- anteontem
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00:00É o pior desastre com uma única aeronave na história da aviação.
00:10Um Boeing bate em uma montanha no noroeste de Tóquio.
00:18520 pessoas, passageiros e tripulação perecem numa pilha de metal retorcido.
00:24Com mais de 600 747s em serviço, os investigadores estão sob pressão intensa para descobrir a causa do acidente.
00:34Se eles não conseguirem obter respostas rapidamente, isso pode acontecer de novo.
00:40Desastres não acontecem simplesmente.
00:43Eles são provocados por uma cadeia de eventos decisivos.
00:46Vamos desvendar as decisões fatais daqueles últimos segundos pouco antes do desastre.
00:54Segundos fatais.
00:58Queda incontrolável no Japão.
01:03Japão.
01:05Aeroporto de Haneda, Tóquio.
01:1012 de agosto de 1985.
01:136 horas da tarde.
01:17O voo 123 da Japão Airlines se prepara para a decolagem.
01:24Seu destino, a cidade de Osaka, a 400 quilômetros dali.
01:30No comando, está o primeiro oficial, Yutaka Sasaki.
01:36Observando seus movimentos, está Masami Takahama, um dos comandantes mais experientes da Japão Airlines.
01:43O americano de 26 anos, Ward Wallach, é um dos poucos estrangeiros a bordo.
01:55Meu irmão Ward ficou obcecado pelo Japão, ainda quando era estudante universitário.
02:02Agora, estudante de pós-graduação em Tóquio, Ward assumiu a vida de japonês, apesar de não ser um deles.
02:11Ward imitava seus amigos japoneses.
02:15Ele se parecia com Christopher Reeves.
02:17Ele parecia o super-homem.
02:18O ator e cantor japonês, Kiyu Sakamoto, também está a bordo.
02:31Acho que era o sorriso do meu marido, Kiyu Sakamoto, que mais chamava a atenção de todo mundo.
02:44Ele mantinha um grande sorriso quando se apresentava na TV.
02:48E era assim também em casa.
02:57Ele adorava sua família.
03:00Ele era gentil e sempre se preocupava com a família.
03:116h12 da noite.
03:12A torre do aeroporto de Haneda dá permissão para a decolagem do voo Japan Air 123.
03:24As condições meteorológicas são boas.
03:27A tripulação espera que seja um voo de rotina curto.
03:33O Boeing 747 começa a subir para a sua altitude de cruzeiro a 7.300 metros.
03:42Um passageiro precisa usar o banheiro.
04:06Cuidado, por favor.
04:07Fala para ir rápido.
04:08Duas explosões sacodem o avião.
04:29Alguma coisa explodiu.
04:31Cheque as engrenagens.
04:34Os controles de voo da aeronave não respondem.
04:38Tente de novo.
04:45A tripulação tenta desesperadamente descobrir o que aconteceu.
04:55A pressão da cabine cai.
04:57O voo da Japão Airlines 123 está fora de controle.
05:25O comandante Takahama declara a emergência.
05:33Voo 123 da Japan Air.
05:36Solicito retorno a Haneda.
05:38E entra em contato por rádio com o controle de tráfego aéreo de Tóquio.
05:41Pegue um curso magnético de 90 graus para o vetor do radar para Oshima.
05:45A tripulação está tentando fazer com que o 747 faça uma curva certeira para seguir uma rota de volta ao aeroporto de Haneda.
05:54Vá para a direita.
05:58Mas o avião não está respondendo.
06:00Sim, senhor.
06:01Não estou acreditando.
06:02Também não, senhor.
06:03O que está acontecendo?
06:066h27 da noite.
06:11O controle de tráfego aéreo de Tóquio se comunica com o voo Japão Air 123 por rádio.
06:15Japão Air 123.
06:16Por favor, confirme se vocês têm uma emergência.
06:19Afirmativo.
06:21Qual é a natureza dessa emergência?
06:466h28 da noite.
07:00Voo da Japão Air 123, destino de voo 090, vetor de radar para Oshima.
07:06Parece que o avião está se afastando do aeroporto Haneda, em Tóquio.
07:09Voo Japão Air 123, descontrolado.
07:22Voo Japão Air 123, descontrolado.
07:266h31 da noite.
07:28O controle de Tóquio sugere que eles sigam para o aeroporto de Nagoya, a 133 quilômetros dali.
07:36Sua posição é de 115 quilômetros de Nagoya.
07:38Conseguem pousar em Nagoya?
07:42Não, negativo.
07:43Solicito retorno a Haneda.
07:46A tripulação quer assumir o trecho mais longo e voltar para o aeroporto Haneda, em Tóquio.
07:526h33 da noite.
07:58A aeronave ainda está acima dos 6 mil metros.
08:01Os passageiros têm dificuldade para respirar.
08:08Há um dano na traseira.
08:15Eu não sei o que fazer.
08:16As pessoas não conseguem respirar.
08:17As máscaras.
08:18As máscaras de oxigênio nas 5 direitas falharam.
08:21Acho melhor descermos.
08:23Sim, senhor.
08:26Os pilotos tentam baixar a altitude do avião para aumentar os níveis de oxigênio dentro da cabine.
08:32Nariz para baixo.
08:35Nariz para baixo.
08:36Sim, senhor.
08:37Nariz para baixo.
08:396h38 da noite.
08:41Use as suas mãos.
08:43Baixe o trem de pouso.
08:45Baixando o trem de pouso.
08:46Para diminuir a velocidade do 747, a tripulação baixa o trem de pouso.
08:54Mas um pouso controlado é pouco provável.
08:57Atenção!
09:02Atenção!
09:03Atenção!
09:05Atenção!
09:07Atenção!
09:09Atenção!
09:11O tráfego aéreo de Tóquio segue o avião pelo radar.
09:17Durante os próximos 3 minutos, a aeronave faz uma volta completa de 360 graus, perdendo altitude o tempo todo.
09:28Consegue controlar a aeronave agora?
09:30Voo 123 da Japan Air, descontrolado.
09:34Japan Air 123, entendi.
09:38Você gostaria de entrar em contato com o Haneda?
09:41Talvez não adiante.
09:42Talvez não adiante.
09:46Numa base militar americana em Yokota, equipes de emergência estão a postos.
09:57Japan Air 123.
09:59Japan Air 123.
10:01Yokota a postos.
10:02Se estiver me ouvindo, opte por 5-4-2-3.
10:07O equipamento está baixado?
10:10Trem de pouso baixado.
10:116h47 da noite.
10:17O avião baixou para 2.000 metros.
10:21Mas com pouco controle sobre a aeronave, os pilotos agora encaram novos perigos.
10:27Veja, tem uma montanha na nossa frente.
10:31O voo 123 da Japan Airlines está agora a quilômetros de sua rota original e mergulha na região montanhosa do noroeste de Tóquio.
10:40Vire à direita, tem uma montanha ali.
10:43Assuma o controle.
10:44Para a direita.
10:45Vire à direita.
10:46Virando à direita.
10:47Quase batemos na montanha.
10:48Eu sei, senhor.
10:49A tripulação luta para subir o avião para longe do perigo.
10:52Vire à direita.
10:53Suba o nariz agora.
10:55Suba.
10:56Sim, senhor.
10:56Põe mais potência à esquerda.
11:11Potência máxima.
11:17Potência máxima.
11:216h53 da noite.
11:23Os pilotos lutam para colocar o avião a 4.000 metros.
11:31Mas eles ainda estão a 65 quilômetros a noroeste do aeroporto de Tóquio.
11:37Ao controle de tráfego, só resta observar.
11:40Estamos preparados para sua aproximação a qualquer momento.
11:43Estou coordenado com Yokota.
11:44Yokota também está disponível para pouso.
11:47Pare de pairar agora.
11:48Pare de pairar.
11:50Flap para cima.
11:50O avião se lança à frente e começa um mergulho descontrolado.
11:56Nariz para cima.
11:58Para cima.
12:01Nariz para cima.
12:03É o fim.
12:06Essa não.
12:16Japão Airline 123 está me ouvindo?
12:18Japão Airline 123 está me ouvindo?
12:20O avião desaparece do radar.
12:23Japão Airline 23 está me ouvindo?
12:28Eu não consigo ouvir nada.
12:32Os destroços de um jumbo podem ser vistos espalhados pelas montanhas.
12:37Um avião Boeing 747 caiu com mais de 500 pessoas no auge do feriado mais popular do Japão.
12:43E não há sinais de sobreviventes.
12:45Fiquei sabendo, pela edição extraordinária, que um avião tinha desaparecido do radar.
12:56Mas eu não sabia se meu marido estava naquele avião ou não.
13:00Eu não me lembro quanto tempo tinha passado
13:08quando eles conseguiram ler a lista de passageiros.
13:15Quando conseguiram publicar na televisão.
13:17Quando eu ouvi a lista
13:22logo soube que ele estava naquele voo.
13:28Sinceramente
13:29Como vou descrever?
13:34Fiquei horrorizada.
13:46Apenas 18 minutos depois que o avião desapareceu,
13:49um C-130 da Força Aérea Americana localiza os destroços na cordilheira do Monte Oztaka,
13:54100 quilômetros a noroeste de Tóquio.
13:57Ele entra em contato com as autoridades japonesas pelo rádio, dando as coordenadas.
14:01Os Estados Unidos oferecem assistência militar.
14:15Os japoneses decidem trabalhar sozinhos
14:17e põem para funcionar sua própria missão de resgate.
14:20Então, as forças de defesa japonesas assumem.
14:26Yoshihisa Masuda está lotado na base militar na província de Shiba.
14:31Perto de onde o avião caiu.
14:36Foi logo depois que eu voltei ao quartel-general,
14:39depois de minhas férias de verão.
14:41A base estava alvoroçada.
14:44Eu perguntei a um colega o que estava acontecendo.
14:48E então me disseram que o paradeiro do voo da Japan Air era desconhecido.
14:53A base foi posta em stand-by na noite em que o avião caiu.
14:59E as pessoas diziam que provavelmente teríamos de sair.
15:02Um helicóptero japonês enviou relatórios dizendo que não havia sobreviventes.
15:12O terreno montanhoso e a falta de equipamentos para operações noturnas
15:16retardaram ainda mais os esforços de resgate japoneses.
15:19Eles só conseguem chegar ao local mais de 14 horas depois do acidente.
15:31Milagrosamente, são encontrados quatro sobreviventes,
15:34que passaram a noite na encosta da montanha.
15:36Mas 520 pessoas estão mortas,
15:45incluindo Kiyu Sakamoto e Ward Wallach.
15:50Acho que quando fiquei sabendo que ele estava no avião,
15:55tive uma sensação de irrealidade.
15:58É que Ward era cheio de vida, ele era jovem,
16:01e aquilo não deveria ter acontecido daquela maneira.
16:06Foi irrealidade.
16:20Logo depois da queda,
16:22os sobreviventes se lembram de ouvir os gritos dos passageiros nos destroços
16:25e que morreram durante a noite.
16:29Os médicos no local notam que alguns dos ferimentos não teriam sido fatais
16:33se o socorro tivesse chegado mais cedo.
16:36É claro que eu só descobri depois que as operações de resgate
16:45não foram realizadas no local.
16:48Mas...
16:59Eles deveriam ter ido até lá imediatamente.
17:06Por quê?
17:11Eles demoraram tanto.
17:12Então, eu acho que eu acho que...
17:14Agora, revendo os fatos e aprofundando as investigações oficiais,
17:24podemos revelar o que se esconde por trás do pior acidente
17:27com uma só aeronave na história da aviação.
17:30O Comitê Japonês de Investigação do Acidente e do Avião
17:44é responsável pela investigação da queda.
17:49Como pede a lei japonesa,
17:51uma investigação criminal é feita pela polícia ao mesmo tempo.
17:55Nos Estados Unidos, o fabricante do Boeing 747
18:02é avisado do desastre no Japão.
18:10John Purvis era membro da equipe de investigação de segurança aérea
18:14do Boeing em 1985.
18:15Quando soubemos do acidente com este avião
18:19e que eram 747,
18:22ficamos preocupados que este acidente
18:24pudesse denegrir a reputação do avião.
18:27Porque, na época,
18:29ele era o maior avião comercial em uso.
18:35Com as vidas de milhões de passageiros de 747s em risco,
18:39o Comitê de Segurança nos Transportes Nacionais dos Estados Unidos,
18:43ou NTSB,
18:43quer respostas para os motivos pelos quais
18:46um avião construído nos Estados Unidos
18:48se acidentou.
18:51O representante do NTSB,
18:53Ron Schleid,
18:54é designado para investigação.
18:58Havia uma grande preocupação
19:00que se fosse um problema mecânico,
19:01ele poderia ser uma falha genérica
19:03e que isso pudesse afetar a frota toda.
19:09Uma equipe de investigação de engenheiros da Boeing
19:12e membros do NTSB seguem para o Japão.
19:17Mas, depois que eles chegaram lá,
19:19tiveram dificuldades para seguir para o local do acidente.
19:24Quando chegamos ao hotel em Tóquio
19:26e nos encontramos com os japoneses,
19:27ficou claro que havia problemas para se conseguir acesso
19:31às informações que eram conhecidas
19:33e também ao local do acidente posteriormente.
19:37Quanto ao fabricante do avião,
19:39a Boeing tem um acordo firmado internacionalmente
19:42que os permite investigar o local do acidente
19:44para terem certeza de que todos os outros 747s
19:47estão em condições de voo.
19:48Entretanto, uma vez que esse voo,
19:53o Japão Air 123,
19:55era um voo doméstico,
19:56as regras internacionais não se aplicavam em 1985.
20:01Desta forma,
20:02nós não tínhamos um direito automático de chegar lá.
20:05Nós tínhamos de pedir permissão
20:07para viajar e trabalhar com os japoneses.
20:09Enquanto os americanos
20:15esperam pela permissão da polícia
20:16para ter acesso ao local da queda,
20:18os investigadores japoneses do acidente
20:20partilham com eles as gravações de voz
20:22da cabine do piloto do voo Japão Air 123.
20:29Alguma coisa explodiu.
20:32Nós conseguimos ouvir uma explosão no gravador de voz.
20:35Na verdade, foram duas explosões bem fortes.
20:38uma depois da outra.
20:42É o fim!
20:54Os sobreviventes confirmam
20:56que houve uma explosão no fundo do avião
20:58e que levou os investigadores
21:02a uma conclusão arrepiante.
21:06Nos anos 1980,
21:08em todo o mundo
21:09houve vários ataques terroristas,
21:11sequestros
21:12e explosões de aviões.
21:14Então,
21:15quando aquele acidente aconteceu,
21:17desconfiamos de que tinha sido
21:19um ato de terrorismo.
21:27Nós ficamos muito desconfiados
21:30de que aquilo tinha sido uma bomba.
21:31mais provas da detonação provável
21:37de uma bomba surgem na Bahia Sagami,
21:38a 153 quilômetros ao sul do local do acidente.
21:48Marinheiros japoneses descobrem
21:50um pedaço bem grande do avião.
21:52Uma das primeiras coisas que nos mostraram
21:55foi o estabilizador vertical,
21:57ou a cauda do avião,
21:59que tinha se desprendido sobre a água
22:01no sul de Tóquio,
22:02bem embaixo da trajetória de voo do avião.
22:05E isso indicava que o avião
22:07tinha sofrido um problema catastrófico
22:10bem antes de eles chegarem ao local do acidente.
22:14Uma foto tirada durante os últimos minutos
22:19do voo 123 da Japan Airlines
22:21confirma os temores dos investigadores.
22:24Ela mostra claramente
22:25que a cauda estava desaparecida.
22:31Estava muito claro
22:32que algo em comum tinha acontecido.
22:35E mais uma vez chamava a atenção
22:37para o fato de que poderia ter sido uma bomba.
22:44Cinco dias depois de sua chegada,
22:46a equipe americana recebe permissão
22:47da polícia japonesa
22:48para avaliar o local do acidente.
22:56Helipontos improvisados
22:58permitem que helicópteros agora
22:59consigam pousar na cordilheira
23:01do Monte Osutaka,
23:02ao norte do Monte Fuji.
23:06O céu estava caótico,
23:09helicópteros indo e vindo sem parar.
23:14Entre os destroços,
23:18os investigadores começam a procurar
23:20os componentes estruturais principais
23:22do voo 123 da Japan Airlines.
23:25Como investigador,
23:26uma das primeiras coisas que fazemos
23:28é procurar pelo que chamamos
23:29de quatro cantos do avião,
23:31ou seja, o bico,
23:32as pontas das asas e a cauda.
23:37Alguns metros abaixo da cordilheira,
23:40eles encontram restos
23:41do anteparo de pressão traseiro.
23:44Esta estrutura circular
23:52é feita com uma série
23:53de placas de metal sobrepostas
23:55presas juntas.
23:58Instalado entre a cabine
23:59e a parte da cauda,
24:00ele é projetado para evitar
24:01que o ar escape da cabine
24:02pressurizada por trás da aeronave.
24:04Quando vimos o anteparo,
24:09é claro que ele estava retorcido
24:10e muito danificado
24:11e quebrado em vários pedaços.
24:13Seis, oito, dez pedaços grandes
24:15e alguns pequenos.
24:17E as peças tinham uma forma
24:18meio triangular.
24:19E elas iam do centro do anteparo
24:21para a borda,
24:22algo parecido com um pedaço
24:24de guarda-chuva.
24:25Os investigadores estudam
24:30o anteparo de pressão traseira
24:31em busca dos sinais
24:32de danos por bombas.
24:35Uma bomba deixa uma marca
24:36bastante característica
24:37no metal quando ela explode.
24:39Ela tem muita força.
24:41É mais força do que é possível
24:43gerar em um acidente real
24:44de uma aeronave.
24:45Mas a maior parte
24:49dos destroços do anteparo
24:51exibe danos consistentes
24:52com um impacto
24:53em alta velocidade.
24:55Uma das observações genéricas
24:57sobre quando o metal é rasgado
24:59é que ele deixa
25:01uma forma dentada na ruptura.
25:04Ele foi rasgado.
25:06Nós vimos provas disso
25:07na parte traseira da aeronave
25:09e na maior parte
25:10dos destroços do anteparo
25:11de pressão.
25:12Com certeza,
25:15aquilo não foi provocado
25:16por uma bomba.
25:20Analisando com mais atenção,
25:21eles descobrem
25:22um dano incomum.
25:24Havia uma parte
25:25do anteparo
25:26que exibia
25:28uma característica curiosa,
25:31diferente do resto
25:32dos destroços do anteparo.
25:36Em uma área,
25:38duas partes tinham se separado
25:40em linha reta,
25:41comparada ao resto
25:43do anteparo
25:43que tinha ficado retorcido
25:45e rasgado
25:46com a sobrecarga.
25:51Elas tinham se separado
25:53ou falhado
25:54de maneira diferente
25:55e eu queria saber por quê.
25:59A equipe quer analisar
26:00o anteparo
26:01em seu laboratório,
26:02mas a polícia
26:02não lhe dá permissão,
26:04uma vez que ainda existe
26:05uma investigação em andamento
26:07que quer determinar
26:07se um ato criminoso
26:08foi o responsável
26:09pelo acidente.
26:14No Japão,
26:15uma investigação criminal
26:16tem prioridade
26:17sobre uma investigação
26:18de segurança.
26:20Isso causou
26:21uma dificuldade
26:21para a equipe
26:22ter acesso ao local,
26:24ter acesso
26:24a outros dados,
26:25incluindo os destroços
26:27que caíram do avião.
26:30Isso complicou
26:30e atrasou parte
26:31da investigação
26:32de segurança
26:33porque os investigadores
26:34criminais
26:34estavam trabalhando.
26:35A equipe criou
26:39uma maneira engenhosa
26:41de resolver o problema.
26:42A Boeing teve a ideia
26:44de fazer réplicas
26:45das superfícies quebradas.
26:49Basicamente uma fita adesiva
26:50que eles colocavam
26:52na parte quebrada
26:53e isso não danificava
26:55a superfície avariada.
26:57Isso resultaria
26:57em uma réplica simétrica
26:59da fratura
27:00que poderia então
27:01ser analisada
27:02em laboratório.
27:03Os investigadores
27:07analisam
27:07as impressões
27:08da fita
27:08e desenhos
27:09do local
27:09tirados da porção
27:10do anteparo
27:11que exibia
27:12o dano em comum.
27:18Parece que uma placa
27:19do anteparo
27:19foi cortada fora
27:20junto com uma fileira
27:21de rebites
27:22que apreendiam
27:23a sua vizinha.
27:28Aquele metal
27:29foi rompido
27:30através daqueles furos.
27:31eu achei
27:33que tinha
27:34descoberto
27:34desgaste
27:35e o que estávamos
27:36vendo
27:37no anteparo
27:37era nosso
27:38momento eureca
27:40era nossa
27:41solução mágica.
27:51Tendo detectado
27:53os sinais
27:53indicadores
27:54do desgaste
27:54do metal
27:55os investigadores
27:56agora precisam saber
27:57o que provocou aquilo.
27:58eles também
28:01precisam descobrir
28:02se aquele
28:03é um incidente
28:03isolado
28:04ou um problema
28:05que pode fazer
28:06com que todos
28:07os mais de
28:08600 747s
28:09sejam mantidos
28:10em terra
28:11para consertos
28:11ao mesmo tempo.
28:13Os investigadores
28:14analisam
28:14o histórico
28:15do avião.
28:16Nele
28:16eles descobrem
28:17que aquele avião
28:18em especial
28:19tinha se envolvido
28:20em um acidente
28:20diferente.
28:23Eles descobrem
28:24que em 1978
28:26no aeroporto
28:27de Osaka
28:28o avião
28:28pousou
28:29com o bico
28:29muito levantado.
28:32A cauda
28:33bateu no chão
28:34e foi raspando
28:35ao longo
28:35da pista.
28:37O anteparo
28:37de pressão
28:38traseiro
28:38foi danificado
28:39e precisou
28:40de consertos.
28:44Ele tinha sido
28:45consertado
28:46sete anos antes
28:47e isso se tornou
28:48um fato
28:48muito importante
28:49para a investigação
28:50e muito interessante
28:51para nós.
28:53Descobrir
28:53que o avião
28:54tinha sofrido
28:55um conserto
28:56era um ponto
28:57decisivo
28:58na investigação.
29:00O quartel
29:01general da Boeing
29:02em Seattle
29:03envia um fax
29:04com o relatório
29:04do conserto
29:05para a equipe
29:06de investigação
29:07no Japão.
29:08Quando o avião
29:08foi danificado
29:09e a equipe
29:10de consertos
29:11analisou a aeronave
29:12ficou claro
29:12que o anteparo
29:13deveria ser substituído
29:14e acho que eles
29:15escolheram substituir
29:17apenas a parte inferior
29:18por causa de problemas
29:19com a expedição
29:20do anteparo inteiro.
29:21Os engenheiros
29:22da Boeing
29:23projetaram um conserto
29:24e fizeram um desenho
29:26com instruções
29:27escritas
29:28sobre como montar
29:29o anteparo.
29:32O projeto
29:33de reparação
29:34de 1978
29:35demonstra
29:36como os engenheiros
29:37devem prender
29:37a nova parte inferior
29:38do anteparo
29:39à parte superior
29:40já existente.
29:43Para manter
29:44as duas partes unidas
29:45elas são presas
29:46com uma placa
29:47de emenda
29:47presa com três fileiras
29:49de rebites.
29:53Quando a fratura
29:57incomum do metal
29:57se soltou
29:58junto com as fileiras
29:59de rebites
30:00a suspeita
30:00dos investigadores
30:01recai sobre a junção
30:03entre a emenda
30:03e as duas metades
30:05do anteparo.
30:08A equipe calcula
30:09o que poderia ter acontecido
30:11se menos rebites
30:12do que o necessário
30:13tivessem sido usados
30:14durante o conserto.
30:18Uma das possibilidades
30:20que consideramos
30:21durante as discussões
30:22foi se o conserto
30:23do anteparo
30:24tinha sido feito
30:25de maneira apropriada.
30:27Um dos membros
30:28da equipe
30:29fez um cálculo matemático
30:30para saber
30:30se aquilo poderia acontecer
30:32e ele determinou
30:33que o anteparo
30:34falharia depois
30:35de cerca de 11 mil ciclos.
30:42Extraordinariamente
30:42o avião
30:43tinha realizado
30:4412.319 ciclos
30:46de decolagens
30:47e pousos
30:47desde o conserto
30:48bem próximo
30:50ao número previsto.
30:52é um momento
30:55de avanços
30:56na descoberta.
30:58Um anteparo
31:00que foi reparado
31:00de maneira defeituosa
31:01poderia estar
31:02por trás
31:03do acidente
31:03mais fatal
31:04do mundo
31:04com uma única
31:05aeronave.
31:06Os investigadores
31:07agora precisam
31:08de provas materiais
31:09para respaldar
31:09sua teoria.
31:10A polícia japonesa
31:12mais uma vez
31:12concede acesso
31:13ao local da queda
31:14para que a equipe
31:15consiga examinar
31:15os destroços
31:16mais detalhadamente.
31:18então nós
31:19fomos direto
31:20à área
31:20do anteparo
31:21de pressão
31:22que tinha
31:22o que eu considerava
31:23uma fratura
31:24com formato
31:24bem curioso.
31:26Nós descobrimos
31:27que o conserto
31:28não tinha sido
31:29feito como planejado.
31:33Durante o processo
31:34havia um pedaço
31:35onde eles tinham
31:36de colocar
31:37uma placa
31:38de emenda
31:39e ela tinha sido
31:40posta
31:41de maneira
31:41errada.
31:42Os investigadores
31:47descobrem
31:47que a placa
31:48de emenda
31:49tinha o tamanho
31:50errado.
31:51Parece que
31:51para conseguir
31:52encaixá-la
31:53os engenheiros
31:54se desviaram
31:55do projeto
31:56de conserto.
31:59Na verdade
32:00a placa
32:01de emenda
32:01tinha sido
32:02cortada
32:02em duas partes.
32:05A parte
32:05mais estreita
32:06estava fixada
32:07com uma única
32:07fileira de rebites.
32:09A parte
32:09mais larga
32:10estava fixada
32:11com uma fileira
32:12dupla.
32:15Aquilo
32:16significava
32:17que aquela
32:17parte
32:18da emenda
32:19tinha basicamente
32:2070%
32:22da resistência
32:23do que ela
32:24deveria ter.
32:26Por causa
32:27do conserto
32:28defeituoso
32:28apenas uma
32:29fileira de rebites
32:30recebe a maior
32:31parte da força
32:32durante cada ciclo
32:33de pressão
32:33na decolagem
32:34e pouso.
32:38Durante
32:39cada ciclo
32:40o anteparo
32:40se estica
32:41e se encolhe
32:42como a borracha
32:42de um balão
32:43de ar.
32:44Pequenas
32:44fissuras
32:45surgem
32:46e vão crescendo
32:46ao redor
32:47do local
32:47onde os rebites
32:48furaram o metal.
32:52Cerca de 12 mil
32:54ciclos
32:54depois do conserto
32:55a placa
32:56da emenda
32:56se partiu.
33:00O ar
33:01com alta pressão
33:01da cabine
33:02rompe pelo furo
33:03enfraquecendo
33:04o anteparo
33:05e fazendo
33:06com que ele
33:06fale explosivamente.
33:08esta avaria
33:12é ouvida
33:13na forma
33:13da primeira
33:13explosão
33:14quando o ar
33:15em alta
33:15pressão
33:16da cabine
33:16de passageiros
33:17irrompe
33:17através do anteparo.
33:18Para a direita
33:19agora!
33:20Agora!
33:21Os investigadores
33:22agora querem saber
33:23a razão
33:23da segunda
33:24explosão.
33:26Seguindo os destroços
33:27encontrados
33:27na Bahia Sagami
33:28eles sabem
33:29que o voo
33:30123
33:30da Japan Airlines
33:31perdeu
33:32seu estabilizador
33:33vertical
33:33na cauda
33:3412 minutos
33:35depois da decolagem.
33:36revisando
33:39as gravações
33:40de bordo
33:40eles percebem
33:41que isso acontece
33:42ao mesmo tempo
33:43em que duas
33:44explosões
33:44são ouvidas
33:45levando a equipe
33:47a uma conclusão
33:48surpreendente.
33:55Quando o ar
33:56com alta pressão
33:57irrompe
33:58através do
33:58anteparo
33:59defeituoso
33:59e para dentro
34:00da seção
34:01da cauda
34:01ela espele
34:03seu estabilizador
34:04para fora.
34:05durante o
34:06projeto
34:07do 747
34:08nós não
34:09previmos
34:09a expulsão
34:10do estabilizador
34:11vertical
34:12da cauda
34:12ou a explosão
34:14do anteparo
34:14de pressão.
34:16Isso simplesmente
34:16não era algo
34:17que imaginássemos
34:18que fosse acontecer.
34:20Os investigadores
34:21precisam agora
34:22descobrir
34:22como a explosão
34:23do anteparo
34:24e a perda
34:24do estabilizador
34:25da cauda
34:26fizeram com que
34:26os pilotos
34:27perdessem o controle
34:28do avião
34:28levando-o
34:29à queda.
34:29O controle
34:36de tráfego
34:37aéreo
34:37capturou
34:38o voo
34:38123
34:39da Japan Airlines
34:40seguindo
34:41para o meio
34:41da cordilheira
34:42canto
34:42distante
34:43do aeroporto
34:44Haneda
34:44em Tóquio
34:45e registrou
34:46a perda
34:47e o ganho
34:47de altitude
34:48do avião
34:49por diversas
34:50vezes.
34:50Por meio
34:56da reconstituição
34:57da trajetória
34:58de voo
34:59os investigadores
35:00reconhecem
35:00um padrão
35:01conhecido
35:01um tipo
35:02de movimento
35:03de aeronave
35:03conhecido
35:04como ciclo
35:04fugóide.
35:08Quando o voo
35:08123
35:09da Japan Airlines
35:10começa a mergulhar
35:11ele acelera.
35:13A velocidade
35:14aumentada
35:15gera um levantamento
35:16e quando o avião
35:17sobe
35:18a velocidade
35:19diminui
35:19fazendo com que
35:20ele caia de novo.
35:25Os investigadores
35:27sabem que
35:27este movimento
35:28fugóide
35:28demonstra
35:29que a aeronave
35:30está com os
35:30controles
35:31de superfície
35:31inoperantes.
35:37Esses fatos
35:38são cruciais
35:39para confiar
35:40e controlar
35:40a altitude
35:41do avião.
35:45O leme
35:46preso
35:46no estabilizador
35:47da cauda
35:48desvia o ângulo
35:49no qual o avião
35:50voa para o avião.
35:50para frente
35:51no ar.
35:56Só a perda
35:58do leme
35:58não levaria
35:59ao movimento
35:59fugóide.
36:01Mas um dano maior
36:02no sistema hidráulico
36:04do avião
36:04levaria.
36:06Em aviões
36:07grandes e modernos
36:08todos os controles
36:09são movidos
36:10por pressão hidráulica.
36:11não há como o piloto
36:13ter força suficiente
36:15para mover
36:15os controles
36:16de voo
36:16através de cabos
36:18e roldanas
36:18como nos velhos tempos.
36:21Assim,
36:21sistemas hidráulicos
36:22movem os controles
36:23de voo.
36:24A equipe
36:27percebe que os sistemas
36:28hidráulicos
36:29do voo
36:29123
36:30da Japan Airlines
36:31foram criticamente
36:32danificados
36:33com a explosão
36:33do anteparo.
36:35Para fazer
36:36os quatro sistemas
36:37hidráulicos
36:37chegarem ao estabilizador
36:39vertical
36:39e até os lemes
36:40e todos eles
36:41precisam chegar
36:42até lá,
36:43isso significa
36:44que eles precisam
36:45inicialmente
36:45passar pelo anteparo
36:47de pressão
36:47e precisam subir
36:48até o estabilizador
36:49vertical.
36:50Quando o estabilizador
36:53é arrancado,
36:55vários cabos
36:56hidráulicos
36:56importantes
36:57são cortados.
36:59A aeronave
37:00fica paralisada.
37:03Depois que eles
37:04perderam
37:05o estabilizador
37:06vertical
37:06e os sistemas
37:07hidráulicos,
37:08os pilotos
37:09só tiveram
37:09mínimo acesso
37:10à potência
37:11do motor.
37:12O avião
37:12continuou a voar
37:13em círculos
37:13para cima
37:14e para baixo
37:14completamente
37:15fora de controle.
37:20Isso explica
37:21por que o avião
37:22voa em modo
37:23fugóide.
37:26Por que a tripulação
37:27tem uma dificuldade
37:28extrema
37:28para controlar
37:29a descida do avião?
37:31Abaixe isso!
37:34E por que
37:34eles não conseguem
37:35retornar
37:36ao aeroporto
37:37de Haneda
37:37mergulhando
37:38na cordilheira
37:39Kanto?
37:45A única opção
37:46da tripulação
37:47é flutuar
37:48usando a aceleração,
37:49tentando manobrar
37:51o avião
37:51usando as potências
37:52de cada motor
37:53separadamente.
37:55À mercê
37:56da aeronave
37:57avariada,
37:58não há mais nada
37:58que os pilotos
37:59possam fazer.
38:00O desastre
38:01é inevitável.
38:14Depois de aprofundarmos
38:16a investigação,
38:17agora poderemos
38:18revelar os eventos
38:19que causaram
38:19o acidente aéreo
38:20mais mortífero
38:21com apenas um avião
38:22na história
38:23da aviação.
38:292 de junho
38:30de 1978,
38:32sete anos
38:33antes do desastre.
38:35O anteparo
38:36de pressão
38:37traseiro
38:37de um Boeing 747
38:38é reparado
38:39de forma incorreta
38:40depois de um acidente
38:41que atingiu
38:42a sua cauda
38:43e isso o deixa
38:44criticamente
38:44enfraquecido.
38:486h12 da noite
38:50do dia 12 de agosto
38:51de 1985,
38:5344 minutos
38:54para o desastre.
38:57O mesmo avião
38:58da Japan Airlines
38:59decola do aeroporto
39:00de Haneda,
39:01Tóquio.
39:02Assim que a cabine
39:09é pressurizada,
39:10pequenas fissuras
39:11no anteparo
39:12consertado
39:12começam a aumentar.
39:2032 minutos
39:21para o desastre.
39:22O anteparo
39:28explote.
39:34O ar pressurizado
39:36irrompe
39:36para a cauda
39:37do avião
39:37arrancando
39:38o estabilizador
39:39traseiro
39:39e cortando
39:40as linhas hidráulicas.
39:4431 minutos
39:45para o desastre.
39:47O comandante
39:48Takahama
39:48declara
39:49uma emergência.
39:52Os pilotos
39:53tentam controlar
39:54a aeronave
39:54sem saber
39:55que os controles
39:56básicos de voo
39:57estão permanentemente
39:58desligados.
40:04O avião
40:05sobe
40:06e desce.
40:08Os pilotos
40:08lutam para manobrar
40:09apenas com o impulso
40:10dos motores.
40:15Oito minutos
40:16para o desastre.
40:20Nariz para baixo.
40:21Os pilotos
40:22descem o avião
40:23para dois mil metros.
40:24Nariz para baixo.
40:25Nariz para baixo.
40:26Mas agora
40:27ele está no meio
40:28da cordilheira Canto.
40:30Pare de pairar agora.
40:31Pare de pairar.
40:33Pare de pairar agora.
40:34Pare de pairar.
40:36Segundos
40:37para o desastre.
40:38Nariz para cima.
40:40É o fim.
40:41A tragédia ainda
40:51não terminou.
40:53O depoimento
40:53de um dos sobreviventes
40:54revela que outros
40:55também tinham
40:56sobrevivido ao impacto.
40:5724 minutos
41:06depois do desastre.
41:08Um C-130
41:09da Força Aérea
41:10Americana
41:10encontra o local
41:11do acidente
41:12e relata
41:13sua localização
41:13para as autoridades
41:14japonesas.
41:18Duas horas
41:19e nove minutos
41:21depois do acidente.
41:22Um helicóptero
41:23dos fuzileiros
41:24americanos
41:24sobrevoo o local
41:25e oferece descer
41:26dois homens
41:27na montanha.
41:28Mas um minuto
41:29depois eles recebem
41:30uma ordem
41:30exigindo seu retorno
41:31à base.
41:3214 horas
41:33depois do desastre.
41:35As primeiras
41:36equipes de resgate
41:36japonesas
41:37chegam a pé
41:38ao local
41:38do acidente
41:39na montanha.
41:42Quantos passageiros
41:43poderiam ter sobrevivido
41:44se as forças americanas
41:45tivessem recebido
41:46permissão para pousar
41:47torna-se a questão
41:48principal dos parentes
41:49consternados.
41:51Até hoje
41:51não há uma definição
41:52clara sobre quem
41:53recusou a ajuda
41:54americana.
41:56Ninguém das forças
41:57de defesa japonesas
41:59assume a ordem
42:00de manter a tripulação
42:00americana em terra.
42:03Mas como resultado
42:04do desastre
42:05e queda consequente
42:06as forças
42:07de defesa japonesas
42:08compraram helicópteros
42:09e equipamentos
42:10projetados para operações
42:11à noite
42:12em terrenos montanhosos.
42:17O desastre
42:19também deu origem
42:20a profundas ramificações
42:21na indústria aérea japonesa.
42:22O presidente da Japão
42:25Air Lines
42:26Yasumoto Tagaki
42:28demitiu-se logo depois
42:29do acidente aéreo.
42:32Um gerente de manutenção
42:34cometeu o suicídio.
42:36Um preço terrível
42:38foi pago
42:38e agora
42:39as lições
42:40precisam ser aprendidas.
42:41Uma das coisas
42:45que surgiram
42:46com a investigação
42:47é que o acidente
42:48poderia ter sido evitado.
42:50Se o trabalho
42:50de engenharia
42:51no conserto
42:52de sete anos antes
42:54tivesse sido
42:55um pouco mais detalhado
42:57e feito
42:58com mais cuidado
42:59o acidente
43:00não teria acontecido.
43:03A Boeing
43:04confirmou
43:05que um conserto
43:05incorreto
43:06provocou a falha
43:07no anteparo
43:08do voo
43:08123
43:09da Japão Air Lines.
43:10A companhia
43:15modificou
43:16seus procedimentos.
43:17Assim,
43:17consertos significativos
43:19são examinados
43:20minuciosamente
43:21antes de sua realização
43:22e depois
43:23analisado
43:24por outro par de olhos.
43:26Checagens regulares
43:27são feitas
43:27para detectar
43:28qualquer sinal
43:28de desgaste de metal.
43:30Para reduzir
43:31a vulnerabilidade
43:32da parte hidráulica
43:33dos 747s
43:34uma válvula
43:35foi adicionada
43:35à linha que controla
43:36dois dos elevadores
43:37do avião
43:38e o leme inferior.
43:40Se a linha
43:41for cortada
43:41ainda será possível
43:43algum tipo
43:43de controle.
43:45Acho que
43:46este acidente
43:47ensinou
43:48muitas lições
43:49à indústria
43:50da aviação.
43:51Coisas sobre
43:52os projetos
43:53e manutenção
43:54dos aviões.
43:55Foi realmente
43:55um passo importante
43:56para a melhoria
43:57da segurança
43:58na aviação mundial.
44:00A Japão Airlines
44:04não admitiu
44:05sua culpa
44:05no acidente
44:06mas se ofereceu
44:07para pagar
44:08as indenizações.
44:1190%
44:11dos parentes
44:12das vítimas
44:13fizeram acordo
44:14com a companhia
44:15sem ir a juízo.
44:19Mas nem
44:20as indenizações
44:21nem as melhorias
44:22na segurança
44:23ofereceram
44:24muito conforto
44:25aos parentes
44:25consternados.
44:26Acho que havia
44:29uma sensação
44:30entre todas
44:31as vítimas
44:32com certeza
44:32na minha família
44:33de que aquilo
44:34estava errado
44:36e que o que aconteceu
44:38poderia ter sido
44:39evitado.
44:41Aquilo não precisava
44:42ter acontecido.
44:46Versão
44:47Marshmallow
44:48São Paulo
44:56Marshmallow
44:57Tchau
44:58Legenda Adriana Zanotto
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