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O Comitê de Política Monetária, do Banco Central, afirmou que manterá cautela em relação à “atenuação” da desaceleração da atividade econômica.
Em ata divulgada nesta terça-feira, o Banco Central identificou riscos para o processo de desinflação ligados aos reajustes salariais acima da meta de inflação.
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Transcrição
00:00Deixa eu trazer logo o nosso Rodrigo Oliveira
00:01para a gente fazer o nosso bloco de economia aqui no Meio de Brasília.
00:04Afinal de contas, temos ata do Copom sendo divulgada, rapaz,
00:08o Banco Central explicando tintim por tintim
00:11essa nova redução de meio ponto percentual na taxa de juros.
00:15Rodrigo Oliveira, seja muito bem-vindo ao Meio de Brasília.
00:19Você hoje fazendo uma incursão na Faria Lima.
00:24Estou aqui na terra desses malvadões.
00:30Aqui da Faria Lima, que não querem nada a não ser o dinheiro do povo trabalhador brasileiro.
00:35Exatamente, rapaz. Você conversando com os tubarões da Faria Lima, rapaz.
00:39É, tirando o dinheiro da sardinhada toda.
00:42Exatamente. Boa tarde, Rodrigo.
00:45Você também, rapaz. Você ficou bem de verde.
00:48Muito obrigado. Só os seus olhos.
00:50A Anésia para combinar com os meus olhos. Gostou dessa, né?
00:54Nossa, humildade passa longe aqui nesse programa.
00:56Rodrigo, a ata do Copom teve alguma surpresa?
01:04Rapaz, sem surpresa, né?
01:05O Copom continuou naquela conversa de que a inflação está caindo, mas ainda não dá para acelerar corte.
01:13Ainda exige um pouco de cautela.
01:15O Copom preocupado, e aí vale uma explicação aqui, preocupado com ganhos, com rendimentos reais em alta.
01:24Com salários subindo mais que a inflação, o que pode gerar aí uma pressão inflacionária, principalmente aí na área de serviços, ali no setor de serviços, onde a mão de obra é mais intensa.
01:37Ela reflete mais os preços e isso pode se dissipar aí pelos outros setores também.
01:44Então, o Banco Central assumindo uma postura um pouco mais cautelosa, mas mantendo ali aqueles 50 pontos base, né?
01:52O 0,5 ponto percentual.
01:54Para quem não sabe, o ponto base, né?
01:56Às vezes acaba aparecendo aí nos meus textos, o ponto base é 100 pontos base, 1 ponto percentual.
02:03Então, 50 pontos base, 0,5 ponto percentual, só para todo mundo saber e ficar todo mundo na mesma página, né?
02:11Então, o Copom manteve a ideia de que deve, esse ritmo de cortes deve permanecer aí em 0,5 ponto percentual para as próximas reuniões.
02:21Então, o pessoal já marca ali na curva futura um corte de 0,50 em março e outro de 0,50 em maio.
02:28Quando chegar em maio, aí é que as coisas começam a ficar um pouco mais complicadas para o Copom.
02:34Então, até lá, o Banco Central deve manter esse ritmo, que inclusive não incomodou nem a nossa querida Glaise Hoffman,
02:41que ficou quieta, apesar desta... não teve nada... até estava vendo o Twitter dela hoje, o X, sei lá como é que chama.
02:50Aquele negócio do Elon Musk, que o pessoal coloca uns comentários, eu também coloco de vez em quando uns comentários lá.
02:56O... e aí ela não falou nada sobre isso, apesar dessa... desse ponto, que é um ponto que é mais nevrálgico,
03:05que é mais sensível aí na retórica petista, que é essa coisa do trabalho, né?
03:11E o Banco Central, olhando para o mercado de trabalho, ainda muito aquecido, na opinião do Banco Central,
03:17e com alguns reajustes acima da inflação, o que gerou um pouco de desconforto para o Banco Central no combate à inflação.
03:26Lembrando, quanto mais dinheiro você ganha, como diria o filósofo, dinheiro na mão é vendaval.
03:31Quanto mais dinheiro você ganha, mais você quer comprar, quanto mais você quer comprar.
03:35Se a empresa não tem como aumentar a produção, já está na capacidade máxima dela,
03:41daquele item que você quer comprar, ela vai aumentar o preço para aumentar as margens e depois aumentar a empresa,
03:48ou qualquer outra coisa que ela decidir fazer com esse dinheiro.
03:51Então é por isso a preocupação com os ganhos, com os rendimentos reais.
03:56Então é basicamente isso.
03:58Nada de muito novo.
03:59Eu estava mais ansioso aí, esperando alguma sinalização para o fiscal brasileiro, ou para fiscal.
04:09Nada ainda no Copom.
04:11Copom bastante tranquilo, um comitê de política humanitária bastante tranquilo.
04:16Agora pela manhã, o Haddad e o Roberto Campos Neto estão em um evento do BTG,
04:22onde o Roberto Campos voltou a falar aquela frase que ele já tinha falado antes da reunião do Copom,
04:30de que a ideia dele é chegar no fim deste ano na menor taxa Selic possível,
04:38sem comprometer o combate à inflação.
04:42E aí você tem várias apostas entre 9,5%, 9%, 9,25% de Selic ao ano até o final de 2024.
04:54Lembrando que hoje a gente está, se não me falha a memória, em 10,75% ou 11,25%.
05:00Vou ver aqui, já digo para vocês em um minutinho.
05:03Mas de qualquer maneira, é isso, sem expectativas muito diferentes.
05:1111,25% agora a Selic, já fiz um corte de 0,5% eu mesmo.
05:16É, não, mas você tem autoridade para isso.
05:19Eu estava aqui buscando uma declaração que foi dada hoje pela manhã pelo Fernando Haddad,
05:24já repercutindo essa história da taxa Selic,
05:29mas ele também voltou a falar que vai insistir na meta de déficit zero.
05:35E aí ele também voltou a dar um recado para o governo, para o Congresso,
05:39dizendo que a política precisa fazer a sua parte.
05:43Em conferência lá do BTG, ele falou a basicamente seguinte,
05:48ele falou a basicamente seguinte, abre aspas,
05:50todo esforço que estamos tendo é para os três poderes se entenderem.
05:55Se isso continuar acontecendo, eu sou muito otimista com a economia brasileira,
05:58mas a política precisa ajudar, precisa continuar aberta para se debruçar sobre os dados,
06:04reconhecer a legitimidade desses dados, pedir ajuda externa quando for o caso.
06:09Quer dizer, fazendo aí uma referência aos recados do Arthur Lira,
06:12ontem na sessão de abertura dos trabalhos do Poder Legislativo.
06:17Quer dizer, ou seja, tudo conflui, né, Rodrigo?
06:19Quer dizer, com um cenário político um pouco mais tranquilo,
06:23é possível que o Banco Central tenha uma capacidade de fazer um corte um pouco mais agressivo na taxa de juros.
06:29Mas aí, de novo, não adianta só o Fernando Haddad, o teu grande amigo, teu grande guru, né?
06:35Tem muita ironia nessa área.
06:36Eu tenho um pôster, o pessoal não sabe, eu tenho um pôster do Fernando Haddad no meu quarto.
06:40Minha esposa até tem reclamado.
06:43É, porque aí pode se configurar traição, né, Rodrigo?
06:46Acho que você não merece, né?
06:47Então, não adianta só o Fernando Haddad dizer a política precisa colaborar,
06:52mas o governo também precisa fazer a sua parte,
06:54porque não adianta só pedir a colaboração do Congresso Nacional
06:58se a articulação política do Palácio do Planalto tem cometido erro atrás, de erro.
07:04Nós já batemos nessa tecla mil e uma vezes aqui no meio-dia em Brasília.
07:08Não faz o menor sentido você falar em harmonia com o Poder Legislativo
07:12e, do nada, você apresentar, por exemplo, uma medida provisória que susta um projeto de lei.
07:16Eu estou fazendo referência aí àquele projeto, àquela proposta de desoneração
07:21ou de reaneração dos 17 setores da economia, não é, Rodrigo?
07:24É isso. E é o que está em discussão mesmo, né?
07:26O que o Haddad está tentando fazer é entrar um pouco nessa briga,
07:30porque ele sabe que vai acabar espirrando nas medidas econômicas que estão na Câmara.
07:35O Lira está hashtag chateado com o governo Lula,
07:42porque aquilo que a gente já repetiu aqui algumas vezes,
07:44e principalmente ali com o Padilha,
07:46o Lira é um camarada reconhecido pelo cumprimento da palavra, né?
07:53É um cara que você faz acordos no fio do bigode e ele paga.
07:57E, obviamente, quando você trata de uma pessoa que é assim,
08:00ele espera, obviamente, o mesmo daquele que está do outro lado da negociação, né?
08:07E o governo tem mudado o jogo durante o jogo, né?
08:11Que é uma coisa comum nas gestões petistas,
08:15não só nas gestões petistas, para ser mais justo, né?
08:17Em gestões presidenciais aí de muito tempo,
08:20às vezes muda alguma coisa e eles querem alterar.
08:23O problema é que a sequência de mudanças acabou deixando o Congresso
08:29numa situação meio ruim, né?
08:31E aí, por fim, no fim do ano passado, depois de tudo certo,
08:36o Haddad me faz essa MP da reoneração,
08:38acabando com o PERSI,
08:40limitando utilização de crédito tributário,
08:44e isso tudo à revelia do Congresso, né?
08:47Essa conversa do Haddad que não, a gente precisa conversar,
08:50precisa negociar, olhar para os dados, blá, blá, blá,
08:53papo furado.
08:55Teve um ano inteiro para discutir PERSI,
08:57teve um ano inteiro para discutir reoneração
09:01ou desoneração da folha de pagamentos
09:03e fez nada, ou por incompetência ou por má fé.
09:08Qualquer uma das alternativas são ruins para o governo,
09:13são ruins para o Fernando Haddad.
09:15E agora, o que o governo está tentando fazer
09:17é colocar no colo do Congresso a culpa
09:19pelas contas públicas que não vão ir tão bem
09:24quanto o governo gostaria de mostrar,
09:27embora o governo não esteja fazendo a parte
09:29que seria a parte dele,
09:32que é controlar os gastos
09:33ou ser mais inteligente nos gastos, né?
09:37É aquilo.
09:37Se você tem duas pontas, receita e gasto,
09:40a única que você controla de verdade é o gasto.
09:44Você sabe quanto você gasta sempre.
09:47Isso é imediato, claro.
09:49Você pode ter alguma emergência, etc.
09:51Mas estamos considerando aí
09:53em condições normais de temperatura e pressão,
09:55você sempre sabe quanto é o seu gasto,
09:58mas você quase nunca tem certeza
10:01de quanto vai ser a sua receita, né?
10:03Principalmente quando é uma receita variável,
10:05como é o caso da receita do governo.
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