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  • 27/06/2025
Em 3 de novembro de 1994, Susan Smith é presa pela morte por afogamento de seus dois filhos depois de jogar o próprio carro em um lago. Após um relato falso de desaparecimento, ela admitiu ter afogado seus filhos, de 3 anos e de 14 meses, supostamente porque o homem que ela estava tendo um caso não queria filhos. Em 28 de julho de 1995, Susan é condenada à prisão perpétua, mas atrás das grades Susan estará envolvida em diversos eventos que irão as manchetes por sua luxúria e que afetarão profundamente a vida de todos os envolvidos.

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Diversão
Transcrição
00:00Eu quero dizer aos meus filhos que a mãe deles os ama muito.
00:13Susan Smith será acusada por dois homicídios.
00:18Como ela pode fazer aquilo, matar os seus filhos? Como era possível ser aquela pessoa?
00:22Eu sinto muita raiva.
00:24Sou uma pessoa muito doente.
00:25O caso dela chamou muita atenção da mídia porque era uma cidade pequena e por ela ter culpado um homem negro.
00:33Por que ele tinha que ser negro?
00:36Não gosto de estar aqui, nem um pouco. Me traz muitas lembranças.
00:40As pessoas ficariam chocadas em conhecer a Susan que eu conheci na cadeia.
00:44Ela passou por mim e me entregou um bilhete dizendo, acho que eu gosto de você.
00:48Susan era muito promíscua e não se importava de onde tiraria prazer.
00:52Eu a vi fazer nos banheiros, no chuveiro. Eu até a vi numa lixeira, pra ser sincera com você.
00:57Eu pensei, será que ela sentiu remorso?
01:01Assassina de bebês.
01:02Eu era cruel, eu era muito malvada. Eu pensei que ela seria um bom alvo pra eu provocar.
01:07Era impossível não gostar dela.
01:09É a personalidade dela. Era linda.
01:12Ela era uma mulher muito bonita.
01:14Como você pode seguir com uma pessoa que faz sexo, com uma pessoa que assassina seus filhos?
01:22Isso que me assustava na Susan, não conseguíamos enxergar um monstro.
01:26Eu sei que o que fizemos foi errado.
01:29Não deveria ter deixado aquilo acontecer.
01:31Ela é uma grande manipuladora e eu...
01:34Acabei me tornando a fantoche dela.
01:37Senti meus joelhos dobrarem.
01:39Como ela pode fazer algo assim? Foi horrível.
01:41Ela destruiu muitas vidas.
01:47Ela disse, eu matei os meus filhos. Acha que eu me importo com os seus?
01:53Você nunca sabe do que uma pessoa é capaz.
02:00Em 3 de novembro de 1994, Susan Smith, de Union, na Carolina do Sul,
02:05é presa pela morte por afogamento de seus dois filhos depois de jogar o seu próprio carro em um lago.
02:11O caso de assassinato desperta indignação, não apenas pelo crime inimaginável,
02:17mas porque Smith alegou falsamente à polícia que seus filhos foram sequestrados em um roubo de carro por um homem negro.
02:24Essas crianças desapareceram e ninguém sabia para onde tinham ido.
02:27Havia muitas perguntas. Por que a mãe não protegeu as crianças?
02:30Eu nunca entendi bem isso.
02:32Em diversas coletivas de imprensa com seu marido inocente,
02:36Susan faz apelos emocionantes pelo retorno seguro de seus filhos.
02:40Eu quero dizer aos meus filhos
02:42que a mãe deles usava muito.
02:47Mas depois de interrogada pela polícia,
02:49Smith admite ter afogado seus filhos nove dias após a tragédia,
02:53supostamente porque um homem com quem ela estava tendo um caso não queria filhos.
02:57Susan Smith será acusada por dois homicídios que estão ligados às mortes de seus filhos,
03:07Michael, de três anos, e Alexander, de 14 meses.
03:10E aí toda a raiva foi direcionada a ela.
03:13O caso dela chamou muita atenção da mídia porque era uma cidade pequena e por ela ter culpado um homem negro.
03:18Eu também acho que foi por ela ser uma menina bonita e parecer inocente.
03:22Não.
03:23Foi porque ela culpou um homem negro.
03:25É sério isso.
03:26É o que eu acredito, é o que todo mundo acredita, sabe?
03:28A falsa alegação de Susan até levou o fundador da coalizão arco-íris, Jesse Jackson,
03:34a convocar uma conferência nacional sobre justiça racial.
03:37O momento mais doentio e patético da Srta. Smith foi ela ter criado uma pessoa negra e imaginária para transferir a culpa.
03:46Na verdade, acreditou-se por um tempo e isso só mostra o estado real e a crise que vivemos.
03:53Em 28 de julho de 1995, Susan é condenada à prisão perpétua e enviada para o Instituto Correcional Camille, em Colômbia.
04:02Mais atrás das grades, Susan estará envolvida em diversos eventos que irão às manchetes por sua luxúria
04:08e que afetarão profundamente a vida de todos os envolvidos.
04:13Meu nome é Alfred Rowe Jr.
04:16Eu era capitão responsável pela segurança do Instituto Correcional Camille Graham.
04:22Acho que chegou a hora de contar o meu lado da história sobre os eventos que aconteceram entre mim e Susan Smith.
04:32Alfred Rowe começa seu trabalho como capitão no Instituto Correcional Camille Griffin Graham, em 1998,
04:40após trabalhar por mais de uma década na prisão masculina.
04:44Em sua primeira noite de serviço, ele conhece a detenta mais famosa do presídio.
04:49Ela era uma mulher muito bonita.
04:51E acho que ela sabia disso e usava isso em seu favor.
04:57Se ela se vestir bem, ela fica muito bonita.
05:01É uma garota muito bonita.
05:03Ser homem em uma penitenciária feminina e fazer as mulheres me respeitarem como homem
05:10foi mais difícil do que eu imaginava, mesmo tendo uma posição de capitão.
05:15Elas queriam ir do dormitório para os chuveiros, sem a toalha enrolada no corpo.
05:22Ou saiam dos chuveiros e deixavam a toalha cair.
05:28E a Susan era uma delas.
05:31No início, a Susan e eu nos conhecemos durante um turno,
05:35em que eu tinha pouquíssimos funcionários.
05:39O pavilhão estava vazio naquela noite e eu tinha que vigiar a cela da Susan.
05:47E eu era o único ali.
05:51Nós conversamos sobre diversos assuntos.
05:56Essas conversas incluem a questão do remorso.
05:59Ela lamentava ter machucado os meninos.
06:03Dizia que tinha cometido um erro.
06:05E que se tivesse a oportunidade, faria algo diferente.
06:09Mas nunca discutimos os detalhes reais de como ela planejou tudo naquela noite
06:17e como foi concretizado.
06:20E foi assim que começamos a conversar.
06:24Eu estava sentado na unidade dela.
06:27A Susan era muito tagarela.
06:30E sim, um tanto sedutora.
06:32Acho que eu fui ingênuo e arrogante a ponto de achar que
06:39eu poderia me safar de qualquer coisa por ter uma posição de capitão.
06:45Eu era um homem de 30 e poucos anos, num lugar com muitas mulheres.
06:52E eu imaginava como seria ficar com alguma delas.
06:56De acordo com o Raul, Smith se aproxima do carcereiro,
07:02levando informações sobre outras detentas.
07:06Ela me dizia que estava escondendo drogas só para me fazer pensar que ela era útil para mim.
07:15E, de fato, chegamos a encontrar drogas com essas pessoas.
07:20A Susan reclama sobre a distância que a mãe dela precisa percorrer para visitá-la.
07:25E como ela gostaria de ser transferida para o Instituto Correcional Litt mais perto da casa da mãe.
07:30Mas os pedidos de transferência costumam envolver burocracia e demoram muito tempo.
07:36Eu sei que ela queria ser transferida.
07:38E, provavelmente, foi um momento muito oportunista.
07:44Posso conseguir coisas mais rápido por outros canais e outros meios.
07:50Acho que a Susan viu uma grande oportunidade de conseguir um grande favor
07:55sem que ninguém soubesse que estavam fazendo aquele favor.
07:58Na primeira noite, em que eu fiquei o turno inteiro na unidade dela,
08:07às duas ou três da manhã, ela foi ao banheiro, passou por mim e me entregou um bilhete dizendo
08:13Acho que gosto de você.
08:18Ver a Susan, uma mulher jovem e muito atraente, me dizer que gostava de mim e tinha sentimentos por mim,
08:28Acabou mexendo com o meu... com o meu ego, sabe?
08:33Eu era só um garoto caipira da fazenda.
08:37Lisonjeado e talvez encantado por Susan Smith,
08:40Alfred começa a abandonar o protocolo e perde o bom senso.
08:44E é só uma questão de tempo, até que a oportunidade certa surja para os dois.
08:50Houve um evento no ginásio, onde todas as detentas ficaram reunidas.
08:56A Susan foi escolhida para limpar tudo.
08:59Todas já tinham ido embora.
09:01E, provavelmente, era umas sete ou oito horas da noite.
09:04O evento tinha acabado e as meninas já tinham ido embora.
09:08E era hora da Susan limpar tudo.
09:10Mas alguém tinha que ficar com ela.
09:12E eu estava no escritório do diretor do ginásio de atletismo.
09:16Quando a Susan estava quase terminando, ela me procurou e disse...
09:23Acho que eu quero fazer um sexo oral em você.
09:28Eu posso?
09:28E eu deixei.
09:51Imediatamente, Alfred tem pensamentos muito acelerados.
09:53Eu tinha acabado de deixar uma mulher linda, de 25 anos, fazer sexo oral em mim, sem motivos.
10:05Ela não estava recebendo nada em troca.
10:07Era apenas o ato.
10:10Foi o que o Alfred pensou.
10:12E aí eu pensei...
10:14Espera um minuto.
10:15Eu acabei de ter relações com uma detenta.
10:18E a pena para isso é de dez anos de detenção.
10:21A esposa de Alfred, Elizabeth, alieia a conduta nefasta de seu marido.
10:28Já tem uma opinião formada sobre Susan Smith por matar seus dois filhos pequenos.
10:33Eu só senti ódio.
10:35Eu queria estrangulá-la.
10:38Sabe, por que você simplesmente não se matou?
10:42Em vez de matar seus filhos, eu só deixaria os meus filhos.
10:46Se eu estivesse morta.
10:50Desculpa.
10:50É só...
10:52Uma pessoa doente mesmo.
10:58Alfred, Elizabeth e seus filhos pequenos saem de férias logo após o encontro.
11:03Quando um sentimento inquietante toma conta de Alfred.
11:07Comecei a receber ligações de algumas pessoas...
11:10Que ouviram rumores de que...
11:13Estavam me procurando.
11:15E queriam saber o que eu tinha feito.
11:17Para Alfred, há apenas uma explicação possível.
11:20A Susan, ela abriu o bico.
11:25A minha maior preocupação eram as consequências no...
11:29Meu casamento.
11:31Foi simplesmente...
11:36Surreal.
11:37Qual eu queria sufocar primeiro?
11:39E pela primeira vez, duas companheiras do presídio de Susan revelam segredos sobre a assassina de crianças que elas nunca tinham revelado.
11:47Acredito que relações sexuais acontecem constantemente entre detentas e policiais.
11:59Instituto Correcional Camille Graham, setembro de 2000.
12:05O capitão carcereiro Alfred Hall é responsável por centenas de detentas.
12:10E uma delas é a assassina Susan Smith.
12:13Culpada de afogar seus dois filhos pequenos dentro de um carro que ela jogou em um lago.
12:18Uma noite após um evento no ginásio do presídio, Hall tem relações sexuais com Smith.
12:24O que é um crime?
12:27É muito comum as detentas se relacionarem com policiais ou outras pessoas que entram no presídio.
12:35Quando um policial é pego fazendo coisas como sexo ou contrabando, ele vai preso.
12:41Eles perdem tudo.
12:42Quando você é condenado por um crime, você perde o seu emprego, perde tudo.
12:47E eu vi alguns sendo punidos por causa dela.
12:51Os piores medos de Alfred se concretizam.
12:54Susan Smith contou às autoridades sobre seus atos sexuais secretos.
12:59Alfred é preso.
13:02E sua esposa tem que enfrentar a realidade de que seu marido fez sexo ilegal com a pessoa que ela mais insultou neste mundo.
13:10Qual deles eu queria sufocar primeiro?
13:12O meu coração foi arrancado do peito.
13:17Eu sabia que ela estava destruída.
13:22Eu lamentei muito ter que contar aos meus filhos.
13:27Eu cometi um erro.
13:29E permiti que aquilo acontecesse.
13:32Eu tinha o poder de dizer não e eu... eu não disse.
13:36Embora admitindo sua própria culpa, Alfred acredita que Susan tinha um motivo secreto para suas ações.
13:43Ela queria ser transferida.
13:46Então ela disse, ei, talvez eu precise disso.
13:50Um escândalo grande, ou bastante, aqui, na penitenciária feminina, para me transferirem para Greenwood.
13:58E a minha mãe poderia me visitar de carro.
14:01Poucas semanas depois do incidente, Susan Smith é transferida para o Instituto Correcional Litchie em Greenwood.
14:07E a antiga vida de Alfred chega a um fim abrupto.
14:11Eu fui oficialmente demitido em 6 de outubro de 2000.
14:17A demissão é a menor das preocupações de Alfred, pois ele pode ser condenado à reclusão por ter tido relações sexuais com uma detenta.
14:25Perdeu seu casamento e sua família e será marcado como agressor sexual pelo resto de sua vida.
14:32A ansiedade de Alfred está no auge, enquanto ele aguarda as consequências de seu crime.
14:37Dizer que eu estava preocupado seria um eufemismo.
14:43Dizem que ela engravidou, mas ela não engravidou.
14:45Não teve nada disso, era um monte de mentiras.
14:49Ela teve relações sexuais com ele, ele foi demitido e ela foi transferida.
14:54Meu nome é Stephanie.
14:55Eu era conhecida como detenta 26, 80, 57.
14:59Vários anos depois de Susan ser transferida para o Instituto Correcional Litchie,
15:04Stephanie fica encarcerada com ela desde o início de 2009 até meados de 2012.
15:09Eu era terrível quando era jovem e tinha problemas com drogas e tomei algumas decisões erradas.
15:17Eu sou de Gaffney, na Carolina do Sul, e Union também na Carolina do Sul.
15:21Fica na mesma estrada, então eu sabia sobre o caso e sobre a história toda.
15:25Eu fiquei meio cética quanto à amizade dela, sabe?
15:29Porque eu não queria que as pessoas me achassem doida.
15:32Tipo, porque você está falando com ela, mas existem mulheres muito piores do que ela.
15:36Muito piores.
15:37Existem casas de craque muito piores matando crianças do que ela.
15:41Sério, tem mulheres lá dentro que servem seus filhos para os seus maridos.
15:46Sabe?
15:46O dia em que conheci a Susan foi um dia típico, sabe?
15:52E só de conhecer e conversar com ela, não desconfiaria de nada, não pensaria nada de ruim dela.
15:58Não se precipite em julgar alguém, sabe?
16:01Ouça a história inteira primeiro.
16:03Stephanie instantaneamente se torna uma boa amiga de Susan Smith.
16:08A gente gostava de jogar cartas, espadas.
16:11Sempre fazíamos dupla e a gente gostava de quebra-cabeças.
16:14Stephanie está hipnotizada pela gentileza de Susan.
16:19As duas parecem se esforçar ao máximo para que elas se sintam especiais e humanas.
16:24Ela fez um bolo de aniversário para mim.
16:26Não era um bolo de aniversário, era mais uma torta.
16:29Você coloca o creme na tigela.
16:31Acrescenta o suco de saquinho do sabor que você quiser.
16:34Coloca o suco na tigela.
16:35Agora a bolacha recheada.
16:37E tem que tirar o recheio.
16:39É só raspar o recheio.
16:41Coloca o refrigerante para deixar mais líquido.
16:43Daí é só misturar.
16:46Coloca a bolacha esferilada.
16:48E arruma em cima.
16:50Nas laterais.
16:53É só ajeitar.
16:55E prontinho.
16:57É só colocar na geladeira para endurecer.
17:00E depois é só comer.
17:02Foi fofo.
17:04Foi de coração.
17:05Entendeu?
17:05Eu gostei.
17:07Não digo que não gostam.
17:08Porque eu gosto dela.
17:10Não dá para dizer que ela é cruel.
17:12Porque ela é muito legal.
17:15Era impossível não gostar dela.
17:17Mas até hoje a Stephanie não sabe de todos os detalhes do crime horrível que o Susan cometeu.
17:24Até este momento.
17:25Eu não sei dizer quantas vezes já estive presa.
17:38Eu passei a maior parte da minha vida adulta na prisão.
17:42Eu cumpri 18 anos, 7 meses e 16 dias no sistema prisional na Carolina do Sul.
17:47Eu venho de um lar desfeito.
17:50A minha mãe não era ninguém.
17:52E a minha avó acabou me criando.
17:54Ela tinha muita raiva.
17:56E eu sofri muito abuso físico e sexual quando eu era criança.
18:01Acho que eu cresci sem saber o que era certo ou errado.
18:05A primeira vez que eu fui presa, eu tinha 17 anos.
18:08E estava me drogando com ácido pela primeira vez.
18:11Eu fiquei nua na fonte mortuária.
18:13Os motivos de todas as minhas prisões foram drogas, roubos, grandes furtos e falsificações.
18:25Isso destruiu a minha vida.
18:27A última vez que eu fui presa, eu fiquei realmente assustada.
18:32Eu quase morri.
18:34Eu mal conseguia levar as mãos ao rosto.
18:36Eu estava desnutrida de tanto usar drogas.
18:39E por ficar acordada dias seguidos, eu...
18:41Eu não conseguia me reconhecer em um espelho.
18:48Eu tentei me suicidar.
18:49Tentei ter uma overdose.
18:51Tentei, de todas as maneiras possíveis, acabar com a dor que eu sentia.
18:57E eu não consegui fazer isso.
19:01Meu nome é Kristen Smith.
19:03Eu era detenta 27, 37 e 36.
19:06E colega de cela da assassina de crianças, Susan Smith.
19:09Kristen Smith é presa intermitentemente no Instituto Correcional LIT de 2001 a 2019.
19:16Embora a pena das duas tenha sido na mesma época, elas nunca se encontraram no presídio.
19:21Quando eu cheguei, eu fui para o pátio.
19:23Trabalhávamos na equipe do pátio.
19:25Eu perguntei, cadê a Susan Smith?
19:26Ela respondeu, estou aqui.
19:27E eu disse, é, ela é uma assassina.
19:29Matou duas crianças.
19:30Eu queria saber mais sobre ela.
19:32Então, eu comecei a observar.
19:34Eu queria saber mais sobre por que ela estava lá, de onde ela vinha e por que ela cometeu o crime.
19:39Quando ela morou com Susan na cadeia, Kristen era uma garota de 20 anos que se diz falar rápido
19:46e que não deixa ninguém, principalmente uma assassina de crianças, tirar vantagem dela.
19:52A minha mãe disse, Kristen, quando você for para a prisão, encontra a detenta mais poderosa de lá em frente
19:56e dê um tapa na cara.
19:58Eu acho que as pessoas que machucam pessoas inocentes ou crianças ou pessoas que não podem se defender são covardes.
20:04Acho que são malandros e que devem ser tratados de acordo.
20:08Se os meus meninos tivessem caído de carro num lago, eu iria atrás deles e ia ter sangue por toda parte
20:14de tanto que eu ia bater os meus punhos na janela para entrar naquele carro e tirá-los de lá.
20:19E se alguma pessoa quisesse tirar, teria tirado.
20:22Eu sinto muito, porque essa história toda é besteira.
20:24Kristen escolhe Susan Smith como alvo e planeja tornar a vida dela um verdadeiro inferno.
20:32Assassina de bebês.
20:34Mas a Kristen durona teria uma grande surpresa.
20:38E mais tarde, Alfred terá sua vida mudada para sempre.
20:42Em 28 de julho de 1995, nove meses depois de Susan jogar seu carro com seus dois filhos,
20:48Michael e Alex, em um lago para morrer, ela foi condenada à prisão perpétua.
20:53Quando ela não recebe a pena de morte, David Smith, o pai dos meninos, discorda da decisão
21:00tomada pelo júri.
21:01Eu e a minha família, claro, estamos decepcionados pelo veredito não ser de pena de morte.
21:07Nunca vou esquecer o que a Susan fez, mas eu acho que terei que lidar com o perdão no futuro da minha vida.
21:16Seis anos depois, no início de 2001, Kristen Smith, condenada por roubo, é a mais nova companheira de cela de Susan Smith no Instituto Correcional Litt, na Carolina do Sul.
21:29A garota que se diz ser uma pistola começa a transformar a vida de Susan em um inferno.
21:34Quando eu entrei a primeira vez na cela, eu fui cruel.
21:37Eu era muito malvada.
21:38Eu pensei que ela seria um bom alvo para eu provocar.
21:40Eu queria encontrar alguém mais fraco, é o que todo valentão faz.
21:44Ela aguardava as coisas dela no armário, dobradas, como ela gostava, sem nenhuma ruga ou amassado.
21:49E eu amava bagunçar o armário, eu fazia para provocar.
21:53Nas primeiras vezes, ela ficou bem irritada comigo, mas depois ela parou de ficar chateada e aquilo não era mais divertido.
21:59Então eu percebi que eu estava fazendo a mesma coisa que ela, abusando de alguém menor do que eu.
22:03Depois de várias tentativas mal-sucedidas de provocá-la, Christy desiste.
22:09Ao mesmo tempo, ela começa a observar um lado perturbador de Susan, um lado que parece psicótico.
22:17A Susan tinha alucinações e eu notei que ela conversava com as crianças como se elas estivessem vivas.
22:24Em uma manhã de sábado, ela estava com um álbum de fotos no colo, ela amava aquele álbum e segurava uma xícara de café.
22:30E falava com o álbum de fotos.
22:31Ela dizia, tá tudo bem, o Michael vai cuidar de você, Alex, eu sei que vai.
22:34E eu pensei, o que ela está falando?
22:37As crianças não iam voltar.
22:40E um dia eu disse isso a ela.
22:43Ela guardava fotos dos meninos na cela, enquanto eu trabalhava na prisão feminina.
22:51E as fotos ficavam perto da cama dela.
22:55De acordo com Alfred Hall e Christy Smith, essa é a fotografia dos dois filhos de Susan que ela guardava na cela.
23:02E Christy é a única testemunha de um comportamento nunca antes revelado.
23:06Eu entrei na cela e a vi em posição fetal.
23:09Ela disse, eu não queria fazer aquilo, eu deveria morrer também.
23:13Tentei tirar eles do carro, eu tentei.
23:16Eu não queria mesmo lidar com aquilo.
23:19Há rumores de que quando é o aniversário das crianças ou dia das mães, ela se mutila.
23:23Diferente de Christy, a outra colega de presídio de Susan, Stephanie, acredita que o corte e seus pulsos não eram uma estratégia pelo remorso por matar seus filhos.
23:34E sim uma tentativa de suicídio.
23:37Ela se cortou.
23:38Cortou os pulsos.
23:40Estava tentando se matar.
23:41Cortou muito.
23:43Havia sangue por toda parte.
23:44Foi feio de verdade.
23:47Teve que ir para o hospital.
23:48Se machucou de verdade.
23:50Em alguns momentos eu acho que ela exagerou.
23:52E isso quase a matou.
23:54A levaram às pressas para o hospital.
23:56O meu braço tem cicatrizes, mas no dela, as marcas começam aqui, é completamente mutilado, parecem queimaduras.
24:04Conforme elas se abrem, a personalidade cruel de Christy em relação a Susan começa a desaparecer.
24:11Eu dormia na cama de cima e ela na de baixo.
24:14Eu lembro de termos uma cela toda arrumada.
24:16Tinha uma cafeteira, uma TV.
24:18Os sapatos ficavam alinhados e era muito limpo.
24:22Ela gostava de controlar tudo o que ela pudesse controlar, mesmo que isso incluísse a sua vida.
24:28Para ela era um jogo mental.
24:30Ela se importava para caralho comigo.
24:32Desculpa o palavrão, mas é verdade.
24:33É possível que Christy tenha deixado Susan manipulá-la emocionalmente, porque ela era a rainha do comissário.
24:41O dinheiro que Susan recebia da família e de admiradores garantia alimentos especiais que valem ouro, porque as refeições na prisão são muito ruins.
24:50A comida é toda feita por detentas.
24:54Tudo é feito por nós nos fundos.
24:56Você não sabe se elas transaram com os legumes.
25:00Eu já vi.
25:00Isso acontece muito.
25:02O que você comia na cozinha era horrível.
25:05Você não sabia o que estava comendo.
25:06A carne era um mistério.
25:08É horrível.
25:08No presídio, alimentos, produtos de higiene e até aparelhos sexuais são muito valiosos para as detentas.
25:17E de acordo com Christy, isso inclui Susan Smith.
25:21Então ela começa a lucrar com sua criatividade.
25:25Quando você fica encarcerada numa prisão feminina, precisa de certos brinquedos para ter certos prazeres.
25:32E eu sabia como fazer esses pênis.
25:34Eu os vendia.
25:38Quem diz isso na TV?
25:42Para fazer um, a gente precisa destes materiais.
25:46Vai precisar de um sutiã com as alças.
25:48A gente usaria umas lâminas de um aparelhinho de barbear, mas hoje eu já posso usar uma faca.
25:53É só fazer um pequeno buraco.
25:55Depois você pega uma meia longa e uma caneta e coloca em uma das meias assim.
26:03Pergunte a sua cliente o tamanho que ela prefere.
26:05Agora você dobra assim, pega a segunda meia e embrulha bem apertada.
26:11Coloca o elástico em uma extremidade, pega a luva e passa pelo dedo maior que vai ser o médio.
26:15Este vai ser o pênis.
26:17Depois você passa pelo buraco do sutiã.
26:22Não tentem isso em casa.
26:23E agora divirtam-se.
26:25Por mais empreendedora que Christie seja, ela não é páreo para a Susan Smith, que tem um fluxo interminável de dinheiro que seus fãs enviam.
26:40E como do lado de fora, na prisão, dinheiro é poder.
26:44A Susan tinha muito dinheiro e usava em benefício próprio, de todas as maneiras, de todas as maneiras.
26:50Ela tinha um namorado na época que costumava ir até lá para vê-la.
26:54Ela conheceu na internet, mandou muito dinheiro para ela e a família dela também mandou muito dinheiro.
27:00Quanto mais tempo você passa preso, maior é o status de chefe que as pessoas pensam ter.
27:05Outras detentas que não estavam lá há muito tempo, acabam se inspirando nessas pessoas e acabam sendo vítimas.
27:17E são manipuladas.
27:19Sob o poder e influência de Susan, Christie, uma vez destemida, rapidamente se torna uma escrava obediente a todos os caprichos de uma assassina de crianças.
27:28Eu fazia tudo por ela. Ela me usou. Eu me tornei a fantoche dela.
27:33E quando Susan consegue um emprego no centro de visitação, sua tentativa de conquistar Christie faz ela se aproximar da família.
27:41Ela disse ao meu filho que podia chamá-la de tia. Eu disse, não pode não.
27:46Eu quero dizer aos meus filhos...
27:50que a mãe deles os ama muito e que o papai e a família inteira os amam demais.
27:55Antes da prisão de Susan, por assassinar seus dois filhos, Michael, de 3 anos, e Alexander, de 14 meses, Christie, nascida na Carolina do Sul,
28:04se lembra de ter visto Susan em um noticiário em 1994, implorando pela volta dos seus filhos.
28:11A primeira vez que eu a vi, eu pensei, eu sabia e senti que tinha alguma coisa errada com ela.
28:15Eu era mais jovem também, era adolescente, quando aquilo tudo aconteceu.
28:19E eu me lembro da minha avó também dizer, acho que ela fez alguma coisa com as crianças.
28:24Sete anos depois, Christie, de 20 anos, vai presa sob acusação de drogas,
28:29com a assassina de crianças condenada de 29 anos, Susan Smith.
28:33É um toque de despertar que ela nunca imaginou viver.
28:37Eu não fiquei muito tempo nas ruas.
28:39Eu não tinha lidado com malandros e criminosos em massa, nem manipuladores.
28:44Uma vez eu estava no pátio com 29 assassinas de bebês e nunca ouvi falar dos crimes delas.
28:51As prisões femininas são muito diferentes das masculinas,
28:54porque se você é homem e matou um bebê ou molestou um bebê, você vai ser machucado.
28:59Eles nem costumam se envolver com a população geral pelo que sofre na prisão.
29:03Mas as mulheres não agem assim, elas só ignoram.
29:07Christie Smith descobre da maneira mais difícil que na prisão é o dinheiro que manda.
29:15Quando você está na prisão, você perde tudo, não tem nada.
29:18Então a gente tem que depender de qualquer pessoa para ter algo.
29:22A Susan tinha praticamente tudo, de verdade.
29:25Se ela saísse hoje, iria viver com o dinheiro que ganhou.
29:28Susan recebe dinheiro de vários homens e mulheres.
29:32Estava inscrita em um site para detentas e obrigaram a deletar o anúncio
29:35porque muitas pessoas estavam respondendo.
29:37Além disso, Christie, que mal tinha saído da adolescência,
29:41nunca teve uma figura feminina de autoridade importante em sua vida.
29:45Então, Susan começa a preencher esse vazio.
29:48Normalmente, em todas as instituições,
29:51as detentas que estão lá há mais tempo
29:53eram chamadas de mãe por todas.
29:57Durante anos, eu vivi sem mãe.
30:00E eu queria ter uma mãe.
30:02Todas as mulheres que surgiram na minha vida,
30:05tia ou o que fosse, eu chamava de mãe.
30:07Eu rotulava todas de mãe.
30:09Dentro desta complexa dinâmica materna,
30:12Christie gradualmente começa a assumir o papel de filho obediente.
30:16Favores são feitos para aprovação, até os arriscados.
30:20De acordo com Christie, Susan tinha um vício insaciável em drogas
30:23e ela pagava Christie para garantir narcóticos diferentes para ela.
30:27Eu já vi a Susan fazer de tudo.
30:30Cheirar, injetar no reto, engolir e também usar na veia.
30:35Eu a vi fazer de tudo.
30:37Meu objetivo era levar comprimidos.
30:39Eu era uma fantoche.
30:40Eu acredito que o comportamento de Susan em relação ao uso de drogas
30:46foi um hábito que ela desenvolveu depois que se mudou da instituição Camille para Greenwood.
30:52Eu acredito que ela não conseguia mais chamar a atenção dos homens que ela usava como droga.
31:01Como Christie, a colega de presídio, Stephanie, testemunha o vício em drogas de Susan em primeira mão
31:06e demonstra como o dinheiro de Susan alimentava esse vício.
31:10Ela sempre comprava os comprimidos e as pessoas traziam para ela os comprimidos escondidos na bochecha.
31:16A carcereira não via quando você abria a boca para mostrar que você tinha engolido.
31:20Como elas não viam, as detentas pegavam de volta, cuspiam em seu copinho e vendiam para ela.
31:27Lidar com o contrabando na prisão é um negócio muito arriscado
31:30e as penas são muito severas.
31:34O contrabando na prisão é muito difícil.
31:36Eles te obrigam a agachar e tossir e é para fazer a mesma força de um parto,
31:41nua e curvada, você fica sem roupas.
31:44Eles revistam a planta dos pés, os dentes, o cabelo, as orelhas e cada orifício,
31:49incluindo o nariz, tudo.
31:51Eles literalmente passam um pente fino.
31:52Então você tinha que colocar num lugar perto do coração para conseguir entrar na cadeia.
31:56Mas ser um fantoche de Susan não se limitava apenas ao contrabando.
32:02Envolvia proteger os relacionamentos sexuais de Susan também.
32:09A Susan era muito carente, ela sempre procurava meninos, mulheres que pareciam meninos.
32:13Quanto mais masculinas, melhor para ela.
32:16Ela procurava as detentas que podiam ser intimidadas, que obedeciam, a ouviam e faziam o que ela queria.
32:21Embora Christy nunca tenha perguntado a Susan por que acusou um homem negro pelo sequestro de seus filhos,
32:27ela acha a nova namorada de prisão de Susan uma ironia.
32:33O engraçado é que Susan culpou um homem negro pelo crime
32:36e a namorada dela era exatamente igual ao homem que ela descreveu por ter levado os filhos usando um gorro de meia.
32:43Essa namorada secreta, cujo nome não revelaremos por privacidade,
32:47supostamente teve um relacionamento duradouro com Susan.
32:50E Christy arrisca seus privilégios e corre o risco de ir para o isolamento para vigiar suas aventuras sexuais.
32:58Enquanto a gente estava no refeitório, elas iam para a câmara fria onde guardava os alimentos
33:01e eu ficava sentada em uma mesa vendo se alguma carcereira ou funcionária chegaria.
33:06Eu gritava,
33:06Era um barulho que a carcereira não conhecia, porque não dava para gritar,
33:10olha a polícia, cuidado, eles sabem isso tudo.
33:13Então tínhamos que ser criativas para avisar que a polícia estava chegando.
33:16O sexo na prisão pode acontecer praticamente em qualquer lugar.
33:21A Suzy era muito promíscua e não se importava onde teria prazer.
33:24Eu a vi transar no refeitório, no banheiro, nos chuveiros, nas celas.
33:31Eu até vi numa lixeira, para ser sincera,
33:33elas enfileiraram as lixeiras com sacos de lixos limpos e transaram ali.
33:38Eu pensei, eu não acredito.
33:41Christy se tornou a garota de recados de Susan Smith,
33:44aparentemente incapaz de resistir a todas as suas exigências.
33:48Será necessário um grande exame de consciência e alta dose de coragem para se libertar das garras da assassina.
33:56Ela disse, eu matei os meus filhos, acha que eu me importo com os seus?
33:58Outubro de 1994, Susan Smith joga seu carro em um lago da Carolina do Sul,
34:06afogando seus dois filhos.
34:07Em julho do ano seguinte, ela é condenada à prisão perpétua.
34:12Para Christy Smith, presa em 2001, sob acusação de roubo e presa com a assassina Susan Smith,
34:19os anos se arrastam.
34:21Ela reconhece que vive sob o feitiço financeiro e psicológico de sua companheira de cela e assassina.
34:26É como se ela dissesse, gente, está nevando lá fora e eu vou construir um boneco de neve,
34:31mas estava a mais de 40 graus e você acreditaria em tudo o que ela dissesse?
34:36O poder de Susan sobre Christy para esconder suas façanhas sexuais
34:39coloca sua colega de cela em risco de uma punição disciplinar ou coisa pior.
34:44Frequentemente tinha interferência, eu ficava na porta assim.
34:47Opa, quase bati na cadeira.
34:48Eu ficava na porta olhando para fora assim de costas para não ver o que estava acontecendo enquanto elas transavam.
34:53Eu era o elefante da sala.
34:58Eu fingi ter uma convulsão e quase me matei quando caí da escada.
35:01E eu estava nos degraus de cima e fingi ter uma convulsão,
35:05só que calculei mal e rolei um lance de escada de cabeça.
35:09E a Susan só me disse, eu te dou mais 300 dólares, não se preocupe.
35:13Mas conforme o tempo passa e Christy amadurece,
35:16ela começa a perceber que está sendo manipulada.
35:19Depois de um tempo, eu vi um lado diferente dela.
35:22Eu acredito que ela é uma grande manipuladora.
35:25Isso que me assusta na Susan, eu não consegui enxergar o monstro.
35:30Ela tinha um monstro absurdo dentro dela, era uma pessoa totalmente diferente.
35:34Eu acredito que a Susan vai continuar tentando manipular quem ela puder
35:40para conseguir favores de outra detenta ou vai tentar conseguir favores de outro carcereiro
35:45ou membro da equipe.
35:48Eu acho que ela não vai parar.
35:50E os episódios de raiva de Susan ficam cada vez mais feios.
35:54De acordo com Christy, Susan explode de raiva durante uma discussão com sua suposta namorada.
35:59Ela disse, eu matei os meus filhos, acha que eu me importo com os seus?
36:02Mas a gota d'água foi quando Christy viu Susan fazendo contato com o seu filho pequeno.
36:08Ela trabalhava nas visitas e ficava com os filhos das outras detentas.
36:13Ela brincava como se fossem dela.
36:15Ela disse ao meu filho que podia chamá-la de tia.
36:16Eu disse, não pode não.
36:19Você não tem o privilégio de falar com o meu filho depois de ter feito tudo o que fez com os seus.
36:23E o meu filho a amava.
36:24Eu odeio dizer isso, mas o Zachary amava a Susan porque ela trabalhava nas visitas.
36:28Bom, eu não acho que ela deveria ter permissão para isso.
36:32Quando se trata de colocação profissional de detentas, os policiais não discriminavam.
36:38Nem a outra amiga de penitenciária de Susan Smith, Stephanie Halsey.
36:42Para ela, não existe ação que não possa ser perdoada.
36:46Ela conheceu outro cara.
36:48E ele não queria filhos.
36:51Ela os matou.
36:52Eu não vou julgá-la.
36:54E, por experiência e por estar perto de outras pessoas,
36:57Você nunca sabe o que se passa na cabeça de alguém.
37:01Não dá pra saber.
37:02Quando chegava o aniversário deles, ela ficava triste, sabe?
37:06Mas ninguém ouvia ela comentando isso.
37:09E eu ficava um pouco preocupada com ela, sabe?
37:12Será que ela sentia remorso?
37:14Mas é só um pensamento fugaz.
37:16E Stephanie cumpre sua pena relativamente sem intercorrências
37:19com sua companheira de penitenciária, Susan Smith.
37:22E eu cumpri quatro anos.
37:24Foi solta em agosto de 2012.
37:27Mas, incrivelmente, após a sua soltura,
37:29ela não pesquisa mais informações sobre o crime de Susan.
37:33Na verdade, algumas das informações do caso,
37:36fotografias e filmagens que Stephanie verá hoje
37:38são o seu primeiro contato com detalhes que ela não sabia
37:42ou não avaliou a magnitude.
37:45Eu tô sentindo muita coisa agora, olhando pra essas fotos.
37:48Será que essa exposição mudará o seu olhar sobre Susan Smith, a assassina?
37:53E qual é o destino da companheira de cela de Susan Christie?
37:57E do carcereiro Alfred, cuja vida foi destruída?
38:02Stephanie House foi companheira de Susan Smith,
38:05assassina de crianças, no início de 2009 a 2012.
38:09Mas Stephanie se recusou veemente a julgar a sua amiga por seus crimes.
38:13Mas enquanto ela vê as imagens do caso, que ela nunca viu,
38:19como uma reconstituição da perícia forense do carro afundando
38:22com os dois filhos pequenos de Susan,
38:25ela parece começar a entender.
38:27Nossa.
38:27É só que eu vou dizer, nossa.
38:32Nunca vi nada tão intenso.
38:34É aterrorizante.
38:36Eu nunca vi uma reconstituição, nada disso.
38:39Acho que nem a vi no noticiário falando.
38:42Não sei como uma mãe pode fazer uma coisa dessas.
38:45Nem ninguém, ponto final.
38:46Não necessariamente uma mãe.
38:48Qualquer pessoa.
38:49Eu tô com muito nojo dela.
38:52É.
38:52Eu acho que ela era egoísta.
38:59Escolheu a felicidade.
39:00E não as crianças.
39:02Já Stephanie planeja nunca mais voltar para a prisão.
39:07Eu aprendi minha lição.
39:10Sacou?
39:11Eu não quero mais ir presa.
39:13E pra ficar fora da prisão, não dá pra fazer as mesmas coisas.
39:16A minha vida é maravilhosa hoje.
39:19Tenho um bom parceiro.
39:20Temos uma boa relação.
39:24Não imagino machucar uma criança.
39:26São preciosas pra mim.
39:28Eu amo bebês.
39:31Realmente não penso mais nela.
39:34Tento deixar tudo isso bem no passado.
39:38Enquanto Stephanie House sai em liberdade em 2012,
39:41Christy Smith permaneceria na prisão até 2019.
39:45Nessa época,
39:46Susan e Christy não eram mais companheiras de cela há anos
39:49e se separaram.
39:51Espero que a Susan nunca seja libertada.
39:53Eu disse tchau.
39:54Quando eu saí de lá, eu não olhei pra trás.
39:58E Christy tem bons motivos para se chamar de vitoriosa.
40:03Eu tô sóbria e posso afirmar isso pela primeira vez.
40:07Faz um ano e dez meses.
40:10Meu aniversário foi ontem.
40:12Impressionante.
40:13Parabéns.
40:14Eu participo de um programa.
40:16É necessário.
40:18Em tudo de ruim, existe algo de bom.
40:21Ainda existe algo bom dentro da Susan.
40:23Ela escorregou pro outro lado por algum motivo.
40:25Ela ainda não tá perdida porque tá respirando.
40:27Ela pode começar uma nova vida e mudar os seus caminhos.
40:30Eu acredito.
40:31Eu tenho um relacionamento com Deus.
40:33Eu busco perdão e também me perdoo.
40:35É isso que vai mudar tudo pra mim.
40:38Alfred Hall, o capitão carcereiro que foi condenado por fazer sexo com Susan Smith atrás das grades,
40:48teve dificuldades em lidar com as consequências de suas ações.
40:52Ele é acusado e se declara culpado de fazer sexo com uma detenta.
40:56Ele é sentenciado a cinco anos em liberdade condicional, 400 horas de serviço comunitário
41:01e ficará no Registro Nacional de Agressores Sexuais pelo resto de sua vida.
41:05Incapaz de conseguir um emprego, ele passou anos desempregado.
41:12Apesar de sua condenação criminal, ele acredita que Susan é uma grande manipuladora.
41:17Eu acho que podemos sim entender o que Susan se propôs a manipular todos que ela usou para fazer o que ela queria.
41:30Um ponto positivo na vida de Alfred é que sua esposa Elizabeth escolheu ficar com ele,
41:37mesmo depois de sua má conduta sexual, com a pessoa que ela mais odiava neste mundo.
41:42O caráter e a força de Elizabeth para ficar ao meu lado e me apoiar muito durante as consequências
41:55foi absurdamente inesperado.
42:01Mas eu o valorizo muito.
42:03As pessoas querem saber por que ficou com ele.
42:08Como você pode seguir com uma pessoa que faz sexo com uma pessoa que assassina seus filhos?
42:17Eu não sei.
42:18Eu o amo.
42:22Os dois acreditam que Susan deve ficar atrás das grades para sempre.
42:26Nesse momento, acho que ela deveria passar a vida na prisão até morrer velha de causas naturais.
42:35É isso que eu penso.

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