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No Visão Crítica, o professor da USP e cientista político, José Alvaro Moises, avalia se o Brasil atravessa a maior crise institucional da história recente. O cientista político destaca fragilidades do presidencialismo de coalizão e o enfraquecimento das lideranças partidárias.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/V6-HW2gMin0

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Transcrição
00:00Pois é, e o professor Marco Antônio Vila muito em breve retomará o comando aqui do Visão Crítica.
00:07Esse posto muito em breve estará de volta aqui com você na audiência.
00:11Bom, Álvaro Moisés, eu já participei de outros programas, é preciso refletir sobre esse momento que nós estamos passando.
00:19Vários eventos, embates, decisões que podem ter colaborado com esse processo que a gente tem acompanhado.
00:27Muitos classificam como uma crise institucional, mas é possível afirmar com toda certeza que estamos vivendo um momento de instabilidade política e institucional.
00:38Fala-se em desrespeito à Constituição, excesso de judicialização, interferência entre os poderes, enfraquecimento do Executivo Federal, empoderamento demasiado do Legislativo.
00:51Enfim, é um pouco de tudo isso? Quais são os aspectos que a gente deve considerar quando falamos de uma crise institucional e, se não crise, uma instabilidade institucional?
01:03Olha, veja, eu tenho trabalhado bastante o olhar, a análise, o estudo da situação política brasileira, particularmente do desempenho da democracia, pelo ângulo da tentativa de entender a sua qualidade.
01:21Quer dizer, que nós temos democracia, não tem dúvida, que foi possível reagir a uma tentativa de golpe de Estado, também não tem dúvida.
01:32Foram várias instituições, talvez, nesse sentido, a mais importante foi o Supremo Tribunal Federal.
01:38Mas, claro que isso representa uma tensão que não cai bem, digamos, não ajuda um desempenho mais positivo, mais efetivo, capaz de responder o que os eleitores, a população, espera do regime democrático.
01:58Essa tensão, essa tensão, ela tende a dificultar, às vezes, leva à paralisia do quadro econômico e, portanto, tem efeitos para a vida das pessoas, da população.
02:11Então, eu acho que é preciso entender essa crise.
02:14Ela vem já de algum tempo, pelo menos depois das grandes manifestações de 2013, né?
02:21E, em 2016, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, eu penso que não é questão de entrar no mérito, se estava certo ou se estava errado.
02:34Eu digo, são os fatos que foram ocorrendo e que provocaram uma, digamos, uma disposição, um mal-estar muito grande em um segmento importante da população e dos eleitores,
02:47que representou uma mudança completa do curso político que vinha até então, que era, num certo sentido, uma disputa entre uma esquerda moderada,
03:02ou que tendia a uma certa moderação, e uma posição de centro-direita social-democrática, que era o PT e o PSDB.
03:14A eleição de 2018 quebrou esse processo, de certa forma, essa alternância que tinha ocorrendo, correspondendo ao que é a democracia,
03:27como funciona a democracia.
03:29E introduziu um elemento novo de forças que, a meu juízo, são classificadas de extrema-direita,
03:36e que até então tinham ficado muito, digamos assim, fora do debate político,
03:45porque todo o processo da democratização, num certo sentido, foi na outra direção.
03:50Então, essas forças que tinham uma posição mais conservadora e que têm uma série de limitações em relação ao sistema democrático,
03:58não estavam tendo tanta projeção.
04:03Com a mudança que ocorreu em 2018, isso, digamos, mudou o cenário.
04:09E de lá para cá, nós temos tido crises que, de alguma maneira, foram se tornando cada vez mais sérias.
04:18Eu acho que é preciso considerar, talvez para entender bem a crise, é preciso considerar o sistema democrático,
04:26é um, digamos assim, um regime político que a sua grande diferença em relação às outras alternativas,
04:38é que ele administra pacificamente os conflitos.
04:41A ideia é de que você, pelo império da lei, você possa, de alguma maneira, enfrentar divergências, dificuldades, problemas,
04:53sem, contudo, levar o uso da força.
04:56Agora, nós estamos vendo, por iniciativa do presidente norte-americano...
05:02A gente vai entrar nisso já já, professor.
05:04Eu só posso pedir licença, porque, inclusive, eu quero acionar a nossa reportagem.
05:09Vitória Abel, repórter da Jovem Pan News em Brasília, acompanha aquele movimento de obstrução do trabalho no Congresso Nacional,
05:17especialmente na Câmara dos Deputados.
05:19Sessão marcada para hoje à noite, ainda não começou essa informação de momento.
05:23Bem-vinda, Vitória.
05:27Olá, Daniel. Olá a todos que acompanham a Jovem Pan.
05:30Pois é, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
05:33tinha chamado uma sessão presencial para a noite desta quarta-feira,
05:37inicialmente prevista para as oito e meia da noite,
05:41mas, até agora, essa sessão não começou.
05:43O que a gente tem de informação, nesse momento,
05:46é que Hugo Mota deve se dirigir em alguns minutos para o plenário
05:49e deve falar com os deputados que estão lá.
05:52A gente não consegue fazer uma imagem de lá de dentro desse momento,
05:55justamente porque a entrada da imprensa ainda estava proibida no plenário.
05:59Apenas parlamentares entravam, nem mesmo os assessores estavam conseguindo entrar no plenário.
06:06Mas os deputados de oposição estão ocupando toda a mesa diretora,
06:10inclusive o lugar onde o Hugo Mota costuma se sentar para abrir a sessão.
06:14Então, o que a gente tem de informação é que o Hugo Mota deve entrar no plenário,
06:18vai tentar se sentar na mesa,
06:20e a gente vai ver se ele vai conseguir se sentar,
06:22vai conseguir convencer os deputados a saírem do lugar,
06:25ou se ele vai precisar fazer um discurso de algum outro lugar do plenário.
06:29Por exemplo, na tribuna, que é o lugar onde os deputados falam,
06:33ou mesmo ali do chão do plenário, onde tem diversos microfones.
06:37Ao longo de todo o dia, a oposição e o presidente Hugo Mota tentaram conversar,
06:44tentaram entrar num acordo para que esses deputados bolsonaristas deixassem o plenário,
06:49porém não houve nenhum acordo.
06:52O deputado, o líder do PL, Sostenes Cavalcante,
06:56disse que realmente a única maneira dos deputados de oposição
06:59deixarem o plenário de forma voluntária
07:02era se eles aceitassem, se o Hugo aceitasse pautar
07:07matérias de enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal,
07:11como, por exemplo, o fim do foro privilegiado,
07:14ou seja, quando deputados não seriam mais julgados pelo Supremo Tribunal Federal,
07:19e também uma outra proposta de emenda à Constituição,
07:22que limita as chamadas decisões monocráticas,
07:24quando apenas um ministro é que decide,
07:28é que faz uma decisão liminar.
07:31A gente segue, portanto, acompanhando agora para saber a reação,
07:34mas uma curiosidade é que no início agora da noite,
07:38em meio a essa falta de acordo para os deputados deixarem o plenário,
07:42o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira,
07:45entrou nessa mediação entre os deputados de oposição
07:49e o presidente Hugo Mota.
07:51O deputado Sócines Calvalcante teve um momento que ele saiu do plenário,
07:54foi para o gabinete do Lira,
07:56entrou junto no gabinete o vice-presidente da Casa,
07:58Altineu Cortes, que também é do PL,
08:01e é o Mar Nascimento,
08:02que era um dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados
08:05antes de Hugo Mota assumir a posição aqui da presidência.
08:10Portanto, Arthur Lira aí tentando ser um mediador desse conflito.
08:14O que a gente tem de última informação também,
08:17pelos deputados do União Brasil de Centro,
08:19por exemplo, Paulo Anze,
08:21presidente da Comissão de Constituição e Justiça,
08:23é que os deputados devem sair de forma serena do plenário.
08:28Mas vamos aguardar como isso vai se desfazer,
08:34finalizar a noite aqui no Congresso Nacional.
08:37Uma última informação também para vocês,
08:40é que a Câmara dos Deputados,
08:42além desse acesso restrito aqui no plenário,
08:44toda a Câmara está fechada,
08:45inclusive para quem é credenciado,
08:48imprensa e assessores,
08:50justamente porque também está tendo em Brasília,
08:52estava tendo aqui em Brasília mais cedo,
08:54manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
08:58Daniel.
08:59É isso, Vitória Bel, ao vivo da Câmara dos Deputados.
09:02Vitória, só para a gente privilegiar a audiência rotativa
09:05aqui da Jovem Pan News,
09:06duas informações que chegaram,
09:08queria só que você arrematasse,
09:11confirmasse isso para a nossa audiência.
09:13Havia a informação no dia de ontem
09:15que esse movimento era feito principalmente
09:19por parlamentares do PL, Partido Liberal.
09:21Mas no dia de hoje,
09:22houve uma sinalização e adesão
09:26de parlamentares de outras siglas,
09:27Novo, União Brasil, Partido Progressista.
09:31O que se sabe sobre esse movimento
09:33de parlamentares de outras siglas,
09:35de centro-direita,
09:36que acabaram aderindo a esse movimento?
09:38Essa é uma questão.
09:39E queria que você destacasse também
09:41um comunicado de Hugo Mota,
09:43uma comunicação dele que tratava
09:45da possibilidade de suspensão
09:47das atividades parlamentares,
09:49daqueles parlamentares que participaram
09:51do processo de obstrução.
09:53Falava-se, inclusive,
09:53na possibilidade de seis meses
09:56de suspensão nos trabalhos legislativos.
09:59Procede essa informação?
10:03Isso, isso, exatamente.
10:05Quando Hugo Mota fez o comunicado
10:08de que ele ia chamar a sessão presencial
10:10e ia ocupar a mesa diretora,
10:12no mesmo comunicado ele disse
10:13que os deputados que insistirem
10:15em permanecer no plenário
10:17atrapalhando o andamento
10:18dos trabalhos legislativos
10:20seriam punidos com uma suspensão
10:22de seis meses de mandato.
10:24Isso está baseado no regimento
10:26aqui da casa.
10:27O Hugo Mota, então, portanto,
10:28se baseia num regramento aqui da casa,
10:30o regramento que diz que
10:32se o presidente da Câmara
10:34e a maioria decidirem
10:36continuar com o andamento,
10:38ninguém, nenhum deputado
10:39pode impedir que a Câmara
10:40pare de funcionar sujeito
10:43a uma suspensão de seis meses.
10:46Porém, como a gente sabe
10:47que a maior parte do PL
10:49está nessa obstrução,
10:51a maior parte do partido
10:52seria suspenso,
10:53suspenso, teria um mandato
10:54suspenso por seis meses.
10:55Então, isso teria uma
10:57implicação política,
10:59uma repercussão política
11:00também muito grande.
11:01Então, acho que é justamente isso
11:02que o presidente Hugo Mota
11:04está avaliando no seu gabinete
11:06nesses últimos instantes
11:07junto com os seus aliados.
11:10E você também perguntava
11:11em relação à participação
11:12de outros partidos.
11:14Sim, tem deputados
11:15de outros partidos
11:16do União Brasil,
11:17do Novo,
11:18que participam dessa obstrução,
11:20mas são deputados que são
11:21claramente apoiadores
11:23do presidente Jair Bolsonaro
11:24de extrema direita.
11:26Lembrando que o União Brasil
11:27é um partido grande,
11:29extremamente diverso
11:30e que inclusive
11:31tem deputados
11:32da base governista.
11:34Então, a parte mais robusta
11:36dos parlamentares
11:37que participam
11:38dessa obstrução
11:39é do PL
11:39com alguns deputados
11:41pontuais
11:41de outros partidos
11:42que são apoiadores
11:44do presidente Jair Bolsonaro.
11:46Do ex-presidente Jair Bolsonaro.
11:47É isso aí, Vitória Abel
11:48ao vivo
11:49da Câmara dos Deputados
11:50em Brasília
11:50monitorando essa situação.
11:52Qualquer novidade, Vitória,
11:53prioridade para você
11:54pode nos chamar
11:55que a gente volta
11:56a conversar.
11:57Bom trabalho para você.

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