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A Suprema Corte dos Estados Unidos limitou o poder de juízes federais em bloquear o veto à cidadania por nascimento. A China e os Estados Unidos também anunciaram um acordo comercial sobre terras raras, que pode pôr fim a restrições em diversos produtos. O repórter Eliseu Caetano traz os detalhes do assunto. A bancada do Linha de Frente, coordenada por Fernando Capez e com comentários de Ricardo Holz, Thais Cremasco, Guilherme Mendes e Rodolfo Mariz, analisa os desdobramentos dessa situação.

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Transcrição
00:00Olha só, os deputados estão aí criticando, os deputados e senadores, né?
00:04Porque lá no Senado vai muita grana também pra emenda parlamentar.
00:08O ministro Flávio Dino cita desinformação agressiva sobre emendas.
00:12Entenda uma coisa, nosso telespectador.
00:14Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal tá defendendo o patrimônio público,
00:19a transparência no gasto do dinheiro público.
00:22A gente não pode ter uma visão monocular de só atacar
00:26quando tem coisas que devem ser defendidas e coisas que a gente pode discordar.
00:31Thaís Cremasco, como é que esses deputados estão falando que o Supremo tá interferindo?
00:36Nesse caso, não é uma atividade puramente jurídica de controle de gasto público,
00:41de moralidade na administração pública?
00:43Exatamente, controle e papel do Supremo.
00:46E quando ele fala de desinformação sobre as emendas,
00:49não é só desinformação que decorre do orçamento secreto.
00:53Tudo bem, a emenda existe, como o nosso colega falou, há 30 anos, mais, quase 40 anos,
00:59mas o orçamento secreto só existiu agora, no governo Bolsonaro.
01:03Não existia orçamento secreto como uma instituição.
01:08Quem instituiu isso foi o governo Bolsonaro.
01:10Mas o fato, e o que me assusta muito na fala do Ricardo,
01:14é achar que porque não tem moralidade, que porque não funcionou,
01:20isso, essa, a instituição em si é ruim.
01:23E é isso que é desinformação.
01:25É achar que porque alguém fez orçamento secreto,
01:28é achar porque alguém desvirtuou o objetivo,
01:30aquela emenda não serve pra nada.
01:32E eu vou dar um exemplo pior do que o nosso colega aqui deu.
01:37Não é só o político que não sabe administrar.
01:40Um político, por exemplo, de extrema direita,
01:43que entende que o combate à violência doméstica não é uma pauta importante.
01:48Se não tiver emenda parlamentar, que chegue numa ONG que ajude mulheres vítimas de violência,
01:53como que essa ONG vai sobreviver?
01:55Como que as pautas que não são prioridades de um governo específico,
01:59seja ele de esquerda ou direita, serão defendidas se existe um controle do dinheiro
02:04apenas para o chefe do Estado?
02:08Então, as emendas parlamentares é uma forma importante de justiça social,
02:12distribuição de renda e existência de povos que são massacrados no nosso país.
02:17Isso aí, sinal de protesto, a imagem estava mostrando o Congresso Nacional parado.
02:21Estava paralisado os deputados.
02:23Era um sinal de protesto aqui, mostrando o Congresso que não se movimenta.
02:27Agora, é engraçado, Thaís Temasco, falar o governo Bolsonaro.
02:31Isso é um orçamento secreto, é coisa dos deputados, dos senadores,
02:33não é do governo A, governo B, governo C, com todo respeito.
02:37Agora, meu querido Guilherme Mendes, eu estava olhando o orçamento de 2024,
02:42quando estava aquela fase ufanista, né?
02:44Vamos defender os Yanomamis, a Amazônia, a democracia.
02:49Em 2024, eu vi mais de 16 bilhões, quase 17 bilhões de reais para a lei Rouanet.
02:57E essa política aí de incentivos, você não acha que quem veio antes o ovo, a galinha,
03:03não tem que estimular primeiro a produção, a arrecadação tributária,
03:06a retomada da economia por caminhos próprios, não com gasto de dinheiro público,
03:11antes de começar a distribuir benesses?
03:12Como dizia o saudoso Roberto Campos, o socialismo distribui pobreza,
03:19o capitalismo tende a aumentar a riqueza.
03:21Ou será que o grande, permanente e eterno Roberto Campos estava errado?
03:27Nesse caso específico, se ele viesse aqui comentar a lei Rouanet, ele estaria errado.
03:32E o único problema que a lei Rouanet tem é que foram só 16 bilhões, tem que ser o dobro.
03:38Não só porque cultura não tem preço.
03:40Se num país em que você tem gente iletrada, semi-analfabeta, com sérias dificuldades de acesso à cultura,
03:47bom, se tem dificuldade de acesso a assinamento básico, comida, educação e moradia,
03:51que dirá sobrar dinheiro para a cultura.
03:54E a cultura é a essência, é o que difere o ser humano dos outros animais.
03:58Então, gastar em cultura nunca é demais.
04:01Isso, se a gente for analisar do ponto de vista humanista.
04:03Mas vamos analisar do ponto de vista econômico.
04:06Capês, você sabe qual que é o setor que, por real investido, gera mais emprego?
04:12É o setor da cultura.
04:13Porque na cultura não tem maquinário.
04:15Na cultura tem ator, tem maquiador, tem contracena, tem aqui os meninos daqui das câmeras
04:20que poderiam estar trabalhando numa filmagem.
04:22A quantidade de empregos que se gera numa produção cultural, numa produção teatral,
04:26numa produção de rádio difusão, ela não tem comparação nem ao setor de serviços,
04:31e esse pode ser avaliado em serviços, nem ao setor da indústria.
04:35E agropecuária, então, nem se fala, né?
04:37Agropecuária tem um cara lá tocando trator e cultivando e produzindo.
04:41Não estamos aqui criticando o agro, não.
04:43Mas em termos de produção de empregos, geração de renda e distribuição de receitas,
04:48não tem nada como a cultura para gerar emprego.
04:51Não por acaso, agora, nesse mês de maio, o Brasil chegou à sua menor média histórica
04:58de desemprego no país, a 6,2.
05:01Algo que não foi comentado, certamente vocês não vão ver essa notícia em muitos lugares,
05:06mas a gente tem que festejar.
05:08Nunca o desemprego no Brasil foi tão pequeno.
05:11E acho que, em grande parte, se deve aos investimentos na área da cultura,
05:14que, como eu falei, repiso novamente.
05:17É um daqueles que, por real investido, gera mais postos de trabalho.
05:22Pois é, meu querido Ricardo Rouss.
05:25Eu lembro que, em 1932, o então ditador soviético Stalin, Joseph Stalin,
05:34mandou roubar toda a comida que tinha na Ucrânia, trabalhadores.
05:39Roubava, entrava na casa das pessoas, arrancava do fogão, dos mantimentos, comida,
05:44e levava tudo para Moscou.
05:46E pedia para os famintos, os números são 6 a 10 milhões de pessoas que morreram de fome,
05:55comiam cachorros, era uma tragédia enorme.
05:59Mas dizia para as pessoas, assistam Bolshoi e curtam Tchaikovsky.
06:05Será que a cultura, dentre todas as prioridades, está acima da sobrevivência proporcionada pela produção do agro?
06:11Olha, Capês, eu não sei nem por onde começar para poder entender a fala do Guilherme Mendes aqui.
06:18Porque, sim, a gente tem que...
06:20Cultura é importante, como água é importante, educação é importante, tudo é importante.
06:24Agora, 16 bilhões de reais para fazer o calabouca de artista,
06:28que não tem nenhum falando da queimada na Amazônia.
06:31Fizeram musiquinha no passado, lembra?
06:33Agora não tem nenhum.
06:35A maior queimada da história, nenhum.
06:38O nome disso é 16 bilhões de reais.
06:41Basta você ver a quantidade dos grandes eventos patrocinados pela Lei Rouanet
06:46e quanto custa o ingresso de cada um deles.
06:50Porque você, cidadão, paga através dos seus impostos
06:53e depois você paga de novo, caso você queira ver uma peça
06:57daquela artriz famosa, sabe, caríssima,
07:01ou daquele ator famoso, ou aquele filme.
07:03Por que não faz sem o dinheiro da Lei Rouanet?
07:06A Lei Rouanet deve existir, sim, para ajudar os pequenos a produzir.
07:10A gente tem que ter Lei Rouanet, sim, para os pequenos,
07:13para a gente difundir e proliferar a cultura, aumentar o acesso
07:17para os pequenos produtores que não conseguem patrocínios por si só.
07:20Mas aqueles grandes artistas...
07:22E o Rodolfo citou bem aqui a ministra da Cultura,
07:24que cantou, por exemplo, no Carnaval de Salvador.
07:26Eu nem sei se isso é ético, se isso é legal.
07:29A ministra da Cultura recebeu dinheiro da própria pasta da cultura
07:31para cantar no Carnaval de Salvador, que ela já cantaria.
07:34E o cidadão que quisesse andar lá na tal, que não fosse o Pipoca,
07:38ele ia pagar e pagar caro por um abadazinho daquele ali,
07:41que é caríssimo isso.
07:42Então, hoje tem vários eventos patrocinados com a Lei Rouanet,
07:45grandes eventos.
07:47Aqui no Brasil já veio o Circo de Solé patrocinado com a Lei Rouanet.
07:50E eu queria saber como é que isso impacta.
07:52Porque o Circo de Solé vem, ele vai para vários países do mundo.
07:55E aqui no Brasil ele também vem, sem Lei Rouanet.
07:57Aqui no Brasil eles pegam a Lei Rouanet.
07:59É um barato.
07:59Você paga duas vezes para ter acesso a determinadas atividades de cultura
08:04aqui no Brasil, graças a essa lei, que serviu sim para...
08:07E que não é dinheiro público, né?
08:09Não é dinheiro público?
08:10A Lei Rouanet não é...
08:11Não, é dinheiro de empresa.
08:12Opa, opa, de empresa?
08:13E o abatimento fiscal é de quem?
08:15Não é do público?
08:16A empresa destina.
08:18A empresa tem que pagar o imposto de renda,
08:20ela deixa de pagar parte do seu imposto de renda,
08:23ou seja, o dinheiro não entra no caixa público...
08:25E é destinado para a cultura.
08:26Então é público, querida.
08:28Não, não foi...
08:29Substituição tributária.
08:30Eu acho que isso é você usar o argumento...
08:33Não, não é argumento, é um fato.
08:34Não, não é.
08:35O dinheiro não é público, não chegou no cofre público.
08:37Não chegou.
08:38Não, mas deixou de chegar, entendeu?
08:39Sim, e foi destinado a cultura.
08:39Deixou de ir para lugar público...
08:42Sim.
08:42...para então ser usado por iniciativa privada.
08:44Sim.
08:45Substituição tributária, quem está abrindo mão desse dinheiro
08:47é o povo brasileiro.
08:49É a empresa que está destinando...
08:50Imagina!
08:51Dos 17 bilhões, ô Rodolfo...
08:53Claro.
08:54Que era previsto em 2024, acabaram usufruindo apenas três, o que mostra também uma falta
09:00de planejamento tributário adequado.
09:03Mas teve um show de um cantor famoso aí, pago pelos Correios, a empresa brasileira de
09:09Correios, que está quebrada.
09:11Então, é aquele negócio, é a balbúrdia administrativa, né?
09:17Uma organização nos gastos.
09:19Acho que o principal problema, ô Rodolfo, que consegue ser pior do que a corrupção, ainda
09:26pior, é a descontinuidade administrativa e a falta de planejamento do nosso país, que
09:33não consegue crescer e se desenvolver.
09:36Nós levamos dez anos para fazer o óbvio no décimo primeiro ano, e ainda assim fazemos
09:40errado.
09:40Exatamente, Capês.
09:42E eu estou montando aqui o meu quebra-cabeça para tentar entender o que o Guilherme Mendes
09:46disse, que no fundo tem uma certa razão se talvez ele pensasse melhor na educação.
09:53Eu vou sintetizar aqui.
09:55Em 2024, o governo, o nosso governo bloqueou da lei do orçamento aqui para a educação
10:04dois bilhões de reais.
10:06E nós temos a lei Rouanet para esse ano aqui no valor de três bilhões de reais.
10:11A cultura, como disse o Guilherme Mendes, não se faz de pessoas iletradas, não se faz
10:17de pessoas que não sabem ler, não se faz de pessoas que não vão numa escola de música.
10:21Ou seja, alfabetizar essas pessoas e prepará-los para ser um artista, seja lá qual futuro
10:28a Deus quer para essas pessoas, precisa de escola, precisa de ensino.
10:33E nós não estamos falando do ensino superior da faculdade, nós estamos falando da base.
10:39Primeira, segunda, terceira, quarta, quinta, sexta, sétima, oitava série.
10:42Primeiro, segundo, terceiro, colegial.
10:44As pessoas saem analfabetas funcionais hoje das escolas, porque em 2006 foi instituído
10:49pelo governo do PT que as crianças não poderiam repetir mais de ano, causando um verdadeiro
10:55alarde para a população de hoje.
10:58Desses oito milhões de desempregados que nós temos aqui, quase oito milhões desempregados
11:02aqui, 50% não conseguem preencher uma ficha de trabalho.
11:05E nós estamos falando da lei Rouanet, nós estamos falando da lei Rouanet, que o artista
11:09é importante, a cultura é importante.
11:11Claro que sim, é muito importante, mas é mais importante ainda cuidar da educação
11:16dessas pessoas que assistem muitas dessas peças teatrais enviesado.
11:21Olha só, a minha filha mais velha, no ano passado, quis fazer USP, ela fez dois meses,
11:26no terceiro mês a faculdade entrou em recesso por conta da greve.
11:32E na greve, por que greve?
11:34Se somos nós que pagamos para esses alunos estudarem.
11:37Caso você não saiba que estamos assistindo em casa, nós, eu, você,
11:40toda a nossa audiência, somos nós que pagamos para esses futuros médicos, futuros advogados,
11:46futuros arquitetos, somos nós.
11:48E eles estavam lá fazendo greve com dinheiro público, tendo em caixa.
11:52É um absurdo.
11:53Então, antes de falar e querer clamar aqui sobre a lei Rouanet e sobre os artistas,
11:57vamos fundamentar as coisas para ficar equalizado aqui, para todo mundo entrar em equidade
12:02nesse debate e lembrar que a educação deve ser uma prioridade.
12:06Gastar ali com um monte de coisa e bloquear dois bilhões da educação é um tapa na nossa cara.
12:12Agora, o Guilherme Mendes, o ministro Flávio Dino está tentando mediar um diálogo com o Congresso Nacional
12:21para tentar estabelecer o entendimento.
12:23O presidente do Senado, o Davi Ocolumbre, o presidente da Câmara dos Deputados,
12:28o Hugo Mota, não compareceram.
12:30Ali, acho que o diálogo seria esse.
12:33Vocês querem manter as emendas?
12:34Eu preciso ter esses requisitos para as entidades que vão receber emenda parlamentar.
12:41Tem que saber quem é o deputado que encaminhou e qual é a destinação específica que foi.
12:46Por que é tão difícil comparecer até lá e por que ficam dizendo aqui que o Supremo está querendo se meter?
12:53No caso do IOF, eu acho que está se metendo.
12:56E aqui não.
12:57Por que eles estão distorcendo?
12:59Ninguém será que consegue ter uma razoabilidade na abordagem dos temas?
13:04Capê, estão distorcendo porque há má intenção.
13:07É fato que quanto menos regra tiver, quanto menos transparência tiver,
13:12mais fácil vai ser a criação dos esquemas, não é?
13:15E, consequentemente, nos desvios.
13:18Então, o desinteresse do parlamento em tratar da matéria, em legislá-la, em discipliná-la,
13:24vem justamente porque quanto mais terra de ninguém for essa seara, melhor para os próprios parlamentares.
13:30Então, exatamente por isso que o Supremo Tribunal Federal tem que entrar e intervir.
13:35E aí eu vou aqui fazer um elogio.
13:37Bom, você sabe da minha postura, eu sou daqueles que defendem o Supremo Tribunal Federal
13:41e acho que a democracia brasileira se deve 99% ao Supremo e sou daqueles que sou muito avesso a críticas
13:51porque acho que, eventualmente, pode haver um outro excesso,
13:54mas as pessoas não observam os excessos que aconteceram no legislativo e no executivo.
13:59E aí cabe ao judiciário fazer essa mediação.
14:02Mas eu vou elogiar aqui esse tipo de inovação que foi, por alguns, muito criticada,
14:06que são as audiências públicas.
14:09Muitos dizem que os juízes, e principalmente os juízes da Suprema Corte,
14:13não tem que vir a público, não tem que debater, não tem que dialogar com a sociedade,
14:17não tem que fazer coletiva de imprensa, não tem que fazer audiência pública.
14:20Eu sou daqueles que defendem exatamente o contrário.
14:23Por quê?
14:24O sentimento de justiça vem em parte da aceitação daquele que recebe uma ordem.
14:29Se você aceita, entende a ordem que você está sendo submetido,
14:34a chance de você não se sentir injustiçado aumenta muito.
14:39O que o Supremo Tribunal Federal faz é isso.
14:41Olha, sociedade, eu tive uma decisão, eu bloqueei emendas,
14:44porque, sem dúvida, isso vai chegar lá na cidade.
14:46Você acha que aquele prefeito da cidade pequena,
14:49aquele líder comunitário que estava esperando o orçamento para a sua ONG
14:53e o dinheiro não chega,
14:55a prefeitura que está esperando aquela verba para uma determinada obra
14:58e aí o dinheiro não chega, você acha que o político vai falar o quê?
15:01Olha, não chegou, não foi por minha causa, não chegou foi porque o Supremo não deixou,
15:05o Supremo barrou, eu já tinha destinado e o judiciário não deixou chegar.
15:09Então é importante esse tipo de comunicação.
15:12Haja vista que nós estamos aqui comentando uma audiência pública,
15:15algo que é extremamente inovador e o Supremo tem feito várias delas
15:19no sentido de cada vez mais esclarecer a sociedade,
15:24as suas razões, as suas motivações e, sobretudo, a importância da sua atuação.
15:29É uma pena que o presidente Alcolumbre e o presidente Mota não tenham comparecido.
15:35Acho que seria uma demonstração de consideração enorme,
15:38não só para com o Supremo Tribunal Federal, mas, sobretudo, com os brasileiros.
15:42Lembrando que o dinheiro que eles administram não é nem do Supremo, nem do Congresso.
15:46O dinheiro é nosso.
15:48Então, nós, como cidadãos, acho que gostaríamos, eu com certeza,
15:53de ver os presidentes das casas sentados à mesa e discutindo republicanamente,
15:58em público, qual a melhor solução para esse impasse das emendas.
16:02Acabar é a solução? No meu entender, não.
16:05Mas dar transparência, dar lisura e, sobretudo, informação,
16:11eu acho que é um caminho que é inexorável.
16:13E, nesse sentido, o ministro Flávio Dino está de parabéns.
16:17Ele fez o que a ele cabia.
16:19Veio a público, decidiu e esclareceu a população.
16:22Agora, o Ricardo Rousso, só para estabelecer um contraditório,
16:25aqui que está todo mundo bonitinho,
16:27até o Rodolfo Mário fazendo positivinho para o Guilherme Mendes.
16:29O Guilherme Mendes foi perfeito na colocação dele.
16:31O Guilherme Mendes foi perfeito na colocação dele.
16:34Então, eu vou aqui, vou trazer um pouco a palavra do Senado Federal,
16:38também, para o Ricardo Rousso comentar.
16:40Senão, fica esse negocinho, um passando paninho para o outro,
16:42fica todo amiguinho aqui.
16:43Depois, eu vou tomar um café.
16:44Então, olha, a advogada-geral do Senado,
16:47a Gabriela Tatite Pereira,
16:49ela, o Ricardo Rousso, defendeu a constitucionalidade
16:54das emendas parlamentares,
16:56que, segundo ela, são cláusula pétrea, né?
16:58Aquela regra que não pode ser suprimida pela Constituição,
17:02porque ela desrespeita a separação de poderes.
17:04Não sei se desrespeita a separação de poderes,
17:06mas é a posição dela.
17:07E ela citou o seguinte, ó, abre aspas.
17:09Olha, é preciso considerar também que houve,
17:14desde a Constituição de 88,
17:16muitas reformas constitucionais.
17:18E elas acabaram alterando a relação entre os poderes.
17:21Está dizendo que cresceu demais o judiciário,
17:24sufocando o legislativo.
17:25E contribuíram para o momento que estamos hoje,
17:28em que o Parlamento Brasileiro tem aprimorado
17:31a sua participação na alocação de recursos públicos.
17:34Ela disse que o próprio poder judiciário
17:36acaba interferindo no processo orçamentário.
17:40Não é só o legislativo por meio das emendas.
17:42O judiciário também interfere
17:43quando ele exclui parte das suas receitas
17:46dos limites do arcabouço fiscal.
17:49Quer dizer, as despesas do judiciário e as receitas
17:53não entram no cúmputo do aumento de gastos,
17:57só pode ser 2,5% acima da inflação.
17:59Também está errado.
18:00Olha, por exemplo,
18:01quando o Supremo suspende a eficácia de leis
18:03de desoneração e autoriza a abertura
18:07de crédito extraordinário,
18:08ele se coloca, muitas vezes,
18:10como uma espécie de poder moderador
18:12do entrave político,
18:13ou mesmo uma espécie de gestor
18:15ou influenciador na execução de políticas públicas.
18:18O Senado está colocando aqui uma questão.
18:20Aí talvez tenha...
18:21Não sei se foi isso que motivou,
18:23mas a advogada foi bastante contundente
18:27nos seus argumentos ao dizer o seguinte.
18:29Bom, as emendas são uma questão
18:32do Poder Legislativo.
18:35E o Poder Judiciário está começando
18:38a se arvorar muito em vários outros temas.
18:40Como é que a gente consegue equilibrar isso?
18:42Ela não teria que defender as emendas
18:44e condenar o orçamento secreto,
18:47condenar as emendas de PIX,
18:49condenar as emendas de comissão,
18:51defender as emendas com transparência.
18:53Ela não ficaria fortalecida se ela assim o fizesse?
18:55Ela falou algumas verdades,
18:57mas eu acho que o foco dela enfraquece
18:59quando ela generaliza a defesa das emendas
19:02para aquelas que não têm transparência.
19:04Exatamente, Capês.
19:05É uma guerra institucional entre os poderes.
19:07Cada um quer corrigir o país mudando o outro, pai.
19:12O que ela falou é exatamente isso.
19:13Tem um problema, as emendas aqui estão tudo certo,
19:15é constitucional.
19:17Vale lembrar que as emendas individuais
19:19são constitucionais.
19:21Agora a gente já tem um monte de outras emendas aí.
19:23Tudo quanto é canto tem emenda.
19:24E eu, particularmente, apesar de ser contra as emendas,
19:26acho que o meio do caminho seria a gente voltar
19:29só com as emendas individuais.
19:31Um número pequeno, individualmente.
19:33A gente tem emenda de bancada, tem emenda PIX,
19:35tem emenda de comissão, tem emenda não sei de onde.
19:37E aí se perdeu o controle da transparência,
19:40que é um princípio da administração pública.
19:43Nós estamos lidando com o seu dinheiro,
19:45com o dinheiro do contribuinte brasileiro.
19:47Então tem que ter toda a transparência.
19:48E aí veio o judiciário colocando o dedo ali
19:51de forma correta nesse aspecto.
19:52Mas a moça do Senado nesse aspecto aqui,
19:54advogada do Senado,
19:55mostrou que também o judiciário,
19:57quando é para mexer no dele, ele não mexe.
19:59O legislativo está incomodado agora
20:01porque está mexendo nas emendas parlamentares.
20:03Está mexendo direto no que diz respeito aos parlamentares.
20:06E a mesma coisa é quando acontece lá no Executivo.
20:08Você viu que a Câmara e o Senado
20:11barrarem o aumento do IOF.
20:12Era uma política pública
20:13que o Executivo entendia ser importante.
20:16No meu ponto de vista equivocado,
20:17mas era uma política pública
20:18que o Executivo entendia ser importante
20:20para ajuste das contas públicas aqui.
20:23Então é um querendo regular o Brasil,
20:24olhando outro poder, nunca o seu.
20:26Ninguém mexe no seu.
20:27Os parlamentares,
20:28os mesmos que barraram o aumento do IOF,
20:31aumentaram o número de parlamentares.
20:33Então eles não estão preocupados
20:33com o aumento de gasto lá dentro.
20:35Ninguém abriu mão de emenda parlamentar.
20:37Então dentro do Legislativo,
20:39eles querem continuar gastando deles,
20:40mas vamos colocar o pito no outro lá.
20:42O judiciário é a mesma coisa,
20:43como foi muito bem colocado aqui
20:45nas palavras do Capês.
20:45O judiciário está cuidando do seu aumento.
20:47Agora até segurança vitalício
20:50para quando o ministro deixar de ser ministro.
20:52vitalício para o resto da vida.
20:53Agora também vai ter com o seu dinheiro,
20:55mas na hora de colocar o dedo
20:57é no poder do lado.
20:58Então para mim é uma crise institucional
21:01entre os três poderes aqui.
21:03No fim do dia quem paga a conta
21:04somos todos nós,
21:05você e nós aqui que pagamos
21:07contribuinte brasileiro,
21:08e essa conta só cresce,
21:10porque os três poderes
21:11só querem saber de aumentar gasto público.
21:14Então, Rodolfo Maris,
21:15o Legislativo não fica mais exposto?
21:17Todo é a genie,
21:19aposentando aquela música do Chico Buarque, né?
21:22Todo mundo ataca o Legislativo.
21:24Todo deputado, senador,
21:27começa a apanhar,
21:29e ninguém olha também os gastos dos outros poderes.
21:32É um poder que fica mais exposto,
21:34talvez seja o mais democrático de todos os poderes,
21:37o poder legislativo,
21:39independentemente dessa bandalheira aí
21:42que é essas emendas secretas.
21:44Os deputados, senador,
21:45são sempre mais expostos à execração pública?
21:49Com certeza, com certeza, Capês.
21:51Se você perguntar para cinco pessoas aqui,
21:54para quem ele votou no Senado,
21:56ele não vai saber,
21:56mas para quem ele votou para deputado federal,
21:58ele vai saber sim.
22:00E é a nossa primeira barreira, né?
22:02Se nós queremos chegar em algum acordo no futuro
22:05com o Executivo,
22:06ou tentar colocar qualquer coisa no país,
22:08seja a favor do público, do povo,
22:10nós temos os parlamentares como a primeira barreira.
22:12É para eles, são eles a quem nós recorremos aqui.
22:16Por isso, é de suma importância
22:18que eles entendam um pouco
22:20de tudo o que eles estão fazendo ali.
22:22E aí eu chamo mais uma vez a atenção ao voto,
22:24porque é muito importante,
22:26é muito importante.
22:27Quem está decidindo isso agora,
22:29eu vou fazer melhor.
22:30Eu lembro quando eu te recebi o Ricardo Rous,
22:32pela primeira vez no meu podcast,
22:34no podcast sem filtro,
22:35sem fazer comercial aqui,
22:36mas é um excelente podcast.
22:38Eu recebi o Ricardo Rous pela primeira vez no podcast,
22:40e ele disse o seguinte,
22:41isso não saiu da minha cabeça.
22:43Ele falou,
22:44quem manda no país é o parlamento, Rodolfo.
22:46Quem manda no país, de fato,
22:48de fato,
22:49são ali os deputados,
22:51os 513.
22:52Agora é 531, né?
22:53São os 513.
22:54Será que são 513 ou são 11?
22:58Naquela ocasião ainda,
22:59naquela ocasião ainda,
23:01eram os 513.
23:02E eu fiquei refletindo sobre isso,
23:04qual a importância de a gente colocar essas pessoas lá,
23:07porque de fato elas estão ali para não servir,
23:08e servir o interesse público.
23:11Mesmo que a gente tenha um viés de esquerda
23:13ou tenha viés de direita,
23:14no resultado final,
23:15tem que comunar ficando bom para os dois lados.
23:17E essa é a importância do diálogo.
23:19E nós não estamos vendo isso.
23:21Uma vez que essas emendas não são transparentes,
23:24e como o Ricardo Rous disse aqui,
23:25eu acho que é unânime o que a gente está falando aqui,
23:28é emenda PIX,
23:28é emenda não sei o que lá,
23:29é emenda que vai para destinos
23:31que nós não sabemos para onde vai,
23:33vai muito além de bancar um show,
23:35olha só,
23:35o Flávio Dino vem buscar transparência,
23:38deveria ter sido assim desde o início,
23:40porque se eles são colocados lá
23:41para nos representar,
23:43o mínimo que eles têm que fazer
23:44é dar transparência,
23:46principalmente sobre a conta pública.
23:48Agora,
23:49meu querido Ricardo Rous,
23:50começando com você,
23:51depois Gleir Mendes,
23:52Thaís Cremasco,
23:52voltando para o Rodolfo,
23:54vamos mudar um pouco a abordagem,
23:56o enfoque.
23:58Independentemente do mérito dessa questão,
24:00você não sente um crescimento desproporcional
24:06da tensão entre os poderes?
24:10O deputado Sostenes Cavalcante
24:13já se recusou a prestar informações requisitadas
24:18pelo ministro Flávio Dino
24:19acerca de uma fala dele
24:20sobre a questão de emendas.
24:23Depois,
24:25nós tivemos a deputada
24:28que foi presidente
24:28da Comissão de Constituição e Justiça,
24:31hoje ela é líder da minoria,
24:33a Caroline Detone,
24:35dizendo que
24:36estão estudando uma PEC
24:38para suspender decisões
24:39do Supremo Tribunal Federal
24:41que invadam a competência
24:42do Congresso Nacional.
24:46O Davi Alcolumbre,
24:48o Hugo Mota,
24:49que são moderados,
24:50querem manter um bom relacionamento,
24:51devem ter sido pressionados
24:53para não comparecer à audiência,
24:54como quem disse.
24:55Nem vou discutir,
24:56esse é um assunto específico nosso,
24:59do Legislativo.
25:00A questão agora do IOF,
25:02que o Supremo pode vir a invalidar
25:03uma decisão tomada pela ampla maioria
25:05do Congresso Nacional.
25:07Como você vê
25:08esse aumento de tensão
25:11entre o Legislativo
25:12e o Judiciário
25:14e entre o Legislativo
25:16e o atual governo?
25:18Olha, Capês,
25:18eu concordo com você,
25:19há um aumento cada vez maior
25:22entre os três poderes,
25:25Legislativo e Judiciário,
25:27o tempo inteiro,
25:28quando o Judiciário,
25:29na minha opinião,
25:30também tem comportamentos
25:31de querer legislar,
25:33de querer mudar a legislação,
25:34sem dar a devida prerrogativa
25:36ao poder legislativo da Casa,
25:38onde é,
25:39essa questão das redes sociais,
25:41mais recentemente,
25:42é prerrogativa da Casa Legislativa,
25:45o Supremo tomou decisão,
25:46lá atrás sobre a questão
25:47do porte de maconha também,
25:49é prerrogativa do Legislativo,
25:50o Supremo foi lá e fez,
25:51cria esse tensionamento,
25:52o Legislativo também,
25:53nós temos uma qualidade
25:54do político brasileiro,
25:56em sua maioria,
25:57não são todos,
25:58não quero generalizar,
25:59mas a maioria é muito ruim,
26:00por isso que há
26:01esse desvirtuamento
26:04do uso, por exemplo,
26:05das emendas parlamentares,
26:06do papel do próprio parlamentar,
26:07o que faz essa vacância
26:09ou essa distorção de poder,
26:11que o Judiciário vá lá
26:12e atue,
26:12e o relacionamento
26:14entre Legislativo e Executivo,
26:16que hoje,
26:17na Casa dos 60 Bilhões
26:18de Emendas Parlamentares,
26:19e você,
26:20telespectador da PAN,
26:21acompanha isso direto
26:22nas redes,
26:22aqui na Jovem Pan,
26:23constantemente,
26:24em vários programas
26:25aqui da Casa,
26:26mostrando que,
26:27olha,
26:27o governo Lula
26:27reservou tantos bilhões
26:28antes de tais votações,
26:30se não tem liberação
26:31de emenda
26:32antes de votações importantes,
26:34não passa,
26:35não aprova,
26:35virou uma barganha imensa,
26:37parece que o Legislativo
26:38não faz mais o seu trabalho,
26:40o trabalho para o qual
26:40cada parlamentar recebe
26:41um belíssimo salário
26:42por sem a barganha
26:45com a liberação
26:45das emendas
26:46e de cargos
26:47no Poder Executivo,
26:47é um jogo muito pesado,
26:49muito profundo,
26:51que prejudica
26:52todos nós brasileiros.
26:53No fim do dia,
26:54independente de ser
26:55pessoas moderadas,
26:57pessoas inteligentes,
26:57de direita,
26:58de esquerda,
26:58todos nós queremos
26:59uma melhor qualidade de vida
27:00para o povo brasileiro,
27:01nós queremos um Estado brasileiro
27:02melhor,
27:03que funcione melhor,
27:04onde tem mais justiça social,
27:06onde as pessoas
27:06possam ter emprego,
27:07onde as coisas funcionem,
27:08é isso que nós queremos,
27:09cada um com uma linha
27:10de direção,
27:11mas não é isso que a gente vê
27:13principalmente,
27:14para mim,
27:14no principal poder,
27:15que é o Parlamento
27:16e a Casa do Povo,
27:17onde se criam as leis,
27:18onde deveria se fiscalizar as leis.
27:19Então, há sim
27:20uma tensão imensa
27:21entre os três poderes
27:22e que vem causando
27:23cada vez mais
27:24inflamação,
27:26não sabemos
27:26onde isso pode parar.
27:28Duas perguntas,
27:29Dair Mendes,
27:29existe mesmo
27:30confronto entre poderes?
27:32Número dois,
27:33a culpa é só do Legislativo?
27:35É claro,
27:36existe sim um confronto
27:37e pelo contrário,
27:38a culpa não é do Legislativo,
27:39eu acho que a grande culpa
27:41por esse estado de tensão
27:42se deve ao Executivo,
27:44sobretudo ao Executivo
27:45do governo passado,
27:47que foi quem testou
27:48no limite
27:48o fortalecimento
27:51das instituições democráticas.
27:53E aí,
27:54é óbvio,
27:54na medida em que você
27:55requer a intervenção
27:57de um poder
27:58contra o outro,
27:59isso gera
27:59um acirramento,
28:01que agora,
28:02me parece,
28:02tende a estar
28:04mais tranquilo,
28:05até porque
28:06grande parte
28:07desse estado
28:08de ânimo
28:09se deve
28:09à característica
28:10dos seus líderes.
28:11O presidente
28:12Motto,
28:12o presidente
28:13Alcolumbre
28:14e, de outro lado,
28:14o presidente Barroso,
28:16tem um espírito
28:16menos belicoso,
28:17então me parece
28:18que há, sim,
28:19uma tendência
28:20de arrefecimento
28:22dessas tensões,
28:24desse calor
28:25existente
28:26entre os governos
28:27e entre os poderes.
28:28E, da mesma maneira,
28:29o líder do governo,
28:30então,
28:30o presidente Lula
28:31não tem nem o que falar,
28:32se tem alguém
28:33que gosta
28:34de conversar
28:35e compor
28:35diferentemente
28:36do nosso presidente
28:37anterior
28:38que tinha
28:38como parte,
28:40aí não vai
28:40nenhuma crítica
28:41em relação
28:42à sua estratégia
28:43política.
28:43Nós temos lá
28:44no governo americano
28:45um governante
28:46que colhe resultados,
28:47mas que tem
28:48uma política
28:48de confronto,
28:49de tensionamento,
28:50de teste,
28:51é um estilo,
28:52parte do eleitorado
28:54aprova e apoia.
28:56Há outros políticos
28:57que têm
28:57outro estilo
28:58de governar.
29:00A gente viu aqui
29:00na semana passada
29:01o exemplo do Macron,
29:02que é muito mais
29:03diplomático,
29:04muito mais
29:04por manifestações
29:05oficiais,
29:06notas.
29:07O Trump,
29:07não.
29:08Ele atua
29:08falando mal
29:09da imprensa,
29:10mal do judiciário.
29:11É um estilo
29:12e não dá
29:13para falar
29:13que ele está errado.
29:14Ele consegue
29:14resultados, né?
29:15Já começa a falar
29:16do Trump,
29:16precisa cortar,
29:17senão ele vai embora.
29:18Agora,
29:19o Guilherme,
29:19só para uma observação,
29:20você falou que foi
29:21culpa do Bolsonaro.
29:22Culpa do Bolsonaro.
29:23Culpa não.
29:24Então, você,
29:25a desaprovação
29:26de 57%
29:27do presidente Lula
29:27também é culpa
29:28do Bolsonaro?
29:29Essa é o igual.
29:30Você viu que na última
29:30pesquisa,
29:31a população brasileira,
29:3363%...
29:34Não é culpa do Bolsonaro
29:35a desaprovação do Lula?
29:36Não, é claro que não.
29:37Desaprovação...
29:37Tudo é culpa do Bolsonaro?
29:39Desaprovação é algo
29:39pessoal.
29:40O Bolsonaro é responsável
29:41pela baixa aprovação dele
29:43e o Lula é responsável
29:44pela baixa aprovação dele.
29:46Aliás, os dois poderiam
29:47se abraçar
29:48e acabar com essa polarização
29:50que está acabando
29:50com o Brasil.
29:51Olha que...
29:52Está romântico agora
29:53o Guilherme Mendes.
29:54Está vendo?
29:54Está aí, Esquemasco.
29:56Bom, não,
29:57eu concordo muito
29:58com o que ele fala
30:00em relação
30:00a culpar o Executivo,
30:02porque, na verdade,
30:03quem atacou
30:05o Estado Democrático,
30:06a democracia do nosso país,
30:08o Estado Democrático de Direito,
30:09foi o Executivo.
30:10Então,
30:11se a briga tiver um
30:12que escolheu um culpado,
30:13também escolheria,
30:14sem dúvida,
30:15o Executivo.
30:16E eu queria trazer
30:16um elemento
30:17para a nossa discussão,
30:18que é a questão
30:19dos cargos serem vitalícios
30:21no Poder Judiciário.
30:23Eu acho que isso é importante,
30:24porque se tiver,
30:26dentro dos três poderes,
30:27se a gente for pensar
30:28quem vai garantir
30:29a impessoalidade,
30:31quem vai garantir
30:32toda a moralidade,
30:34o melhor poder
30:37para garantir isso
30:38são as pessoas
30:39que têm cargos vitalícios,
30:40porque eles vão seguir
30:41no poder,
30:42eles não precisam agradar
30:43através das suas decisões.
30:44Então,
30:45não estou puxando
30:46sardinha para o Poder Judiciário,
30:47mas, na verdade,
30:49entendo que a culpa
30:50da briga e da disfunção
30:52começa com os ataques
30:53do Executivo
30:54aos poderes
30:55e dou muita força
30:57no Poder Judiciário
30:58de acreditar
30:58que é através dele
31:00que a gente vai
31:00restabelecer
31:01a democracia
31:02do nosso país.
31:03muito bem.
31:04Muito bem.

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