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No Visão Crítica, Murilo Hidalgo e Rodrigo Prando dissecam a relação do governo Lula com o eleitorado religioso. Eles analisam a queda da aprovação do governo na região Nordeste, o peso da polarização com Bolsonaro e a falta de identificação com o terceiro mandato de Lula, revelando as complexas nuances do cenário político atual.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/5Tl6tbFT_Zc

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Transcrição
00:00Eu queria só lembrar também, eu acho muito bom esses dados da Paraná Pesquisa,
00:05que é uma pergunta que me chamou a atenção, e eu queria justamente primeiro passar para o Moliro,
00:10depois para o professor Prando.
00:12Nos últimos dez dias, o senhor ou a senhora participou de alguma celebração religiosa,
00:18como missa, culto, ou outro tipo de cerimônia da sua religião?
00:22A pergunta da Paraná é interessante que, para a pessoa dizer sim ou não,
00:26e fazer uma correlação com a aprovação ou desaprovação do governo.
00:31É um dado interessante.
00:33Os que aprovam, 41% disse não, que não tinha participado de nenhum culto.
00:40É a desaprovação de 54,9%.
00:44Entre os que disseram sim, que foram a uma missa, a um culto religioso,
00:48os que aprovaram foi 38,7%, os que desaprovaram 58,2%.
00:54Disso a gente pode tirar qual conclusão?
00:56Olha, professor, a gente mudou essa pergunta,
00:59que quando a gente tem o cruzamento da religião,
01:02quando você cruza a religião, é muito mais discrepante o resultado do católico e do evangélico.
01:07E o que a gente quis sentir aqui?
01:09Do católico que vai à missa, se ele pensa diferente do evangélico que vai ao culto.
01:15E não, eles pensam iguais.
01:17As pessoas que vão ao culto ou à missa ou alguma celebração religiosa da sua religião,
01:24eles pensam iguais, independente da religião que ele é.
01:26Prando, tem uma coisa interessante de questão regional, né?
01:32E você tinha, a gente tinha tocado rapidamente, onde o Lula sempre foi bem,
01:36inclusive na última eleição, no Nordeste, ele está ainda com uma aprovação superior à desaprovação,
01:44mas em números muito limitados.
01:4552%, quer dizer, ali na faixa aprova, 44,6% desaprova.
01:51Como é que você vê isso?
01:52Bom, teve até pesquisas que mostraram, e livros que foram escritos sobre o PSDB e o PT, Vila,
02:01dizendo que o Nordeste era uma cidadela do PT.
02:06Então, assim, a região Nordeste era uma cidadela do PT e São Paulo,
02:10o Estado de São Paulo votava no PSDB.
02:12Quando, em 2018, o Bolsonaro entra, Bolsonaro praticamente toma São Paulo,
02:18que é o maior colégio eleitoral, mas o Nordeste se mantém lulista.
02:21Ainda se mantém, mas caiu.
02:24Então, assim, eu acho que o que o Murilo está falando tem algo interessante,
02:29até porque ele coordena, ele faz a pesquisa,
02:32mas a questão é deste sonho e desta percepção da vida cotidiana, né?
02:39Daquilo que as pessoas estão sentindo.
02:40Em 2003, quando eu estreiei na minha vida como professor universitário, dando aula,
02:45eu fui para uma faculdade no interior da Bahia, e estava começando o Bolsa Família,
02:50e as pessoas falavam aqui em São Paulo que era o Bolsa Esmola.
02:53E o impacto daquilo naquela região para aquelas pessoas foi algo que transformou a vida de muita gente.
02:59Eu acho que as pessoas agora se ressentem daquela novidade que eu falei que teve.
03:04O Lula 3 é um governo que não tem um problema de comunicação apenas.
03:10Tem também, porque eu acho que na questão dos mais jovens,
03:13a comunicação talvez não esteja bem conectada,
03:16até para usar a ideia de uma sociedade hiperconectada.
03:19Mas com essas pessoas que estão no Nordeste,
03:21Vi, Leidal, eu acho que não é um ressentimento,
03:25mas as pessoas estão olhando uma ausência de uma marca que possa ser positiva,
03:30porque esse Lula 3 não tem.
03:32O conteúdo parece estar bastante esvaziado.
03:36Exatamente.
03:37A marca que vai ficar do Lula 3 hoje,
03:42pelas pesquisas qualitativas que ele tenta vender,
03:45que vai ser no final, é a defesa da democracia.
03:48Só que isso não é a prioridade do povo.
03:52É uma marca importante?
03:54É.
03:54Mas não é a prioridade da grande maioria da população.
03:57Você me permite?
03:58Claro, claro.
03:59Eu digo isso, será que 2026, porque assim, a polarização existe,
04:03Bolsonaro está inelegível, mas ele consta na pesquisa,
04:07porque ele não disse que não vai concorrer,
04:08mas a gente sabe que provavelmente não concorre
04:10e tem outros problemas maiores.
04:12Mas a questão é, e aí tem os nomes que são colocados aqui da família,
04:15na pesquisa tem Michele, tem Eduardo e tem Flávio.
04:18Ok.
04:19A questão é, a presença do sobrenome Bolsonaro
04:23reacende de forma muito concreta na cabeça das pessoas a polarização,
04:27não como o Bolsonaro.
04:29Mas será, eu fico me perguntando e aí depois vocês me ajudem,
04:32será que vai ter a mesma questão da defesa da democracia em 26,
04:36como ele conseguiu em 22?
04:38Porque a questão é a seguinte, um grupo pequeno que foi com ele em 22,
04:42para tal da frente ampla, foi escanteado.
04:45No governo.
04:46O governo efetivamente é do PT, os nomes são do PT.
04:49E aliás, alguns nem conseguem fazer o que gostariam,
04:52como é o Haddad, porque sofre fogo amigo, como se diz no jargão da política.
04:57O que vocês acham que tem isso?
04:59Lembrar só uma questão, antes de passar para o Murilo,
05:02a quem nos acompanha, que a vitória no segundo turno foi uma vitória apertada.
05:07Foi 50,9 a 49,1, aproximadamente cerca de 2 milhões de votos.
05:12E essa frente construída no segundo turno foi decisiva para a vitória do Lula.
05:18E o que o professor Prando está apontando é que o governo não representa
05:22essa frente ampla eleitoral, acabando sendo um governo do PT.
05:26E isso enfraquece o governo nesses dois anos e meio.
05:30Já estamos indo para a segunda fase, para a fase final do governo.
05:34Murilo.
05:35Olha, professor, isso vai ficar muito claro.
05:37Só fazendo uma explicação, as pessoas nos questionam, né?
05:43Por que o Bolsonaro está nas pesquisas?
05:45A gente usa o mesmo critério de quatro anos atrás,
05:47onde o presidente Lula estava preso em Curitiba e a gente mantinha ele nas pesquisas.
05:53Tanto que hoje ele é o presidente.
05:55Quem falava naquela época que era um absurdo, certo?
05:58Um ano e pouco depois, ele é o presidente do Brasil.
06:01O que eu vejo é o seguinte, vai depender muito dessa frente ampla, professor,
06:06de quem vai ser o candidato escolhido, caso o Bolsonaro não consiga ser candidato,
06:11quem ele vai escolher como candidato.
06:13Se ele colocar alguém não da família, certo?
06:18Ele vai ter, com certeza, ele vai ter um apoio muito maior dessa frente ampla, certo?
06:23Porque hoje, ao meu ver, o presidente Lula vai ter muita dificuldade,
06:27independente de quem seja o seu adversário, de juntar essa frente ampla novamente em favor dele.
06:33Certo? Por quê?
06:34Porque foi pouco espaço no governo, como o professor Rodrigo comentou agora, certo?
06:39Não acredito que nesse período que falta ele vá abrir espaço a essas pessoas, né?
06:44Nem que essas pessoas também aceitariam, nesse momento, participar do governo.
06:48Então, eu vejo, assim, um momento muito difícil.
06:50Agora, o que facilita a vida do Bolsonaro e do Lula?
06:56Um ajuda o outro, por incrível que pareça.
07:00A polarização, né?
07:01A polarização.
07:01E se alimenta do outro.
07:03Então, quer dizer, o Bolsonaro sair do páreo é ruim para o Lula.
07:05O Lula sair do páreo é ruim para o Bolsonaro.
07:09Isso que quem nos assiste, o grande eleitor, tem que prestar atenção.
07:13Um alimenta o outro.
07:15Nós vamos, daqui a pouco, entrar no cenário eleitoral de 2026.
07:19Temos aqui as pesquisas da Paraná, que acho que nos auxiliam muito a fazer uma reflexão sobre isso.
07:25Eu queria, antes de passar para essa fase, ainda darmos uma olhada nessa avaliação histórica.
07:31Vamos, afinal, tem que puxar a brasa para a história.
07:34Da aprovação e desaprovação do presidente Lula.
07:38O que é curioso, e aí eu queria justamente passar para vocês dois,
07:42é que no caso do Lula, que começa janeiro, nós estamos aqui no ano de 2025, né?
07:51Ele está com uma desaprovação de 50,4, que já era significativa,
07:57chega agora em junho a 56,7.
08:01E a aprovação, que era 46,1, quer dizer, a grosso modo estava no limite da margem de erro, né?
08:07Caiu para 39,8.
08:11Então, hoje, a diferença entre aprovação e desaprovação, nós já temos aqui 16, cerca de 17 pontos.
08:19Quando tínhamos, no começo do ano, cerca de 4.
08:22Quer dizer, não dá agora, mostra que a situação é,
08:26nesse momento de avaliação do governo Lula, é preocupante, né?
08:30Olha para ele, é preocupante, mas ainda tem muito tempo, o que a gente diz.
08:36Ainda há muito tempo para recuperação, principalmente pelo que se escuta, certo?
08:41Hoje, as pessoas nos perguntam como melhorar isso, né?
08:46Dá para entregar obras? Dá para fazer obras, grandes obras?
08:49Pouco provável, não dá mais tempo, certo?
08:52Então, não tenho dúvida que a estratégia do governo vai ser dar, dar, dar e dar, certo?
08:57Então, isso tem um apelo, certo?
09:00Desde a luz, do Vale Gás, do Pé de Meia, talvez aumento de Bolsa Família,
09:06Imposto de Renda, tudo isso vai entrar no ano da eleição.
09:11Então, o que eu falo ainda, muita calma, porque está muito longe ainda.
09:14Perfeito, perfeito.
09:15Tem alguma questão sobre isso a acrescentar, Prando?
09:17Não, só para colocar aqui, de fato, né?
09:19O Murilo disse que talvez ele tenha batido no teto da desaprovação, está com 56,7.
09:24Ele me disse aqui que a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
09:30É uma desaprovação que talvez num cenário que a gente estudava na ciência política há uns anos atrás
09:35seria impeditivo para uma reeleição.
09:38Mas não é com Lula e não é com Bolsonaro.
09:40Os números com Lula e Bolsonaro, dado o carisma e a musculatura que os dois têm,
09:45e isso que o Murilo colocou que é fundamental,
09:48é que na polarização um retroalimenta o outro.
09:50Então, e aí eu fico imaginando o seguinte, bom, a não ser que...
09:54Bom, você lembra da frase do Malan que diz que no Brasil até o passado é incerto?
09:59Então, vamos lá.
10:00Se até o passado é incerto, eu não quero fazer prognóstico,
10:02mas é bem provável que Bolsonaro não esteja presente.
10:06E se não tiver um sobrenome Bolsonaro presente, vai enfraquecer o Lula,
10:10o que pode, inclusive, abrir espaço para tão sonhada e desejada,
10:15a terceira via, uma candidatura do campo democrático que foi pensada em 22 e não foi possível.
10:22Com Simone Tebbit.
10:24Com Simone Tebbit, mas tem outros que poderiam se credenciar também.
10:27Simone Tebbit é ministra e é uma ministra que foi apagada, ofuscada.
10:32Aliás, nenhum ministro do Lula conseguiu brilhar, porque talvez o Lula não tenha deixado.
10:35Então, vamos lá.

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