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  • 29/06/2025
A inflação, após registrar alta nos últimos meses, continua sendo uma preocupação central do Banco Central, de acordo com o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do Banco Central, especialmente em meio ao aquecimento da atividade econômica e às incertezas do cenário global.
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Transcrição
00:00O fato é que a inflação, após registrar alta nos últimos meses,
00:03continua sendo uma preocupação do Banco Central.
00:08Enfim, o documento, o relatório de inflação, foi divulgado nessa quinta-feira 26.
00:14Rodrigo, a impressão que eu tenho é que esse recado prévio já havia sido dado naquela lata do Copom, não é isso, Rodrigo?
00:21Já, já havia sido dado.
00:22O relatório trimestral de inflação é o relatório mais robusto que o Banco Central produz trimestralmente,
00:28como diz o nome, e aí traz um pouco mais dos estudos que o Banco Central está fazendo
00:34e como o Banco Central está vendo o cenário.
00:37Qual foi o recado deste relatório trimestral de inflação?
00:40Olha, do jeito que está, não dá.
00:43É basicamente isso, as expectativas para a inflação pioraram,
00:47os modelos do Banco Central apontam inflação mais alta nos próximos anos,
00:53se afastando da meta, ainda não é uma super inflação,
00:56mas são inflações que estão se afastando daquela meta de 3%.
01:02Por exemplo, você tem para o primeiro trimestre de 2026,
01:06que é quando muda aí, vai ser a primeira leitura no novo sistema de leitura de meta de inflação,
01:13estava em 3,2%, a inflação passou para 3,5%,
01:17e no relatório trimestral de inflação, o Banco Central já expandiu para o segundo trimestre,
01:22e apesar de ter expandido para o segundo trimestre com o juro mais alto,
01:27a inflação permaneceu em 3,5%, ela tem que convergir para a meta e isso não está acontecendo.
01:33Qual é o recado?
01:34O recado é que a gente ou vai ter juros mais altos por mais tempo,
01:39ou a gente vai ter mais juros por menos tempo para segurar a economia.
01:44O Banco Central está dando a coletiva nesse momento sobre o relatório de trimestral de inflação,
01:50o Diogo Guilhem, que é o diretor de política econômica,
01:53e o Roberto Campos Neto, que é o presidente do Banco Central,
01:57falando ali, explicando para os jornalistas o que está nesse documento,
02:02que tem aí suas 50, 80 páginas,
02:05destrinchando a economia brasileira e um pouco dos cenários,
02:11tanto interno quanto externo, do que a gente pode esperar.
02:15E o que o Banco Central sinalizou nesse relatório trimestral de inflação
02:20é que a inflação está pressionando para cima
02:23e isso é um risco que o Banco Central vai ter que combater com a sua principal arma,
02:29que não é a única, mas a principal arma, que é juros.
02:33Então, a taxa de juros deve subir mais um pouquinho.
02:37Isso tudo ainda foi piorado hoje, durante o dia,
02:40as expectativas de taxa futura de juros,
02:44com o resultado aí, o número do pedido de auxílio-desemprego nos Estados Unidos,
02:49que veio abaixo do esperado.
02:52Então, o que o mercado esperava?
02:54Esperava mais gente perdendo emprego,
02:56e teve menos gente perdendo emprego,
02:58e vocês vão dizer, mas esse pessoal da Faria Lima, de Wall Street,
03:02são todos uns caralhas mesmo,
03:05querem que as pessoas fiquem desempregadas, não é isso.
03:08Talvez seja, mas a desculpa, a explicação é que é o seguinte,
03:13se o desemprego não sobe,
03:16é sinal que você não tem necessidade tão grande
03:19para cortar os juros numa velocidade tão alta lá nos Estados Unidos.
03:23Se não corta lá, aqui então, amigo,
03:26que a gente está subindo, fica mais fácil de subir mais ainda.
03:30Então, piorou um pouco a nossa situação no dia de hoje,
03:34com o relatório trimestral de inflação,
03:37que não é tão ruim, já tem muito,
03:38como o Wilson adiantou aí, tem muito,
03:40já estava aí na última reunião do Copom,
03:43mas piorou um pouquinho com esse recado aí nos Estados Unidos,
03:50do mercado de trabalho ainda aquecido por lá.
04:00E aí
04:05E aí
04:10E aí
04:14E aí
04:19E aí

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