Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
No Visão Crítica, Murilo Hidalgo e Rodrigo Prando mergulham nos dados da Paraná Pesquisas, que apontam Jair Bolsonaro com 37,2% e Lula com 32,8% em cenários para 2026.

Os especialistas refletem sobre a persistente polarização do eleitorado e as estratégias de Lula para reconquistar o apoio e enfrentar a forte base eleitoral de Bolsonaro.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/5Tl6tbFT_Zc

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#VisãoCrítica

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Todo mundo, é claro, já está olhando para 2026, entrarmos na questão de 2026,
00:06na primeira pergunta, e aí é uma pesquisa estimulada,
00:12e o Murilo Hidalgo fez questão de esclarecer, e é muito importante,
00:16porque está o nome Jair Bolsonaro, assim ele fez, relembrando a todos,
00:21que no Brasil a gente esquece o que ocorreu ontem, quanto mais há 4, 5, 6 anos atrás,
00:26que o Lula estava presente na pesquisa de 2018, e acabou, por razões já conhecidas, não sendo candidato.
00:33Então, vamos nesse primeiro cenário.
00:36O Jair Bolsonaro tem, na pesquisa estimulada, 37,2, pesquisa estimulada é quando você,
00:44é diferente da espontânea, espontânea você pergunta a estimulada, e a pessoa fala o que quiser,
00:50estimulado se apresenta quais são os candidatos, só para esclarecer a quem nos acompanha.
00:54Bolsonaro, 37,2, vocês estão acompanhando os números, Lula, 32,8,
01:02então temos uma diferença de quase 5 pontos,
01:05Ciro Gomes, que hoje está, pode ser que se filie até o PSDB,
01:10que é uma surpresa dos últimos dias, né, essa possibilidade, 10,3,
01:17Ratinho Júnior, que é o governador do Paraná e do PSDB, o partido de Gilberto Kassab, que preside,
01:244,6, Ronaldo Caiado, que é o governador de Goiás, que está no Brasil, 2,9,
01:30é o Derbarbalho do Pará, que seria, nessa hipótese aqui, o candidato do MDB.
01:36Bem, fica claro que há uma polarização, mas com uma vantagem razoável, vamos dizer assim,
01:45não é tão razoável assim, quase 5 pontos, mas é significativo.
01:49Passando para o Rodrigo Pranto, como é que você avalia esse primeiro cenário?
01:53Olha, o cenário é péssimo para Lula, né, porque Bolsonaro está inelegível,
01:58Bolsonaro está enfrentando um julgamento no Supremo Tribunal Federal,
02:01que ele é, até o momento, francamente desfavorável, e ele aparece à frente.
02:06Então, mostra que é um desgaste enorme da imagem do Lula, especialmente de 22,
02:11quando ele saiu, ainda que por uma margem pequena, vitorioso.
02:14Então, é extremamente desconfortável, até teve outras pesquisas em que foi perguntado ao respondente, né,
02:23se ele achava o governo Lula melhor ou pior do que o Bolsonaro, ele acha pior.
02:27Então, o Bolsonaro teve uma pandemia com 700 mil mortes e as pessoas acham o governo Lula pior.
02:34Então, para mim, é um cenário desfavorável.
02:36Mas o Murilo lançou uma coisa importante, tem tempo.
02:39Tem tempo.
02:40Agora, se o governo não se mexer e se concretamente não entregar e chegar lá,
02:45no cidadão, na vida cotidiana das pessoas, a situação se complica.
02:50Porque aí é o que eu digo, saindo o Bolsonaro, porque aqui é o cenário, mas se o Bolsonaro não tiver,
02:55abre espaço para outras pessoas que podem vir com um discurso muito mais interessante,
03:00porque, de certa maneira, o PT se desconectou um pouco e esse encanto que sempre houve do carisma do Lula
03:06parece não estar tão presente nesse terceiro mandato.
03:09É por aí, Murilo.
03:10É por aí.
03:11E eu não tenho dúvida em dizer que o Bolsonaro, depois das eleições que ele se elegeu em 2018,
03:18é o melhor momento político dele.
03:20Você vê que coisa.
03:21Mas como explicar?
03:22Aí eu passo para você, Murilo.
03:24E o que o Prando colocou.
03:27Quando a gente fala o melhor momento político no meio de o processo,
03:32é réu, condenado a réu e acusado de cinco crimes, dos quais, se somar todas as penas máximas,
03:41dá mais de 30 anos de prisão, em que cada dia aparecem situações que vinculam ao golpe de Estado,
03:48ou suposto, se alguns gostam de falar, suposto, golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023,
03:54em que a sua equipe que cercou sempre tem acusações e ações muito graves.
03:59Mas mesmo nisso, nessa situação, extremamente desconfortável em termos de comunicação, de fala, ainda está à frente?
04:06Professor, eu explico isso se a gente analisar quatro anos atrás.
04:10O Lula estava detido em Curitiba e pontuava na frente.
04:16Antes de ser absolvido ou não, você entendeu, com todas as acusações também, estava à frente.
04:22Certo?
04:23Então, uma coisa eu acho que não tem muito a ver com a outra.
04:25Eu acho que tem a ver, nesse momento, como tinha no passado, a raiva ao atual governo.
04:31Ou se sentia enganado.
04:32Certo?
04:33E ele, como eu te falei inicialmente, ele se reta ao alimento.
04:36Um estando mal, o outro está bem.
04:39Surpreende os 10% do Ciro Gomes?
04:42Não surpreende, professor, porque o Ciro tem o eleitorado dele.
04:46Eu diria que a gente fizer um somatório, a gente vai chegar aí em 15%, 20% do Neném,
04:51que é a turma que não quer Bolsonaro e não quer Lula.
04:55Certo?
04:56Essa turma hoje, ela detém 20% dos votos no Brasil.
05:00Por isso que não chegam.
05:01Se vocês me perguntarem, ah, se o Bolsonaro lançar alguém do clã Bolsonaro,
05:06dificilmente alguém vai furar essa bolha.
05:08No segundo turno, nós teremos, provavelmente, um Bolsonaro contra um Lula.
05:13Certo?
05:14O que pode fazer furar a bolha, que seria o Neném, é o Bolsonaro escolher um candidato,
05:20que seria, provavelmente, o governador de São Paulo, o candidato no lugar do herdeiro.
05:26Certo?
05:27Aí, eu acho que aí abre um flanco muito grande,
05:30porque todo o outro campo desses 20% vai absorver muito desse voto.
05:36E aí fica muito difícil para o Lula.
05:38Então, o Lula hoje tem que torcer por um Bolsonaro,
05:40e os Bolsonaros têm que torcer para que o Lula seja candidato.
05:45Interessante, porque eu vou passar para o segundo cenário,
05:49é que quando está presente Lula e Bolsonaro,
05:53os outros candidatos possíveis, como o Ratinho Júnior, Caiado e Hélder,
05:59apesar que o Ratinho Júnior, que melhor pontua,
06:02fica em situação muito difícil,
06:03quando tem esse cenário da presença do Bolsonaro.
06:07É diferente agora de outros cenários.
06:09vamos ao segundo cenário, que é interessante.
06:11Aí, entramos na questão do clã.
06:13Quem diria que o Brasil passaria por isso na República?
06:16Mas é a situação que nós vemos hoje de polarização.
06:19O senhor, posso fazer uma pergunta?
06:20Claro, claro.
06:21O senhor pergunta, sim.
06:22E os clãs, por que que continua, que nem o senhor falou?
06:25Mas essa é uma realidade brasileira.
06:27Vamos para Pernambuco, vamos para Alagoas, vamos para Paraná,
06:31vamos para vários estados.
06:33As dinastias continuam.
06:35Sim, sim.
06:36Quanto tempo, com todo respeito, não estou entrando se é bom ou se é ruim,
06:39mas há quanto tempo estão os caleiros, os barbalhos, a própria família Richa, o próprio...
06:45Quer dizer, quanto tempo governaram?
06:48Isso é histórico no Brasil.
06:50O Weber ajuda muito, o Raimundo Faúro ajuda muito a entender isso, né?
06:53Agora, a gente pode dizer onde há plenas, aí vamos ao passado, plenas relações de produção capitalista.
07:00Em uma cidade capitalista, é difícil a preservação de clãs.
07:03Qual é o melhor exemplo?
07:04São Paulo.
07:06Por que em São Paulo nós não temos clãs?
07:09Eu me lembro um texto de 1954, que eu fiz a apresentação na Obras Completas do Florestan,
07:15eu fiz do Mudanças Sociais no Brasil.
07:16E ele fala que a primeira cidade burguesa no Brasil é São Paulo.
07:21Rio tem o Estado, aqui não.
07:23Aqui você tem a mobilidade social, as mudanças.
07:26E isso se reflete na política paulista.
07:28É muito difícil falar em clã.
07:30Não significa que um membro de uma família não pode ter futuramente esse membro da família
07:36exercendo alguma função pública.
07:37Mas a presença do clã, tal qual o bom exemplo, por exemplo, de Alagoas, Pará,
07:43podemos citar outros estados, durante um longo período a Bahia, né?
07:47Não tem em São Paulo.
07:49É pela especificidade da sociedade paulista e do processo histórico aqui.
07:53Que é bem interessante.
07:55Isso, Prano, dá uma tese, hein?
07:56Não, não.
07:57Inclusive o PSDB tem essa...
07:59Teve, né?
08:00O PSDB a gente nem sabe se existe ainda.
08:02O Ciro vai entrar num partido, de repente ele chega, abre lá, não tem mais nada.
08:06Eu vim me filiar, o quê?
08:08Não tem mais nada, mas vamos lá.
08:10Não, dá uma discussão boa.
08:12E o Florestan, o Fernando Henrique, quando traz a questão do imigrante,
08:16do desenvolvimento capitalista de São Paulo,
08:19mostra a questão da vitalidade da sociedade e do mercado,
08:23diferente das regiões do Brasil mais pobres,
08:26e que depende essencialmente da assistência estatal.
08:30E isso se refletiu em PSDB e PT, e agora a gente não sabe como fica.
08:34Porque lá onde a força do Bolsa Família e de outras ações estatais
08:39continua, mas o Lula tem perdido o terreno lá.
08:43Então é interessantíssima essa discussão dos clãs, né?
08:46E o Raimundo Faoro...
08:47Sim, os donos do poder, é fundamental que vocês leiam aí.
08:51Mas dá uma boa discussão.
08:53Inclusive São Paulo, Salvador é cidade mais negra,
08:56nunca teve um prefeito negro.
08:58E São Paulo teve um prefeito negro.
08:59Veja como é que...
09:00Celso Pita, para quem não se recorda.
09:02Bem...

Recomendado