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A Instituição Fiscal Independente (IFI) revisou para pior suas projeções sobre as contas públicas do Brasil. Segundo o órgão, o governo federal enfrentará grandes dificuldades para atingir as metas fiscais nos próximos anos, o que pode comprometer a sustentabilidade da dívida e exigir medidas urgentes de ajuste. Deysi Cioccari e José Maria Trindade analisaram.
Reportagem: Marília Ribeiro
Comentaristas: Deysi Cioccari e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00A instituição fiscal independente piorou a projeção fiscal da dívida pública em um novo relatório divulgado.
00:07A Marília Ribeiro vai detalhar pra gente as informações desse relatório ao vivo aqui no Jornal da Manhã.
00:13Bom dia, Marília.
00:17Oi, Soraya. Bom dia.
00:20Pois é, vale a gente trazer aqui que a IFE, ela é um órgão independente, né,
00:24que faz o monitoramento das contas públicas que é ligada ao Senado Federal.
00:31Soraya, vou pedir só um minutinho porque eu tô me ouvindo e eu vou tirar o retorno pra gente poder passar a informação
00:36de maneira mais precisa pra quem está nos acompanhando.
00:40Voltando, né, essas projeções, elas demonstraram que sem uma reforma fiscal mais profunda
00:47pode haver uma piora na dívida pública e também déficits primários.
00:53Além disso, esses déficits primários permanentes, além disso, devem ser crescentes por parte do governo central
01:00pelos próximos 10 anos.
01:02Ainda de acordo com esse levantamento que foi feito pela IFE, a receita primária líquida do governo central
01:09no cenário base, ela deve fechar 2025 em 18,3% do produto interno bruto,
01:16tendendo a cair de forma progressiva pra 17,7% do PIB ao fim do período base, que é o ano de 2035,
01:26que foi utilizado nesse levantamento.
01:28Já em relação às despesas primárias, a tendência é inversa.
01:33Deverão sair de 18,9% do produto interno bruto em 2025 pra 20,8% do PIB em 2032,
01:43estabilizando apenas em 2035 com 20,4% do PIB.
01:49Vale a gente trazer aqui que os diretores que fizeram esse levantamento, os diretores da IFE,
01:55eles afirmaram que as projeções atualizadas revelam a insustentabilidade do atual regime fiscal
02:03e colocam em xeque a sobrevivência do atual arcabouço fiscal e também apontam de forma inequívoca
02:10a necessidade de uma profunda reforma fiscal que possa flexibilizar a execução do orçamento da União.
02:17E, por fim, eles falam que tudo isso que foi feito aí, esse levantamento demonstrado pela IFE,
02:24ela pode estancar o atual ritmo do crescimento da dívida pública
02:27e também que ela possa recuperar a capacidade de investimento federal
02:31e também que possa assegurar o equilíbrio fiscal de estados e municípios.
02:36Esse levantamento que foi divulgado pela IFE nesta terça-feira
02:41e a gente trouxe alguns detalhes do que foi feito, né?
02:44Só para a gente finalizar aqui, Soraya, e voltar a reafirmar
02:48que a IFE é um órgão de monitoramento das contas públicas
02:53que é diretamente ligado ao Senado Federal.
02:56E eu volto com você, Soraya.
02:58Obrigada, Marília, pelas suas informações.
03:00Vou acionar novamente aqui os nossos comentaristas
03:03para a gente trazer uma análise a respeito desse relatório,
03:06então, que projeta para baixo a projeção das contas do governo.
03:11Começando aqui, Deise, por você, o que essa revisão, para pior, então,
03:17sinaliza sobre a própria credibilidade do governo na condução das contas públicas?
03:23Não tem credibilidade, né, Soraya?
03:25Eu acho que credibilidade, governo e contas públicas, na mesma frase,
03:29não dá nem para fazer sentido.
03:31O fato é que esse relatório do IFE, como a Marília demonstrou ali na reportagem,
03:36ela falou que sem uma reforma profunda, a questão da dívida pública brasileira deve piorar.
03:42Vai piorar, porque o governo brasileiro, ele gasta muito, ele arrecada,
03:47a nossa carga tributária é uma das maiores do mundo, ele arrecada muito,
03:50mas gasta muito mal, não tem prioridades,
03:54e o Congresso acaba sendo um coautor no meio disso tudo, né?
03:57A gente bate aqui no Palácio do Planalto, mas esquece de falar do Congresso Nacional.
04:00Mas é um problema que a gente sempre falou aqui, principalmente desses governos de esquerda,
04:04mas é um problema do governo brasileiro mesmo,
04:07é um governo que arrecada muito, gasta muito mal, não corta na própria carne.
04:11Uma prova disso é a reforma tributária, né?
04:13Essa reforma tributária, ela foi feita para não, de forma alguma,
04:16penalizar o Palácio do Planalto, né?
04:18Eles continuam gastando excessivamente.
04:21Então, esse recado do IFE, ele deveria soar como uma sirene em Brasília, né?
04:26Um alerta vermelho.
04:27Mas ele vai ser ignorado, como tantos outros alertas que já apareceram.
04:31A própria necessidade da reforma tributária,
04:32a gente vai ter a necessidade de uma reforma da Previdência já, já.
04:36Isso todos os economistas falam, todos os analistas falam.
04:39Então, a gente está num ciclo vicioso,
04:41onde o populismo, ele acaba tendo prioridade,
04:44e o reajuste nas contas fiscais,
04:47o reajuste nas contas econômicas,
04:51eles acabam se sobrepondo ou ficando de lado
04:54em relação a uma covardia política, que não encara esse problema de frente.
04:58Esse relatório do IFE aí, ele atesta o que a gente já vem falando há algum tempo.
05:03O governo brasileiro não sabe o que fazer com o que arrecada,
05:07e a provável consequência disso é uma piora nas contas públicas.
05:11Zé Maria, acho que esse é o ponto, né?
05:13O alerta está dado, mas a gente não consegue ver uma movimentação,
05:17seja de governo, seja de Congresso,
05:19no sentido de tentar minimizar os impactos desse alerta, né, Zé?
05:24Essa reforma tem que passar pelo Congresso.
05:27Mas os deputados e senadores estão muito preocupados
05:30em administrar as emendas parlamentares, um grande poder.
05:33Eles têm garantido lá 59 bilhões de reais, o Congresso.
05:39Essa é a parte discricionária, a parte que se pode mexer.
05:41Olha que situação, o orçamento de 5 trilhões e 400 bilhões de reais
05:47tem 2 trilhões para o pagamento do serviço da dívida,
05:51um pouco mais de 2 trilhões para o pagamento do serviço da dívida.
05:56Tem 2 trilhões ali para o pagamento de despesas fixas, né?
06:00A Previdência, folha de pagamento e os gastos fixos,
06:06que são aluguéis, a gasolina e tal, ou seja, não sobra nada.
06:11O próprio governo já admitiu e antecipou em 2027,
06:16ou seja, ali na esquina, né?
06:18É o primeiro ano do próximo governo.
06:20O orçamento estará colapsado.
06:23E essa dívida, ela tem que ser rolada todos os dias.
06:27Então, o que se sabe é que o Brasil vai quebrar.
06:30A aposta é quando isso vai acontecer.

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