- 19/06/2025
No Visão Crítica, Juliana Inhasz, Jason Vieira e Augusto Teixeira analisam se o mundo vive uma nova corrida armamentista, impulsionada pelo conflito entre Israel e Irã e pela tensão crescente entre potências como Estados Unidos, Rússia e China. Avaliam os impactos econômicos, militares e geopolíticos desse cenário e os riscos para a estabilidade global.
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NotíciasTranscrição
00:00Eu coloco ao professor, ao professor também, nosso professor aqui, o Jason, a seguinte questão.
00:07Tudo indica, e a Juliana tocou de passagem nisso também, nós vamos entrar, já estamos presentes numa corrida armamentíssima.
00:15De um lado, na Europa, pelos reflexos da guerra com a Ucrânia e a retirada dos investimentos militares americanos na Europa,
00:23inclusive colocando em risco a OTAN, ninguém sabe se ela vai permanecer ou ela pode ser até extinta ou mudar a sua estrutura.
00:32E o orçamento agora votado americano é enorme, um gasto armamentista fabuloso e com rombo fiscal daqueles.
00:41E tudo indica que agora os conflitos no Oriente Médio vão fazer com os países da região,
00:46que têm muitos recursos devido à exportação de petróleo, vão intensificar ainda mais a corrida armamentista.
00:52Como é que fica essa questão da corrida armamentista, esse conflito, que não é o único no mundo,
00:58mas é o que chama mais a atenção por estar numa zona muito sensível?
01:02Os Estados Unidos têm uma posição relativamente privilegiada nesse contexto.
01:07Primeiro, que é o maior fornecedor mundial de armas.
01:09Israel acaba também se beneficiando, que é o maior fornecedor de tecnologia armamentista.
01:14Então, em algum momento, há uma vantagem.
01:17Não é muito do viés do Trump se utilizar do expediente militar para gerar estímulo macroeconômico.
01:25É uma deturpação do neokinesianismo, utilizando o gasto militar para fazer estímulo econômico no país.
01:34Eu também sequer sigo a linha keynesiana, mas, de certa maneira, os republicanos,
01:39que se dizem tão liberais econômicos, acabavam no passado se utilizando muito desse expediente.
01:43Mas o que acontece hoje em dia é que, dentro do próprio Partido Republicano nos Estados Unidos,
01:48existe uma oposição da intervenção dos Estados Unidos dentro,
01:51porque esse novo Partido Republicano é mais liberal em termos econômicos
01:57e está discutindo, não tanto o Congresso, mas uma parte significativa do Partido Republicano.
02:03Inclusive, apoiadores mais recentes, como Elon Musk, estão discutindo a questão dos gastos americanos.
02:09E de maneira muito grave.
02:11Agora, pela questão europeia, a Europa teve uma vantagem em cima dos Estados Unidos por muitos anos,
02:18e o que eu sempre digo, o Trump, muitas vezes, tem temas corretos operados da maneira errada.
02:27Por exemplo, a discussão do papel que os Estados Unidos teve durante mais de 50 anos na Europa,
02:33muito mais que 50, 60, quase 70 anos na Europa,
02:36em proteger a Europa, e a Europa conseguiu fazer aquela famosa escolha que nós temos na economia
02:41entre o canhão e a manteiga, e eles conseguiram escolher a manteiga,
02:45porque eles tinham a polícia do mundo policiando a eles ali, fazendo, na Alemanha praticamente,
02:51uma cortina de ferro contra qualquer avanço, mesmo que tenha sido depois da queda do comunismo na Rússia,
03:01na União Soviética, que depois virou a Rússia, você tinha os Estados Unidos como um grande protetor daquilo todo.
03:07E para eles foi muito fácil.
03:09O problema é que a Europa, hoje em dia, ela carece de um elemento de inovação e de tecnologia e de indústria
03:16que consiga olhar a Europa para o futuro.
03:19Só a imigração em massa, errada do jeito que eles fizeram agora, não vai resolver o problema europeu.
03:24Porque a imigração, sim, ela é uma resolução de diversos problemas econômicos no mundo,
03:29feita de maneira correta.
03:31O Reino Unido fez durante muitos anos de maneira correta, nos últimos cinco anos fez de maneira desastrosa.
03:36E tudo isso faz diferença.
03:38E essa corrida armamentista na Europa, nós não sabemos se ela vai vingar também.
03:42Porque a Alemanha está tentando capitanear isso,
03:45porque tem todos os interesses, até por questões fronteiristas muito próximas ali,
03:49mas, ao mesmo tempo, existe a possibilidade de que, ainda que esteja quente o conflito entre Ucrânia e Rússia,
03:58que esse conflito se resolva de alguma maneira.
04:00Não vai ser da maneira ideal, vai ser praticamente com a perda de território ucraniano.
04:07Não vejo outra maneira de isso acontecer, infelizmente.
04:11Pelo menos a região ali do...
04:14Dombás.
04:16Não, não.
04:17A Crimeia.
04:17A Crimeia, no mínimo, eles vão perder, porque a Crimeia já era um protetorado russo, de certa maneira,
04:23já tinha...
04:23Era um conclave russo, com língua russa, cultura russa.
04:26Dificilmente eles vão recuperar aquilo.
04:28Mas tem a região de Dombás, tem outras regiões que são produtoras de ferro,
04:31com terras férteis, riquíssimas, que os russos vão tentar pegar.
04:35A China não está em condições econômicas, incrivelmente, de entrar no conflito global.
04:39E o Irã não teve o apoio de outros países.
04:44Eu não digo árabes, porque eles são persas, mas de outros países islâmicos, da maneira como eles imaginavam que teriam.
04:49Mesmo porque esses países estavam enfraquecidos, dado uma série de ataques que fizeram os navios comerciais ali,
04:56os ruts, coisas parecidas.
04:58Eles já estão enfraquecidos e a presença americana já estava muito grande ali.
05:01Ou seja, olha a complexidade do evento.
05:03A gente pode chegar num ponto que nem a corrida armamentista vai ocorrer.
05:06E no meio do caminho, você vai ficar todo mundo meio...
05:11O que nós vamos fazer agora?
05:12Porque nós temos...
05:13Tem razão, Estados Unidos...
05:15Ainda é a polícia do mundo, ainda é o Banco Central do Mundo.
05:19E tudo depende e passa pelo dólar, necessariamente.
05:22E o dólar tem passado desde o começo do ano,
05:24e nós estamos conseguindo, inclusive, como fundo de investimento, aproveitar bastante isso,
05:28de um ciclo de desvalorização nessa perspectiva de incertezas em relação à guerra comercial.
05:33Só que, do que nós estamos imaginando, o dólar pode estar chegando num momento de virada.
05:40E isso faz uma diferença em termos de inflação global, ajuda os Estados Unidos,
05:44mas outros países, especialmente emergentes como nós, aqui no Brasil, podem sofrer com isso.
05:48Então, olha a complexidade do cenário.
05:50Nós falamos aqui desde questões armamentistas até questões geopolíticas,
05:55no fim, por uma questão meramente comercial.
05:57E tudo isso, no fim, pode ser que, assim, existe a concreta possibilidade
06:02de que a maioria dessas coisas sequer aconteça.
06:04É verdade.
06:05Professora Juliana, pegando o gancho, olhando a região e olhando o mundo também,
06:10mas na região, certamente, vão aumentar ainda mais os gastos militares,
06:14por exemplo, da Arábia Saudita.
06:15Com toda certeza, inimigo milenar dos persas.
06:19Quer dizer, que muitos imaginam, nós temos insistido no nosso programa aqui,
06:23de falar, não é uma questão dessa década, desse século.
06:26Tem questões que vão lá, algumas, inclusive, no período anterior a Cristo.
06:30Então, é uma longa história, né?
06:32Que as pessoas querem resumir uma questão estritamente contemporânea.
06:37Então, falo em corrida armamentista.
06:39O próprio Jason lembrou o caso da Alemanha.
06:41Então, deve ser, acho que daqui a pouco, o terceiro, o quarto orçamento militar do mundo.
06:47E quando se fala nisso, e a gente lembra da Segunda Guerra Mundial,
06:50a gente fica temeroso.
06:52Imagina se a alternativa para a Alemanha vencer a próxima eleição,
06:55o partido neonazista.
06:57Bem, o que pode ocorrer é isso em reflexo na Europa.
07:00Agora, e lembrar também que o presidente Eisenhower,
07:03no último discurso que ele fez,
07:04antes de transmitir o governo para o Kennedy, em 61, no início do ano,
07:09ele usou uma expressão que se consagrou à época do complexo industrial militar,
07:13que pressionava, pressionava.
07:14E ele era um militar, e era contra essas pressões e esses gastos.
07:17Mas os gastos continuam aumentando.
07:19Eu passo a professora e coloco a seguinte questão.
07:22E aí, a tendência é essa, especialmente ali no Oriente Médio,
07:26que eu estou olhando o Egito, que daqui a pouco vamos falar dele,
07:28mas vem da Arábia Saudita, vem dos outros países,
07:31os pequenos emirados também ali no Golfo Pérsico.
07:34Como isso pode acontecer?
07:35De fato, eles estão, a possibilidade de um conflito faz com que todo mundo queira se preparar.
07:41E a gente tem visto isso de uma forma muito clara.
07:44O conflito acontece justamente porque Israel se incomoda
07:47com a possibilidade do armamento nuclear que, teoricamente, Irã está desenvolvendo.
07:53E é óbvio, Israel não quer pagar para ver.
07:56O que a gente está vendo agora é Israel, na verdade,
07:59tentando de alguma forma se antecipar as possibilidades
08:02da existência de um armamento nuclear dentro do Irã.
08:07Agora, como você muito bem falou, Vila,
08:08a gente está falando de questões que se remontam a antes de Cristo.
08:11É um momento onde houve a divisão ali do território,
08:15de toda a história que envolve Abraão e toda a questão bíblica
08:20que muito bem colocada está ali, inclusive, nos primeiros livros do Velho Testamento.
08:25Então, a gente está falando de questões que realmente vão muito além de,
08:29especialmente, um conflito atual, uma questão geopolítica atual,
08:34e remontam a questões muito antigas.
08:37Então, é óbvio que eles têm muitos interesses, naturalmente,
08:41de, provavelmente, seguir com esses conflitos.
08:44Só que, como o Jason muito bem falou,
08:46a gente tem tantas incertezas e eles precisam, de alguma forma,
08:50ser financiados ou validados por alguém.
08:52Então, Israel só está dentro dessa história
08:54porque conta, ainda que de uma forma pouco intensiva,
09:00com apoio americano.
09:01Da mesma forma, a Irã está ali porque conta e tem apoios
09:05de outras eventuais grandes potências.
09:08A Rússia está ali meio perto por conta de relações comerciais.
09:12A própria China, que realmente, nesse momento,
09:15não tem condições de pensar em problemas dos outros.
09:18E até a própria economia americana, que nesse momento parece
09:21que tem questões internas muito mais relevantes
09:24do que entrar na guerra que os outros colocam
09:28em questões muito particulares.
09:30Então, eu acho que, naturalmente, ali, no foco do conflito,
09:34existe muito interesse que essa corrida armamentista aconteça.
09:38Eles têm tecnologia e, nesse aspecto, Israel sai muito na frente.
09:42Israel tem uma tecnologia para a indústria armamentista
09:44extremamente refinada.
09:47Só que o Irã também desenvolveu isso ao longo do tempo.
09:50Inclusive, hoje, a própria Rússia usa a tecnologia iraniana
09:55para drones para estar aqui na Ucrânia.
09:57Então, eles têm, sem dúvida, um grande incentivo
10:01a que essas indústrias se desenvolvam.
10:04A questão é qual é o tamanho da disposição dos outros financiamentos
10:08para que isso continue.
10:09Porque a gente está falando de um investimento e de um recurso
10:13que, certamente, tem que sair de outras áreas
10:16para financiar a corrida armamentista
10:18e fazer com que alguém tenha algum tipo de vantagem ali.
10:21Aparentemente, esse tipo de conflito nunca vai cessar.
10:27Então, eles sempre terão uma indústria armamentista
10:29tentando fazer com que eles consigam ter algum tipo de vantagem
10:33e sair na frente dentro desses conflitos.
10:36Agora, a realidade se impõe.
10:38E a realidade hoje, ali no Oriente,
10:40é que Israel já tem outros conflitos,
10:43tem a questão séria com o Hamas e a faixa de Gaza
10:45e agora está tendo que passar por um outro momento.
10:48Então, naturalmente, ele toma a dianteira
10:51tentando fazer com que essa indústria bélica do Irã
10:55consiga, de alguma forma, seja afetada.
10:58Porque, claro, ele já tem problemas internos bem grandes
11:02e se o Irã virar um problema adicional,
11:04as questões lá ficam bem piores.
11:07E as questões econômicas, nesses casos, só deterioram.
11:10Eles são países que, provavelmente,
11:12não conseguem fazer a sua economia se movimentar tanto
11:15e ter tanta evidência só com a indústria bélica.
11:18Porque o outro lado social dentro dessas economias
11:21é um social bem complicado.
11:23Professor Augusto Teixeira,
11:25como é que, professor, você analisa essa questão
11:28da corrida armamentista na região, especialmente,
11:32mas não só, mas especialmente na região do Oriente Médio,
11:35e a tendência do que isso possa ocorrer?
11:38Porque, afinal, claro, há um avanço tecnológico fabuloso
11:42no campo da indústria armamentista.
11:44Basta ver a inovação dos drones,
11:47que nós estamos acompanhando a guerra da Ucrânia,
11:49coisas assim fantásticas, que ninguém imaginaria com drones
11:52você destruir 41 aviões, né?
11:56Uma coisa incrível para quem estuda a história militar.
11:59Mas, na sua opinião, como é que fica essa questão
12:02dessa corrida armamentista, que certamente já existe
12:05e vai se intensificar no Oriente Médio?
12:07A questão da corrida armamentista contemporânea,
12:12ela é muito bem exemplificada por um dado, por exemplo,
12:17explanado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres,
12:21em que afirma que, nos últimos anos,
12:23os gastos militares têm evoluído de forma sistemática
12:27no mundo inteiro, basicamente,
12:29e aí, notadamente, na Europa, nos últimos anos,
12:33e também no Oriente Médio,
12:34que tem taxas de investimento na área militar
12:36extremamente elevadas.
12:38E diversos desses países possuem,
12:41na composição do seu gasto militar,
12:43não apenas o gasto com o pessoal,
12:45mas o gasto em custeio e em investimento.
12:48E muito desse investimento vai para pesquisa e desenvolvimento,
12:51vai para aquisição e modernização de sistemas de defesa.
12:55Então, isto, em grande medida,
12:57ocorre no marco de um fenômeno mais amplo,
13:00que é aquilo que a gente chama de dilema de segurança.
13:02Ou seja, nós vivemos um mundo em que a hegemonia americana
13:06não apenas começa a ser contestada,
13:09como os Estados Unidos começam a adotar medidas
13:12que os pilares que constituem e sustentam
13:15a sua posição no globo começam a erodir.
13:18Então, hoje, é muito comum a discussão da chamada multipolaridade,
13:22ou seja, diversos polos de poder no globo
13:25que buscam reorganizar suas regiões,
13:28como a Rússia, na Ásia, na Europa, Barra Ásia ou Eurasia,
13:32a China, no leste asiático, por exemplo,
13:34que buscam ter um grau de senhoridade em suas próprias regiões.
13:40E, obviamente, essa mudança da conformação geopolítica global,
13:43vila, ela é sustentada ou lastreada por uma dinâmica de força,
13:48seja o uso da força direta
13:49para tentativa de resolução de problemas geopolíticos,
13:52como é a guerra na Ucrânia sob a perspectiva russa,
13:55seja por parte de Israel entregando a violência contra o Irã
13:58no sentido de um redesenho do mapa geopolítico do Oriente Médio,
14:02ou, no caso da China,
14:04com ações sucessivas no sentido de, em grande medida,
14:08tentar realizar o controle da chamada primeira cadeia de ilhas.
14:12E todo esse processo de redesenho geopolítico
14:14de mudança de poder global é lastreado em armas.
14:18E é lastreado numa corrida de dilema de ofensiva defesa
14:22e de superioridade tecnológica,
14:24que, para quem acompanha,
14:26seja a economia política internacional
14:28ou a segurança internacional,
14:30vai observar que existe uma corrida muito clara
14:32em questão de inteligência artificial,
14:35tecnologias quânticas,
14:36ou seja, tecnologias de caráter disruptivo.
14:39E que, por outro lado,
14:41apesar dessas tecnologias serem de nicho,
14:43essencialmente focadas nas grandes potências,
14:46tem, por outro ponto,
14:48uma diversificação do acesso
14:49de um conjunto de tecnologias
14:51que têm um grau de ser utilizadas
14:53como arma muito elevada,
14:55como você bem coloca, os drones,
14:57que são tecnologias que hoje
14:59grupos armados não estatais,
15:01como facções criminosas no Brasil,
15:03podem utilizar,
15:04seja para fazer ações de reconhecimento
15:06de seus inimigos,
15:07ou para atacá-los diretamente
15:09lançando granadas.
15:11Então, se nós considerarmos
15:12esse cenário internacional
15:13com mudança ou redesenho
15:15do mapa geopolítico regionalmente colocado,
15:18com a crise da hegemonia americana,
15:20somado a um processo de aumento de gasto,
15:23aumento da tecnologia militar
15:24e a sua proliferação no globo,
15:27tem-se, em grande medida,
15:28os componentes nos quais
15:31a guerra, enquanto instrumento da política,
15:34se torna muito mais comum,
15:36muito mais usual
15:37do que esperar
15:38uma resolução
15:39por parte do Conselho de Segurança da ONU
15:41na tentativa de resolução
15:43dos problemas da segurança global.
15:45É por isso que esse momento
15:46em que temos a ação de Israel
15:47contra o Irã
15:48é explicado por Israel
15:50como uma ação preventiva,
15:52visto, na perspectiva israelense,
15:53da iminência
15:54da detenção de armas nucleares
15:56pelo Irã,
15:57algo que ocorre
15:58fora do escopo
15:59do Conselho de Segurança da ONU.
16:00Da mesma forma
16:01que ações de força do Iêmen
16:03contra a navegação
16:04no Mar Vermelho
16:06também constituem ações
16:07de um grupo armado
16:08não estatal
16:09fora do escopo
16:10da segurança internacional
16:12da sua arquitetura.
16:13Então, é um mundo
16:14muito mais violento
16:15no qual a economia,
16:16o financiamento,
16:17a economia da indefesa
16:18tem uma dimensão
16:19profundamente relevante
16:20para a sustentação
16:21desse redesenho geopolítico
16:23e que, em grande medida,
16:25gastar mais em defesa
16:26e gastar bem
16:27não apenas em equipamento
16:29mas em doutrina,
16:30treinamento e prontidão operacional
16:32são elementos fucrais.
16:34E essa guerra
16:35ela mostra muito bem isso
16:36quando nós vemos
16:37o Israel
16:38basicamente com superioridade
16:39aérea local
16:40no Ocidente iraniano
16:42e a defesa de aérea iraniana
16:44sem essa capacidade.
16:45Ou seja,
16:46o domínio do ar
16:47como pensava do Iê
16:48lá no começo do século XX
16:49é fundamental
16:51para o sucesso
16:52do campo operacional
16:53e tático
16:54na guerra contemporânea.
16:55Ou seja,
16:56tecnologia,
16:57gasto militar
16:58e orientação política
16:59para a construção de objetivos
17:01ainda são elementos
17:02muito presentes no lê.
Recomendado
51:46