O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma reunião marcada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir novas medidas que a equipe econômica pretende adotar para reduzir os gastos públicos e cumprir as metas fiscais. Deysi Cioccari e Cristiano Beraldo comentaram.
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NotíciasTranscrição
00:00O governo retoma hoje as discussões sobre mais um corte de gastos. A equipe econômica evita falar em um novo pacote fiscal, mas admite que medidas pontuais serão adotadas para equilibrar as contas públicas. A reportagem é de Janaína Camelo.
00:16O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião marcada com o presidente Lula nesta semana para tratar de novas medidas que a equipe econômica pretende adotar para reduzir gastos e cumprir as metas fiscais.
00:31Haddad nega se tratar de um novo pacote fiscal, mas sim de medidas pontuais. Inicialmente, o plano do Ministério da Fazenda seria entregue à Lula na semana passada, mas o compromisso precisou ser adiado com a ida do presidente a Uruguai para o velório de Pepe Mujica.
00:47As medidas pontuais, segundo Fernando Haddad, envolvem soluções para, nas palavras dele, gargalos, tanto do ponto de vista das receitas quanto das despesas.
01:00A meta fiscal para este ano é de déficit zero, mas permite uma tolerância de 0,25% do PIB, o que representaria 31 bilhões de reais.
01:12A preocupação no cumprimento da meta fiscal recai também no rombo da fraude do INSS de bilhões de reais que o governo se comprometeu a pagar aos pensionistas e aposentados que foram lesados com os descontos indevidos.
01:27O governo ainda não sabe de onde sairá o recurso para o pagamento, mas Haddad afirma que o crédito extraordinário para o ressarcimento não está em discussão.
01:36O crédito extraordinário não conta para o cumprimento da meta de resultado primário e está fora do limite de crescimento dos gastos do arcabouço fiscal.
01:44Além disso, a reunião de Haddad com Lula e o anúncio das medidas pontuais estarão na mira do mercado financeiro,
01:52que no ano passado viu o governo federal anunciar um pacote enxuto de cortes e, ao mesmo tempo, a isenção do imposto de renda aos que recebem até 5 mil reais.
02:03Vamos ouvir mais uma vez os nossos comentaristas aqui no Jornal da Manhã, hoje conosco a Deise Siocar e também o Cristiano Beraldo.
02:12Deise, quero te ouvir, né? O governo diz que serão medidas pontuais, mas já admite que são diversos os gargalos.
02:20Então, será que essas medidas pontuais serão suficientes para equilibrar as contas públicas?
02:25Não, Soraya. Me chama a atenção a recusa do ministro em usar o termo pacote fiscal, né?
02:34Como se o problema fosse de semântica e não de desorganização do governo.
02:38Porque o que a gente tem visto aqui, a Becht estava mostrando na reportagem anterior, né?
02:42O governo não consegue ajustar suas contas porque é um governo que gasta mais do que arrecada.
02:47E não é um governo que arrecada pouco, não. Arrecada muito.
02:51Só que não sabe organizar suas contas, né? Ou não tem prioridades, né?
02:54Como uma dona de casa normalmente tem, né? A gente tem que ir ali priorizar o que vai gastar, o que não vai.
02:59Como o aposentado do INSS sempre teve que priorizar, ali, eu vou comprar um remédio ou eu vou gastar com gás.
03:06Mas aí tinha alguém lá do estado desviando o dinheiro dele.
03:09O governo não consegue fazer essa simples conta que a gente faz todos os dias, né?
03:12E aí o ministro Fernando Haddad, ele recusa usar o termo pacote fiscal, mas o governo vai ter que buscar se entender aí.
03:19Porque essa isenção do imposto de renda para pessoas que ganham até 5 mil reais, a Becht, reitero, mostrou na reportagem anterior
03:26que isso vai causar um déficit nas contas públicas.
03:29E não pensem que é o governo que vai tirar dos ministérios ou vai tirar das viagens ao exterior
03:34ou vai tirar de reforma de gabinete para compensar esse déficit.
03:38Então, o que o ministro Haddad tem que fazer agora é demonstrar um pouco mais de clareza na metodologia desse ajuste,
03:45já que ele não quer utilizar o termo pacote fiscal, mas tem que usar um pouco mais de clareza e metodologia
03:50para explicar o que vai fazer.
03:52Porque até agora está só falando, olha, vai ter um ajuste aqui, não é um pacote fiscal, mas não detalha.
03:57E é por isso que o mercado não confia no Brasil.
04:00É por isso que a gente não tem mais investimentos.
04:02Porque tudo aqui é muito superficial, é muito a curto prazo, não existe um detalhamento das coisas.
04:10Enquanto isso, a gente vai se embaralhando aqui dentro e o governo federal segue só com essas narrativas
04:14ou tentando mudar a semântica de coisas extremamente sérias.
04:19Cristiano Beraldo, queria te ouvi-lo também, porque quando a gente fala em medidas pontuais,
04:24talvez na nossa cabeça venha aquela impressão de uma peneirinha com água subindo.
04:29Você tapa um buraquinho aqui e a água continua subindo, tapa o outro ali e a água continua subindo.
04:33Você não tem uma medida que efetivamente possa sustentar toda essa água que está escapando pelos buraquinhos,
04:39Oberaldo, qual é a tua impressão disso?
04:42Olha, Nonato, o governo age como aquela família, o pai e a mãe têm um filho doente,
04:48o orçamento apertado, o pai fica gastando dinheiro no jogo do tigrinho e no bar.
04:53A mãe está preocupada em comprar as coisas que ela vê na internet, nas redes sociais,
04:59porque ela precisa estar na moda.
05:01E o filho está lá doente, sem remédio, está faltando comida em casa,
05:05mas eles não estão preocupados com isso.
05:08Assim é o governo.
05:09Ele vai buscando um resultado que inexiste porque ele não agiu para fortalecer a atividade econômica.
05:18E é só assim que um país cresce, é só assim que um país consegue ter dinheiro para sustentar as suas despesas,
05:24se ele fizer a economia crescer, avançar.
05:27Só que temos hoje, na realidade, uma taxa de juros altíssima que desestimula o investimento.
05:34O empresário não vai fazer investimento tendo que pegar dinheiro neste patamar de juros que temos no Brasil.
05:40Se os empresários não fazem investimento, obviamente não vão gerar emprego.
05:44Aqueles que estão tentando pagar as suas contas estão sendo muito pressionados por uma dinâmica de um país que não funciona.
05:52Alta carga tributária, alta taxa de juros, ineficiência da mão de obra.
05:56Nada disso está sendo tratado pelo governo.
05:58Então não tem como ter nada diferente do que estamos vendo agora.
06:03É esse governo absolutamente incapaz de gerir as contas públicas a favor do país.
06:10Eles estão gerindo as contas públicas a favor de um discurso político eleitoral para as eleições de 2023, 2026.
06:19Mas e o Brasil? E os brasileiros?
06:21Ah, isso aí eles vão ver depois.