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  • 28/05/2025
Os especialistas em relações internacionais Karina Calandrin e Danilo Porfírio de Castro Vieira debatem no Visão Crítica sobre o atual cenário da guerra no Oriente Médio e avaliam se há alguma solução a curto prazo para o conflito que tem Israel como protagonista.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=mDvzbDArKYc

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Transcrição
00:00Vamos começar primeiro com a discussão ali na Israel, questão da faixa de Gaza e um conflito
00:06que é raro, tão extenso, entre um Estado constituído e um grupo terrorista, no caso o grupo Hamas.
00:13Eu começo com a professora Karina, que inclusive tem experiência de estudo na região, na Universidade de Haifa.
00:20Eu pergunto para a senhora, a perspectiva hoje, e esse conflito começou em outubro,
00:25esse conflito mais recente. Qual a possibilidade de encontrar uma solução?
00:30É possível uma solução a curto prazo?
00:33Eu não vejo essa possibilidade. Isso porque um lado quer a destruição do outro.
00:40E o governo de Israel, a cada semana, tem demonstrado que tem intenções de expandir a sua dominação para a faixa de Gaza.
00:49Então, membros do governo, que hoje é uma aliança de partidos, lembrando,
00:53O governo de Israel é um governo parlamentarista de coalizão.
00:57Então, não é um partido que foi eleito, não é como no Brasil, que se elege um presidente por voto majoritário.
01:03Então, você tem um partido que forma uma coalizão para ter maioria no parlamento e assim formar o governo.
01:10Essa coalizão hoje de Israel é formada por partidos basicamente religiosos, judaicos,
01:15o partido do Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro, que é um partido de direita tradicional israelense, o Likud,
01:22e partidos de extrema direita, partidos que são herdeiros do movimento carranista,
01:27que é um movimento extremista dos anos 90, que nunca tinha conseguido alçar um espaço no governo
01:33e conseguiram mais recentemente neste governo atual.
01:37E eles têm demonstrado abertamente uma intenção de ocupar a faixa de Gaza, que foi desocupada por Israel em 2005.
01:45Então, já tem 20 anos essa situação e têm demonstrado cada vez mais essa intenção, essa vontade.
01:53Isso impede um acordo, impede uma negociação.
01:57Do outro lado, Hamas não aceita a existência de Israel, não reconhece os acordos de Oslo,
02:02que foram assinados nos anos 90 com a Organização para a Libertação da Palestina,
02:06que hoje forma a Autoridade Nacional Palestina, com o Fatah.
02:11Então, é um lado que não reconhece a existência do outro.
02:14Assim, não é possível vislumbrar o fim do conflito.
02:18E, infelizmente, quem sofre são os civis, que vivem uma catástrofe humanitária.
02:24Professor Danilo, frente a isso que colocaram a professora Karina,
02:28antigamente nós tínhamos, eu digo antigamente nós tínhamos,
02:31que na prática a ONU hoje, infelizmente, é irrelevante nessas grandes questões internacionais.
02:38E tinha, em certa época, importância e até tentou várias vezes,
02:42lembrando que o Estado de Israel nasce com uma deliberação da própria ONU,
02:46numa assembleia sob a direção de um brasileiro do Azul da Aranha, não custa relembrar.
02:51Como é que fica isso?
02:52Porque antes nós tínhamos ONU, antes nós tínhamos União Soviética e Estados Unidos.
02:57Hoje, com o fim da Guerra Fria, a União Soviética virou Rússia,
03:00e mais uma dúzia e meia quase de repúblicas.
03:03Como é que fica, sem a participação internacional?
03:05Porque é muito difícil, pelo que a própria doutora Karina colocou,
03:09uma conciliação, uma possibilidade de acordo entre dois antagonismos efetivos.
03:14E aí, como sair dessa?
03:16Professor Vila, nós temos que analisar a situação da ONU,
03:22como outras organizações internacionais,
03:25como um momento de redesenhar.
03:30E é um redesenhar não apenas das instituições,
03:34mas desse novo palco político, dessa nova visão de cosmos político
03:41que nós estamos testemunhando ser construído.
03:45Então, nós vemos o quê?
03:47Que a ONU, outrora, como a OTAN,
03:50na perspectiva securitária,
03:53foi desenhada dentro de uma visão de organização política,
03:59dentro de um palco político internacional específico,
04:03que, professor, não existe mais.
04:06Exato.
04:06É um redesenhar.
04:08E enfatizando o que a professora Karina nos disse,
04:14especificamente sobre a questão do Hamas, professor.
04:17Devemos lembrar que o Hamas surge em 87.
04:23Então, ele é um movimento muito pitoresco.
04:26Ele é um braço radical palestino de um movimento que nasce lá em 1920, no Egito,
04:31que é a Irmandade Muçulmana.
04:34Ele adquire força e vigor no início dos anos 2000,
04:39em função do colapso, vamos dizer,
04:43das ações da autoridade palestina, ligada ao Al-Fatá,
04:48e construindo uma retórica que hoje poderemos denominar como jihadista.
04:54É a retórica da guerra cósmica com fulco religioso.
04:59E, por trás disso, há também um redesenhar político, professor Vila.
05:04Dentro do quê?
05:05Do Oriente Médio.
05:06O Hamas, como o Hezbollah, como os Hultz, no Iêmen,
05:15são utilizados como agentes proxy.
05:19De um quê?
05:20De uma potência regional que, ao meu ver,
05:23deu um tiro no pé, se apequenou,
05:27que foi o Irã.
05:29O Irã age contra Israel dentro de um novo paradigma de conflito,
05:33porque guerra é guerra entre estados.
05:36E essa era a retórica a ser vendida.
05:39Só que essa retórica não pegou, não deu certo,
05:43e vimos as consequências.

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