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  • 23/05/2025
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pronunciamento nesta sexta-feira (23) em São Paulo, detalhando o bloqueio de R$ 31 bilhões no Orçamento e as novas medidas para controlar os gastos públicos. Haddad também falou sobre o recuo do governo, que revogou parte dos aumentos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Alan Ghani, Deysi Cioccari e Cristiano Vilela comentaram.

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Transcrição
00:00O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou agora há pouco com a imprensa um dia após o anúncio do bloqueio de 31 bilhões de reais do orçamento
00:06e novas medidas também para equilibrar as contas públicas.
00:12O Alan Gani está aqui com a gente mais uma vez.
00:15O Gani, o ministro falou a respeito do recuo em relação à questão do IOF
00:19e ele falando que esse recuo vai gerar aí 2 bilhões a menos em um universo de 54 bilhões.
00:28Mas de qualquer modo, ontem houve uma reação do mercado.
00:32Há alguma expectativa aí em torno da abertura hoje dos mercados
00:35e como é que vão reagir a essa recuada do governo, a essa volta atrás que o governo adota, Gani?
00:44Olha só, Nonato, a economia a gente trabalha muito com a previsibilidade.
00:49Então os investidores, eles topam o risco.
00:53O risco que eles não topam é o risco institucional.
00:57Ou seja, a mudança da regra no meio do jogo.
01:00Portanto, essas idas e vindas aí do governo não é salutar para a economia.
01:06O estrago já está feito, gerou todo um clima de incerteza.
01:11É verdade que o governo, ele recua em relação, como expliquei anteriormente,
01:17à tributação dos fundos offshore e também do envio de dinheiro para contas no exterior,
01:24à sua própria conta.
01:25Mas outros aumentos de IOF foram mantidos, mesmo em operações financeiras de crédito aqui dentro do Brasil,
01:34como também cartão de crédito, cartão de débito ou compra de moeda em espécie lá fora no exterior.
01:40Então passa uma mensagem para a sociedade brasileira que há um esforço no aumento da arrecadação
01:48e não no corte de gastos.
01:50É verdade que houve todo um congelamento de 31,3 bilhões de reais.
01:58Mas veja, Nonato, este congelamento é temporário.
02:02Então houve tanto um bloqueio de despesas quanto um contingenciamento também de despesas,
02:08porque a arrecadação veio abaixo do esperado e o gasto subiu acima do esperado.
02:15Mas, novamente, são congelamentos temporários.
02:19Não é que o governo reduziu o seu gasto estrutural.
02:23Portanto, é um aumento de imposto e não houve uma medida de fato de contenção de gastos.
02:31E aí, obviamente, que isso traz grande insatisfação para o mercado financeiro e para a população em geral.
02:39Pois é, por isso que se iniciou até com alguma expectativa, quando se falou primeiro do congelamento, né?
02:45E depois veio essa expectativa aí de aumento de arrecadação.
02:49O Cristiano Villela e a Dezzi Ocari seguem com a gente aqui.
02:53Ô, Villela, diante disso, acho que essa fala do Gani, quando ele fala em previsibilidade, é fundamental.
03:01Porque quando a gente trata de arrecadação, não dá muito para prever.
03:05Ela pode ser maior, pode ser menor, pode ficar na mesma.
03:08E aí é que falta a tal da previsibilidade nesse cenário, né, Villela?
03:13Exatamente. Falta previsibilidade em todos os campos.
03:16Seja na arrecadação, seja também nas despesas.
03:20Nas despesas tanto públicas como nas despesas que são feitas pela iniciativa privada
03:26e que se veem impactadas diretamente por medidas, como essa anunciada ontem e hoje,
03:32no sentido de aumentar os custos das operações, no caso agora das operações financeiras.
03:37O fato é que tudo isso traz um impacto para a economia,
03:40traz um impacto para o setor produtivo de uma forma geral.
03:44E o que se vê é um Estado, é uma máquina pública inchada,
03:48com uma dificuldade tremenda em promover corte de gastos,
03:52com muita dificuldade, muitas vezes se vê pequenas medidas pontuais,
03:57um congelamento aqui, um bloqueio ali,
04:00mas que de uma forma geral,
04:02isso não é nada perto do grande volume de anúncios
04:06de gastos promovidos pelo poder público.
04:09Gastos esses muitas vezes com um interesse claramente eleitoral
04:13e outros gastos que demonstram talvez uma falta de sintonia
04:17entre a necessidade de um ajuste fiscal severo,
04:21de um ajuste fiscal racional e os interesses políticos,
04:25os interesses do ponto de vista eleitoral,
04:28especialmente em um momento onde o governo
04:30vem passando por baixos índices de aprovação
04:33e estamos aí há cerca de um ano do novo processo eleitoral.
04:37E aí, Deise, a gente pensando a longo prazo,
04:40se a situação fiscal do país piorar,
04:43novas tentativas e novos anúncios podem surgir?
04:46Vão surgir, né, Soraya?
04:49Porque, como o Vilela falou,
04:50se a gente está há um ano do pleito eleitoral
04:52e já está desse jeito com essas medidas populistas,
04:55você consegue imaginar o que vai ser
04:56dois, três meses antes das eleições, né?
05:00A gente vai ver muito mais retórica populista,
05:02muito mais malabarismo retórico, né?
05:05E o ministro Fernando Haddad,
05:07ele tem se posicionado como um guardião
05:09da responsabilidade fiscal,
05:10mas o discurso dele está cada vez mais distante
05:13dessa realidade, né?
05:14E aqui no Brasil, dizer que vai cumprir a meta
05:18virou atingir a meta, né?
05:20A gente não precisa mais comprovar nada, né?
05:22Então, a economia brasileira,
05:25ela está sendo administrada de uma maneira
05:27contingenciada, né?
05:28Você corta ali, você aumenta aqui,
05:30mas o que prevalece é justamente
05:32esse malabarismo retórico, né?
05:33E aí o governo gasta mais,
05:35muito mais do que arrecada
05:37e vai deixando sempre para o próximo governo, né?
05:40Então, por isso que a gente estava falando anteriormente aqui,
05:42que a bomba vai sobrar para 2027,
05:44vai sobrar para o próximo presidente.
05:46E aí o que acontece é que o mercado percebe
05:49e os investidores percebem
05:51que a bússola econômica aqui no Brasil,
05:54ela não é econômica, ela é política.
05:57Ô Gani, vou te fazer uma pergunta,
05:58talvez nem se a gente sabe responder, né?
06:02Como que retoma essa confiança do mercado, né?
06:05Em meio à incerteza que já foi criada,
06:08apesar desse recuo, né?
06:09Essa desconfiança, como você vem apontando,
06:12já foi criada, o mal-estar já está feito.
06:15Seria medidas de cortes de gastos estruturais.
06:19É claro que o governo não vai nessa direção,
06:22ainda mais há praticamente um ano da eleição.
06:26Mas seria reformas mais duras,
06:29não reformas populistas, né?
06:31Mas a gente está falando de reformas estruturais.
06:34E claramente essas reformas, Soraya,
06:36elas têm um ônus político.
06:39Então, por exemplo,
06:40falar de uma reforma previdenciária
06:43que é urgente na situação previdenciária do Brasil atualmente,
06:48a tal da desvinculação dos gastos,
06:52tanto de educação e saúde,
06:53com as receitas da União,
06:55algo que foi implementado lá no governo Temer,
06:58continuou no governo Bolsonaro,
07:00e que é ótimo porque não torna a despesa pública explosiva
07:05e também flexibiliza o orçamento.
07:08E aí este governo voltou com essa vinculação
07:12dos gastos de saúde e educação com as receitas da União.
07:15E isso torna o gasto público muito grande.
07:18Enfrentar também a questão dos subsídios.
07:21Hoje há quase 500 bilhões de reais em subsídios.
07:25Então começar um corte também de subsídios.
07:28Agora, evidentemente que essas medidas,
07:31elas são medidas duras,
07:33que você precisa de muita negociação com o Congresso Nacional,
07:37você tem um ônus com a sociedade,
07:40e que pode aparentemente trazer um prejuízo,
07:43entre aspas, a curto prazo,
07:45mas é o que coloca o Brasil na rota do desenvolvimento econômico
07:49a médio e longo prazo.
07:51São medidas de um estadista,
07:53mas não de um populista.
07:55E é claro que eu não vejo há um ano do ano eleitoral
07:59isso sendo colocado em prática, infelizmente.
08:03Pois é, essa questão exata que eu queria trazer
08:05para os nossos comentaristas.
08:07Ô Vilela, começando contigo,
08:10dá pra gente imaginar que se possam tomar medidas amargas
08:14e que não sejam populares há um ano da eleição,
08:19à medida em que você anteriormente até disse,
08:22programa social, você tem que fazer,
08:25desde que você tenha condições para isso.
08:28E aí, não só na questão social,
08:30mas o Gani trouxe aqui outros detalhes
08:32que poderiam ser abordados pelo atual governo,
08:35mas seriam também, do mesmo jeito, impopulares.
08:38Você consegue imaginar isso em 2025,
08:40com a eleição em 2026?
08:43De forma alguma, Nonato.
08:44Infelizmente, a gente não consegue visualizar
08:47qualquer possibilidade nesse sentido,
08:50justamente por conta das práticas negacionistas
08:53do atual governo, no que se relaciona
08:55à necessidade do controle do gasto público.
08:59O fato é que, desde o primeiro momento,
09:02ao longo desses dois anos e meio,
09:04o governo tem dado sinais muito confusos
09:06para o mercado, para a sociedade,
09:08muitas vezes no sentido de demonstrar um descompasso,
09:12de demonstrar um verdadeiro negacionismo mesmo
09:14em relação a essas exigências
09:17de uma certa austeridade fiscal,
09:20que nunca foi praticada ao longo desses dois anos e meio.
09:23E justamente nesse momento,
09:25onde se avizinha o período eleitoral,
09:27onde se tem um governo que está
09:29com taxas reduzidas de popularidade,
09:32o que se vê é uma impossibilidade completa
09:35de que o governo venha agora
09:37a adotar esse tipo de medida.
09:39O fato é que, primeiro,
09:40deve-se adotar medidas como essa,
09:43que venham a colocar ordem na casa,
09:45que venham a estruturar as finanças públicas,
09:48para aí sim o governo poder,
09:50num segundo momento,
09:52conceder determinados benefícios da sociedade,
09:55que são muito legítimos,
09:56são bastante adequados,
09:57mas não podem ser feitos de uma forma atabalhoada,
10:00não podem ser feitos a qualquer custo.
10:02Até porque uma hora a conta chega
10:04e, ao fim e ao cabo,
10:06quem vai pagar essa conta
10:07somos todos nós, a população brasileira.
10:10Deise, você acredita que o governo, então,
10:12vai seguir por esse caminho
10:13ou pode ir lá na frente,
10:15de repente não tão lá na frente,
10:17a longo prazo,
10:18determinar medidas mais drásticas,
10:21com o aumento de impostos, por exemplo,
10:23em um ano eleitoral aí pela frente também?
10:26Não, impossível, Saraya.
10:27É completamente impossível.
10:29É um governo populista,
10:30tem características fortes populistas,
10:34em nenhum momento,
10:36durante os três governos do Lula,
10:38em nenhum momento ele adotou medidas mais amargas,
10:42em favorecimento de um crescimento,
10:44não vou dar uma aula de história aqui,
10:46mas no Lula 1 ele surfou uma onda
10:48que vinha do Fernando Henrique Cardoso,
10:50no Lula 2 ali a coisa começou a decrescer,
10:53mas mesmo assim ele conseguiu eleger a Dilma Rousseff,
10:55e agora em Lula 3 ele está completamente perdido.
10:58O Gani falou aqui da necessidade das reformas estruturais,
11:02a gente tem aí a necessidade ainda da regulamentação
11:04da reforma tributária,
11:06que não acontece justamente pelo ponto
11:08que o Gani tocou aqui,
11:09precisa de uma articulação com o Congresso Nacional
11:11que esse governo também não tem,
11:14então existem muitas lacunas
11:15que esse governo precisa fechar e não consegue.
11:18A gente falou muito brevemente aqui,
11:20existe a possibilidade de começar a discutir
11:23uma reforma administrativa.
11:24desde o início da discussão da reforma tributária
11:27se falava da necessidade da reforma administrativa,
11:30a gente está mencionando muito incipiamente
11:33essa reforma administrativa aqui,
11:35era impossível fazer uma reforma tributária
11:38sem a administrativa,
11:39não vai sair a administrativa
11:40como até agora não regulamentaram a tributária.
11:43Então o Brasil, quando a gente fala no Brasil,
11:45sempre me vem na cabeça uma coisa muito,
11:48um ruído, uma figura muito bagunçada,
11:52a gente não tem uma linearidade.
11:55Então agora a gente está falando
11:56na reforma administrativa,
11:58mas ela só vai servir para uma pauta
11:59para o ano eleitoral,
12:00porque ela também não vai acontecer,
12:01o nosso Estado vai continuar obeso,
12:03inchado e ineficiente.
12:05Então a possibilidade de medidas amargas
12:07para um crescimento, como o Gani falou,
12:09a médio e longo prazo, não existe.
12:11Aliás, médio e longo prazo
12:12no vocabulário do governo Lula
12:14são palavras que praticamente,
12:16eu acho que eu nunca ouvi eles falarem.
12:18E a gente faz, eu tenho a cabeça muito virada
12:21para a análise de discurso,
12:22eu não lembro de ouvir palavras
12:23de médio e longo prazo,
12:24ou pelo menos elas não sendo colocadas
12:26efetivamente em prática.
12:28Alan Gani, o ministro Haddad também falou
12:31que as medidas não atingiriam
12:33as pessoas físicas
12:34nas modalidades empréstimos consignados,
12:36o cheque especial, entre outros.
12:39E aí perguntaram para ele,
12:40tá, mas e a questão do IOF
12:42no cartão de crédito internacional
12:45para as compras internacionais,
12:47as transações internacionais?
12:48Ele disse, nós estamos equalizando isso,
12:50ele não chamou isso de um reajuste
12:52ou de um aumento,
12:53mas o fato é que o cartão de crédito
12:54e a conta internacional
12:55vão pagar mais IOF, não Gani?
12:58Pois é, um jogo de palavras, né,
12:59a era do eufemismo em relação ao crédito,
13:02é claro que acaba encarecendo,
13:04porque você está encarecendo
13:06o custo para a instituição financeira.
13:09E aí a instituição financeira
13:11repassa na taxa de juros final.
13:13Então olha aqui, curioso,
13:15o governo de um lado, ele flexibiliza
13:17o crédito consignado,
13:20então ele dá ali, né,
13:21aquela ilusão de que ficou mais fácil
13:23você tomar o crédito consignado
13:25com a garantia do FGTS,
13:27que aliás é o seu próprio recurso,
13:29e depois vai tributar
13:31este mesmo crédito consignado,
13:34porque está tributando
13:35a instituição financeira
13:36e evidentemente que a instituição financeira
13:38repassa isso na taxa,
13:40no preço final.
13:41Esse é o primeiro ponto.
13:42Em relação ao segundo ponto,
13:44Nonato, veja,
13:46a partir do governo Bolsonaro,
13:48o ministro Paulo Guedes,
13:50ele começou a adotar
13:51uma redução gradual
13:54do IOF para o cartão de crédito
13:57e o cartão de débito internacional,
14:00quando a pessoa faz uma viagem
14:02ao exterior.
14:03Então vinha caindo, né,
14:04de R$ 6,38 para R$ 5,38,
14:06o ano passado R$ 4,38,
14:08seria R$ 3,38 agora em 2025
14:12até zerar,
14:13seguindo a orientação dos países do OCDE.
14:17Para você fazer parte ali do OCDE,
14:19você precisa também zerar os impostos
14:22de operações financeiras internacionais.
14:25Então, o Brasil vinha nessa direção
14:27e de repente a gente dá um cavalo de pau
14:29e de R$ 3,38 agora sobe novamente
14:33para R$ 3,5%.
14:35Isso significa, Nonato,
14:37que numa compra no exterior,
14:39você vai gastar lá R$ 100 no perfume,
14:42seja no cartão de crédito,
14:43seja no cartão de débito,
14:46na verdade não vai sair por R$ 100 este perfume,
14:49vai sair por R$ 103,50.
14:54E lembrando que isso não vale só
14:55para os Estados Unidos,
14:57mas para qualquer país do mundo,
14:59porque o imposto não é apenas no dólar,
15:02mas para qualquer moeda estrangeira.
15:06E esse aumento, Gani,
15:08o aumento do IOF para as empresas
15:10que dependem de importações
15:12ou que realizam transações
15:14com fornecedores internacionais.
15:16E aí, como você disse,
15:17um dos efeitos imediatos
15:19seria repassar tudo isso para o consumidor.
15:21Ah, exatamente.
15:22Porque qualquer aumento de imposto,
15:26ele traz uma perda da atividade econômica.
15:29O que a empresa faz num primeiro momento?
15:32Ela repassa no preço.
15:34Só que muitas vezes,
15:36ela não consegue repassar integralmente no preço.
15:40Então você tem uma situação
15:41onde quem acaba arrecadando é o governo,
15:45o produto fica mais caro para o consumidor,
15:50e a empresa está perdendo vendas.
15:52Por quê?
15:52Porque se fosse um preço menor,
15:56ela conseguiria vender mais.
15:58Por isso que a gente fala que um imposto,
16:00uma linguagem técnica em economia,
16:02ele gera um peso morto,
16:04porque ele acaba encarecendo
16:07o produto final para o consumidor.
16:10E aí eu estou falando,
16:11pode ser produto físico,
16:12ou pode ser serviços,
16:14mas de alguma maneira,
16:15encarece o produto lá na frente,
16:18encarece o crédito,
16:19encarece a mercadoria,
16:20o que quer que seja,
16:21e a empresa, por sua vez,
16:23também vai vender menos.
16:25No caso, por exemplo, de um banco,
16:26ele vai oferecer menos crédito.
16:29Quem acaba se beneficiando com essa situação
16:31é o governo.
16:33Agora, também tem que tomar cuidado,
16:34porque se você tributa muito,
16:36o que acontece?
16:37Pode ocorrer uma perda grande
16:40da atividade econômica,
16:42e o governo, inclusive,
16:44perder a sua arrecadação
16:45por perda da atividade econômica.
16:48Nós estamos repercutindo aqui
16:50as medidas tomadas pelo governo,
16:51porque um dia após o anúncio
16:53do bloqueio de 31 bilhões de reais
16:54do orçamento,
16:56e novas medidas, né,
16:57para tentar equilibrar as contas públicas,
16:59o ministro da Fazenda,
17:00Fernando Haddad,
17:01afirmou que alterações
17:03não afetam a grande massa,
17:06e que o IOF,
17:07cobrado atualmente,
17:09é menor do que o do governo anterior.
17:11Seguimos aqui abordando esses assuntos,
17:13e vamos ouvir um trechinho
17:14do que disse o ministro?
17:16Havia muita discrepância
17:17entre tratamentos diferentes,
17:19quem tinha uma brecha,
17:21a gente fechou as brechas,
17:23né,
17:24lembrando que
17:25esse governo,
17:27provavelmente,
17:28é o que tem as alíquotas
17:29mais baixas de IOF,
17:31se você considerar
17:32as alíquotas praticadas
17:33ao longo de quatro anos
17:34do governo anterior,
17:36elas eram muito mais elevadas,
17:38né,
17:38então nós entendemos
17:39como um movimento correto
17:40fazer essa adequação
17:41de redução,
17:43mas corrigindo as distorções.
17:46Durante a fala do ministro
17:48da Fazenda,
17:48Fernando Haddad,
17:49a jornalistas,
17:50ele comentou sobre
17:51o contato que mantém
17:53diariamente com o presidente
17:54do Banco Central,
17:55Gabriel Galípolo.
17:56Vamos ouvir.
17:57Eu converso com o Galípolo
17:59frequentemente,
18:00e eu disse a ele
18:02que nós íamos tomar medidas
18:03em relação à despesa,
18:04em relação à receita,
18:06mas,
18:07conforme eu respondi,
18:09a minúcia do decreto
18:11não passa pelo Banco Central.
18:13então não há
18:15uma análise criteriosa
18:16medida a medida
18:17de decisões
18:19do presidente da República
18:20no Banco Central.
18:21Não é esse o procedimento.
18:24Alan Gani,
18:25eu estava acompanhando aqui
18:26a repercussão entre os empresários,
18:27alguns apostando
18:28que pode ter impacto
18:29na inflação,
18:32outros falando
18:33que é necessário
18:35aquele corte de gastos,
18:37corte de despesas
18:37e uma reavaliação
18:39da nossa economia,
18:40senão ela não se sustenta.
18:42Qual é a tua impressão
18:43depois de tudo isso?
18:44Eu concordo com esse grupo
18:46de empresários,
18:47você precisa
18:48de um corte
18:49de gastos
18:50efetivamente
18:50para reduzir
18:51esse dólar,
18:52para ter menos impacto
18:53inflacionário,
18:54para reduzir
18:55essa taxa de juros,
18:56para também
18:57conter a inflação.
18:59Essas medidas,
19:00como o aumento
19:00do IOF,
19:01são medidas
19:02paliativas
19:03e que não trazem
19:05resultado
19:06a médio e longo prazo
19:07para a sociedade brasileira,
19:08muito pelo contrário.
19:10Obrigado,
19:10Alan Gani,
19:11fazendo aqui a análise dele
19:12também a respeito
19:13dessas medidas,
19:14certamente seguiremos
19:15nesse assunto também
19:15durante a programação
19:17aqui do jornalismo
19:18da Jovem Ipa.
19:19Obrigado,
19:19obrigado.
19:19Obrigado,
19:20obrigado.
19:20Obrigado,
19:20obrigado.

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