No Visão Crítica, Murilo Hidalgo e Rodrigo Prando debatem o potencial eleitoral de Michelle Bolsonaro para 2026. Eles analisam as pesquisas mais recentes, explorando as chances dela frente a Lula e o impacto de seu capital político, especialmente considerando o apoio conservador e os possíveis movimentos no tabuleiro eleitoral para a próxima disputa presidencial.
Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/5Tl6tbFT_Zc
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00:00O segundo cenário é muito interessante, Lula e Michele Bolsonaro.
00:04Michele Bolsonaro, a terceira esposa de Jair Bolsonaro, conhecida de todos, que é presidente do PL Mulher.
00:12Nesse cenário, Lula tem 33,5, Michele 30,2, o Ciro continua com uma boa pontuação, 11,5.
00:20E os outros candidatos do chamado campo à direita, Ratinho Júnior, 5,7, Ronaldo Caiado, 4,6, Hélder, 0,9.
00:30Nesse sentido, Murilo, ela pontua bem, é uma surpresa, ou será que ela teria voo curto ou o sobrenome ajuda muito?
00:41Olha, professor, ela, em relação aos filhos dele, ela tem em torno de 6 a 8% de vantagem, porque também ela é mais conhecida.
00:50Ela é como primeira dama, como uma líder religiosa, certo? Ela é muito forte.
00:55Ao mesmo tempo, ela tem mais votos que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, momentaneamente, certo?
01:01Então, o que eu vejo? Ela hoje é uma grande opção para ele, caso ele não consiga ser candidato, certo?
01:07O que pesa a favor? Ela é evangélica, ela tem militância, certo? Ela é mulher, então isso pesaria a favor dela.
01:17O que pode pesar contra a inexperiência?
01:20Certo? Mas, é uma coisa para a gente analisar.
01:23Hoje, os dois nomes mais fortes dele, com certeza, é Michel e Tarcísio.
01:29Eu não tenho nada a acrescentar, eu concordo plenamente, e eu quero só dizer uma coisa.
01:34Sim.
01:34Num eventual embate política eleitoral do Lula com Michel e Bolsonaro, eu me lembro que na campanha do AES com Dilma,
01:44então assim, teve aquela história da desconstrução da Marina, lembra-se disso?
01:49Sim.
01:49Então, Dilma, Lula e o marqueteiro se reuniram aqui em São Paulo, para desconstruir Marina.
01:56Na verdade, destruíram a trajetória de Marina, que inclusive foi do PT e hoje está no governo.
02:01Mas Marina, ela poderia ter batido mais forte na Dilma e não o fez.
02:06Quando o Aécio fazia, todas as pesquisas qualitativas mostravam o seguinte, machista, arrogante, prepotente, é uma avó, é uma mulher, teve câncer.
02:18Então, perceba que essa questão também pode estar aqui.
02:21Sim.
02:22Porque se o Lula pegar pesado, e o Lula é cheio de piadinha, que é preconceituosa, piadinha machista, inclusive, né?
02:30Mas para a militância passa, né? A militância ela vê como poesia, mas complica para o Lula.
02:35E é uma coisa que o Hidalgo até adiantou um pouquinho, por isso que eu vou retomar, mas em relação ao sobrenome que você perguntou,
02:42dos que têm disponíveis ali, é o melhor sobrenome Bolsonaro é com a Michele, porque os filhos pontuam menos.
02:49Então, tem a questão dela ser evangélica e de ser mulher, lembrando que o Lula tem perdido o voto entre as mulheres.
02:55Talvez ela possa chamar alguns desses votos.
02:59Muito interessante.
03:00Veja como é possível, a quem nos acompanha, nós vamos para um terceiro cenário,
03:04como nós podemos tirar, quer dizer, muita coisa de uma pesquisa.
03:09E ela é mais ampla ainda, a pesquisa, nós fizemos aqui um resumo.
03:12Tem outros cenários, é muito detalhado e é muito legal a gente se debruçar sobre pesquisa,
03:18poder desenhar esse cenário lá em 2026.
03:21Olhando agora, aqui eu já estou olhando para o segundo turno, eu estou no 3A,
03:27que nós temos vários gráficos aqui, várias pesquisas presentes, quadros, melhor dizendo.
03:32No segundo turno, no caso da hipótese 1 que nós fizemos do primeiro cenário,
03:39o Jair Bolsonaro teria uma vitória, acho eu, relativamente confortável, quase 7 pontos, né?
03:4546,5, Lula 39,7.
03:49Aí tem não sabe, etc.
03:50Vamos sempre lembrar que o Bolsonaro é ineligível pela decisão do Tribunal Supereleitoral.
03:57Porém, nós não sabemos se isso vai se manter até onde que vem.
04:01Ele acredita que tem condições de reverter essa decisão.
04:04Então, nesse sentido, como já o Murilo explicou,
04:07vou só retomar que o mesmo quadro era de 2018,
04:11em relação aí no caso ao então candidato Lula.
04:14Nesse caso, nesse embate, nesse momento,
04:19que acho que deve ser o mais difícil de popularidade do governo Lula,
04:22esse cenário não te surpreende, né, Murilo?
04:25Não. Como eu te falei, assim, esse é o melhor momento do Bolsonaro
04:28depois das eleições que ele foi eleito.
04:31Ele nunca tinha uma vantagem tão grande sobre o ex-presidente Lula como tem no momento.
04:36Certo? Isso aqui, professor, e o que chama a atenção?
04:39Qualquer adversário que enfrente o Lula, nós teríamos uma eleição equilibrada.
04:43O que mostra o seguinte, que a rejeição do presidente Lula é alta,
04:48como a rejeição do presidente Bolsonaro também é alta.
04:51Nós não estamos testando ainda nenhum cenário sem o presidente Lula.
04:55Ao mesmo tempo, eu não tenho dúvida, se tivéssemos um cenário aqui hoje sem o Lula,
05:00enfrentando o Bolsonaro, a eleição também seria equilibrada.
05:03Por causa da rejeição de um e de outro.
05:05O que mostra, professor, que a gente terá uma eleição equilibrada
05:09com a popularidade do Lula atual, nós teremos uma eleição equilibrada em 1926.
05:14Como se o Lula melhorar, nós também teremos uma eleição equilibrada.
05:19A eleição será equilibrada em qualquer hipótese.
05:21Ou seja, então, aqui o Hidalgo está deixando o PT mais tranquilo,
05:24porque com essa rejeição muito ruim,
05:28ou com a melhora da avaliação positiva e diminuição da rejeição,
05:32também vai ser equilibrado.
05:33O que mostra que uma figura como o Lula, que está desde 1989 disputando ou fazendo alguém,
05:41como fez Dilma duas vezes e colocou o Haddad no segundo turno quando estava preso,
05:46não é, o PT sempre esteve.
05:47O PT foi derrotado duas vezes no primeiro turno, pelo Fernando Henrique, em 94 e 98.
05:52No mais, quando ganhou, esteve em todos os segundos turnos da Nova República.
05:57É verdade.
05:57Interessante esse segundo turno, Michele, Bolsonaro e Lula,
06:02que é o quadro agora que nós estamos apresentando.
06:06E aí, apesar que estaria na margem de erro no limite,
06:11Michele e Bolsonaro, 44,4, Lula, 40,6.
06:17Ou seja, ela é, que nós vamos apresentar outros quadros,
06:22mas adiantando, da família, Bolsonaro aqui tem melhor desempenho.
06:28Eu passo para você, Prando.
06:31Como é que se explica essa questão que você fez uma lembrança muito boa
06:36da eleição de 2014 e das dificuldades da Aécio a acertar o seu discurso,
06:42especialmente lá nos debates do segundo turno,
06:46que ele teve muita dificuldade.
06:48Nesse caso, o Lula poderá ter, caso seja esse o cenário,
06:52provavelmente a mesma coisa.
06:54E ela se sai muito bem, né?
06:56Aí que eu não sei, num debate, será que ela se sai muito bem?
06:58Na pesquisa sai.
06:59Não, na pesquisa sim.
07:00É verdade.
07:01Mas num debate, quando você, porque é o seguinte,
07:04até o momento, Michele e Bolsonaro têm esta margem boa em relação ao Lula
07:12em vários cenários, mas a pergunta é, politicamente ela foi testada?
07:17Ela não foi.
07:19Ela fez o embate político, porque até o momento,
07:23onde ela fala e onde ela está é um ambiente controlado,
07:26ou são redes sociais, ou nos espaços religiosos,
07:30ou nos espaços em que ela fala para quem já vota nela ou no marido,
07:34que são falar para os...
07:35Geralmente, né?
07:36O Murilo deve, deve, deve, sabe muito mais do que isso do que eu, certamente, né?
07:41Mas, geralmente, o discurso político encontra três públicos.
07:45Os que concordam comigo e os que discordam de mim.
07:48E eu não vou fazer nada com relação, porque quem já está comigo é meu,
07:51e quem discorda de mim não adianta eu colocar dinheiro e recursos
07:53que não vai votar em mim.
07:54A pergunta é, e aquele que pode ou não?
07:57A pergunta é, Michele, vai convencer aquele que pode ou não votar nela?
08:02O Lula conseguiu por uma margem pequenininha em 2022.
08:07Eu acho que ele é difícil reviver essa coisa da democracia e da defesa.
08:11Mas Michele mostra-se muito competitivo, a gente vai ver os outros cenários,
08:15da família...
08:15Eu acho que o sonho do Lula, na verdade, se fosse disputar com um Bolsonaro,
08:19que não é o Jair, porque eu acho que dificilmente ele concorrerá,
08:22seria com o Eduardo Bolsonaro.
08:23Eu acho que para ele o melhor cenário seria o Eduardo Bolsonaro voltado dos Estados Unidos
08:28e querer ser candidato.
08:29Mas eu não sei se vai acontecer isso ou não.
08:31Murilo.
08:32Quanto a Michele, como eu falei inicialmente, o que poderia pesar contra a inexperiência.
08:37Só que o fato da inexperiência pode ser algo positivo ou pode ser algo negativo.
08:42Pode, depende.
08:42Nós só vamos saber isso na campanha.
08:44Isso.
08:44É verdade.
08:44De repente ela vem e surpreende, é extremamente positivo e é completamente diferente do que
08:48a gente imaginava.
08:49Ou pode ser uma inexperiência que pode também fraquejar.
08:54Isso a gente só vai saber na campanha.
08:56Mas com certeza o fato dessa inexperiência, ao meu ver hoje, joga positivamente.
09:01Isso pode construir uma imagem extremamente positiva.
09:03Você tem uma menor rejeição talvez, né?
09:06Porque aí tem também a questão da rejeição.
09:08Sim.
09:08Ela é muito significativa.
09:10Sendo menos conhecida e não tendo experiência, a rejeição também deve ser bem menor do que