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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, respondeu às críticas dirigidas à Corte em relação às emendas parlamentares. Durante a audiência realizada nesta sexta-feira (27), Dino destacou que a discussão sobre o tema não se restringe a interesses individuais ou partidários. A bancada do Linha de Frente, sob a coordenação de Fernando Capez e com os comentários de Ricardo Holz, Thais Cremasco, Guilherme Mendes e Rodolfo Mariz, analisa os desdobramentos do caso.

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Transcrição
00:00O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino,
00:04o Thaís,
00:05rebateu as críticas que a Corte recebeu
00:09sobre as emendas parlamentares.
00:11Desculpa, a crítica o quê aí?
00:14Durante a audiência nesta sexta-feira,
00:17o ministro afirmou que o debate sobre o tema
00:19não é individual ou de um único partido.
00:22Thaís, vamos ouvir o ministro?
00:24Vamos lá.
00:26O tema das emendas impositivas, em particular,
00:28perpassa o governo da presidenta Dilma Rousseff,
00:32o governo do presidente Temer,
00:33o governo do presidente Bolsonaro
00:35e o governo do presidente Lula
00:37e perpassará também o próximo presidente da República,
00:40seja ele quem for.
00:42E, portanto, o esclarecimento primeiro que faço
00:46é que nós não estamos tratando de um tema de interesse de um governo.
00:51Naturalmente, há interesses dos governos,
00:54os pretéritos e os futuros que virão,
00:56regidos por esta Constituição.
01:00Olha, o ministro Flávio Dino ainda ressaltou
01:03que as decisões tomadas até o momento
01:07sobre as emendas parlamentares
01:09foram do plenário,
01:13do plenário do Supremo Tribunal Federal,
01:15como um todo, não dele individualmente.
01:17E citou que há uma desinformação agressiva
01:21a respeito disso.
01:23Ô, Thaís, a gente tem um outro trecho aí,
01:25vamos acompanhar.
01:27Há decisões até aqui tomadas,
01:30nessas ações e também na DPF 854,
01:33não foram decisões monocráticas,
01:36porque, às vezes, há essa desinformação,
01:38eu diria até uma desinformação agressiva,
01:41no sentido de que se cuida de uma vontade individual.
01:45Todas as decisões que nós estamos aqui tratando
01:49foram do plenário do Supremo Tribunal Federal.
01:53É importante lembrar isso,
01:54porque nós estamos tratando de um tema
01:57que foi confirmado inicialmente
02:01sobre a relatoria da ministra Rosa Weber
02:03e depois sobre a minha própria relatoria
02:05e, no caso das decisões que eu proferi
02:08sobre plano de trabalho, prestação de contas,
02:10transparência, etc.,
02:12houve o referendo pelos 11 ministros
02:15do Supremo Tribunal Federal.
02:16Provavelmente a presença...
02:18A presença dos presidentes do Senado,
02:23Davi Alcolumbre,
02:25e da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
02:28era aguardada na corte.
02:31Mas os líderes,
02:33olha, prudentemente,
02:34que apareceu em enfrentamento,
02:36não compareceram à audiência.
02:39Taís Cremasco.
02:42Tinha um jogador de futebol,
02:43ele está vivo até hoje,
02:44que eu gostava muito,
02:45Dadá Maravilha,
02:47com que ele era autor de uma frase célebre.
02:51Uma coisa é uma coisa,
02:53outra coisa é outra coisa.
02:55Olha, desculpa,
02:5750 bilhões de reais,
02:59agora aumentaram o orçamento,
03:01são 63, quase 63 bilhões de reais,
03:05o Taís,
03:06de emenda parlamentar.
03:07E você quer enviar uma emenda parlamentar
03:10sem que haja uma destinação específica?
03:13Cai na conta da prefeitura
03:15e ninguém sabe para onde vai?
03:17Isso é certo, Taís?
03:18Ele quer mandar uma emenda parlamentar de comissão
03:21para não saber quem é o deputado que mandou?
03:23Porque a empreiteira não vai saber
03:24se é dele ou não é.
03:26Querem mandar emenda parlamentar
03:27para a ONG que não tem nenhuma transparência?
03:31Acharam seis milhões de reais em dinheiro
03:33com o deputado?
03:34Tal de doido?
03:35Eu pergunto,
03:36os deputados têm que ter um pouco de noção,
03:38você não acha?
03:39Vai questionar o Supremo nisso?
03:40O Supremo está certo nisso?
03:42Ou será que eu estou sendo muito amargo?
03:45Que bom que você está defendendo a atitude do Supremo,
03:47acertadíssima.
03:48Está colocando um holofote
03:49numa questão política
03:51que o Brasil precisa entender o que está acontecendo.
03:53transparência dos atos públicos,
03:56transparência do dinheiro que acontece,
03:59isso é um direito de todo cidadão.
04:01Então, essa questão do controle,
04:03da transparência que vem através dessa atitude do Supremo
04:06é fundamental para que a gente saiba,
04:09as emendas parlamentares são erradas,
04:12é ruim?
04:12Não.
04:12Está na Constituição, tem que existir,
04:15ajuda o dinheiro a chegar
04:16para aqueles grupos minoritários apagados,
04:19historicamente violentados,
04:22mas, por outro lado,
04:24precisa ter transparência.
04:26O orçamento secreto
04:27que políticos no passado fizeram
04:29para desviar para cantores sertanejos
04:32milhões e milhões de reais,
04:34agora a gente precisa ver
04:35para onde foi esse dinheiro
04:36e, a partir de agora,
04:38essa transparência tem que ser a regra,
04:41porque o povo brasileiro não aguenta mais
04:43passar fome,
04:44ver o filho passar fome na merenda escolar
04:46e depois vir o cantor sertanejo
04:48fazer show para meia dúzia de pessoas.
04:50Então, por favor,
04:52que o STF continue com a seriedade
04:54e cumprindo o papel que tem,
04:56que é garantir que a Constituição
04:58seja cumprida.
05:00Ô, Ricardo Rous,
05:01em tese,
05:03teoricamente,
05:04eu concordo aí com tudo que falou
05:06a Thaís Cremasco,
05:08mas, na prática, não é assim.
05:10O sistema existe,
05:12ele está deturpado,
05:13por mais que você queira aperfeiçoar,
05:16que é bom que ele manda uma emendinha
05:17para asfaltar uma rua,
05:19manda para aquela entidade assistencial,
05:21manda ela para fazer a entrada do hospital,
05:23manda uma ambulância.
05:25Por mais que seja essa a finalidade,
05:27ela foi deturpada a tal ponto
05:28que eu não sei a sua opinião,
05:30mas não é melhor cortar o mal pela raiz?
05:32Não vai gastar 62 milhões, não,
05:34porque o governo está com déficit fiscal.
05:37E o governo, então,
05:38que torra dinheiro público como um desesperado,
05:42pelo menos não vai torrar com 62 milhões.
05:44Isso é uma questão de prioridade.
05:46Não é mais prático assim?
05:47Ou será que é melhor manter a teoria
05:50do que a prática?
05:51Não, não está funcionando, Capês.
05:52As emendas parlamentares hoje no Brasil
05:54são um câncer na nossa democracia.
05:57Isso é um atentado contra a democracia.
05:59É fato que consta.
06:01É legal.
06:01Não estamos falando de ilegalidade.
06:03É legal, mas não é moral.
06:05Coloque uma lupa
06:06sobre as emendas parlamentares
06:08que vocês verão.
06:09E o Supremo está fazendo isso
06:10de forma acertada,
06:12neste caso.
06:14Coloque uma lupa
06:14nas emendas parlamentares
06:15que verão o tamanho do problema.
06:18A gigantesca maioria
06:20das emendas parlamentares
06:21são usadas de forma deturpada.
06:23Não tem transparência.
06:25E ainda quando tem transparência,
06:26se você pôr uma lupa,
06:27tem jeitinho.
06:28A ONG é de conhecida,
06:29é de amigo,
06:30é de parente,
06:31é de assessor político.
06:33Aquela não funciona
06:34o sistema das emendas parlamentares
06:37no Brasil.
06:37Esse papo
06:38de que é para fazer
06:39chegar lá
06:40nas classes desfavorecidas
06:41não é conversa.
06:42Vai investigar
06:42aquela ONG lá
06:43que está chegando
06:44que na maioria dos casos,
06:45não vou generalizar,
06:47estou dizendo que
06:47na maioria dos casos
06:49tem coisa errada,
06:51sim,
06:52é utilizado
06:53por políticos ruins
06:54despreparados
06:55para atos
06:56de desvio
06:57de dinheiro público.
06:58E o Supremo Tribunal Federal
07:00está colocando o dedo
07:01nesta ferida
07:02de forma acertada.
07:04É um problema grave,
07:05o Supremo está detectando isso
07:07e está identificando,
07:08está dando transparência
07:09ao bando de ilegalidade.
07:11Hoje, inclusive,
07:12nós tivemos aí
07:13prisões de prefeitos,
07:15um monte de coisa acontecendo
07:16por causa de quê?
07:17Por causa das emendas parlamentares
07:19desviadas
07:20do seu propósito.
07:21Se o Poder Legislativo
07:23fizer aquilo
07:24para o qual o povo
07:25paga ele para fazer,
07:26que é fiscalizar,
07:28o porquê não tem dinheiro
07:30para aquela ambulância
07:31naquela cidade pequena,
07:32o porquê que não está chegando
07:33dinheiro para a saúde,
07:34já será o suficiente.
07:36O Poder Legislativo
07:37cria leis
07:37e deve fiscalizar.
07:39Só que ele não
07:39fiscaliza adequadamente
07:41porque muitas vezes
07:42é ele mesmo
07:43queimando o dinheiro
07:44de forma equivocada
07:45para lá.
07:46Então ele acaba
07:46não fazendo parte
07:47do seu poder
07:48que é fiscalizar.
07:50E aí nós temos um problema.
07:50E daí acaba?
07:52Se não funciona, acaba.
07:53Não, emendas parlamentares
07:54acabam as emendas parlamentares
07:54para quê?
07:54Não pode moralizar?
07:56Não, é fiscalizar.
07:57O papel do Legislativo,
07:59Caís,
07:59é fiscalizar.
08:00Então não precisa acabar.
08:00Quem executa orçamento
08:01é o executivo.
08:03É para isso que existe
08:03a divisão dos poderes.
08:04O Executivo
08:05executa o orçamento.
08:07Ah, não chegou
08:07orçamento para a saúde
08:09ou para a educação
08:09ou para tal ponto.
08:10O Legislativo fiscaliza
08:11e questiona no Judiciário
08:12por que não chegou.
08:13Assim os três poderes
08:14funcionam juntos.
08:15Agora, quando o Legislativo
08:16quer usurpar parte
08:18do poder do Executivo
08:19e ele mesmo,
08:21em nome da democracia,
08:22de fazer o dinheiro
08:23e chegar nos grupelhos
08:24ligados a ele,
08:25ele quer emendar
08:26e colocar o orçamento lá,
08:28dá esse problema.
08:29São 513,
08:30agora 531 serão
08:32no futuro
08:33membros do Legislativo
08:34destinando emendas.
08:35Primeiro que o Executivo
08:36perde parte do seu poder.
08:38Esse é o problema.
08:38Mas você quer que a emenda
08:39acabe?
08:39Eu quero que, para mim,
08:40eu sou contra a emenda parlamentar.
08:41Por que não moralizar?
08:43Por que não fazer funcionar?
08:44Não está funcionando.
08:45Como vai fazer funcionar?
08:46Com transparência?
08:47Com investimento?
08:48É o que o Supremo
08:49está querendo fazer.
08:49Plataformas?
08:50Está funcionando?
08:51Poderia começar a funcionar.
08:52Não, não.
08:53No Brasil não é assim.
08:54A gente não é perfeito.
08:54Mas tem que ter uma coisa, Thais.
08:56A criatividade
08:57de quem quer burlar o sistema
08:59e não são tão poucos assim.
09:01É tão grande
09:02que a hora que você
09:03vai tentar fiscalizar,
09:05por mais que você queira,
09:06você não consegue.
09:07Eu acho que talvez
09:07uma solução,
09:08Diogo,
09:09ou Rodolfo Maris,
09:10talvez uma solução
09:12intermediária,
09:13mas para aí
09:14precisa ter o presidente
09:15com a autoridade, né?
09:16Sim.
09:17Suspender o pagamento
09:18das emendas parlamentares.
09:20Ué!
09:21Não suspenderam
09:22o aumento,
09:23os efeitos
09:24do decreto
09:25que aumentou o IOF.
09:26Não tem que manter
09:27o equilíbrio fiscal?
09:28Não tem que fazer corte?
09:30Então,
09:31põe a autoridade
09:32e corta as emendas.
09:33Ah, mas vai ter retaliação.
09:35Ué!
09:35Faz parte de quem administra,
09:37mas líder é líder.
09:38Sim.
09:38Agora,
09:39os deputados
09:40não legislam.
09:41Onde é que está
09:42a reforma administrativa?
09:44Como é que fica
09:46a questão
09:46das verbas obrigatórias,
09:48vinculadas,
09:49carimbadas,
09:50que muitas vezes
09:50são desperdiçadas
09:51porque tem município
09:52que não tem onde gastar?
09:53Sim.
09:54Onde é que está
09:55o fim dos subsídios?
09:57Tem que estudar
09:57porque tem muito subsídio
09:59a vinculação
10:00do salário mínimo
10:00aos custos da Previdência.
10:02Por que não falam
10:02em reforma administrativa?
10:04Querem legislar
10:05ou querem ficar
10:05mandando emendinha
10:06para as áreas
10:07e fazer essa micropolítica?
10:08Eu queria te ouvir
10:09se não era o caso,
10:10pelo menos a Thaís
10:11tem uma certa razão,
10:13porque em tese
10:13ela está certa,
10:14o Ricardo tem uma certa razão
10:15porque na prática
10:16não está funcionando.
10:17Será que o meio termo
10:18seria suspender isso aí?
10:19Então, a Thaís
10:20ela só peca
10:21quando ela tenta
10:22colocar de forma
10:23subjetiva aqui
10:24os sertaneios
10:25no governo Bolsonaro.
10:26Para quem entende
10:27de hermenê
10:28eu acho que ela sabe
10:28muito bem
10:28o que ela quis dizer
10:29e o que não é verdade.
10:30Ela não falou, né?
10:31Ela não falou, né?
10:33Ela destilou um veneninho.
10:37Destilou,
10:37tem que nem dar esse veneno,
10:38mas vamos lá.
10:39As emendas parlamentares
10:40surgem na década de 80
10:41e ganham força
10:42na Constituição de 88,
10:43ou seja,
10:44passaram já por
10:44cinco presidentes diferentes
10:46e cada um desses cinco presidentes
10:48tiveram a sua competência
10:50para destinar
10:50ali aos seus parlamentares
10:52essa emenda parlamentar.
10:54Ou seja,
10:55se a emenda parlamentar
10:56está um escândalo,
10:57não é de hoje,
10:58não é do governo Bolsonaro,
10:59é desde quando ela surgiu,
11:01na verdade.
11:01Ganhou força
11:02muito mais nessa década aqui
11:04do ano 2000 para cá.
11:06Por quê?
11:06Porque cada político
11:07foi se beneficiando disso.
11:09Aí é um grande problema
11:10do voto.
11:11Porque hoje
11:12nós elegemos
11:13aquela pessoa,
11:14aquele deputado federal
11:15que mais se assemelha
11:16com aquilo que a gente
11:17acha certo,
11:18não sabendo de verdade
11:20qual que é
11:21a competência dele
11:22para assuntos como esses
11:24das emendas parlamentares.
11:25Existem ótimos políticos,
11:27existem ótimos políticos
11:29que fazem
11:30das emendas parlamentares
11:31o seu destino final
11:33para o qual ele foi
11:34de fato criado.
11:35Existem muitos outros deputados
11:37que pegam essas
11:38emendas parlamentares
11:39e não
11:40destinam para lugar nenhum.
11:42Por isso,
11:42Flávio Dino
11:43teve que sair lá
11:44do STF
11:45e presidir
11:46essa campanha
11:47de transparência
11:48que foi,
11:49inclusive,
11:50que foi,
11:51inclusive,
11:52uma bandeira
11:53em 2022
11:53do governo Lula.
11:55A transparência.
11:56E olha só,
11:57nós estamos na corrida
11:58para 2026 já,
12:00saindo para 2027 já,
12:01para a campanha
12:02de presidente
12:03e essa transparência
12:04não está sendo bem
12:05apoiada,
12:06principalmente
12:07por políticos
12:08da parte da esquerda
12:09que, entre outra hora,
12:10estão ali criticando
12:11o Flávio Dino
12:12por essa transparência.
12:13Se o governo
12:14levantou essa bandeira
12:15de transparência,
12:16por que raios
12:18estão discutindo
12:19com o Flávio Dino
12:20sobre isso?
12:20As emendas
12:21impositivas,
12:22as emendas positivas,
12:24não interessa
12:24qual dos tipos
12:25das seis emendas
12:26que existem
12:27será feita.
12:28O importante é
12:29saber
12:29para quem
12:30ela está indo,
12:31qual o destino final
12:32dessas emendas.
12:33E se tiver que acabar,
12:34aí eu fico pensando
12:35nos municípios,
12:36por exemplo,
12:37de presidente Epitácio,
12:38que tem cerca
12:39de 30 mil habitantes,
12:40que precisa
12:41dessas emendas
12:42para a ambulância,
12:43para a escola,
12:44para tudo,
12:44porque o dinheiro
12:44final do Brasil
12:45não chega
12:46nesses distritos.
12:48Cândido Mota,
12:49que é um lugar
12:49pequenininho,
12:50Assis,
12:51por exemplo,
12:52Paraguaçu Paulista,
12:53lugares que dependem
12:54exclusivamente
12:55dessas emendas
12:56parlamentares.
12:57e agora,
12:58com esse congelamento
12:59de 53 bilhões
13:01no momento,
13:02são 53 bilhões
13:03e ontem
13:03a Grace Hoffman,
13:05só para finalizar,
13:06falou que vão bloquear
13:07mais 10 bilhões,
13:09ou seja,
13:09chegando a bagatela
13:10de 43 milhões.
13:12Ou seja,
13:13o que virou
13:13essas emendas
13:14parlamentares
13:15se não uma moeda
13:16de troca?
13:16Voltamos ao escambo
13:18da década
13:18de sei lá quando.
13:20Mas,
13:20quer falar, Ricardo?
13:21Quero fazer
13:22só um complemento aqui,
13:23porque os municípios
13:24pequenos, Rodolfo,
13:25eles precisam de dinheiro.
13:27Eles não precisam
13:27de emendas parlamentares.
13:29Entenda,
13:29eles precisam
13:30de dinheiro.
13:31Na minha opinião,
13:32eles precisavam
13:32reestruturar tudo.
13:33Na minha opinião,
13:33é uma nova Constituição,
13:34novo Pacto Federativo,
13:36tem que mudar tudo.
13:36Mas,
13:37isso é um pouco
13:37mais radical.
13:38Dando um passo
13:39para trás,
13:39eles precisam de dinheiro.
13:40Corta as emendas
13:41parlamentares,
13:42porque,
13:42além da questão
13:43da possibilidade
13:45de corrupção
13:45com as emendas
13:46parlamentares,
13:47nós temos também
13:48a deturpação
13:49do processo eleitoral.
13:50Porque o deputado
13:51que tem posse
13:52dessas emendas parlamentares,
13:53nós não estamos falando
13:53de pouco dinheiro, não.
13:55Parlamentar aí
13:55que tem 30, 40, 50, 60
13:57milhões de reais
13:58por ano de emenda.
13:59Aí ele manda
13:59para essa cidadezinha pequena
14:00em troca do apoio eleitoral.
14:03Aí,
14:03quando chega a eleição,
14:04vereadores,
14:05prefeitos de cidade pequena
14:06que precisam
14:07desse recurso,
14:08acabam se tornando
14:09o que?
14:09Cabos eleitorais
14:10desses deputados,
14:11dificultando a renovação
14:13política.
14:13Então,
14:14veja que essas emendas
14:15parlamentares,
14:15elas são um câncer
14:16na democracia brasileira
14:17profundo.
14:19Além da corrupção,
14:20que é um ponto,
14:21que está sendo investigado
14:22agora pelo Supremo Tribunal Federal
14:23de forma acertada,
14:25nós temos também
14:25o curral eleitoral
14:26que é feito
14:27com as emendas parlamentares.
14:29Tudo isso porque
14:29realmente os municípios
14:30pequenos precisam
14:31de recursos,
14:32mas eles precisam
14:32de dinheiro,
14:33não de emenda.
14:34O dinheiro pode chegar
14:35através do Poder Executivo
14:36diretamente,
14:37sendo fiscalizado
14:38pelo Legislativo.
14:39Por que não?
14:41E olha só,
14:41só para deixar claro,
14:42como a Thaís citou
14:43aqui os sertanejos,
14:44eu quero citar aqui
14:45a ministra da Cultura,
14:46a Margarete Menezes,
14:47que levou 640 mil reais
14:49de verba pública.
14:50Dinheiro esse
14:51que era das emendas
14:52parlamentares,
14:53ou seja,
14:53se ela citou os sertanejos,
14:54nós tiramos a festa
14:55no Carnaval
14:56pelo comando
14:57da ministra da Cultura,
14:58Margarete Menezes,
14:59com dinheiro público.
15:00É isso aí,
15:00eu estava pedindo calma
15:01para o Guilherme Mendes
15:02naquela hora
15:03para esperar
15:03que o Rodolfo Maris
15:04ia fazer uma parte,
15:05porque eu apareci
15:05dirigindo a ele.
15:07Agora,
15:07o meu querido
15:08Guilherme Mendes,
15:10o Ricardo Rous
15:12tirou a palavra
15:13da minha boca.
15:14Quem tem que administrar
15:16é o Executivo.
15:18De acordo com a Constituição,
15:20o Executivo
15:20cuida das coisas
15:22atuais,
15:23contemporâneas,
15:23ele administra
15:24o presente.
15:26O Legislativo
15:27legisla para o futuro
15:29e o Judiciário
15:31julga fatos passados.
15:33Mas no Brasil,
15:34parece, Guilherme,
15:34que está tudo misturado.
15:36O Legislativo
15:37está querendo administrar.
15:39O problema
15:40não é a emenda parlamentar,
15:41mas a prática
15:42das emendas parlamentares
15:44acabaram deturpando
15:45completamente o sistema.
15:47Então,
15:47o deputado
15:48tem primeiro
15:49que legislar.
15:50Depois ele pensa
15:51em administrar.
15:52Você tem um Legislativo
15:54que quer administrar,
15:55um Judiciário
15:56que quer legislar
15:57e um Executivo
15:59que não administra
16:00porque quer ficar
16:00negociando o tempo todo
16:02com o Poder Legislativo.
16:03Então,
16:03o sistema
16:04está um pouco
16:05desfuncional.
16:06Ele está desorganizado.
16:08Eu pergunto a você,
16:09na linha do Ricardo Rous,
16:11não é melhor,
16:12então,
16:12que cada prefeito
16:13faça a lista
16:14das suas necessidades?
16:16Não é ele que foi eleito
16:16para administrar?
16:18O deputado
16:18quer mandar
16:19para a sua base eleitoral?
16:21É errado.
16:22O prefeito
16:22vê quais são as prioridades
16:23e entrega para a União
16:25e a União
16:25libera a verba.
16:28Agora,
16:28eu pergunto
16:29para você,
16:30Guilherme Mendes,
16:31está certo
16:32o que está acontecendo?
16:33Pode isso,
16:34Guilherme?
16:35Não,
16:35Kp,
16:36sem dúvida
16:36que há uma desfuncionalidade,
16:38como você bem falou,
16:39e o problema
16:39está no exagero,
16:40propriamente,
16:41no meu entender
16:42e não no Instituto.
16:43O que o Rodolfo
16:44falou é bem verdade.
16:45O Brasil é um país
16:46de dimensões continentais
16:47e é impossível
16:48o governo central
16:50e até mesmo
16:50o governo estadual
16:51muitas vezes
16:52conhecer as especificidades
16:53de cada município,
16:54as dificuldades.
16:56Quem conhece isso
16:57é o parlamentar
16:58que visita as suas bases,
16:59visita as cidades
17:00que o elegem,
17:02por isso,
17:02alguns defendem
17:03a mudança do voto
17:04para o voto distrital,
17:05que é justamente
17:06essa ideia
17:06de aproximar
17:07o representante
17:08dos seus representados,
17:10dos eleitores.
17:11Então,
17:11usar o mecanismo
17:13da emenda parlamentar
17:14para destinar alguma verba
17:15para aqueles rincões
17:16que são totalmente
17:17desconhecidos
17:18e abandonados,
17:19isso eu acho que é, sim,
17:20uma política pública
17:21importante.
17:22Nesse sentido,
17:23eu estou alinhado
17:24com o que o Rodolfo disse.
17:25Por outro lado,
17:25também,
17:26o que o Rous colocou
17:27é bem verdade.
17:29Há uma imoralidade
17:31flagrante,
17:32crescente,
17:32e isso,
17:33como o ministro Dino
17:34falou,
17:34não está atrelado
17:36a esse governo,
17:37isso vem desde
17:38que o Instituto
17:38foi criado,
17:39com tendência
17:40à maximização,
17:41de fato,
17:42os valores
17:43estão aumentando
17:43e os escândalos
17:45estão aumentando,
17:46porque me parece,
17:47aí, Capês,
17:47concordando com o terceiro
17:49ponto,
17:49que é o seu,
17:50que, de fato,
17:51as funções
17:51estão um pouco
17:52confusas.
17:54Talvez nunca
17:54o Congresso
17:55tenha tido uma
17:56sanha tão grande
17:57em sequestrar
18:00parte dos recursos
18:01da União
18:01como esse Congresso.
18:03Aquilo que você colocou,
18:04eu só vejo um problema.
18:05Se você tem lá
18:06ou na ponta
18:07um prefeito
18:08que não é
18:09alinhado
18:10ao grupo político
18:11ou não é
18:11do governo federal,
18:13será que
18:13as verbas,
18:15e aí eu não estou
18:15falando desse governo,
18:16estou falando
18:16de todos os governos,
18:17oposição à situação,
18:18será que os pedidos
18:19deles,
18:20as verbas
18:20seriam liberadas
18:21se isso estivesse
18:22exclusivamente
18:23concentrado
18:24no governo federal
18:25naquele momento?
18:26Guilherme,
18:27a Thais Cremasco
18:28quer apoiar
18:29esse argumento,
18:30eu digo para você.
18:30Por isso é impositividade.
18:31Você está fazendo
18:32um argumento
18:33a favor
18:33de um sistema
18:34doentio,
18:35ou seja,
18:36de um chefe
18:37de executivo,
18:38eu trabalhei
18:39com um governador
18:40durante muito tempo,
18:41aliás,
18:41com dois,
18:42três governadores.
18:44Eu nunca vi isso
18:45no estado de São Paulo,
18:46porque foi um estado
18:48com todos os seus problemas
18:50muito bem administrado,
18:52com todo respeito.
18:53Agora,
18:53se um líder,
18:54um chefe do executivo
18:55faz esse tipo
18:57de discriminação,
18:58então ele não está
18:58preparado para gerir o país
19:00e cabe aí
19:01onde é que está
19:01o Ministério Público,
19:03onde é que está
19:03a imprensa,
19:05onde é que está
19:05a oposição
19:06para fiscalizar
19:06e botar o dedo
19:07na ferida.
19:08Agora,
19:08você acha certo
19:09um parlamentar
19:11que manda emenda
19:12parlamentar
19:13para outro estado
19:14onde ele não tem voto?
19:16Onde ele não tem
19:17atuação?
19:18Isso é um misturo.
19:19Então,
19:20se você vai analisar
19:22pelo lado doentio,
19:23patológico do sistema,
19:25o sistema de emendas
19:26cria muito mais
19:27patologias,
19:28possibilidades de patologias
19:30do que um sistema
19:31em que o executivo
19:32administra.
19:33Sem contar que nós
19:34estamos com uma situação
19:35bem complicada fiscal.
19:37Podemos torrar
19:3762 bi?
19:39Eu quero ouvir você
19:40com a observação
19:41já da Thaís Cremasso
19:42que está pedindo a palavra.
19:42Não, não podemos.
19:43Você prossegue
19:43depois da Thaís Cremasso.
19:44Mas o Rouss colocou aqui
19:45uma coisa
19:46é a ideia em tese
19:48e a outra coisa
19:49é o modelo
19:50que acontece na prática.
19:51Na prática,
19:52a gente vê muitas vezes
19:53determinadas lideranças
19:55não comparecendo
19:56até eventos
19:57em que está
19:57o presidente da república
19:58ou que está o governador.
20:00Quer dizer,
20:00o espírito público
20:01que é exatamente
20:02isso que você está cobrando
20:03e você está correto
20:04já foi abandonado
20:05há muito tempo.
20:07Então, quer dizer,
20:07grande parte
20:08dos governantes
20:09perderam a liturgia
20:10do cargo.
20:11Se eu não concordo
20:12com o presidente
20:12e ele vem
20:13num evento
20:13no meu estado
20:14eu não compareço.
20:15Se eu não concordo
20:16com o governador
20:16e o governador
20:17vem num evento
20:17na minha cidade
20:18eu não compareço.
20:19Então, isso de fato
20:20talvez volte
20:21a uma normalidade
20:22futura.
20:23Agora,
20:24botando aqui
20:25uma questão
20:25que aí caberia
20:26uma cobrança
20:27ao Congresso.
20:27Essa derrubada
20:28do aumento do IOF
20:30impactaria as contas públicas
20:31em 10 bilhões de reais.
20:33E eles estão corretos.
20:34A população não quer
20:35mais aumento de imposto
20:36e acho que aí sim
20:37o Congresso de fato
20:38representou
20:39a vontade
20:40da maioria da população.
20:41Mas o Congresso
20:42poderia também
20:42fazer um outro gesto.
20:44Abrir mão então
20:44desses 10 bilhões de reais
20:46ou tirando das emendas
20:47ou tirando do fundo partidário.
20:49Porque aí eles também
20:50endossariam a ideia
20:51de que eles estão
20:52ao lado da população
20:53e das contas públicas.
20:55O que eu acho
20:55que não dá.
20:56Aí se acordou.
20:57É Guilherme
20:59no País das Maravilhas.
21:01Eu estou no País das Maravilhas.
21:02Tirar no fundo
21:03o partidário.
21:04Eu sei que isso
21:05não vai acontecer.
21:05Contabilidade Alice.
21:06Eu sei que isso
21:08não vai acontecer,
21:09mas as pessoas em casa
21:10que festejaram
21:11a derrubada
21:11do veto do IOF,
21:14festejaram o veto do IOF,
21:16deveriam também cobrar
21:17dos seus representados isso.
21:18Então, bom,
21:19se é para arrumar as contas,
21:20faça a sua parte.
21:22Abra mão de 10 bilhões
21:23dos 62 das emendas
21:24ou então abra mão
21:25de parte.
21:26Não precisa nem ser tudo
21:27do fundo partidário.
21:28Isso tudo já ajudaria
21:29bastante a reequilibrar
21:31as contas públicas.
21:32Ai, meu Deus.
21:33Estava demorando.
21:34Já estava demorando.
21:35A gente estava
21:36num clima pacífico,
21:37conversando legal.
21:38O Guilherme está calmo,
21:39está passando pano.
21:41Mas pronto.
21:42Rodolfo Marinho
21:42e Ricardo Rouss
21:43ficaram nervosos.
21:44Pode falar, Rodolfo.
21:45O que foi?
21:46É que ele esquece
21:48que quem é o cérebro pensante
21:50são os políticos.
21:52Ele fala de uma população.
21:54O Guilherme Mendes
21:54de fato está no País das Maravilhas.
21:56É impossível.
21:57Tira do fundo partidário.
21:58Isso tem que partir de quem?
21:59É lógico,
22:00dos próprios políticos.
22:01Não de quem os colocou lá.
22:03A população quer uma resposta
22:04porque não aguenta mais pagar imposto.
22:06E aí você falou uma coisa aqui
22:07que eu achei extremamente interessante.
22:09Porque,
22:09ai,
22:10quando não é do meu apoio,
22:11eu não compareço.
22:12Quando não é não sei o que lá,
22:13eu também não vou na posse.
22:14Foi assim que foi
22:15com o Donald Trump,
22:16por exemplo.
22:16as relações com os Estados Unidos
22:19do atual nosso governo
22:21é para lá de estremecida.
22:23Na posse do Donald Trump,
22:24o Lula também não foi.
22:25E o Lula é o nosso presidente.
22:27Porque não esteve lá.
22:28Então eu não acho nada de anormal
22:29o Hugo Mota
22:30não ter ido agora
22:32nessa audiência pública
22:33junto com o ministro
22:35para estar discutindo
22:36sobre esse assunto.
22:38É pau que bate em Chico,
22:39também tem que bater em Francisco,
22:40meu amigo Guilherme Mendes.
22:41Rodolfo,
22:42só para completar a tua fala
22:43que eu concordo com o que você falou.
22:44Eu acho que o Guilherme
22:45me quis dar uma cutucada aqui
22:46na não presença do Tarcísio
22:47no evento ontem.
22:48Porque eu senti isso.
22:49O que o Lula falou.
22:50O Lula já em campanha eleitoral
22:52cutucou ali.
22:53E o Tarcísio
22:54é dos mais republicanos
22:55homens públicos
22:56que eu conheço.
22:57Deixa a senhora falar, Rosa.
22:58Nossa senhora.
22:58Até invadi a tua...
22:59Pelo amor de Deus.
23:00Isso é verdade.
23:01Não quis fazer
23:02nenhuma menção de verdade.
23:03Porque o governador Tarcísio
23:05é uma honrosa exceção
23:06a essa regra.
23:07Que bom, ótimo.
23:07É um homem público.
23:11ali entre o governo federal e o estadual.
23:13Desculpa te interromper.
23:13Faltou então essa mesma hombridade
23:14ao presidente
23:15que criticou a não presença
23:16do Tarcísio
23:17sabendo já que o Tarcísio
23:18não poderia estar no evento.
23:19Mas enfim, passa essa parte aí.
23:21Mas acho que foi até bom
23:22para o Tarcísio Lula.
23:22Para a popularidade
23:24para ele não estar lá nessas coisas.
23:25Está lá no chão.
23:25O Tarcísio até foi para o Dentes
23:26e não ir.
23:27Mas o presidente Lula,
23:29vale lembrar aqui, Guilherme,
23:30que você falou essa questão
23:31das emendas parlamentares.
23:32O presidente Lula
23:33prometeu isso, presidente.
23:35O presidente,
23:36os seus eleitores
23:37que não é o meu caso,
23:38nunca votei no PT,
23:40o senhor prometeu
23:41que não entraria
23:42nesse samba
23:44de emendas parlamentares.
23:45Lembra?
23:46Eu assisti a esse debate
23:47entre o senhor
23:47e o ex-presidente Bolsonaro
23:49e o senhor disse
23:50que não entraria,
23:51que acabaria
23:52com esta lógica
23:53de emendas parlamentares
23:55que estava acabando
23:56com o poder do Poder Executivo.
23:57O senhor falou isso
23:58em um debate
23:58numa grande emissora brasileira.
24:00Cadê, presidente Lula?
24:02Cadê a sua força
24:02como chefe do Poder Executivo?
24:04A vontade de conduzir o país
24:05para um outro lugar
24:06e dar uma travada agora
24:08que o país precisa
24:09de ajuste fiscal.
24:1060 bi de emendas parlamentares
24:12virou um escárnio no Brasil.
24:14Estou esperando, presidente.
24:15O seu eleitor está esperando.
24:16Eu nunca acreditei,
24:17mas o seu eleitor acreditou.

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