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00:00Um enorme avião a jato acaba de sofrer um acidente tão grande quanto o tamanho da aeronave.
00:04Era possível sentir o cheiro do combustível do jato, sentir o cheiro do fluido hidráulico.
00:10Era possível sentir o cheiro da morte.
00:14Vamos ascolhar esse pântano, quadrante por quadrante.
00:17Os investigadores do NTSB enfrentam desafios sem precedentes.
00:21A primeira coisa que pensei foi como vamos lidar com isso.
00:23Cabe a Greg Fait e sua equipe descobrir por que o voo 592 da Velho Jet enrompeu em chamas...
00:30Fogo!
00:31Apenas minutos após a decolagem.
00:35Muito bem, vamos começar.
00:37Era um incêndio violento.
00:39Quase acabamos com as instalações.
00:42O secretário de transportes perdeu o emprego.
00:45O administrador da FAA perdeu o emprego por causa desse acidente.
00:49Estamos no meio do fogo.
00:53Mayday, Mayday.
01:04Mayday, desastres aéreos.
01:08Esta é uma história real baseada em relatórios oficiais e relatos de testemunhas.
01:15Cabine em chamas.
01:20Miami, Florida.
01:22Seis meses já se passaram desde o pior desastre de aviação na Flórida.
01:28A Velho Jet levou muitas pessoas desta agência a fazer perguntas muito difíceis.
01:33Audiencias federais sobre o acidente envolvendo o incêndio no voo 592 da Velho Jet estão repletas de polêmicas e recriminações.
01:41Eu sou a mãe da comandante do voo 592 da Velho Jet.
01:44A comandante Kubek e estou furiosa.
01:48Este foi um desses casos históricos em que houve uma enorme atenção e preocupação pública.
01:54Sempre achei que esse acidente podia ter sido evitado e que não fazia o mínimo sentido.
02:00O 592 da Velho Jet despencou dos céus devido a um colapso total do sistema.
02:06A administração federal de aviação está sendo atacada por não implementar as recomendações de segurança feitas oito anos antes depois de outro incêndio a bordo.
02:16Em 1988, uma equipe da American Airlines conseguiu aterrissar seu DC-9 em chamas e salvar todos os 120 passageiros.
02:29Tivesse a administração federal de aviação exigido sistemas de detecção de fogo e fumaça e ou sistemas de extinção de incêndio,
02:38como o Conselho de Segurança recomendar em 1988, o acidente com o voo 592 da Velho Jet não teria acontecido.
02:46Os 105 passageiros que foram colocados em situação de perigo por aquela falha burocrática
02:5311A e B
02:54embarcaram no velho Jet DC-9 na manhã de 11 de maio de 1996.
03:03O voo 592 é curto.
03:05Uma viagem de uma hora e meia de Miami, Atlanta, na Geórgia.
03:11Eu ajudo você.
03:16O avalho Jet foi uma das primeiras transportadoras de baixo custo.
03:22Em vez de usarem seus carros, as pessoas embarcavam neste avião azul e branco, com passagens mais baratas e com um personagem de desenho animado.
03:30Eu também coloquei grampos ali.
03:34É o segundo voo do dia da tripulação neste avião.
03:37No comando do voo 592 está a Kendalyn Kuebeck, de 35 anos.
03:48A comandante Kuebeck é uma pilota experiente com quase 9 mil horas de voo.
03:53Ok.
03:54O copiloto é um ex-piloto da Força Aérea Richard Hazen, de 52 anos.
04:05Liberado para iniciar?
04:06Prossiga.
04:10Cinto de segurança?
04:12Colocado.
04:13Treios?
04:16Acionados?
04:16O voo de hoje está carregado com quase 2 mil quilos de carga, que inclui as bagagens dos passageiros, material da empresa ValueJet e dos correios dos Estados Unidos.
04:29A tripulação deve tomar conhecimento de toda a carga colocada a bordo e assinar toda a documentação.
04:37Aqui está.
04:38Eles se preparam para taxiar.
04:40Crater 592, taxiar para a pista 9 esquerda.
04:479 esquerda, voo 592.
04:54O DC-9 tem 27 anos e mais de 68 mil horas de voo.
05:02No voo para Miami vindo de Atlanta naquele dia, o piloto automático não estava funcionando.
05:07E o sistema de alto-falante estava quebrado.
05:09Você quer testá-lo e falar com as pessoas?
05:15Senhoras e senhores, aqui é da cabine do piloto.
05:17Neste momento, estamos à espera devido a tráfego em solo.
05:20Os mecânicos em Miami conseguiram consertar o sistema.
05:25Está funcionando. Estamos ouvindo em alto e bom som.
05:29Pista 592, pista 9 esquerda, liberado para decolagem.
05:32Mas os reparos para o piloto automático vão ter de esperar.
05:39Potência de decolagem.
05:42Quando o DC-9 voltar à sede da companhia em Atlanta...
05:46Potência.
05:47Os mecânicos cuidarão do problema.
05:53Rotate.
05:53O céu estava relativamente favorável naquele dia de maio.
06:07E todos estavam simplesmente ansiosos para chegar em casa.
06:11Taxa positiva.
06:12Não havia qualquer mau presságio sobre aquele voo.
06:16Recolher trem de pouso.
06:17Sem o piloto automático, os pilotos irão pilotar manualmente a aeronave no full de volta.
06:25É um inconveniente.
06:26Mas não tão incomum nem inseguro.
06:39O que foi isso?
06:40Eu não sei.
06:43Estamos com algum problema elétrico.
06:45O carregador de baterias está falhando.
06:49As baterias do avião estão drenando rápido.
06:52A comandante Kilbeck receia que possa perder energia em seu painel de instrumentos e em outro sistema-chave de voo.
06:58Estamos perdendo tudo.
07:01Apenas seis minutos após a decolagem, a tripulação enfrenta uma enorme quantidade de falhas.
07:06Critter 592, entre em contato com o centro de Miami em 13245. Até mais.
07:10Controladores de Miami acreditam que o voo 592 está em segurança a caminho de Atlanta.
07:18Mas na cabine, a comandante Kilbeck decide voltar.
07:22Precisamos voltar a Miami.
07:23De repente, fica claro por que seus sistemas estão falhando.
07:38Jamas estão se alastrando pelo piso da cabine.
07:41Fogo! O avião está pegando fogo!
07:47592, precisamos voltar imediatamente.
07:49Kilbeck tem que levar o avião incendiado ao solo o mais rapidamente possível.
07:54Não se pode perder altitude rapidamente.
07:56Você o direciona para baixo a mais do que 5 ou 6 graus e de repente você pode entrar em uma situação de super velocidade.
08:02Você pode estressar a aeronave.
08:03Até então, Critter 592, esquenta a posição 270, desce e mantenha a 7 mil pés.
08:10Que tipo de problema você tem?
08:12Fogo!
08:13Fumaça na cabine, fumaça na cabine.
08:16Entendido.
08:17O copiloto está cuidando da comunicação.
08:19A comandante está cuidando do avião.
08:21Eles querem tentar chegar ao solo.
08:23Eles estão trabalhando de forma coordenada.
08:26Clássico gerenciamento de recursos de cabine.
08:29Ninguém está em pânico.
08:30Todos estão empenhados.
08:33Qual a atitude?
08:377 mil.
08:39A comandante Kilbeck desacelera em uma tentativa de descer.
08:43Mas o motor esquerdo não responde.
08:46Ele permanece em potência de subida, enquanto o motor direito diminui.
08:50O avião se inclina para a direita.
08:54Ela percebe que os ailerons ainda funcionam e consegue estabilizar o avião.
08:58Era uma ótima tripulação comandando aquele avião.
09:05Os passageiros estão lutando desesperadamente para sobreviver.
09:09Mas não há como escapar das chamas dentro da cabine a mais de mil graus Celsius.
09:13A fumaça tóxica está enchendo completamente a cabine.
09:18Estamos falando de fumaça pesada e venenosa que as pessoas estão inspirando.
09:23Quando há um incêndio a bordo, há uma verdadeira sensação de impotência.
09:27Há muito pouco que se possa fazer.
09:29Respire aos poucos.
09:30Menos de 10 mil pés acima do sul da Flórida,
09:34a comandante Kilbeck está tentando retornar ao aeroporto em situação difícil.
09:42Estamos no meio do fogo!
09:46A tripulação do voo 592 tem apenas segundos para levar o DC-9 em chamas a uma pista,
09:51antes que tudo esteja perdido.
09:53Critter 592, qual o aeroporto disponível mais próximo?
10:02Critter 592, eles estão esperando.
10:06Equipes de emergência em Miami se preparam para a aterrissagem.
10:15O avião começa a perder altitude progressivamente.
10:21E está fora de controle.
10:23A solicitação do copiloto para um aeroporto alternativo
10:31são as últimas palavras que os controladores ouvem da tripulação.
10:35O DC-9 atinge o solo a mais de 700 quilômetros por hora.
10:39O voo 592 caiu em um dos lugares mais inóspitos do planeta.
10:56O Everglades, na Flórida.
10:58Um grande avião a jato acaba de cair bem aqui.
11:03Um avião de passageiros dos grandes.
11:05Vocês vão precisar mandar seus helicópteros.
11:07Os Everglades cobrem uma boa parte da ponta sul da Flórida.
11:13Centenas de quilômetros quadrados de pântanos rasos,
11:16manguezais e alagados.
11:19Chegar ao local do acidente já será um grande desafio para as equipes de resgate.
11:23Helicópteros da Polícia de Miami-Dade encontram os destroços do voo 592 da Velho Jet no Pantanal,
11:38longe da estrada mais próxima.
11:39As equipes de segurança federal dizem que é a operação de recuperação mais difícil que já enfrentaram,
11:44com destroços espalhados como confetes em um pântano barrento infestado de aligáteres
11:49e que só pode ser alcançado por um helicóptero ou por Airbus.
11:53É uma área muito pantanosa, de alagados,
11:56o que está tornando difícil chegar até as pessoas que podem ter sobrevivido a esse acidente.
12:03As equipes sabem que as primeiras horas dessa operação de resgate são críticas.
12:07Em 1972, o voo 401 da Eastern Airlines caiu no Everglades,
12:18seis quilômetros do local do acidente da Velho Jet.
12:22Vários passageiros se afogaram antes que as equipes de resgate conseguissem chegar até eles.
12:30A situação no Everglades após o acidente era de destruição total.
12:35Era possível sentir o cheiro do combustível, do jato,
12:39sentir o cheiro do fluido hidráulico.
12:42Era possível sentir o cheiro da morte.
12:49A maior parte do avião afundou no pântano.
12:55Os destroços estavam no Everglades, um ambiente hostil.
13:00Não estava claro naquele momento
13:01quantos seríamos capazes de descobrir a partir dos destroços.
13:08Nos preparamos o melhor possível.
13:10Primeiro colocamos a roupa de T-Vac.
13:12Em seguida, colocamos uma manga extra.
13:15Colocamos um par de luvas cirúrgicas.
13:18Um par de luvas de trabalho.
13:20E foram presas com fita adesiva à roupa de T-Vac.
13:24O pesado equipamento protege a equipe de resgate do combustível derramado e outras toxinas.
13:30Mas abaixo da superfície do pântano, esconde-se uma ameaça ainda mais mortal.
13:35Um atirador precisava estar em cima do Airboat o tempo todo.
13:40O local do acidente é um local de procriação para aligatores.
13:43Como os mergulhadores estavam andando na água,
13:54se alguém visse um aligator ou ouvisse um som sibilante nos alagados,
13:58tiros de festim seriam dados para afastá-los.
14:03Poucas horas após o acidente,
14:05as equipes de resgate chegam a uma terrível conclusão.
14:09Não parecia haver sobreviventes.
14:13Todos os 105 passageiros a bordo do voo 592 estão mortos.
14:21A comandante Kubik,
14:24o copiloto Richard Hazen
14:25e três comissárias também estão mortos.
14:32Acho que vai ser difícil,
14:35senão impossível identificar todo mundo.
14:39Não havia qualquer sinal do avião.
14:42Havia apenas destroços.
14:43muito pouco sinal de passageiros.
14:47Você tinha que fazer o possível para não pensar no que estava de fato fazendo.
14:53Você não podia pensar no que estava recolhendo.
14:56Pois se fizesse isso, a coisa toda mexeria demais com você
14:59e você não faria o que tinha que fazer.
15:01Minha reação inicial em uma situação como essa
15:10é simplesmente de raiva.
15:12De pensar, outra vez não?
15:14Como isso pode acontecer?
15:16O que aconteceu?
15:17Por quê?
15:18Na manhã após o acidente,
15:22os investigadores do NTSB juntam seus agentes da Polícia Federal e locais na área do acidente.
15:28Eles sabem que os pilotos do voo 592 relataram fumaça na cabine.
15:34Agora eles precisam descobrir o que provocou isso.
15:37Muito bem.
15:38Vamos começar a trabalhar.
15:40A equipe é liderada pelo veterano investigador Greg Faith.
15:42Você tem que se distanciar, respirar fundo e então começar a priorizar.
15:48Tudo bem, o que devo fazer agora?
15:50E então utilizar os recursos para que isso aconteça.
15:53É hora de entrar em ação.
15:55Aqui vamos nós.
15:56Vou deixar que o Greg responda a isso.
15:58Não há realmente como saber se os pilotos estavam conscientes ou inconscientes no momento do impacto.
16:03Meu primeiro pensamento foi como lidar com isso.
16:06Faith enfrenta intensa pressão para encontrar respostas e de forma rápida.
16:10Estou determinado de fazer tudo o que posso para garantir que a aviação americana seja o mais seguro no mundo.
16:19No mês de novembro, no Nat Geo.
16:24O NTSB instrui os muitos voluntários que vieram para ajudar a recuperar os destroços.
16:31Prestem atenção.
16:32Elaboramos o mapa e vamos vasculhar o pântano inteiro.
16:36Todo mundo olha para mim em busca de respostas,
16:38porque eu sou o responsável pela investigação.
16:41O que vamos fazer?
16:41O que quer que a gente faça?
16:43Para onde quer que a gente vá?
16:44A prioridade é encontrar as duas caixas pretas da aeronave.
16:48Isso é o que estamos procurando.
16:52Este aqui é o gravador de dados do voo.
16:55Este é o gravador de voz.
16:56Se encontrarem um, encontrarão o outro por perto.
17:00No gravador de dados de voo, os investigadores esperam ouvir os últimos sons do cockpit.
17:04Há conversa entre os pilotos.
17:06Precisamos voltar a Miami.
17:08E quaisquer alarmes que possam ajudar a identificar onde a fumaça se originou.
17:13O gravador de dados de voo deverá revelar como o incêndio pode ter se espalhado
17:18e a sequência de falhas que ele provavelmente causou.
17:21Cada caixa contém pistas que poderiam ajudar os investigadores a descobrir a causa exata do acidente.
17:32Se encontrarem a cerveja, é por minha conta.
17:36As caixas pretas emitem o sinal de rádio constante.
17:40Os que as procuram vão usar um scanner de sonar para captar esse sinal.
17:44Quanto tempo até recebemos o sonar?
17:51O sonar está a caminho.
17:53Eles serão capazes de captar os dispositivos acústicos
17:55que esperamos possam identificar onde estão as caixas entre os destroços.
17:59Mas os técnicos da marinha logo descobrem que seu sofisticado equipamento não funciona nos Everglades.
18:07O sonar de varredura lateral não funcionou porque a vegetação aquática era tão densa
18:11que não se conseguia ver através dela.
18:14O que realmente funcionou para nós foi voltar para o básico.
18:22Fizemos uma linha do que chamamos de mergulhadores
18:24que tinham que andar basicamente ombro a ombro
18:27e cobrimos áreas específicas, sondando até alcançarmos algo firme e duro.
18:33A força humana acabou sendo o que realmente nos ajudou a recuperar mais de 75% da aeronave.
18:38Enquanto a busca em Everglades continua,
18:45em Miami os investigadores mergulham no registro do voo 592
18:49procurando pistas sobre o que pode ter causado o incêndio.
18:55Eles logo descobrem que o voo sofreu atraso no início do dia
18:58devido a pequenos problemas elétricos.
19:00A descoberta levanta a preocupação de que um incêndio devido a algum defeito na fiação
19:05derrubou o avião.
19:07Estávamos procurando alguma explicação.
19:09Poderia ter sido um defeito na fiação ou um curto circuito
19:12e percebemos que aquela seria uma investigação difícil.
19:16Equipes de resgate continuam a lutar contra o calor intenso.
19:20Flórida, em maio, 33 graus, 95% de umidade.
19:24Tínhamos de considerar quanto tempo iríamos aguentar naquele calor.
19:27Você caminha em meio àquilo, vagarosamente, pisando em coisas.
19:35Você precisa se abaixar, pegar o que quer que seja e ver do que se trata.
19:41Há ocasiões em que você acha que está pegando um pedaço de fio e é uma cobra.
19:45O que você pegou, então, foi uma cobra.
19:52São todas essas coisas que tornam esse ambiente
19:55provavelmente um dos mais desafiadores para uma investigação de acidente.
19:59O investigador de incêndios do NTSB, Merritt Birk,
20:04estuda enormes quantidades de fiação emaranhada retiradas do local do acidente.
20:08Fui enviado até lá para determinar a causa do incêndio naquele voo.
20:12Quando uma fiação defeituosa provoca um incêndio,
20:18arcos elétricos fazem com que os fios se queimem e derretam.
20:22Quando recuperamos aquela fiação do avião, observamos alguns danos,
20:27mas não havia provas de arcos elétricos nos fios.
20:31Eram só danos externos no isolamento.
20:36Exame cuidadoso descarta a fiação defeituosa como causa potencial do incêndio.
20:42Outro desafio.
20:46Os Everglades não são um pântano estagnado.
20:49Há uma corrente que flui para o mar.
20:51Uma coisa singular quanto aos Everglades da Flórida é que é a água.
20:55Ela está em constante movimento.
20:57A corrente torna o trabalho de rastreamento dos destroços da aeronave algo ainda mais difícil.
21:02Quando a água se move e basicamente a maré sobe e desce,
21:06alguns dos pedaços que ficaram presos debaixo da água na vegetação aquática
21:10poderiam se soltar e subir à superfície.
21:12Você poderia voltar a uma área e encontrar mais pedaços do que no primeiro dia em que você esteve ali.
21:20Depois de dois dias de investigação,
21:23Faith finalmente consegue algo.
21:24Que bom.
21:33Encontramos uma caixa.
21:35Ela estava no fundo da lama,
21:36parcialmente submersa a cerca de um metro, um metro e pouco de água.
21:40Um dos bombeiros de resgate da Polícia Metropolitana de Dade
21:43estava caminhando, cobrindo sua área
21:44e acabou pisando em uma das caixas pretas.
21:46Todo o local do acidente, todos os investigadores,
21:54todo mundo parou logo que a notícia de que tínhamos encontrado um gravador se espalhou.
21:59Os funcionários não perderam tempo.
22:00Tiraram-na do pântano e a levaram até um carro de polícia e de lá para um avião.
22:07O antigo DC-9 estava equipado com um FDR primitivo.
22:12Ele registrou apenas 11 parâmetros de voo
22:14comparados com centenas registrados por gravadores modernos.
22:18Entrada não autorizada.
22:20Visitantes devem ser acompanhados.
22:22Mas na manhã seguinte,
22:23quando Faith estudava os resultados preliminares de Washington,
22:26ele encontra uma pista que pode apontar para a origem do fogo.
22:30Mergulhe 800 pés de volta em 3 segundos.
22:34O possível.
22:37O FDR registrou um aumento súbito na pressão do ar.
22:41O que encontramos no gravador de dados do voo
22:45que registra o parâmetro da pressão estática
22:47foi que houve uma pancada e que disparou durante pouco tempo
22:50e depois voltou a um valor nominal.
22:54Sensores na fuselagem medem a pressão externa do ar.
22:58Normalmente, a pressão diminui com a altitude.
23:01Mas, à medida que o voo 592 subia,
23:03a pressão subiu momentaneamente em vez de diminuir.
23:06Um DC-9 não pode mergulhar e subir tão rapidamente.
23:11Os números não fazem sentido.
23:14Olha isso.
23:14Nós realmente não sabíamos o que...
23:17Nós teorizamos a respeito de uma série de coisas diferentes.
23:20Poderia ter havido uma explosão a bordo?
23:22Uma onda de choque se movendo para fora
23:24a partir do interior da aeronave
23:26pode causar um aumento súbito na pressão externa.
23:28E é claro que você começa a pensar
23:31se uma explosão poderia fazer isso.
23:34Então teríamos uma bomba?
23:36Com uma explosão a bordo sendo uma possibilidade real,
23:42Merritt Burke examina os destroços
23:44para ver se ele consegue descobrir onde o fogo se originou.
23:50Tínhamos muitos pedaços que foram danificados,
23:53quase todos limitados ao compartimento de carga.
23:58Tínhamos componentes estruturais derretidos
24:01que estavam na parte de cima do compartimento de carga
24:04que formam o piso do compartimento de passageiros.
24:09E havia também alguns trilhos dos assentos dos passageiros
24:14que estavam queimados e derretidos.
24:19Determinamos que o fogo foi muito intenso
24:23na área superior do compartimento de carga
24:28do lado esquerdo.
24:37Burke faz uma descoberta em comum.
24:39É aço inoxidável.
24:42Não se vê normalmente aço inoxidável
24:44queimado em um incêndio durante um voo.
24:46Aviões são feitos de material leve como alumínio e titânio,
24:50não de aço inoxidável.
24:54O metal queimado levanta uma questão.
24:57Que tipo de carga estava a bordo do avião?
25:00O investigador Malcolm Brainer
25:06precisa saber exatamente
25:07que tipo de carga o voo 592 da Velho Jet
25:10estava carregando.
25:11O grupo de operações se preocupa cada vez mais
25:14com a carga que estava no avião
25:16e que possível significado poderia ter tido
25:18para o acidente.
25:22A documentação da carga
25:24lista três pneus de avião
25:25e cinco caixas de cilindros de oxigênio vazios.
25:28O grupo de operações descobriu
25:34que o manifesto indicava
25:36que havia cilindros de oxigênio,
25:38cilindros de oxigênio vazios na carga.
25:45Aqui está.
25:46Quando o Greg Fait estava disponível,
25:49eu o informei.
25:50Muito bem.
25:52Material da companhia.
25:53Três pneus de aviões
25:54e cinco caixas de peças.
25:55Malcolm é piloto
25:59e intendente de aviação.
26:01Ele é um cara inteligente.
26:02É o conteúdo das caixas de papelão
26:05que me confunde.
26:07144 cilindros vazios de oxigênio.
26:10Espera, quantos?
26:12144.
26:13O cilindro de oxigênio
26:14é uma garrafa verde,
26:15uma garrafa muito grande,
26:16que fornece oxigênio
26:17para a tripulação
26:18e para os passageiros.
26:19Impossível, Malcolm.
26:24Não se consegue colocar
26:25tantas assim em um avião.
26:26Fizemos uma pausa
26:27e nos perguntamos
26:28por que se estaria carregando
26:30144 desses grandes cilindros
26:32verdes de oxigênio?
26:36E Malcolm fez uma pergunta
26:37muito inocente.
26:40O que acha que eles querem dizer
26:41com cilindro de oxigênio?
26:43E foi isso que realmente
26:44alertou os investigadores
26:46a dizer, precisamos verificar
26:47exatamente o que isso significa.
26:57No local do acidente,
26:59o trabalho de recuperação continua.
27:03Os destroços incluem
27:04dezenas de pequenos cilindros
27:05de metal que não são parte
27:07do TC-9.
27:09Os investigadores agora
27:10compreendem o que estava
27:11nas caixas listadas
27:12do manifesto de carga.
27:14Descobrimos que não se tratava
27:16de um cilindro,
27:17mas na verdade
27:17de um gerador de oxigênio.
27:19Geradores de oxigênio
27:20são pequenos dispositivos
27:22instalados acima dos assentos
27:23de passageiros
27:24de certos aviões.
27:25Eles estão ligados
27:26a máscaras de oxigênio
27:28que caem em caso
27:29de despressurização da cabine.
27:32Ao puxar a máscara,
27:33isso desloca um pino
27:34de retenção
27:35que desencadeia
27:36uma reação química
27:37que gera oxigênio respirável.
27:39As máscaras estão presas
27:43a bicos desse gerador
27:44de oxigênio.
27:46Esse é o oxigênio
27:47suplementar
27:48que flui através do tubo
27:49para a máscara.
27:51Os investigadores
27:52se perguntam
27:52se os geradores de oxigênio
27:54que estavam sendo transportados
27:55no compartimento de carga
27:56poderiam ter causado incêndio.
27:58Tínhamos cinco caixas deles
28:00ou 144 deles
28:01jogados em uma caixa
28:02transportados como carga.
28:05O que precisávamos avaliar
28:07era se eles os estavam
28:09levando supostamente vazios
28:10que perigo então havia
28:12em transportá-los como carga.
28:14Não há dúvida.
28:16Estão claramente relacionados
28:17como vazios.
28:19Eles teriam o potencial
28:20de levar a um incêndio
28:22ou a uma situação de incêndio
28:23que poderia ter comprometido
28:24a segurança da aeronave?
28:28Enquanto as equipes
28:30de recuperação
28:30continuam a tirar
28:31geradores de oxigênio
28:33do fundo do Everglades
28:34elas descobrem que
28:36enquanto alguns
28:36estão de fato vazios
28:38Este sequer foi acionado.
28:41Muitos outros estão cheios.
28:44Os geradores de oxigênio
28:46que encontramos
28:47estavam danificados.
28:48Alguns estavam destruídos.
28:50Alguns haviam sido
28:51carbonizados e esmagados.
28:54Alguns, porém,
28:54ainda continham o material
28:56dentro deles
28:56mas o invólucro
28:57havia sido amassado
28:58e danificado.
29:00É a temperatura
29:01dos cilindros
29:02depois de terem sido
29:03disparados
29:03que preocupa
29:04os investigadores.
29:07Essas coisas
29:08ficam muito quentes.
29:10Realmente muito quentes.
29:14Eles podem chegar
29:15a 260 graus Celsius.
29:18É por isso que
29:19na cabine
29:19eles são armazenados
29:20atrás de uma proteção
29:21resistente ao calor.
29:23Um gerador de oxigênio
29:24que não esteja colocado
29:25em sua posição correta
29:26em um dissipador de calor
29:28na unidade de serviço
29:29de passageiros
29:29é letal.
29:31Porque se ele estiver
29:32perto de um material combustível
29:33isso vai provocar
29:35um incêndio.
29:39Agora, ao que parece,
29:41produtos químicos
29:42altamente voláteis
29:43foram indevidamente
29:44embarcados
29:45no voo 592.
29:46Se os pilotos
29:47soubessem
29:48o que realmente
29:48estava a bordo
29:49eles provavelmente
29:50não teriam assinado
29:51o manifesto.
29:53Aqui está.
29:53Eles e seus
29:55105 passageiros
29:57ainda estariam vivos.
30:01No mês de novembro
30:03no Nat Geo.
30:10Quatro dias após
30:12o acidente
30:12do voo 592
30:14Jim Henderson
30:15especialista em materiais
30:16perigosos
30:17se reúne à equipe.
30:20A documentação inicial
30:22que estávamos procurando
30:23eram os registros
30:24sobre onde tinham vindo
30:26os geradores de oxigênio
30:27químico
30:27e como eles entraram
30:29no avião.
30:32Henderson analisa
30:33o histórico
30:33da frota
30:34da Velho Jet.
30:38Descobrimos
30:39que a Velho Jet
30:40tinha comprado
30:40recentemente
30:41três aviões
30:42de outras companhias aéreas.
30:45Eu acho que sei
30:46de onde eles vieram.
30:47A ordem de trabalho
30:48da Velho Jet
30:49referente a esses aviões
30:51era basicamente
30:52descobrir quais as datas
30:53que constavam
30:54nos geradores.
30:57Geradores de oxigênio
30:58têm uma vida útil.
31:01Para cumprir
31:01as normas
31:02de segurança federal
31:03qualquer gerador
31:04com data vencida
31:05nos aviões
31:05recentemente comprados
31:06precisa ser substituído.
31:10Aquele trabalho
31:10fora atribuído
31:11a uma empresa
31:12chamada Sabertech.
31:14Conversamos com o pessoal
31:15da manutenção
31:16principalmente para descobrir
31:17como esse assunto
31:18fora tratado.
31:18Obrigado pela atenção.
31:19Os geradores
31:21de oxigênio químico
31:22haviam sido removidos
31:23de um avião.
31:24Queríamos ter a certeza
31:25de que eles haviam sido
31:26manuseados
31:26de conformidade
31:27com as instruções devidas.
31:29Henderson descobre
31:30que a Sabertech
31:31removera 144
31:32geradores de oxigênio.
31:35A maioria deles
31:36estava com data vencida
31:37mas ainda cheio.
31:40Há diretrizes rígidas
31:41que regulam
31:42como geradores
31:43de oxigênio
31:44devem ser removidos
31:45e enviados
31:46com segurança.
31:47As ordens
31:49de serviço
31:49basicamente
31:50descrevem
31:50como retirá-los
31:51da aeronave
31:52e como substituí-los
31:53pelos geradores
31:54novos.
31:56Uma vez retirados
31:57da aeronave
31:58uma das precauções
31:59de segurança
31:59é substituir
32:00a tampa de segurança
32:01que evita
32:01que eles sejam
32:02ativados acidentalmente.
32:04Diz que eles precisam
32:05das tampas de transporte.
32:06Temos alguma?
32:07Muitos dos mecânicos
32:08sabiam quanto eles
32:09eram perigosos
32:10e reconheciam
32:11a necessidade
32:12de tampas de segurança.
32:13Vários mecânicos
32:14nos disseram
32:15em entrevistas
32:15que eles tinham
32:16advertido
32:16seus supervisores
32:17da necessidade
32:18daquelas tampas.
32:19Elas são assim.
32:21Você viu alguma?
32:26Não.
32:27Não.
32:27Eles não tinham.
32:29E você não pode
32:29tirar das novas.
32:32Henderson descobre
32:33que como eles
32:33não tinham
32:34tampas protetoras
32:35os mecânicos
32:36da Sabertec
32:37improvisaram.
32:38O pessoal de manutenção
32:43não tinha
32:43as tampas de segurança.
32:45Uma das outras coisas
32:46mencionadas
32:46na ordem de serviço
32:47era que eles
32:48deveriam pegar
32:49as mangueiras
32:50e as enrolarem
32:50em torno
32:51do gerador de oxigênio.
32:55Muitos outros
32:56acharam que as mangueiras
32:57eram desnecessárias.
33:01Na verdade,
33:03eles as cortaram,
33:04deixando os pinos
33:05praticamente livres
33:07dentro do gerador.
33:12Você colocou
33:13etiquetas nos geradores?
33:15Depois que puxei eles,
33:16coloquei uma etiqueta verde.
33:19Nas etiquetas,
33:21os trabalhadores
33:21da Sabertec
33:22escreveram a palavra
33:23VENCIDO.
33:26O que os investigadores
33:27ainda não sabem
33:28é como 144
33:29geradores de oxigênio
33:31acabaram em um avião
33:32de passageiros
33:33semanas mais tarde.
33:34E naquele momento,
33:37eles poderiam ser
33:38descartados.
33:39Acontece que eles
33:40devem ser descartados
33:41como resíduos perigosos.
33:44Quando os investigadores
33:45entrevistaram o pessoal
33:46de transporte da Sabertec,
33:47eles descobrem
33:48que os geradores
33:49ficaram parados
33:50no hangar
33:50durante semanas.
33:53A Sabertec
33:54tinha um novo cliente
33:56chegando.
33:57E eles queriam
33:57limpar a área
33:58para o novo cliente
33:59para lhe dar
34:00uma boa impressão
34:01de sua empresa.
34:02Pelo que sabiam,
34:04aquilo era material
34:05da Velho Jet
34:06e, portanto,
34:07eles deveriam
34:07encaminhá-lo
34:08a Velho Jet.
34:11Os investigadores
34:12descobrem
34:13que os geradores
34:13potencialmente perigosos
34:15estavam no voo
34:15592
34:16devido a um mal
34:17entendido
34:18a respeito
34:18de uma única palavra.
34:20VENCIDO.
34:25Será que realmente
34:26alguém acha
34:26que VENCIDO
34:27significa vazio?
34:28Os documentos
34:36de embarque
34:36descreviam
34:37os geradores
34:38de oxigênio
34:38como OXY,
34:41significando
34:41cilindro de oxigênio
34:43e, em seguida,
34:44a palavra vazio.
34:49E aquilo
34:50era um grande problema
34:51porque os geradores
34:52de oxigênio
34:53não estavam vazios.
34:55Eles estavam
34:55vencidos,
34:56o que significava
34:57apenas que a sua vida
34:58útil havia expirado.
35:01O uso
35:02da palavra vazio
35:03foi um erro.
35:04No entanto,
35:04o próprio
35:05encarregado
35:06de transporte
35:06não estava
35:07familiarizado
35:08com os geradores
35:09de oxigênio.
35:12Ainda eram capazes
35:13de gerar oxigênio,
35:15não tinham sido
35:15devidamente tratados
35:16de forma
35:17a torná-los
35:18inofensivos,
35:19não tinham sido
35:20devidamente embalados.
35:22Ficamos, então,
35:22realmente preocupados
35:23com que essa
35:24pudesse ter sido
35:25a causa do acidente,
35:26o que tornou
35:27o incêndio
35:27pior.
35:29Em 11 de maio
35:31de 1996,
35:33os trabalhadores
35:34do aeroporto
35:34embarcaram carga
35:35potencialmente
35:36inflamável
35:36no voo
35:36592
35:37da Velho Jet.
35:42No entanto,
35:43o compartimento
35:44da carga
35:44do DC-9
35:45está projetado
35:46especificamente
35:47para conter
35:47um incêndio.
35:51Regulamentos
35:51exigem que a carga
35:53esteja hermética.
35:54se de fato
35:55houver um incêndio
35:56naquele compartimento
35:57de carga,
35:58ele se extinguirá
35:58por si mesmo
35:59porque é hermético.
36:01Mas o fogo
36:02de uma carga
36:03poderia se extinguir
36:04se a própria carga
36:05produzisse oxigênio?
36:08Sabíamos
36:09sobre os geradores
36:10de oxigênio,
36:11sabíamos do potencial
36:12que tinham
36:13como uma fonte
36:13de fogo,
36:14mas nós,
36:15na verdade,
36:15não sabíamos,
36:16no grande esquema
36:17das coisas,
36:18seu verdadeiro potencial
36:19de derrubar um avião.
36:22Administração Federal
36:22de aviação.
36:23Em uma instalação
36:24de teste
36:25de incêndio
36:25da FAA...
36:27Tudo bem,
36:27vamos lá.
36:28Eles esperam
36:29recriar o incêndio
36:30que consumiu
36:30o voo 592.
36:32Um minuto
36:32para ignição.
36:34Tivemos de acionar
36:35um dos geradores
36:36de oxigênio
36:37manualmente.
36:38Bem.
36:39Obrigado.
36:41Obrigado.
36:41Obrigado.
36:41Obrigado.
36:41Obrigado.
36:52E não tivermos
37:01realmente um incêndio.
37:03Um gerador
37:04de oxigênio
37:05ativado
37:06não é suficiente
37:07para afiar fogo
37:08à caixa de papelão
37:09em que é embalado.
37:10Então,
37:10como essas coisas
37:11começaram o incêndio?
37:13Os investigadores
37:14do NTSB
37:15estão de volta
37:16à estaca zero.
37:17Eles não conseguem
37:18provar sua teoria.
37:19Como essas coisas
37:41foram embaladas?
37:43A falha
37:44do teste de fogo
37:45leva os investigadores
37:46a examinarem
37:46como exatamente
37:47os geradores
37:48de oxigênio
37:49foram embalados
37:50para o transporte.
37:54No primeiro teste
37:55que fizemos
37:56não os embalamos
37:57exatamente do jeito
37:58como eles haviam sido
37:59embalados.
38:00Eu preciso de uma camada
38:01de plástico bolha
38:02como esta
38:02em todas as caixas.
38:03Não usamos plástico bolha
38:05no primeiro teste.
38:06Não colocamos plástico bolha
38:08por cima dos geradores
38:09antes de fecharmos a caixa.
38:12Colocamos cinco caixas
38:13de geradores de oxigênio.
38:15As colocamos em cima
38:16de um pneu
38:17e colocamos alguma bagagem
38:19ao seu redor.
38:22Muito bem,
38:22vamos começar.
38:34Aquilo fez um ruído
38:35inacreditável.
38:37Era como um grito agudo.
38:39Olhamos uns para os outros
38:40e ficamos meio assustados,
38:42pois o som era ensurdecedor.
38:4310 minutos após a ignição,
38:54o teto do container
38:55de carga de teste
38:56atinge 1.100 graus Celsius.
39:03Santo Deus!
39:06Quase destruímos
39:07as instalações de teste deles.
39:09Depois de 11 minutos,
39:11aquilo ultrapassou
39:11a capacidade do equipamento
39:12de monitoramento.
39:14Muito bem.
39:15Vamos extinguir o fogo.
39:17Tivemos um fogo violento
39:18e nenhum de nós esperava
39:20que um fogo pudesse ser
39:21tão grande,
39:21tão quente.
39:24E foi simplesmente incrível
39:25ver o quanto pode ser
39:26desastroso,
39:27o quanto pode ser destrutivo,
39:29algo assim,
39:30desse comprimento
39:31e desse tamanho.
39:32O experimento sustenta
39:38a teoria do NTSB.
39:40Geradores de oxigênio
39:41incorretamente embalados
39:42provocaram um acidente
39:44do voo 592
39:45da velho jet.
39:46Mesmo em um compartimento
39:48de carga hermético,
39:49o incêndio teria sido
39:50suficientemente violento
39:51para derrubar o DC-9.
39:53O problema com o voo 592
39:56é que você põe abaixo
39:57a finalidade do compartimento
39:59de carga classe D,
40:00porque mesmo que o compartimento
40:02seja hermético,
40:03havia 144 fontes de oxigênio
40:05naquele contêiner hermético.
40:13Os investigadores suspeitam agora
40:15que a ativação acidental
40:17de um gerador
40:17durante o carregamento
40:19ou na decolagem
40:20foi o suficiente
40:22para desencadear
40:23um desastre
40:24que custou a vida
40:25de 110 pessoas.
40:27Com a ajuda
40:31dos gravadores
40:32de voo do avião...
40:34Geradores de oxigênio
40:35são carregados
40:36algumas vezes
40:36após 1.300.
40:38Os investigadores
40:38são capazes
40:39de reconstruir
40:40os momentos finais
40:41do voo 592
40:42da velho jet.
40:45Taxa positiva.
40:46Recolher trem de pouso.
40:47Havia um som
40:48de colisão abafada
40:49ou batida
40:50ouvida
40:50no gravador de voz
40:51da cabine do piloto,
40:53o que levou
40:53o comandante
40:54a perguntar...
40:55O que foi isso?
40:56Eu não sei.
40:57Aquele barulho,
40:58aquela batida,
40:59ao juntarmos
41:00aquelas informações
41:01com a do gravador
41:02de dados do voo,
41:03aquilo aconteceu
41:04ao mesmo tempo
41:05em que vimos
41:05o problema
41:06com a pressão estática.
41:09O som gravado
41:10é a explosão
41:11do pneu.
41:13A mesma explosão
41:14captada pelo gravador
41:15de dados do voo.
41:18Que tipo de problema
41:19vocês têm?
41:21Fogo!
41:22Fumaça na cabine.
41:23Fumaça na cabine.
41:25Trinta segundos
41:26após a explosão,
41:29Hazen solicitou
41:29retorno a Miami.
41:33Cinco nove dois,
41:34precisamos voltar
41:35imediatamente.
41:40Era possível
41:41ouvir muitos ruídos
41:42ao fundo.
41:43Ouve-se a aeromoça
41:43chegando.
41:44Estamos no meio
41:45do fogo!
41:46Falando sobre
41:47a gravidade do incêndio
41:48e a última parte
41:49fica silenciosa.
41:51E então nada.
41:55não há nenhuma
41:57interação
41:58da tripulação,
41:58não há qualquer
41:59comunicação verbal.
42:00Tudo que se ouve
42:01é o som do vento.
42:06Aquilo nos indica
42:07que, independentemente
42:08do que tenha acontecido,
42:09aquilo foi rápido.
42:17Incapacitando a tripulação
42:18até o ponto
42:19de deixá-los inconscientes.
42:21Foram precisos
42:30apenas três minutos
42:32e quarenta e dois segundos
42:33para o fogo
42:34derrubar o avião.
42:40Não havia nenhuma chance
42:42de conseguir levar
42:43o avião ao solo
42:44com segurança.
42:45Após o acidente,
43:05a FAA
43:06proíbe a ValueJet
43:07de operar indefinidamente.
43:09O National Transportation
43:10Safety Board
43:11recomenda
43:11melhor formação
43:12para os funcionários
43:13que lidam
43:13com geradores
43:14de oxigênio.
43:15Não houve bandidos
43:17nessa história.
43:18Eram todos pessoas
43:19que simplesmente
43:20estavam tentando
43:21quebrar o galho,
43:22fazendo o melhor
43:22que podiam.
43:24O NTSB
43:25também renova
43:26sua decisão
43:27de oito anos antes
43:28para que haja
43:29detectores de fumaça
43:30e extintores
43:30de incêndios instalados
43:31nos compartimentos
43:32de carga
43:33de todos os jatos
43:34de passageiros.
43:35Após o acidente
43:36da ValueJet,
43:37o FAA
43:38divulgou medidas
43:39para extinção
43:40de incêndio
43:41e para alertas
43:42de incêndio.
43:42mas aquilo
43:43deveria ter sido
43:44feito
43:44há muito tempo.
43:48Que inferno!
43:49Por que inferno
43:50aquelas pessoas
43:52passaram?
43:55Nossos entes
43:56queridos
43:57estão mortos
43:58porque essa agência
44:00não fez
44:01o seu trabalho.
44:01é o clássico
44:04regulamento tardio.
44:05Há uma quantidade
44:06enorme de mortes
44:07e aquele número
44:08de mortos
44:09é a única coisa
44:10que mexe com as pessoas
44:11e as leva
44:12a fazer alguma coisa.
44:14O secretário
44:15de transportes
44:15perdeu o emprego,
44:17o administrador
44:18da FAA
44:18perdeu o emprego
44:19devido a esse acidente.
44:24Foi uma lição
44:26muito importante
44:27e é lamentável
44:31que tenha
44:31custado
44:32tantas vidas
44:33mas este
44:34foi um caso
44:34que provocou
44:35grandes mudanças
44:36na indústria
44:37e todos nós
44:38trabalhamos juntos
44:39para termos certeza
44:40de que isso
44:41não aconteça
44:41de novo.
44:44Versão
44:44Marshmallow
44:45São Paulo
44:46Marshmallow
44:48Inscreva-se
44:49em
44:49Marshmallow
44:50Inscreva-se
44:50Inscreva-se
44:52Inscreva-se
44:53A CIDADE NO BRASIL
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