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  • 05/06/2025
Os cientistas políticos Rodrigo Prando, José Álvaro Moisés e Carlos Melo participaram do programa Visão Crítica desta quarta (04) e debateram a origem da crise do sistema presidencialista e suas possíveis soluções.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=rn4Jjod25jg

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Transcrição
00:00Bruno, eu queria justamente colocar, por favor, que você colocasse a sua opinião,
00:04mas pegando um gancho do que o Carlos Melo disse, esse presidencialismo impotente,
00:10será que isso não foi agravado pelo último quadrênio presidencial,
00:15que não tinha um projeto efetivo para o país, e pelo momento desse Lula 3,
00:20que também tem enorme dificuldade de apresentar um projeto?
00:23Quer dizer, já tínhamos essas questões estruturais, pré-existentes,
00:27não foram agravados por esses dois mandatos presidenciais,
00:31e que acabou paralisando o executivo e transformando um legislativo,
00:36que naquele sentido clássico, ele não tem mais aquele papel,
00:39e não temos mais lideranças, porque alguns dos entrevistados aqui,
00:43e quem nos acompanha, falavam assim, não, antes falava-se com o PFL, no tempo de PFL,
00:50falava-se com as lideranças, e a liderança entregava 80%, 90% dos votos do PFL,
00:56do PMDB, do PSDB, etc.
01:00Agora não, porque não há mais lideranças efetivas que entregam,
01:03os partidos também não passam de agrupamentos com enormes contradições entre si.
01:07Então esse presidencialismo impotente não foi também agravado
01:10pelos dois últimos mandatos presidenciais?
01:13Eu acredito que sim, Vila, e vou te dizer uma coisa,
01:17e aqui nós três escrevemos e falamos sobre isso sempre, você também,
01:22quer dizer, a polarização que a gente vivencia,
01:25já não é mais nem chamada de polarização, não é mais de calcificação,
01:29porque um polo depende do outro.
01:31A grande pergunta de 2022 era a seguinte,
01:36haverá a possibilidade de uma terceira via,
01:38de uma alternativa que não o lulopetismo ou o bolsonarismo?
01:41De que forma algum candidato consegue se colocar no embate entre duas figuras carismáticas
01:51e, de certa forma, populistas como Bolsonaro e Lula?
01:54Os dois são tão fortes que espremeram e que espirrou, não sobrou um.
01:59Não sobrou um.
02:00E a gente caiu num segundo turno entre Lula e Bolsonaro.
02:04Então, assim, nós tivemos e temos ainda hoje,
02:09eu estava olhando a pesquisa, falei hoje mais cedo sobre a pesquisa
02:13que mostra a desaprovação do Lula,
02:15que está em 57%, né, com margem de erro para mais 3 ou para menos 3,
02:21quase 60% de desaprovação.
02:24Quer dizer, e o que vai ser o ano que vem?
02:27Vai ser a retomada com força de uma polarização,
02:29porque um polo depende do outro.
02:31Agora, se o Lula não sai para concorrer,
02:34porque talvez não queira terminar a vida política dele sendo derrotado,
02:39abre esse espaço para fazer novas discussões e, quem sabe, novas lideranças.
02:43Então, eu creio que sim, você tem razão.
02:44Eu acho que esses dois governos,
02:47então, a gente teve quatro anos de Bolsonaro
02:49e já estamos indo para o terceiro ano do Lula, né?
02:53Você vê?
02:53Três quartos do...
02:54Quer dizer, o que tem para esse país de substancial?
02:57Qual a pergunta dos temas fundamentais e importantes a serem discutidos?
03:02Qual a ideia e a força?
03:04Qual é a marca do governo?
03:06Agora, se me permite uma coisa que é uma ponderação,
03:09dentro da ponderação do professor Zé Álvaro Moisés,
03:13quando ele fala, né, a respeito que, de fato,
03:15eu e o Carlos falamos que é da dificuldade de mobilizar a sociedade,
03:19mas que os intelectuais...
03:20Quer dizer, ele está fazendo um chamamento.
03:22É um chamamento à discussão do papel do intelectual, do tribuno, do líder?
03:27Porque ser chefe, você manda e obedece.
03:29Liderar é mais difícil.
03:30Líder na política é sempre muito mais...
03:32Gosto muito do Marco Aurélio Nogueira,
03:34professor da Unesco, nosso colega, né,
03:36que fala sobre essa questão da liderança na política.
03:39Agora, Zé Álvaro, a pergunta é a seguinte.
03:42Para quem fala os intelectuais?
03:44O intelectual fala pausadamente,
03:49usa um raciocínio que privilegia a racionalidade,
03:53escreve, as redes sociais hoje reverberam o ódio, a raiva, a lacração e o meme.
04:00Esses influenciadores que têm milhões o seguindo,
04:05qualquer coisa que faz está ali.
04:07E as big techs, as grandes empresas de tecnologia,
04:10dão um impulsionamento.
04:11Pega você, vai para a rede social,
04:14eu te acompanho, você me acompanha, a gente vai lá.
04:16Mas, por exemplo, certas redes sociais,
04:18outro dia eu estava com o jornal na mão,
04:20a menina falou assim, que inusitado, tio.
04:23Inusitado.
04:23Quer dizer, que eu ainda gosto de ler o jornal físico
04:26de sábado e domingo que eu consigo ter
04:28para sentar e ler o jornal.
04:30Então, como é que você faz uma discussão
04:32desses temas substanciais,
04:34de você não olhar, como disse o Carlos,
04:36para a paróquia, para as questões locais,
04:39Zé Álvaro, Vila e Carlos,
04:40com essa sociedade que nós estamos
04:43hiperconectados e com redes sociais
04:45que vai constrangendo.
04:47Hoje, a gente tem um quadrilátero,
04:50especialmente na sociedade que a gente tem visto
04:53de quatro anos de Bolsonaro,
04:55muito isso, a gente tem um quadrilátero
04:56que você tem fake news de um lado,
04:59você tem pós-verdade do outro,
05:01você tem negacionismo de todos os tipos
05:04históricos, climáticos,
05:06e na saúde, na vacina,
05:08e você tem teorias da conspiração.
05:11Quer dizer, e a extrema direita consegue criar
05:14uma narrativa e um discurso que encanta.
05:17Os intelectuais, os progressistas,
05:19e mais do que isso,
05:20os democratas, não conseguem.
05:23Fale, fale, fale.
05:24Rodrigo, veja, eu acho que sim,
05:28essas dificuldades são reais.
05:30Agora, veja bem,
05:32os intelectuais devem...
05:34Você perguntou para quem eles deveriam falar.
05:37Eu acho que eles devem falar
05:38para os formadores de opinião.
05:41É preciso abrir com esses
05:42influenciadores,
05:44influencers,
05:45formadores de opinião,
05:47é preciso abrir um debate
05:48que coloque as questões substantivas.
05:50Se nós olharmos na história lá atrás,
05:53em algum momento foi sempre assim.
05:55Um pequeno núcleo inicia
05:56a formação de ideias,
05:58espalha as ideias,
06:00e com isso você começa a criar um movimento.
06:02Será que é impossível
06:04que, além da extrema direita,
06:06que usa tão bem
06:07as mudanças que a tecnologia
06:11produziu,
06:13será que é impossível
06:14que os democratas, os moderados,
06:17a esquerda, não possam se utilizar?
06:19Eu quero crer que sim.
06:20Essa é uma pergunta,
06:22por exemplo,
06:22que eu faço sempre.
06:23Por que só o outro lado
06:26é capaz de usar
06:28os recursos da tecnologia?
06:31Bom, fake news
06:32é a produção de mentiras,
06:34e mentiras muitas vezes
06:35atraem setores muito amplos
06:38da sociedade.
06:38Mas eu acho que é preciso formular
06:41o que nós chamaríamos de verdade,
06:43a maneira pela qual você toca
06:45em problemas reais,
06:46de um outro modo,
06:47diferente do que nós estamos fazendo.
06:49isso não é impossível.
06:51Agora, é preciso ser iniciado.
06:53Sim.
06:54E para ser iniciado,
06:55eu acho que nós estamos passando
06:57por essa dificuldade
06:58de reconhecimento
06:59de qual é a natureza da crise.
07:02É preciso entender
07:02a natureza da crise
07:04para, em seguida,
07:05começar a produzir
07:06resposta para ela.
07:07É a impressão que eu tenho.
07:10E, Vila,
07:11o Zé Álvaro colocou aqui
07:13das crises,
07:13do grego,
07:15da etimologia da crise,
07:17separação e tudo mais,
07:19mas pega o aspecto
07:21dessa nova república,
07:22não falando
07:23da armação institucional,
07:25e pega o indivíduo
07:27presidente da república.
07:29Vamos pegar?
07:30Collor
07:31não sofreu impeachment
07:33porque acabou
07:33renunciando antes.
07:36Está preso
07:36em prisão domiciliar.
07:38O Itamar falecido.
07:39Fernando Henrique
07:40deu a sua contribuição,
07:41retirou-se da vida política.
07:44Lula,
07:45investigado,
07:45preso na Lava Jato,
07:46anulação pelo
07:47Supremo Tribunal Federal,
07:48depois da prisão,
07:50voltou.
07:51Michel Temer
07:51foi preso,
07:52foi solto.
07:53Bolsonaro sendo julgado
07:54pelo Supremo.
07:55não é não só
07:56uma questão de crise,
07:58mas o conceito
07:58de Urcaimiano
07:59de uma anomia,
08:00de uma desfuncionalidade,
08:02porque esses próprios,
08:03porque esse indivíduo,
08:05presidente da república,
08:06ele dá vida
08:08à institucionalidade
08:10que é a presidência
08:10da república.
08:11E olha que situação
08:13pega os últimos,
08:14né?
08:15Então você vê,
08:16eu costumo falar,
08:17né, Vila,
08:17as pessoas perguntam
08:18do Lula, né?
08:19Em 1989,
08:21Zé Álvaro,
08:21eu tinha 11 anos,
08:23o Lula era o candidato
08:24à presidência
08:24que foi derrotado
08:25pelo Collor.
08:27Eu estou com 47
08:28e se tudo der certo
08:29para mim e para o Lula,
08:30o ano que vem
08:31estaremos vivos,
08:33com 48 anos de idade
08:34o Lula vai talvez
08:35tentar de novo
08:36ser presidente
08:37da república.
08:38Não é muito saudável,
08:39né?
08:39Para uma democracia isso.
08:40É,
08:41esse é um ponto importante.
08:43Se nós estivermos de novo,
08:44por causa da polarização
08:46que escolhi entre esses dois
08:47políticos,
08:49para uma parte
08:50do eleitorado
08:50vai ser uma coisa
08:52completamente
08:52sem sentido.
08:53Sim.
08:54Muita gente
08:54não vai querer
08:55para se livrar
08:56do Bolsonaro
08:57votar no Lula.
09:00E com isso
09:00significa que
09:01haverá um ponto
09:03de interrogação
09:04para um segmento
09:05muito importante
09:06do eleitorado brasileiro.
09:07Eu vou passar,
09:08nós estamos já indo
09:09para o final
09:09do nosso programa,
09:11para o Carlos Mello.
09:13Carlos Mello,
09:14em certo momento aqui,
09:15acho que o professor
09:15Moisés falou,
09:16qual é a natureza
09:18da crise?
09:19Para quem nos acompanha,
09:21só lembrar que a política
09:22é diferente do mundo
09:23natural.
09:24Então, por exemplo,
09:25no caso de uma erupção
09:27vulcânica,
09:27não dá para controlar
09:28um tsunami
09:29e assim por diante
09:31quando ocorre.
09:32Mas a nossa crise,
09:33ela tem razões históricas,
09:35ela não ocorreu naturalmente,
09:37na sua opinião,
09:37Carlos Mello.
09:38Qual é a natureza
09:40da crise?
09:40Eu pergunto isso
09:41porque,
09:42a partir de um pressuposto
09:43que o próprio professor
09:44Moisés levantou
09:45no início da nossa conversa,
09:46precisamos saber
09:46qual é a premissa
09:47para depois começar
09:48a pensar os possíveis
09:50caminhos de enfrentamento
09:52desse grave problema
09:53nacional.
09:55Na sua leitura,
09:56qual é a natureza
09:56da nossa crise?
09:59Vila,
09:59eu tenho colocado
10:00uma questão
10:01para os meus alunos
10:03que trabalham
10:05com o seguinte tema,
10:08o Brasil
10:08tem todos os problemas
10:10do mundo
10:11agravados
10:13pelos seus próprios
10:14programas.
10:16Qual é a natureza
10:17da crise?
10:18Tem uma natureza
10:19estrutural externa.
10:21Nós vivemos
10:21num momento
10:22de revolução.
10:24Você é historiador,
10:25você sabe muito bem
10:27que é um período
10:28muito,
10:29muito,
10:29muito parecido
10:30até com o surgimento
10:32de alguns personagens
10:33da transição
10:35do século
10:35do século
10:3619
10:37para o século
10:3720,
10:38daquela sociedade
10:38agrávia
10:40para a sociedade
10:40industrial,
10:42a revolução
10:43da energia
10:45elétrica,
10:46tudo mudando,
10:48a economia
10:49se transformando
10:50e a sociedade
10:50absolutamente
10:52desencontrada
10:53nesse processo.
10:55Isso levou o mundo
10:55a duas guerras mundiais.
10:58Não é à toa
10:59que vários outros
11:00países,
11:01a grande democracia
11:02que nós sempre
11:03olhamos nos Estados Unidos
11:04passando por problemas
11:05seríssimos também.
11:07Então,
11:08você tem uma natureza
11:09externa
11:09que isso
11:11comportaria
11:11um outro programa
11:13para a gente discutir.
11:15Inclusive,
11:16essa natureza
11:16vai levando
11:17ao ressentimento,
11:19setores que antes
11:20lugares,
11:22regiões que antes
11:23eram super produtivas,
11:25hoje são chamadas
11:26de cinturões
11:26da ferrugem.
11:27e todo o ressentimento
11:30que vem daí.
11:31Ressentimento
11:31contra os políticos,
11:34ressentimento
11:34contra o Estado,
11:36ressentimento
11:36contra a democracia
11:37e ressentimento
11:38também,
11:39mas isso é um problema
11:40para a gente,
11:41contra os tais
11:42especialistas,
11:43porque a gente
11:44também tem perdido
11:45aquela autoridade
11:46que no passado
11:47era reconhecida
11:50pelo nosso esforço,
11:53pelo nosso estudo,
11:54enfim,
11:54também tem
11:55desacralizado tudo isso.
11:57Então, tem essa natureza
11:57externa,
11:58tem essa natureza
11:59interna.
12:00O Brasil,
12:01vivendo isso tudo,
12:02esse abalo,
12:05esse terremoto
12:05planetário,
12:07internacional,
12:09grupos
12:11aglomerados,
12:15econômicos,
12:16com tamanho
12:17de Estado,
12:18uma transformação
12:19muito grande
12:20que vem do Oriente,
12:21o embaixador
12:23Rubens Barbosa
12:24chega a dizer
12:25que talvez
12:25a gente esteja
12:26vivendo
12:27o pós-Ocidente
12:28já.
12:29Então, tem essa
12:30grande transformação
12:30e o Brasil
12:31com todos os seus
12:32problemas tradicionais,
12:33a começar do patrimonialismo.
12:36Outro dia,
12:36eu vi o
12:37era presidente
12:39da Câmara dos Deputados,
12:41Arthur Guia,
12:42dando uma entrevista
12:43e se referindo
12:43aos
12:44municípios
12:46onde ele tinha
12:48voto
12:49de
12:49os meus
12:50municípios.
12:52Isso é tradicional,
12:53Vila,
12:54a gente sabe
12:55o quanto
12:56que isso
12:56está impregnado
12:58na cultura
12:58nacional.
12:59Então,
13:00você tem
13:00essa mentalidade
13:02de farinha a pouco,
13:03meu pirão primeiro,
13:05que é o patrimonialismo,
13:06é o fisiologismo,
13:08que é
13:09tão
13:09arcaico
13:11e tão limitado,
13:12tão cego
13:13em perceber
13:15as transformações,
13:17que não consegue
13:18sequer se virar
13:19para essa realidade
13:19mundial
13:20e ter um projeto,
13:21não um projeto
13:22tradicional,
13:24mas um projeto
13:25moderno,
13:26um país
13:27moderno,
13:28um país que articula
13:29a economia agrária
13:31com o agronegócio,
13:32com o meio ambiente,
13:33com a infraestrutura,
13:34com a educação
13:35do século XXI,
13:37inteligência artificial,
13:39enfim,
13:39tudo isso
13:40nós precisamos fazer
13:41e não fazemos.
13:43O externo
13:44nos coloca
13:45esse desafio,
13:46só que
13:47a miséria
13:48da política
13:49doméstica
13:52com essa
13:53paroquialização
13:54da política,
13:56a gente não consegue
13:57olhar para as grandes
13:58questões fundamentais
13:59do mundo
13:59e aí não temos
14:00projeto mesmo,
14:01não temos agenda,
14:02os governos
14:03não têm agenda,
14:04o parlamento
14:05não tem agenda,
14:06então é necessário
14:07reconstruir isso tudo,
14:08é necessário ter
14:08um bom diagnóstico
14:09do que se passa
14:10no mundo
14:11e é necessário
14:12ter um bom diagnóstico
14:13do que se passa aqui
14:14e aí reverberando
14:16o que disse o Moisés,
14:18é verdade que uma parte
14:19dos nossos colegas
14:20ainda continua dizendo
14:22que não,
14:23o problema não é,
14:24não é o presidencialismo
14:25de coalizão,
14:25não,
14:26não é,
14:26qualquer presidencialismo
14:28é necessário fazer
14:28uma coalizão,
14:29o próprio parlamentarismo
14:30necessita de uma coalizão,
14:32o problema
14:33não é
14:34o mecanismo,
14:35o problema
14:35é a natureza
14:37das coalizões
14:38que nós fazemos,
14:39a natureza
14:40patrimonialista
14:41dessas coalizões,
14:43não é,
14:43o patrimonialismo
14:44que tem
14:46roído
14:47a nossa capacidade
14:49de sermos um dia
14:50uma democracia
14:51moderna,
14:53estável,
14:54duradoura,
14:55não é,
14:56enfim.
14:57Eu queria,
14:58faltam somente,
15:00nós somos escravos
15:01do tempo,
15:01não é,
15:02está faltando
15:03dois minutos
15:04e eu gostaria
15:05pela primeira vez
15:06aqui no Visão Crítica,
15:07já estamos completando
15:08um mês,
15:09que um minuto
15:11cada um de vocês
15:12sugerisse ao nosso público
15:14um livro,
15:15porque,
15:16claro,
15:16o patrimonialismo
15:17a gente lembra
15:17dos donos do poder
15:18imediatamente,
15:19um livro
15:21que pudesse auxiliar
15:22quem nos acompanha
15:23a compreender
15:25o Brasil.
15:26Eu sei que vocês
15:26fossem mais sucintos
15:27porque temos três minutos.
15:29Professor Moisés,
15:30que livro o senhor sugeriria?
15:32Cultura,
15:33do Castelso.
15:34Ótimo.
15:35Rodrigo Prando.
15:36Estou só aqui.
15:37Então,
15:37eu passo para o cara.
15:38Não, não,
15:38pode não,
15:39eu estou aqui,
15:39eu não ia mostrar,
15:40mas o livro do Marco Aurélio Nogueira
15:42que eu acho que merece
15:43ser convidado,
15:44Democracia Desafiada.
15:46O senhor Marco Aurélio Nogueira
15:47passa em revista,
15:48o senhor Zé Álvaro
15:49provavelmente
15:50já já leu,
15:51enfim,
15:51mas passa em revista,
15:53assim,
15:53Democracia Desafiada,
15:55Marco Aurélio Nogueira,
15:56professor titular da Unesp.
15:58Carlos Mello,
15:59por favor,
15:59o que você sugere?
16:01Grande livro do Marquinho,
16:02conheço,
16:03tenho ele aqui,
16:04ganhei do próprio autor,
16:05um grande cientista político,
16:07lembrado aqui pelo Prano.
16:09Olha,
16:09eu sugiro,
16:10o povo contra a democracia,
16:12eu sugiro o caos,
16:15eu sugiro,
16:17olhando para o Brasil,
16:18você já citou,
16:19os donos do poder,
16:22o raízes do Brasil,
16:24nós precisamos voltar
16:25para os clássicos também,
16:26sabe,
16:27precisamos ter o que há de moderno
16:29e também olhar para os clássicos novamente,
16:31porque os problemas parecem que permanecem.
16:33e aí,
16:48como eu quisermos ter chances,

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