou para 9,6.
05:11E a péssima, que era 23,7, aí é um aumento considerável para 37,9.
05:18Quer dizer, portanto, você tem um processo de crescimento de uma avaliação negativa,
05:23em detrimento de uma avaliação positiva.
05:25Professor Rodrigo Prando, professor que já esteve conosco, na sua avaliação como cientista
05:32político, o que esses números indicam?
05:35Indica, acho que a pior situação dos mandatos do Lula até então, né?
05:39Só para lembrar que ele termina o segundo mandato, e eu quero aqui agradecer o convite
05:44de novo, o Vila está aqui com o Hidalgo também, tivemos juntos outras vezes, o prazer
05:48estar com vocês.
05:49O Lula termina o segundo mandato, salvo o melhor juízo, numa série histórica, acho
05:54que lá do Datafolha, com 83% de avaliação positiva.
05:58Então, você pega um governo que se encontra numa situação, e aí eu acho que o historiador
06:03gosta muito disso, porque o contexto histórico é absolutamente distinto.
06:07Falávamos algo em torno disso agora há pouco, né?
06:09Além dos bastidores, mas você tem hoje, e a gente até desnudou um pouco isso no programa
06:16que eu tive aqui, falando sobre este legislativo hipertrofiado, que tem emenda e não tem mais
06:21nenhuma negociação praticamente, a gente tem um presidente submisso, de certa maneira,
06:25aquilo que nós falamos aqui, um presidencialismo de submissão.
06:29Então, a gente tem um Lula mais velho, envelhecido, um Lula que na campanha, e aí o Murilo também
06:36falou isso, eu acho que é importante ressaltar, é alguém que se colocou na tentativa de salvar
06:41a democracia contra um opositor adversário, que é o Bolsonaro, e aí depois teve o 8 de
06:47janeiro, mas então fez muito sentido clamar por uma frente ampla, mas uma frente ampla
06:53que foi possível, com uma margem pequena de votos, ganhar a eleição, mas ele não
06:59governou com essa frente ampla.
07:00Então, tem dificuldade no Congresso, no Parlamento, tem a lembrança das pessoas, porque o Lula prometeu
07:07que o povo teria picanha, hoje está com dificuldade de comprar café.
07:11Então, a questão da inflação dos alimentos tem ainda corroído esta aprovação do presidente,
07:18e a gente sabe que ele tem tido pouca disposição, pelo que a gente sabe, que a gente lê, pouca
07:24disposição de fazer a política, Murilo, que ele fazia.
07:27Aquele futebol e churrasco na Granja do Torto, aquele contato mais comezinho, porque o presidente
07:33tem que fazer a política miúda, e parece que ele não tem efeito.
07:37Então, eu acho que, nesse contexto histórico, a gente tem isso fora, que aí tem uma outra
07:42questão, e eu finalizo para passar a bola, que é o seguinte, só finalizar, eu já te
07:46passo aqui, a sociedade hoje é uma sociedade hiperconectada em rede.
07:51Então, o governo, ele tentou, de todas as formas, melhorar mudando a comunicação.
07:56Comunicação política, comunicação governamental, ela é fundamental.
07:59Agora, ela é fundamental, mas você precisa saber o que comunicar.
08:04Então, a pergunta é, qual ação concreta, Vila, Hidalgo, qual ação concreta que o Lula
08:103 tem?
08:11Vamos pensar rapidamente, Fernando Henrique, controle da hiperinflação e estabilidade,
08:15Lula 1 e 2, melhoria das condições mais pobres, incremento da classe média, programas
08:20sociais, e o Lula 3?
08:22O que ele trouxe de novo?
08:23Qual é a marca?
08:24Não tem.
08:25Então, o problema não é a comunicação, mas comunicar que conteúdo.
08:28Por então, o governo, ele demora para comunicar um conteúdo, mas não porque quer demorar,
08:33porque efetivamente não tem algo muito positivo para comunicar.
08:36Murilo.
08:37Concordando bastante com o professor Rodrigo, o grande problema do presidente Lula hoje
08:43é o supermercado.
08:45A gente sente nas pesquisas.
08:46Certo?
08:47Porque as pessoas vão semanalmente ao mercado.
08:49São poucas as pessoas que fazem compra mensal, né?
08:51Sim.
08:52Não tem mais isso mais, né?
08:53Não tem mais isso, então as pessoas vão diariamente, semanalmente ao supermercado e
08:58ali as pessoas veem que as coisas estão difíceis para as pessoas destacarem os produtos.
09:03Então, esse eu acho que é um grande problema.
09:05E um outro grande problema do governo Lula foi o próprio 8 de janeiro, certo?
09:10Porque ele tomou conta do governo dele.
09:12Sobra pouco espaço para o Lula falar do governo dele e muito espaço para falar de 8 de janeiro.
09:17Só que o 8 de janeiro não é a prioridade de 90% da população brasileira.
09:22A população brasileira quer saber do quê?
09:24De consumir mais, de ter saúde, de ter educação, de ter segurança, dos avanços que o governo
09:30Lula 1 e 2 trouxe a eles.
09:33Por isso que o Lula voltou.
09:34E outro grande problema do Lula, principalmente no Nordeste, onde é a grande queda dele de
09:39popularidade em relação aos governos passados, se dá por causa da perda do sonho.
09:46Porque as pessoas sonhavam que iam comer a picanha, tomar a cervejinha, iam comprar o
09:52carro de volta, iam viajar de avião.
09:54Todos aqueles benefícios que eles tiveram no governo 1 e 2, até agora não ocorreu.
10:00Então, esse eu acho que é o grande desafio do presidente Lula nesse final de governo
10:04que ele tem.
10:05é fazer com que as pessoas voltem a ter consumo, principalmente no Nordeste.
10:10Se as pessoas não voltarem a ter consumo, dificilmente ele voltará a crescer no Nordeste.
10:16E aí tem um dado da pesquisa Paraná, que eu estava examinando, essa que foi divulgada
10:21hoje sobre a aprovação da administração do presidente Lula, que me parece alguns dados
10:26muito interessantes.
10:29Entre os homens, a aprovação é de 35%, entre as mulheres de 43,6%.
10:38E a desaprovação entre os homens, de 61,9% e entre as mulheres de 52,1%.
10:46Ou seja, o Lula vai melhor com as mulheres do que com os homens em termos de avaliação.
10:53Mas já foi melhor, inclusive.
10:54Já foi.
10:54Foi perdido com as mulheres no Nordeste e até dois salários mínimos.
10:58Confere isso?
10:58Confere isso.
10:59Isso é interessante.
11:00E essa diferença homem-mulher é semelhante ao que foi nas eleições.
11:06Os homens votavam mais no Bolsonaro e as mulheres mais no Lula.
11:10Interessante em termos de ensino fundamental, médio e superior, a aprovação do Lula no
11:16ensino fundamental é de 50,2%.
11:19No médio, 35,8%.
11:21No ensino superior, 30,7%.
11:24Com a desaprovação, perdão, é o inverso.
11:2844,8% no ensino fundamental, 60,9% no ensino médio e no ensino superior, 67,8%.
11:37Ou seja, quanto maior a escolaridade, menor a aprovação do governo.
11:42Com certeza.
11:43A pesquisa mostra isso também eleitoralmente.
11:46Isso é muito claro.
11:47Agora, o que chama mais atenção, professor, por faixa etária, se a gente for olhar,
11:51as pessoas com mais de 60 anos são as que mais aprovam.
11:54E onde o presidente Lula perdeu mais tração foi nos jovens.
11:58Isso é interessante.
11:59No jovem, na eleição ele era muito forte, hoje ele perdeu tração.
12:05E mostra que o INSS não atingiu ele.
12:08O escândalo não atingiu o Lula.
12:10Porque são as pessoas com mais de 60 anos, a princípio são as que deveriam ser as que mais recebem o benefício do INSS.
12:19Perfeito.
12:20Foi onde menos abalou até agora.
12:22Sim.
12:22Agora, professor, aqui tem muito a ver em cima do que eu falei da polarização Lula-Bolsonaro.
12:26Sim.
12:26Por quê?
12:27Aí entra um pouco da vacina do Bolsonaro aqui também.
12:30Sim.
12:30E onde ele vai pior...
12:32Que é maior com as pessoas com mais de 60 anos.
12:34Perfeito.
12:34E onde ele, em termos etários, onde ele vai pior o Lula, a desaprovação maior, entre 25 a 44 anos.
12:42Que a desaprovação é altíssima, quase dois terços.
12:4464,5 e 63,4.
12:47Quer dizer, essa faixa, ele vai muito mal, né?
12:51Eu acho que esse é um ponto também a ser destacado.
12:54Eu queria só lembrar também, eu acho muito bom esses dados da Paraná Pesquisa,
12:59que é uma pergunta que me chamou a atenção.
13:01E eu queria justamente primeiro passar para o Moliro e depois para o professor Prando.
13:06Nos últimos dez dias, o senhor ou a senhora participou de alguma celebração religiosa,
13:12como missa, culto ou outro tipo de cerimônia da sua religião,
13:16a pergunta da Paraná é interessante que, para a pessoa dizer sim ou não
13:20e fazer uma correlação com a aprovação ou desaprovação do governo.
13:25É um dado interessante.
13:27Os que aprovam, 41% disse não, que não tinha participado de nenhum culto.
13:34É a desaprovação de 54,9%.
13:37Entre os que disseram sim, que foram a uma missa, a um culto religioso,
13:42os que aprovaram foi 38,7% e os que desaprovaram 58,2%.
13:48Disso a gente pode tirar qual conclusão?
13:50Olha, pessoal, a gente mudou essa pergunta.
13:53Quando a gente tem o cruzamento da religião,
13:56quando você cruza a religião, é muito mais discrepante o resultado do católico e do evangélico.
14:02E o que a gente quis sentir aqui?
14:03Sim.
14:04Do católico que vai à missa, se ele pensa diferente do evangélico que vai ao culto.
14:09E não, eles pensam iguais.
14:11Sim, que vai.
14:12As pessoas que vão ao culto ou à missa, ou alguma celebração religiosa da sua religião,
14:18eles pensam iguais, independente da religião que ele é.
14:22Prando, tem uma coisa interessante de questão regional.
14:26E você tinha, a gente tinha tocado rapidamente,
14:29onde o Lula sempre foi bem, inclusive na última eleição,
14:31no Nordeste, ele está ainda com uma aprovação superior à desaprovação,
14:38mas em números muito limitados.
14:4052%, quer dizer, ali na faixa aprova, 44,6% desaprova.
14:46Como é que você vê isso?
14:47Bom, teve até pesquisas que mostraram,
14:51e livros que foram escritos sobre o PSDB e o PT, Vila,
14:55dizendo que o Nordeste era uma cidadela do PT.
14:59Então, assim, a região Nordeste era uma cidadela do PT e São Paulo,
15:04o Estado de São Paulo votava no PSDB.
15:07Quando em 2018 o Bolsonaro entra,
15:09Bolsonaro praticamente toma São Paulo,
15:12que é o maior colégio eleitoral,
15:13mas o Nordeste se mantém lulista.
15:15Ainda se mantém, mas caiu.
15:17Então, assim, eu acho que o que o Murilo está falando
15:21tem algo interessante, até porque ele coordena,
15:25ele faz a pesquisa, mas a questão é deste sonho
15:28e desta percepção da vida cotidiana,
15:32daquilo que as pessoas estão sentindo.
15:35Em 2003, quando eu estreiei na minha vida como professor universitário,
15:38dando aula, eu fui para uma faculdade no interior da Bahia
15:42e estava começando o Bolsa Família
15:44e as pessoas falavam aqui em São Paulo que era o Bolsa Esmola.
15:47E o impacto daquilo naquela região para aquelas pessoas
15:50foi algo que transformou a vida de muita gente.
15:53E eu acho que as pessoas agora se ressentem
15:56daquela novidade que eu falei que teve.
15:59O Lula 3 é um governo que não tem um problema de comunicação apenas.
16:04Tem também, porque eu acho que na questão dos mais jovens,
16:07a comunicação talvez não esteja bem conectada,
16:10até para usar a ideia de uma sociedade hiperconectada.
16:13Mas com essas pessoas que estão no Nordeste,
16:15Vi, Leidol, eu acho que não é um ressentimento,
16:19mas as pessoas estão olhando uma ausência
16:22de uma marca que possa ser positiva,
16:25porque esse Lula 3 não tem.
16:27O conteúdo parece estar bastante esvaziado.
16:30Exatamente.
16:30A marca que vai ficar do Lula 3 hoje,
16:36pelas pesquisas qualitativas que ele tenta vender,
16:39que vai ser no final, é a defesa da democracia.
16:42Só que isso não é a prioridade do povo.
16:46É uma marca importante?
16:48É.
16:48Mas não é a prioridade da grande maioria da população.
16:51Você me permite?
16:52Claro.
16:53Eu me pergunto isso.
16:54Será que 2026, porque a polarização existe,
16:57Bolsonaro está inelegível, mas ele consta na pesquisa.
17:01Porque ele não disse que não vai concorrer,
17:02mas a gente sabe que provavelmente não concorre
17:04e tem outros problemas maiores.
17:06Mas a questão é...
17:07E aí tem os nomes que são colocados aqui da família, né?
17:10Na pesquisa tem Michele, tem Eduardo e tem Flávio.
17:12Ok.
17:13A questão é...
17:14A presença do sobrenome Bolsonaro
17:17reacende de forma muito concreta
17:19na cabeça das pessoas a polarização.
17:22Não como o Bolsonaro.
17:23Mas será...
17:24Eu fico me perguntando e aí depois vocês me ajudem.
17:26Será que vai ter a mesma questão da defesa da democracia em 1926
17:30como ele conseguiu em 1922?
17:32Porque a questão é a seguinte.
17:33Um grupo pequeno que foi com ele em 1922
17:36para a tal da frente ampla foi escanteado.
17:39No governo.
17:40O governo efetivamente é do PT.
17:42Os nomes são do PT.
17:43E aliás, alguns nem conseguem fazer o que gostariam
17:46como é o Haddad porque sofre fogo amigo,
17:49como se diz, né?
17:50No jargão da política.
17:51O que vocês acham que tem isso?
17:53Lembrar só uma questão.
17:54Antes de passar para o Murilo,
17:56a quem nos acompanha,
17:57que a vitória no segundo turno
17:59foi uma vitória apertada.
18:01Foi 50,9 a 49,1.
18:04Aproximadamente cerca de 2 milhões de votos.
18:07E essa frente construída no segundo turno
18:10foi decisiva para a vitória do Lula.
18:12E o que o professor Prando está apontando
18:14é que o governo não representa essa frente ampla eleitoral,
18:18acabando sendo um governo do PT.
18:20E isso enfraquece o governo nesses dois anos e meio.
18:24Já estamos indo para a segunda fase,
18:27para a fase final do governo.
18:28Murilo.
18:29Olha, professor, isso vai ficar muito claro.
18:31Só fazendo uma explicação,
18:35as pessoas nos questionam, né?
18:37Por que o Bolsonaro está nas pesquisas?
18:39A gente usa o mesmo critério de 4 anos atrás.
18:42Onde o presidente Lula estava preso em Curitiba
18:45e a gente mantinha ele nas pesquisas.
18:47Tanto que hoje ele é o presidente.
18:49Quem falava naquela época que era um absurdo, certo?
18:52Um ano e pouco depois, ele é o presidente do Brasil.
18:55O que eu vejo é o seguinte,
18:58vai depender muito dessa frente ampla, professor,
19:00de quem vai ser o candidato escolhido,
19:03caso o Bolsonaro não consiga ser candidato,
19:05quem ele vai escolher como candidato.
19:07Se ele colocar alguém não da família, certo?
19:12Ele vai ter, com certeza,
19:14ele vai ter um apoio muito maior dessa frente ampla.
19:17Certo?
19:17Que hoje, ao meu ver,
19:19o presidente Lula vai ter muita dificuldade,
19:21independente de quem seja o seu adversário,
19:23de juntar essa frente ampla
19:25novamente em favor dele.
19:27Certo? Por quê?
19:28Porque foi pouco espaço no governo,
19:30como o professor Rodrigo comentou agora.
19:32Certo?
19:33Não acredito que nesse período que falta
19:35ele vá abrir espaço a essas pessoas, né?
19:38Nem que essas pessoas também aceitariam,
19:40nesse momento, participar do governo.
19:42Então, eu vejo, assim, um momento muito difícil.
19:45Agora, o que que facilita a vida
19:47do Bolsonaro e do Lula?
19:50Um ajuda o outro.
19:52Sim.
19:53Por aquilo que pareça.
19:54Ah, polarização.
19:55A polarização.
19:55Isso se alimenta do outro.
19:57É.
19:57Então, quer dizer, o Bolsonaro sair do páreo
19:59é ruim para o Lula.
19:59Sim.
20:00O Lula sair do páreo é ruim para o Bolsonaro.
20:03Isso que quem nos assiste,
20:05o grande eleitor, tem que prestar atenção.
20:07Um alimenta o outro.
20:08Nós vamos daqui a pouco entrar no cenário eleitoral de 2026.
20:13temos aqui as pesquisas da Paraná,
20:15temos aqui as pesquisas da Paraná, que acho que nos auxiliam muito a fazer uma reflexão sobre isso.
20:19Eu queria, antes de passar para essa fase, ainda damos uma olhada nessa avaliação histórica,
20:25afinal, tem que puxar a brasa para a história,
20:28da aprovação e desaprovação do presidente Lula.
20:32O que é curioso, e aí eu queria justamente passar para vocês dois,
20:36é que no caso do Lula, que começa janeiro, nós estamos aqui no ano de 2025,
20:44ele está com uma desaprovação de 50,4, que já era significativa,
20:52chega agora em junho a 56,7.
20:55E a aprovação, que era 46,1, quer dizer, a grosso modo estava no limite da margem de erro,
21:01caiu para 39,8.
21:05Então, hoje a diferença entre aprovação e desaprovação,
21:09nós já temos aqui 16, cerca de 17 pontos.
21:13Quando tínhamos, no começo do ano, cerca de 4.
21:16Quer dizer, não dá agora, mostra que a situação é,
21:20nesse momento de avaliação do governo Lula, é preocupante, né?
21:24Olha, para ele.
21:26É preocupante, mas ainda tem muito tempo, o que a gente diz.
21:30Ainda há muito tempo para a recuperação, principalmente pelo que se escuta.
21:35Sim.
21:35Certo?
21:36Hoje, as pessoas nos perguntam como melhorar isso, né?
21:39Dá para entregar obras, dá para fazer obras, grandes obras?
21:43Pouco provável, não dá mais tempo.
21:45Certo?
21:46Então, eu não tenho dúvida que a estratégia do governo vai ser dar, dar, dar e dar.
21:51Certo?
21:51Então, isso tem um apelo.
21:54Certo?
21:54Desde a luz, do Vale Gás, do Pé de Meia, talvez aumento de Bolsa Família.
22:00Imposto de renda.
22:01Imposto de renda.
22:02Tudo isso vai entrar no ano da eleição.
22:05Então, o que eu falo ainda, muita calma, porque está muito longe ainda.
22:08Perfeito, perfeito.
22:09Tem alguma questão sobre isso acrescentar, Prandu?
22:11Não, só para colocar que, de fato, o Murilo disse que talvez ele tenha batido no teto da desaprovação,
22:17está com 56,7.
22:18Ele me disse aqui que a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
22:24Então, é uma desaprovação que, talvez, num cenário que a gente estudava na ciência política há uns anos atrás,
22:29seria impeditivo para uma reeleição.
22:32Mas não é com Lula e não é com Bolsonaro.
22:33Os números com Lula e Bolsonaro, dado o carisma e a musculatura que os dois têm,
22:39e isso que o Murilo colocou que é fundamental, é que na polarização um retroalimenta o outro.
22:45Então, e aí eu fico imaginando o seguinte, bom, a não ser que...
22:48Bom, você lembra da frase do Malan que diz que no Brasil até o passado é incerto?
22:53Então, vamos lá.
22:54Se até o passado é incerto, eu não quero fazer prognóstico, mas é bem provável que Bolsonaro não esteja presente.
22:59E se não tiver um sobrenome Bolsonaro presente, vai enfraquecer o Lula,
23:04o que pode, inclusive, abrir espaço para a tão sonhada e desejada, a terceira via,
23:11uma candidatura do campo democrático que foi pensada em 22 e não foi possível.
23:17Com Simone Tebbit.
23:18Com Simone Tebbit, mas tem outros que poderiam se credenciar também.
23:21Simone Tebbit é ministra e é uma ministra que foi apagada, ofuscada.
23:26Aliás, nenhum ministro do Lula conseguiu brilhar, porque talvez o Lula não tenha deixado.
23:30É, isso é uma questão importante.
23:32Eu queria já, que todo mundo, né, claro, já está olhando para 2026,
23:37entrarmos na questão de 2026, na primeira pergunta,
23:43e aí é uma pesquisa estimulada, e o Murilo Hidalgo fez questão de esclarecer,
23:49e é muito importante, porque está o nome Jair Bolsonaro.
23:52Assim, ele fez, relembrando a todos, que no país, no Brasil, a gente esquece o que ocorreu ontem,
23:58quanto mais há quatro, cinco, seis anos atrás,
24:00que o Lula estava presente na pesquisa de 2018 e acabou, por razões já conhecidas, não sendo candidato.
24:07Então, vamos nesse primeiro cenário.
24:10O Jair Bolsonaro tem, na pesquisa estimulada, 37,2.
24:16Pesquisa estimulada é quando você é diferente da espontânea, né?
24:20A espontânea você pergunta, a estimulada, e a pessoa fala o que quiser.
24:24A estimulada se apresenta quais são os candidatos, só para esclarecer a quem nos acompanha.
24:29Bolsonaro, 37,2, vocês estão acompanhando os números.
24:34Lula, 32,8, então temos uma diferença de quase cinco pontos.
24:39Ciro Gomes, que hoje está, pode ser que se filie até o PSDB,
24:44que é uma surpresa dos últimos dias, né?
24:48Essa possibilidade, 10,3.
24:52Ratinho Júnior, que é o governador do Paraná e do PSD,
24:55o partido de Gilberto Kassab, que preside.
24:584,6.
24:59Ronaldo Caiado, que é o governador de Goiás, que está no Brasil.
25:032,9.
25:04É o Derbarbalho, do Pará, que seria, nessa hipótese aqui, o candidato do MDB.
25:10Bem, fica claro que há uma polarização, mas com uma vantagem razoável, vamos dizer assim.
25:19Não é tão razoável assim, quase cinco pontos, mas é significativo.
25:23Passando para o Rodrigo Pranto, como é que você avalia esse primeiro cenário?
25:27O cenário é péssimo para Lula, né?
25:30Porque Bolsonaro está inelegível.
25:32Bolsonaro está enfrentando um julgamento no Supremo Tribunal Federal,
25:35que ele é, até o momento, francamente desfavorável, e ele aparece à frente.
25:39Então, mostra que é um desgaste enorme da imagem do Lula, especialmente de 22, quando ele saiu.
25:46Ainda que por uma margem pequena, vitorioso.
25:48Então, é extremamente desconfortável.
25:50Até teve outras pesquisas em que foi perguntado ao respondente, né?
25:57Se ele achava o governo Lula melhor ou pior do que o do Bolsonaro, ele acha pior.
26:01Então, o Bolsonaro teve uma pandemia com 700 mil mortes,
26:05e as pessoas acham o governo Lula pior.
26:08Então, para mim, é um cenário desfavorável.
26:10Mas o Murilo lançou uma coisa importante.
26:13Tem tempo.
26:14Tem tempo.
26:14Agora, se o governo não se mexer, e se concretamente não entregar e chegar lá,
26:19no cidadão, na vida cotidiana das pessoas, a situação se complica.
26:24Porque aí é o que eu digo.
26:25Saindo o Bolsonaro, porque aqui é o cenário, mas se o Bolsonaro não tiver,
26:29abre espaço para outras pessoas que podem vir com um discurso muito mais interessante,
26:34porque, de certa maneira, o PT se desconectou um pouco,
26:38e esse encanto que sempre houve do carisma do Lula parece não estar tão presente nesse terceiro mandato.
26:43É por aí, Murilo.
26:44É por aí.
26:45E eu não tenho dúvida em dizer que o Bolsonaro, depois das eleições que ele se elegeu em 2018,
26:53é o melhor momento político dele.
26:54Você vê que coisa.
26:55Mas como explicar?
26:56Aí eu passo para você, Murilo.
26:58E o que o Prando colocou.
27:00Quando a gente fala o melhor momento político, no meio de o processo,
27:07é réu, condenado a réu e acusado de cinco crimes,
27:13dos quais, se somar todas as penas máximas, dá mais de 30 anos de prisão,
27:18em que cada dia aparecem situações que vinculam ao golpe de Estado,
27:22ou suposto, alguns gostam de falar suposto, golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023,
27:28em que a sua equipe que cercou sempre tem acusações e ações muito graves,
27:34mesmo nisso, nessa situação, extremamente desconfortável em termos de comunicação, de fala,
27:39ainda está à frente?
27:40Professor, eu explico isso se a gente analisar quatro anos atrás.
27:44O Lula estava detido em Curitiba e pontuava na frente.
27:50Antes de ser absolvido ou não, você entendeu?
27:52Com todas as acusações também, estava à frente.
27:56Certo? Então, uma coisa eu acho que não tem muito a ver com a outra.
27:59Eu acho que tem a ver, nesse momento, como tinha no passado, a raiva do atual governo.
28:05Ou se sentia enganado.
28:06Certo? E ele, como eu te falei inicialmente, ele se reta ao alimento.
28:10Um estando mal, o outro está bem.
28:13Surpreende os 10% do Ciro Gomes?
28:16Não surpreende, professor, porque o Ciro tem o eleitorado dele.
28:20Eu diria que a gente fizer um somatório, a gente vai chegar aí em 15%, 20% do nem-nem,
28:26que é a turma que não quer Bolsonaro e não quer Lula.
28:29Certo?
28:30Essa turma hoje, ela detém 20% dos votos no Brasil.
28:34Por isso que não chegam.
28:35Se vocês me perguntarem, ah, se o Bolsonaro lançar alguém do clã Bolsonaro,
28:40dificilmente alguém vai furar essa bolha.
28:43No segundo turno, nós teremos, provavelmente, um Bolsonaro contra um Lula.
28:47O que pode fazer furar a bolha, que seria o neném, é o Bolsonaro escolher um candidato,
28:54que seria, provavelmente, o governador de São Paulo, o candidato no lugar do herdeiro.
29:01Certo? Aí eu acho que abre um flanco muito grande,
29:05porque todo outro campo desses 20% vai absorver muito desse voto.
29:10E aí fica muito difícil para o Lula.
29:12Então o Lula hoje tem que torcer por um Bolsonaro,
29:14e os Bolsonaros têm que torcer para que o Lula seja candidato.
29:19Interessante, porque eu vou passar para o segundo cenário,
29:23é que quando está presente Lula e Bolsonaro,
29:27os outros candidatos possíveis, como o Ratinho Júnior,
29:31Caiado e Helder, apesar que o Ratinho Júnior que melhor pontua,
29:36fica em situação muito difícil,
29:38quando tem esse cenário da presença do Bolsonaro.
29:40É diferente agora de outros cenários.
29:43Vamos ao segundo cenário, que é interessante.
29:45Aí entramos na questão do clã.
29:47Quem diria que o Brasil passaria por isso na República?
29:50Mas é a situação que nós vemos hoje de polarização.
29:53Professor, posso fazer uma pergunta?
29:54Claro, claro.
29:55Eu não pergunto assim.
29:56E os clãs, por que que continua, que nem o senhor falou?
29:59Mas essa é uma realidade brasileira.
30:01Vamos para Pernambuco, vamos para Lagoas, vamos para Paraná,
30:05vamos para vários estados.
30:08As dinastias continuam.
30:09Sim, sim.
30:10Quanto tempo, com todo respeito, não estou entrando se é bom ou se é ruim,
30:13mas há quanto tempo estão os caleiros, os barbalhos,
30:17a própria família Richa, o próprio...
30:19Quer dizer, há quanto tempo...
30:20Charneis.
30:20Quanto tempo governaram?
30:23Isso é histórico no Brasil.
30:24O Weber ajuda muito, o Raimundo Faúro ajuda muito a entender isso, né?
30:28É.
30:28Agora, a gente pode dizer onde há plenas...
30:31Aí vamos ao passado.
30:32Plenas relações de produção capitalista.
30:34Em uma cidade capitalista é difícil a preservação de clãs.
30:37Qual é o melhor exemplo?
30:38São Paulo.
30:40Por que em São Paulo nós não temos clãs?
30:43Eu me lembro um texto de 1954, que eu fiz a apresentação na obra completa do Florestan,
30:49eu fiz do Mudanças Sociais no Brasil.
30:51E ele fala que a primeira cidade burguesa no Brasil é São Paulo.
30:55Rio tem o Estado.
30:56Aqui não.
30:57Aqui você tem a mobilidade social, as mudanças.
31:00E isso se reflete na política paulista.
31:03É muito difícil falar em clã.
31:04Não significa que um membro de uma família não pode ter futuramente esse membro da família
31:10exercendo alguma função pública.
31:11Mas a presença do clã, tal qual o bom exemplo, por exemplo, de Alagoas, Pará, podemos citar
31:17outros estados durante um longo período da Bahia, não tem em São Paulo.
31:23É pela especificidade da sociedade paulista e do processo histórico aqui, que é bem interessante.
31:29Isso, Prando, dá uma tese, hein?
31:30Não, não.
31:31E, inclusive, o PSDB tem essa...
31:33Teve, né?
31:34O PSDB a gente nem sabe se existe ainda.
31:36O Ciro vai entrar num partido, de repente ele chega, abre lá, não tem mais nada.
31:40Eu vim me filiar, o quê?
31:42Não tem mais nada, mas vamos lá.
31:44Não, dá uma discussão boa.
31:46E o Florestan, o Fernando Henrique, quando traz a questão do imigrante, do desenvolvimento
31:51capitalista de São Paulo, mostra a questão da vitalidade da sociedade e do mercado, diferente
31:58das regiões do Brasil mais pobres e que depende essencialmente da assistência estatal.
32:04E isso se refletiu em PSDB e PT e agora a gente não sabe como fica.
32:09Porque lá onde a força do Bolsa Família e de outras ações estatais continuam, mas
32:15o Lula tem perdido o terreno lá.
32:17É interessantíssima essa discussão dos clãs.
32:20E o Raimundo Faoro...
32:21Sim, os donos do poder.
32:22O poder.
32:23É fundamental que vocês leiam aí.
32:25Mas dá uma boa discussão.
32:27Inclusive, São Paulo, Salvador é cidade mais negra, nunca teve um prefeito negro.
32:32E São Paulo teve um prefeito negro.
32:33Veja como é que...
32:35Celso Pita, para quem não se recorda.
32:37Bem, o segundo cenário é muito interessante.
32:41Lula e Michele Bolsonaro.
32:43Michele Bolsonaro, a terceira esposa de Jair Bolsonaro, conhecida de todos, que é presidente
32:49do PL Mulher.
32:50Nesse cenário, Lula tem 33,5.
32:53Michele, 30,2.
32:55O Ciro continua com uma boa pontuação.
32:5711,5.
32:58E os outros candidatos do chamado campo à direita, Ratinho Júnior, 5,7.
33:04Ronaldo Caiado, 4,6.
33:06Hélder, 0,9.
33:08Nesse sentido, Murilo, ela pontua bem?
33:12É uma surpresa?
33:14Ou será que ela teria voo curto?
33:17Ou o sobrenome ajuda muito?
33:19Olha, professor.
33:20Ela, em relação aos filhos dele, ela tem em torno de 6 a 8% de vantagem.
33:25Por quê?
33:26Ela também é mais conhecida.
33:28Ela é como primeira-dama, como uma líder religiosa, certo?
33:32Ela é muito forte.
33:33Ao mesmo tempo, ela tem mais votos com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, momentaneamente.
33:38Certo?
33:39Então, o que eu vejo?
33:40Ela hoje é uma grande opção para ele, caso ele não consiga ser candidato.
33:45Certo?
33:46O que pesa a favor?
33:47Ela é evangélica.
33:49Ela tem militância.
33:52Certo?
33:52Ela é mulher, então isso pesaria a favor dela.
33:56O que pode pesar contra a inexperiência?
33:58Certo?
33:59Mas, é uma coisa para a gente analisar.
34:01Hoje, os dois nomes mais fortes dele, com certeza, é Michel e Tarcísio.
34:07Eu não tenho nada a acrescentar, eu concordo plenamente, e eu quero só dizer uma coisa.
34:12Sim.
34:12Num eventual embate, política eleitoral do Lula com Michel e Bolsonaro, eu me lembro
34:18que na campanha do Aécio com Dilma, então assim, teve aquela história da desconstrução
34:25da Marina, lembra-se disso?
34:27Sim.
34:27Então, Dilma, Lula e o marqueteiro se reuniram aqui em São Paulo.
34:31João Sultana.
34:32Para desconstruir Marina.
34:35Na verdade, destruíram a trajetória de Marina, que inclusive foi do PT e hoje está no governo.
34:40Mas Marina, ela poderia ter batido mais forte na Dilma e não o fez.
34:45Quando o Aécio fazia, todas as pesquisas qualitativas mostravam o seguinte, machista,
34:51arrogante, prepotente, é uma avó, é uma mulher, teve câncer.
34:56Então, perceba que essa questão também pode estar aqui, porque se o Lula pegar pesado,
35:02e o Lula é cheio de piadinha, que é preconceituosa, piadinha machista, inclusive, mas para a militância
35:09passa, a militância vê como poesia, mas complica para o Lula.
35:14E é uma coisa que o Hidalgo até adiantou um pouquinho, por isso que eu vou retomar, mas
35:17em relação ao sobrenome que você perguntou, dos que tem disponíveis ali, é o melhor sobrenome
35:23Bolsonaro é com a Michele, porque os filhos pontuam menos.
35:28Então, tem a questão dela ser evangélica e de ser mulher, lembrando que o Lula tem
35:32perdido o voto entre as mulheres.
35:34Talvez ela possa chamar alguns desses votos.
35:37Muito interessante.
35:38Veja como é possível, a quem nos acompanha, nós vamos para um terceiro cenário,
35:43como nós podemos tirar, quer dizer, muita coisa de uma pesquisa.
35:47E ela é mais ampla ainda, a pesquisa, nós fizemos aqui um resumo.
35:51Tem outros cenários, é muito detalhado e é muito legal a gente se debruçar sobre
35:56pesquisa, poder desenhar esse cenário lá em 2026.
35:59Olhando agora, aqui eu já estou olhando para o segundo turno, eu estou no 3A, que nós
36:06temos vários gráficos aqui, várias pesquisas, quadros, melhor dizendo.
36:10No segundo turno, no caso da hipótese 1 que nós fizemos do primeiro cenário, o Jair
36:18Bolsonaro teria uma vitória, acho eu, relativamente confortável, quase sete pontos, né?
36:2446,5, Lula 39,7.
36:27Aí tem não sabe, etc.
36:28Vamos sempre lembrar que o Bolsonaro é ineligível pela decisão do Tribunal Supereleitoral.
36:35Porém, nós nunca sabemos se isso vai se manter até onde que vem.
36:39Ele acredita que tem condições de reverter essa decisão.
36:42Então, nesse sentido, como o João Murilo explicou, vou só retomar, que é o mesmo quadro
36:48era de 2018, em relação, aí no caso, ao então candidato Lula.
36:54Nesse caso, nesse embate, nesse momento, que acho que deve ser o mais difícil de popularidade
36:59do governo Lula, esse cenário não te surpreende, né, Murilo?
37:03Não.
37:04Como eu te falei, assim, esse é o melhor momento do Bolsonaro, depois das eleições que ele
37:08foi eleito.
37:09Ele nunca tinha uma vantagem tão grande sobre o ex-presidente Lula como tem no momento.
37:14Certo?
37:15Isso aqui, professor, e o que chama a atenção?
37:17Qualquer adversário que enfrente o Lula, nós teríamos uma eleição equilibrada.
37:22Sim.
37:22O que mostra o seguinte, que a rejeição do presidente Lula é alta, como a rejeição
37:27do presidente Bolsonaro também é alta.
37:29Nós não estamos testando ainda nenhum cenário sem o presidente Lula.
37:33Ao mesmo tempo, eu não tenho dúvida, se tivéssemos um cenário aqui hoje sem o Lula, enfrentando
37:38o Bolsonaro, a eleição também seria equilibrada, por causa da rejeição de um e de outro.
37:43O que mostra, professor, que a gente terá uma eleição equilibrada com a popularidade
37:49do Lula atual, nós teríamos uma eleição equilibrada em 26.
37:52Como se o Lula melhorar, nós também teremos uma eleição equilibrada.
37:57A eleição será equilibrada em qualquer hipótese.
37:59Ou seja, então aqui o Hidalgo está deixando o PT mais tranquilo, porque com essa rejeição
38:05muito ruim, ou com a melhora da avaliação positiva e diminuição da rejeição, também
38:10vai ser equilibrado.
38:11O que mostra que uma figura como o Lula, que está desde 1989 disputando ou fazendo alguém,
38:19como fez Dilma duas vezes e colocou o Haddad no segundo turno quando estava preso, não é,
38:24o PT sempre esteve, o PT foi derrotado duas vezes no primeiro turno, pelo Fernando Henrique
38:29em 94 e 98.
38:30No mais, quando ganhou, esteve em todos os segundos turnos da Nova República.
38:35É verdade.
38:36Interessante esse segundo turno, Michele, Bolsonaro e Lula, que é o quadro agora que nós estamos
38:43apresentando.
38:44E aí, apesar que estaria na margem de erro no limite, né, Michele Bolsonaro 44,4, Lula
38:5340,6.
38:56Ou seja, ela é, que nós vamos apresentar outros quadros, mas adiantando, da família
39:02Bolsonaro aqui tem melhor desempenho.
39:06Eu passo para você, Prando, como é que se explica?
39:11Pede essa questão que você fez uma lembrança muito boa da eleição de 2014 e das dificuldades
39:17da Aécio a acertar o seu discurso, especialmente lá nos debates no segundo turno, né, que ele
39:25teve muita dificuldade.
39:27Nesse caso, o Lula poderá ter, caso seja esse o cenário, provavelmente a mesma coisa.
39:32E ela se sai muito bem, né?
39:34Aí que eu não sei, num debate será que ela se sai muito bem?
39:36Na pesquisa sai.
39:37Não, na pesquisa sim.
39:39É verdade.
39:39Mas num debate, quando você, porque é o seguinte, até o momento, Michele Bolsonaro
39:45tem esta margem boa em relação ao Lula em vários cenários, mas a pergunta é politicamente
39:54ela foi testada?
39:56Ela não foi.
39:57Ela fez o embate político porque até o momento, onde ela fala e onde ela está é um
40:03ambiente controlado, ou são redes sociais, ou nos espaços religiosos, ou nos espaços
40:09em que ela fala para quem já vota nela ou no marido.
40:12que são falar para os conversos.
40:14Geralmente, né, o Murilo deve, deve, deve, deve, sabe muito mais do que isso do que
40:18eu, certamente, né?
40:19Mas, geralmente, o discurso político encontra três públicos, os que concordam comigo e os
40:25que discordam de mim.
40:26Eu não vou fazer nada com relação, porque quem já está comigo é meu e quem discorde
40:30de mim, não adianta eu colocar dinheiro e recursos que não vai votar em mim.
40:33A pergunta é, e aquele que pode ou não?
40:36A pergunta é, Michele, vai convencer aquele que pode ou não votar nela?
40:40O Lula conseguiu, por uma margem pequenininha, em 2022.
40:45Eu acho que ele é difícil reviver essa coisa da democracia e da defesa.
40:49Mas, Michele, mostra-se muito competitivo, a gente vai ver os outros cenários, da família.
40:54Eu acho que o sonho do Lula, na verdade, se fosse disputar com um Bolsonaro que não
40:57é o Jair, porque eu acho que dificilmente ele concorrerá, seria com o Eduardo Bolsonaro.
41:02Eu acho que, para ele, o melhor cenário seria o Eduardo Bolsonaro voltado dos Estados Unidos
41:06e querer ser candidato.
41:07Mas eu não sei se vai acontecer isso, não.
41:09Murilo.
41:10Quanto a Michele, como eu falei inicialmente, o que poderia pesar contra a inexperiência.
41:16Só que o fato da inexperiência pode ser algo positivo ou pode ser algo negativo.
41:20Pode, depende.
41:20Nós só vamos saber isso na campanha.
41:22Isso, é verdade.
41:22De repente ela vem e surpreende, é extremamente positivo e é completamente diferente do que
41:26a gente imaginava.
41:27Ou pode ser uma inexperiência que pode também fraquejar.
41:32Isso a gente só vai saber na campanha.
41:34Mas, com certeza, o fato dessa inexperiência, ao meu ver hoje, joga positivamente.
41:39Isso pode construir uma imagem extremamente positiva.
41:42Você tem uma menor rejeição, talvez, né?
41:44Isso, exatamente.
41:44Porque aí tem também a questão da rejeição.
41:46Sim.
41:46Que ela é muito significativa.
41:48Sendo menos conhecida e não tendo experiência, a rejeição também deve ser bem menor do que
41:53a do marido do ex-presidente Bolsonaro.
41:55Interessante agora quando tem, e o Murilo já tinha destacado isso, quando tem o cenário
41:59com o Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
42:04O Lula continua com 40%, quer dizer, é interessante que ele sempre continua, tem a sua fatia.
42:10E o Tarcísio tem 43,6, que é um número muito próximo ao de Michel, inferior, que é de 44,4.
42:18Quer dizer, nesse sentido, se não tiver alguém da família Bolsonaro, ele aparece como o melhor
42:24candidato, Murilo.
42:26Sem dúvida.
42:26Hoje, o governador Tarcísio é o que aparece em melhores condições fora a família Bolsonaro.
42:31Sim.
42:32É o que chama a atenção do Tarcísio.
42:34O que, ao meu ver, ele tem uma vantagem sobre os demais.
42:37O Tarcísio, ele conseguiria construir um aspecto político muito maior do que a família
42:42Bolsonaro.
42:44Provavelmente, o Tarcísio, ele traria o apoio do PSD e do Kassab, ele traria o apoio do
42:49MDB, ele traria apoios que, provavelmente, esses partidos, se for um dos Bolsonaros, talvez
42:54lancem candidatos para não apoiar nem A nem B.
42:58Então, o que eu vejo?
42:59A grande vantagem do Tarcísio hoje seria a aliança política.
43:03Isso é interessante.
43:03Eu concordo.
43:04Para mim, a questão, o Tarcísio tem melhores condições de costurar.
43:08Aí, a pergunta é a seguinte.
43:09O Tarcísio tem a paciência de, talvez, uma reeleição muito certa para o governo de
43:14São Paulo ou sair para uma disputa com o Lula, que está na cena política e talvez
43:18seja o recall, o nome mais consolidado na história da Nova República.
43:23Agora, que é uma figura que pode trazer, na ausência do Bolsonaro, uma grande novidade
43:28é o Tarcísio com relação a alianças e uma costura política mais ampla do que os
43:33Bolsonaros fariam.
43:34Olha, pessoal, o que a gente vê do Tarcísio, do governador de São Paulo hoje, é o cavalo
43:39ensilhado, né?
43:41Ele está passando.
43:42Está passando.
43:42Ao mesmo tempo, eu te digo, se ele não for candidato agora, ele vai ter muita dificuldade
43:47lá na frente.
43:48Sim.
43:48Por quê?
43:49Vamos supor, sai um outro candidato, ganha.
43:51Esse candidato vai à reeleição, no campo do Tarcísio ficou difícil para ele.
43:55Sim.
43:55Daí vai ter que enfrentar alguém no mesmo campo que ele apoiou.
43:58Ao mesmo tempo, se ele não vai e esse candidato perde para o Lula, vai perder por pouco.
44:06Porque a eleição, como eu disse, ela vai ser muito equilibrada.
44:09E esse que perder, automaticamente, ele passa a ser o grande adversário na próxima eleição.
44:16Então, quer dizer, fica muito difícil para o governador Tarcísio também, se ele quer
44:19ser candidato a presidente, se ele deseja isso, não ser nesse momento.
44:23Então, eu acho que a grande chance do governador Tarcísio virar presidente também é agora.
44:28É interessante, como nós já estamos caminhando para o final, eu vou pegar uma relação um
44:34pouco mais rápida e a gente fazer um apanhado que, em parte, vocês colocaram muito bem.
44:39No cenário Lula-Eduardo-Bolsonaro, Lula vence.
44:43Aí já é um cenário diferente.
44:45Lula vence 41,6%, 39,1%.
44:49Lembre-se que, com Bolsonaro, Michele e Tarcísio, ele perde.
44:54Com Eduardo Bolsonaro, ele vence.
44:57Com Flávio Bolsonaro, o outro filho do ex-presidente, que é senador pelo Rio de Janeiro, Lula também
45:03vence, 42,1% e Flávio Bolsonaro, 38,4%.
45:09Eu, daqui a pouco, vou falar agora os outros cenários, depois, rapidamente.
45:13Mas, então, isso reafirma, pelo que vocês estão acompanhando, pelo que os nossos convidados
45:18apresentaram, que da família Bolsonaro, Michele é a candidata forte, favorita, para o intuito
45:28desse grupo político.
45:29E, no caso de que não for alguém da família, seria o Tarcísio de Freitas.
45:33É interessante agora, eu queria só saltar, até por causa do nosso horário, de alguns
45:38dados interessantes que tem aqui, especialmente com dois candidatos.
45:42No caso do Rogério Marinho, senador pelo Rio Grande do Norte, Lula venceria de 41,8% e o
45:51Rogério Marinho teria 31,2%.
45:54Portanto, o Rogério Marinho é natural, é pouco conhecido.
45:58É uma vitória, portanto, bastante confortável.
46:01Vou passar para vocês.
46:03Agora, o que me surpreendeu aqui é que o Ratinho, no cenário, com o Ratinho Júnior,
46:08governador do Paraná, ele é do PSD e, segundo Gilberto Kassab, seria o candidato do PSD
46:13à presidência, se o PSD lançar candidato, ele tem 37% de intenções de voto e Lula 41%.
46:21Como é que fica, Morelio?
46:22Olha, professor, uma coisa é muito clara aqui.
46:24Todos os nomes que a gente fez simulações no segundo turno, nomes mais fortes, nomes mais
46:29fracos, o que você vê?
46:30O presidente Lula hoje tem uma dificuldade muito grande.
46:33Ele não passa de 42%.
46:35Mesmo enfrentando o Rogério Marinho, que é o candidato mais desconhecido, que eu te
46:40diria, você vê que aumenta o nenhum e o branco, e ele não passa de 42%.
46:45Ele tem um teto.
46:46Então, qualquer um que enfrente o Lula já arranca com 30%.
46:51Qualquer adversário.
46:52Como qualquer um que enfrentasse, se o Lula saísse e enfrentasse um Bolsonaro, também
46:56não tenho dúvida, já arrancaria com 30%.
46:59Aquilo que eu falei, um retroalimenta o outro.
47:02Agora, com certeza, o Ratinho Júnior, ao meu ver, ao ver da Paraná Pesquisa, as chances
47:07dele estaria caso o Bolsonaro o apoiasse.
47:13Para fazer uma candidatura solo é um risco muito grande também.
47:16Não que não tenha chance.
47:17Todo mundo que disputa tem chance.
47:19Mas uma carreira solo eu vejo com muita dificuldade nesse momento, pela fotografia do
47:23hoje.
47:23E a questão dos 42% do teto do Lula tem a questão da intenção, mas a rejeição é
47:30muito alta.
47:30Muito alta.
47:31Então, assim, a política tem essa questão da rejeição.
47:35E o Lula tem uma rejeição e um antipetismo, um antilulismo consolidado.
47:41E isso, em 2018, foi determinante também para a vitória do Bolsonaro.
47:45A vitória do Bolsonaro é multifacetada em 2018.
47:48E uma das questões, por exemplo, é do eleitor que sempre foi fiel ao PSDB.
47:53Não era um eleitor do PSDB.
47:55Era um eleitor antilula.
47:56E aí migrou rapidamente para o Bolsonaro.
47:59Isso que o PSDB não percebeu durante décadas.
48:02É interessante essa sua lembrança, que é muito importante.
48:04Não percebeu.
48:05Porque achava que era o voto do PSDB.
48:08Não, era o voto, principalmente, era o voto antilula.
48:10Eu até brincava, brinquei certa vez, escrevi um texto sobre isso, que o Dória foi um bolsonarista
48:17antes do Bolsonaro.
48:18Quando o Dória é eleito prefeito de São Paulo, batendo no PT, o que tinha a ver a
48:23prefeitura de São Paulo com o governo federal?
48:25Mas deu certo, foi eleito.
48:27Sim.
48:28Agora, o que chama atenção ainda, que eu acho que é importante a gente destacar,
48:33é que na hipótese, nós estamos, é bom lembrar quem nos acompanha, desenhando
48:37com hipótese.
48:38Porque hoje o grande eleitor, em um campo político da direita, é o Jair Bolsonaro.
48:44E ele, dificilmente, 99,9%, ele não vai ser candidato pelas razões já conhecidas.
48:49Então, quem ele, lembrando o caso mexicano, na época do Prito e o Dedasso, apontava o
48:54presidente, quem seria o seu sucessor.
48:56Hoje, o Jair Bolsonaro tem esse poder nesse campo político.
49:00Agora, ele prioriza também o Senado Federal, dentro de uma perspectiva de que os bolsonaristas
49:06tenham maioria constitucional no Supremo Tribunal Federal para, se for o caso, que está na
49:12nossa Constituição, até levar o impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal,
49:17que está presente na nossa Constituição, se tiver o quórum constitucional.
49:21E, nesse caso, se os filhos saírem candidatos ao Senado, Eduardo Bolsonaro, alguns dizem que
49:26sairia por São Paulo, Flávio Bolsonaro, a reeleição no Rio de Janeiro, a Michele Bolsonaro,
49:32candidata no Distrito Federal.
49:34Lembre-se que ela elegeu, na prática, a senadora há quatro anos atrás, há três anos atrás.
49:41Foi uma surpresa a eleição lá no DF, a princípio.
49:44Então, ela certamente seria eleita.
49:46Senadora Damares, né?
49:47A Damares.
49:47Então, lembrar que a senadora Damares foi uma candidata dela, inclusive contra, inicialmente,
49:52a votada do Bolsonaro.
49:54E Carlos Bolsonaro seria o quarto candidato, poderia ser para algum estado.
49:58Inicialmente, falou-se até em Santa Catarina, mas como em Santa Catarina a possibilidade
50:03de eleição de dois senadores bolsonaristas é muito forte, ele poderia ir para um outro
50:07estado, tentar uma vaga, já garantindo duas vagas para o campo bolsonarista nessa renovação
50:13de dois terços do Senado.
50:15Nesse cenário, não tendo nenhum diretamente do clã Bolsonaro como candidato, então nós
50:20teríamos dois que sobrariam, que são evidentes e são governadores agora.
50:26O Tarcísio de Freitas e o Ratinho Júnior.
50:30Desde que, alguém vai falar assim, mas tem o Caiado, é verdade, mas não me parece.
50:34E a pesquisa também demonstra isso.
50:37Ah, tem o Eduardo Leite.
50:38Difícil.
50:39O cenário apresenta que poderiam ser esses dois.
50:42Isso é um exagero?
50:43Não, eu acho que o senhor está certo, professor.
50:44Eu acho que se o Bolsonaro optar, porque todos esses que o senhor falou, o Eduardo,
50:49ele lidera em São Paulo, o Flávio lidera no Rio, a Michele lidera no DF.
50:54Todos eles são senadores favoritos para se elegerem.
50:57Pode ser que na eleição isso não se concretize, mas momentaneamente são favoritos.
51:02Seria, ao meu ver, essas três opções que ele teria.
51:05O Tarcísio, com uma maior força, é claro, por governar São Paulo, por ser o maior estado
51:11da nação.
51:12E, depois, o Ratinho Júnior e o Caiado.
51:14Eu acho que essas são as opções que ele teria fora e ele não disputasse.
51:18E o Rogério Marinho correndo por fora.
51:20E o Rogério Marinho eu colocaria nessa lista hoje, correndo por fora.
51:25Sim, perfeito.
51:27E, nesse caso, nós estamos indo para o final do nosso programa, eu começaria, passaria
51:31para o Prando, pensar o seguinte.
51:35Caso Tarcísio de Freire seja o candidato ungido pelo Bolsonaro, o governo de São Paulo,
51:42como é que poderia ficar em um cenário?
51:44Porque é uma eleição, aparentemente, aparentemente, nesse momento, ganha a eleição por parte
51:50do Tarcísio.
51:51Ele seria candidato a presidente numa eleição disputada, por todas as razões já lembradas
51:55aqui, com o presidente Lula, que é candidato a eleição, como é sabido de todos.
52:00Como é que ficaria o Palácio do Bandeirantes?
52:01O Palácio do Bandeirantes vai ser disputado e aí o PT, talvez, consiga novamente pôr um candidato
52:09competitivo.
52:09Porque, nas últimas eleições, não conseguiu.
52:13Agora, eu fico assim, nos cenários que a gente vê aqui, Vila e Hidalgo, o nome, acho
52:20que irracional, e aí, claro, que a política não é irracional, mas o nome irracional de
52:23escolha seria o governador de São Paulo.
52:27A ideia do cavalo encilhado, ela é muito interessante.
52:30Então, o Tarcísio deve dormir, assim, todo dia, pensando assim, eu vou ou eu não vou?
52:36Então, é racionalmente o nome mais interessante.
52:39E saindo candidato, aí o governo de São Paulo, que seria provavelmente uma reeleição
52:44muito certa, vai entrar numa outra disputa com uma possibilidade de um candidato levar
52:49que não seja um candidato da direita.
52:51Eu passaria por o Murilo, estamos indo para o final, temos aí mais três minutos.
52:57Nesse caso, Tarcísio só sairia candidato a presidente, claro, com o apoio do Bolsonaro.
53:02Me parece que seria impossível ele sair candidato contra um candidato do Bolsonaro e contra o
53:09presidente Lula, que vai ser candidato à reeleição.
53:11Ele saindo apoiado pelo Bolsonaro, quem o Bolsonaro, quem que seria o candidato viável?
53:17Alguém da família Bolsonaro, não, porque nós já falamos que provavelmente seria candidato
53:22ao Senado.
53:23Então, nesse quadro político paulista, pelo que a Paraná já desenhou, quem que seria
53:28o candidato viável?
53:30Olha, professor, o que a gente tem testado, caso o Tarcísio seja candidato a presidente,
53:34você tem hoje o nome mais forte que aparece é do atual prefeito de São Paulo, Ricardo
53:38Nunes.
53:39Basta a pergunta, ele renunciaria ou não renunciaria?
53:42Esse é o cenário mais forte.
53:43Aí você tem o André do Prado, que é o presidente da Assembleia Legislativa, você
53:47tem o Felício Ramoto, que vai assumir o governo, deixar claro isso, e ele passa a ser o governador
53:53nos últimos nove meses.
53:54É como se fosse o Rodrigo Garcia em 2022.
53:57E o Kassab, né?
53:59Certo?
53:59Eu acho que esses seriam os quatro...
54:01O Kassab sairia, será contra o prefeito da capital se fosse candidato?
54:05Olha, isso tudo é uma pergunta que a gente vai ver para frente.
54:08Tem uma resposta agora.
54:11Mas é uma situação muito difícil.
54:13Eu acho que vai depender demais essa escolha, se o Tarcísio for candidato a presidente,
54:16de quem será o candidato da oposição.
54:19Principalmente, eu acho que a chance do Geraldo Alckmin, caso o Tarcísio vá, dele querer
54:23voltar, eu acho que essa chance aumenta.
54:25Pode até querer voltar.
54:27E passa a precisar de um candidato mais competitivo para vencer o Geraldo Alckmin.
54:32Nos cenários para duas vagas, é bom lembrar vocês que nos acompanham.
54:36Eu tenho certeza que se eu for à Avenida Paulista e perguntar aos três senadores paulistas, ninguém acerta.
54:44Eu dou uma BMW especial, ninguém sabe.
54:48Olha, lembrar que na Constituinte nós tínhamos Severo Gomes, Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas.
54:53Hoje, se vocês acertarem, eu tenho hora que eu esqueço.
54:57Eu até arrumei um meio de gravar, eu faço associação com um filme que eu vi nos anos 70, para lembrar de Jordano.
55:02Eu lembro o filme de Jordano Bruno com o Jean-Marie Volontel.
55:05Um jeito de não esquecer que tem o senador que é de Jordano.
55:08Tem a Mara Gabrilli e temos o Astronauta.
55:11Bem, eu ia perguntar se a BMW valia para quem não está lá embaixo na Paulista, mas no endereço.
55:18Não ia valer aqui, não ia valer para... Eu gostaria muito do BMW.
55:22Olha, então nós estamos indo para o encerramento.
55:25Eu acho que nesse caso, nós vamos ter de pensar justamente um outro encontro, discutir os cenários para o Senado em São Paulo.
55:32Que também, a Paraná já testou vários cenários.
55:35Nós já vimos alguma dessas pesquisas e, provavelmente, pode ser que seja um senador do campo bolsonarista e um senador petista ou até, segundo alguns, dois senadores bolsonaristas.
55:46Vai depender, é claro, como os nossos dois convidados hoje mostraram, que eleição é difícil, é igual futebol, né?
55:54Agora está sendo lembrado os 30 anos do gol de barriga lá do Renato Gaúcho no Flamengo e Fluminense em 1995.
56:01O Flamengo tinha o ataque dos sonhos e quem foi campeão, o artilheiro Romário, o campeonato carioca e quem foi campeão carioca?
56:08O Fluminense com o gol de barriga do Renato Gaúcho.
56:11Então, terminando com essa parte futebolística, agradecendo muito a presença aqui no estúdio do Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisa.
56:20Agradecendo muito o Rodrigo Prando, cientista político, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
56:26E agradecendo a vocês que nos acompanham e amanhã, nesse mesmo horário, às 22 horas, terminaremos mais um Visão Crítica.
56:34Até!
56:35A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
56:47Realização Jovem Pan News
56:48Realização Jovem Pan de Comunicação
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