O que está em jogo na guerra entre Israel e Irã? Especialista avalia impacto global

Jovem Pan News

Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, o mestre em segurança internacional e Defesa, Victor Mendes, detalha o que está em jogo em uma possível guerra entre Israel e Irã. O especialista alerta para a escalada de tensões e as implicações geopolíticas que podem levar a um cenário de grandes proporções no Oriente Médio e no mundo.  Assista à íntegra: https://youtube.com/live/JD5RurqC_sE  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews  Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S   Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok:  https://www.tiktok.com/@jovempannews   Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan  #JornalJP

Transcript

00:00Como você tem acompanhado aqui na cobertura da Jovem Pan, desde a semana passada, mais de 240 pessoas morreram em meio ao conflito entre Israel e o Irã, segundo autoridades locais.

00:10E para analisar os impactos da rápida escalada dos ataques e as estratégias de cada país, nós estamos recebendo agora no Jornal Jovem Pan,

00:18Victor Mendes, que é mestre em Segurança Internacional e Defesa pela Escola Superior de Guerra do Ministério da Defesa.

00:25Victor, seja muito bem-vindo ao Jornal Jovem Pan. Eu quero muito já a sua análise sobre isso que a gente conversava há pouco,

00:32que é justamente o fato de ter um ataque a civis, pessoas em um hospital. Como isso repercute nas doutrinas de guerra, nos direitos internacionais envolvidos?

00:44Victor Mendes, bem-vindo ao Jornal Jovem Pan.

00:47Boa noite, é um prazer estar aqui falando com você sobre um assunto tão relevante.

00:52Então, o ataque recente de Abir Sheba no hospital de Soroka, é muito provável que ele leve a uma escalada ainda maior no conflito.

01:05Porque, principalmente pelo fato do conflito em si até o momento ter evitado, principalmente do lado israelense,

01:11ter evitado diversas perdas civis.

01:14Então, foram até agora 24 perdas civis, há mais de cerca de 500 feridos,

01:20enquanto que, inclusive, os militares israelenses estavam esperando, antes do conflito,

01:25estavam projetando cerca de 800 a 4 mil perdas civis.

01:29Então, esse ataque a civis, algo que, logicamente, de acordo com o direito internacional,

01:35é negado, é ilegal, é contra as normas internacionais.

01:40Logicamente, esse ataque, ele tende a levar a uma escalada.

01:44Então, nas próximos dias e semanas, é muito possível que Israel aumente, inclusive, os seus ataques.

01:49Inclusive, não só contra as instalações de enriquecimento de urânio do Irã,

01:59mas também é possível que leve, inclusive, ataques a outras instalações,

02:03logicamente, não necessariamente civis, mas voltadas, ligadas ao regime do Aretolá Kamenei.

02:12Vitor, eu vou trazer para a nossa conversa os nossos analistas.

02:15Quem vai te fazer a próxima pergunta é a Dora Kramer.

02:19Boa noite, Vitor.

02:20Olha só, considerando que só os Estados Unidos possuem armamento suficiente

02:29para acabar, dizimar, com as instalações nucleares do Irã,

02:34e um dos objetivos, além da mudança, da queda do regime,

02:38o objetivo é dizimar o programa nuclear do Irã,

02:43como a gente pode entender a possibilidade dos Estados Unidos

02:49não entrarem nessa guerra do ponto de vista do ataque?

02:55Então, é uma ótima pergunta.

02:57Recentemente, hoje, na parte da tarde,

03:00Donald Trump fez uma declaração de que iria tomar a decisão,

03:04de que vai tomar a decisão, sobre o envolvimento dos Estados Unidos na guerra

03:08dentro das próximas duas semanas.

03:10Isso se alinha muito com o período de uma a duas semanas

03:16que Israel já declarou, já anunciou, basicamente,

03:21que é o projetado por eles para cumprir o objetivo de acabar,

03:26de neutralizar todas as instalações e as capacidades de enriquecimento de urânio

03:30por parte do Irã.

03:31Dessa forma, é muito provável que o governo Trump,

03:35a administração Trump, esteja esperando exatamente ver

03:39qual que vai ser o panorama, por volta de uma a duas semanas,

03:45das instalações das capacidades iranianas de enriquecimento de urânio

03:49para tomar a decisão.

03:51Dessa forma, exatamente voltado, com o objetivo de evitar uma escalada ainda maior,

03:56inclusive porque a administração de Trump está sofrendo uma pressão

04:03dentro dos Estados Unidos, inclusive dentro do Partido Republicano,

04:07sobre o possível envolvimento na guerra.

04:10Parte do Partido Republicano defende o envolvimento,

04:15que deve ter um envolvimento, inclusive agressivo, para exterminar,

04:20acabar com o trabalho, entre aspas, o que foi uma declaração,

04:23inclusive, de um político republicano.

04:27E, enquanto a outra parte está mais voltada para aquela ideia isolacionista,

04:33que é muito característica do governo Trump,

04:36de se manter fora do envolvimento, fora de teatros de guerra,

04:41distanciar os Estados Unidos dos gastos elevados com conflitos ao redor do mundo.

04:46Então, é muito possível que, principalmente a partir dessa declaração do Donald Trump,

04:52hoje mais cedo, é muito possível que um cenário ótimo, talvez,

04:57para os Estados Unidos dentro dessas duas semanas, ou menos um pouco,

05:00seja apenas a identificação de, realmente, uma neutralização muito significativa

05:07das capacidades iranianas de enriquecimento de urânio,

05:11e aí uma possibilidade de ter um armamento nuclear ou algo do tipo.

05:17E, dessa forma, seria para evitar uma escalada ainda maior,

05:22e aí, no caso do Trump, inclusive, não se desgastar com parte do seu apoio político

05:28nos Estados Unidos, talvez seja essa ida à mesa para negociar diplomaticamente

05:35depois do Irã já ter tido a sua capacidade de enriquecimento de urânio neutralizada.

05:42Professor Manuel Furiela, se quiser complementar as informações

05:44e também deixar uma pergunta para o nosso entrevistado,

05:47Vitor Mendes, mestre em Segurança Internacional,

05:49conversando conosco aqui no Jornal Jovem Pan.

05:52Vitor, boa noite. Gostaria de dar uma análise tua.

05:56A gente tem várias visões sobre o aspecto que eu vou mencionar,

05:59que eu acho que é superimportante.

06:01A como essa guerra, continuar o seu desenrolado, desenvolvimento,

06:05da dominação que Israel pretende impor ao cenário,

06:09não só desmantelando a capacidade nuclear,

06:12mas propriamente tentando, inclusive, derrubar aquele regime

06:14sem que haja uma incursão por terra.

06:17Essa é a primeira questão que eu tenho.

06:19Uma guerra de larga escala com, efetivamente, a incursão de tropas.

06:23Esse é o primeiro ponto.

06:25O segundo é, caso tenha que haver incursão de tropas,

06:28a gente tem um problema logístico bem sério,

06:31já que os Estados Unidos não são fronteiriços

06:33e, aliás, com uma distância enorme um do outro.

06:36Então, eu queria a sua análise dessa primeira questão

06:39e, à outra, se haveria alguma viabilidade técnica

06:42de uma incursão por terra com essa logística geográfica da região

06:47em relação a não haver fronteira entre os Estados

06:49e também as dificuldades de ingressar por outro meandro

06:54ou por outra entrada dentro do território iraniano.

06:57Sim, é uma ótima pergunta, inclusive.

07:02A dificuldade de haver realmente, por exemplo,

07:06caso esse seja o objetivo final de Israel

07:11de fazer uma derrubada, uma mudança de regime militarmente,

07:15existe uma dificuldade muito grande exatamente por causa da questão logística.

07:19Então, os dois países não dividem a fronteira

07:23e, além disso, Irã é um país muito grande,

07:26um dos maiores países na região.

07:29Apesar de estar no centro da Ásia,

07:31mas, ao mesmo tempo, na hora que a gente envolve ele no Oriente Médio,

07:34a gente tem como um dos maiores, se não o maior país na região.

07:38Além disso, tem uma questão geográfica também

07:41que dificulta a incursão

07:42e, com isso, isso também com certeza se encontra no cálculo

07:47exatamente por parte não só de Israel,

07:49mas também de Donald Trump de fazer uma possível

07:53e apoiar, inclusive, caso seja uma possibilidade no futuro

07:57de apoiar uma incursão para fazer uma mudança de regime.

08:03A questão da mudança de regime apenas com

08:05se é necessário uma incursão por terra,

08:08é muito possível que seja.

08:09É muito possível que seja, porque, no caso,

08:13apenas a adoção de ataques aéreos,

08:17é muito difícil que haja, que viabilize, dessa forma,

08:21um controle territorial tão significativo, por exemplo,

08:25por parte de apoiadores, inclusive, do Ocidente,

08:30e aí o Ocidente, que eu digo no sentido de Israel,

08:34porque é uma representação do Ocidente no Oriente Médio,

08:36e os Estados Unidos, como seria um apoiador por trás disso.

08:41Então, uma derrubada, uma mudança de regime militar,

08:46seria...

08:47É possível que seja necessária uma incursão por terra

08:50e isso seria muito difícil.

08:52Dessa forma,

08:55é provável que os Estados Unidos,

08:57inclusive, caso isso ocorra,

08:59e os Estados Unidos apoiem de alguma forma,

09:01assim, diretamente,

09:02não apenas com realmente o apoio,

09:04através de declarações,

09:05é possível que os Estados Unidos tenham, inclusive,

09:07que ceder, por exemplo,

09:08a utilização de bases militares americanas

09:12na região para dar essa assistência.

09:15Vitor, a minha pergunta para você,

09:17você que é especialista,

09:19inclusive, nas estratégias que podem estar de lado a lado

09:22neste conflito,

09:23é a respeito de algumas notícias que a gente viu

09:25nos últimos dias,

09:26da intenção de ataque de lado a lado

09:28a pontos estratégicos de infraestrutura de cada lado.

09:31Estou falando, por exemplo,

09:32nos ataques que Israel tem feito ao Irã,

09:35em locais de armazenamento de armamentos,

09:39de material bélico,

09:41e da possibilidade de ataques iranianos a Israel,

09:44aí sem tanta precisão, né,

09:46mas com a finalidade de atingir as fontes de energia.

09:50Estou falando de água e luz, né,

09:51usinas de dessalinização da água que é retirada do mar

09:54e que abastece Israel,

09:56e também as fontes de energia,

10:00as usinas de fontes de energia que abastecem Israel.

10:04Como você acredita a possibilidade disso acontecer,

10:08de se atacar a essas fontes de infraestrutura

10:12de cada um dos países envolvidos?

10:14Sim, é muito, é provável que ocorra,

10:19é provável que ocorra devido, né,

10:21porque em toda guerra as questões,

10:24os pontos estratégicos, né,

10:27os pontos estratégicos de maneira geral

10:29envolvem essa infraestrutura de, né,

10:32energia, né, água e etc.

10:35Exatamente porque isso impacta diretamente

10:38a operação, né, das tropas de maneira geral

10:41e não só das tropas, mas também da própria economia do país, né.

10:46Então, uma vez que você ataca determinados pontos

10:49que, por exemplo, impactariam a operação, né,

10:52normal, dia a dia, das, né, de lojas, comércios,

10:56indústrias, etc.,

10:57isso impacta com o tempo diretamente a economia do país,

11:01o que impactaria, consequentemente,

11:03a tomada de decisão, né, dos líderes

11:06de irem e de continuarem,

11:08de irem para a mesa de negociação

11:09ou de continuarem a guerra.

11:11O que é interessante a gente avaliar aqui

11:14é que, primeiro, né, por parte de Israel,

11:17como eu falei, né, exatamente devido a esse ataque hoje,

11:20né, que envolveu, né, uma...

11:23diversos feridos, se não me engano,

11:24chegou a mais de 70 feridos hoje

11:26no hospital, né, em Bexheba,

11:30é possível, como falei anteriormente,

11:32que Israel expanda os seus alvos no Irã.

11:37Então, indo para além das estruturas, né,

11:40da infraestrutura nuclear do Irã,

11:43mas também para outros pontos, né,

11:47que poderiam afetar diretamente

11:48a economia iraniana e etc.

11:51E no caso do Irã,

11:53como você bem comentou,

11:55muitas vezes os ataques iranianos não são

11:57muito efetivos,

11:59porque, normalmente, né, não tem um...

12:01apesar de ter um alvo,

12:02não alcança o alvo muitas das vezes.

12:04E também Israel tem uma defesa aérea

12:07muito eficiente.

12:10De um lado, né, então,

12:12de ambos, no caso do Irã atacando Israel,

12:14é importante a gente lembrar que

12:16o arsenal iraniano, né, de mísseis

12:19é, de certa forma, limitado.

12:22E esse é, inclusive, um dos pontos, né,

12:24um dos alvos de Israel durante essa ofensiva.

12:27Então, não só eliminar a capacidade do Irã

12:31de enriquecer urânio, mas também eliminar

12:34a capacidade do Irã de...

12:36não só o arsenal de mísseis em si,

12:39mas a capacidade deles de desenvolverem mais mísseis.

12:42Então, o Irã tem alguns milhares de mísseis,

12:46se não me engano, mais de 2 mil mísseis,

12:47e nos últimos dias, né,

12:49nos últimos sete, hoje, completando sete dias,

12:51eles atacaram, né, Israel com cerca de um pouco mais...

12:57se não me engano, cerca de um pouco mais de 370 mísseis.

12:59Então, quase 400 mísseis.

13:01Com o tempo, esses mísseis, né, vão acabar.

13:05Então, no caso, a tomada de decisão para acertar,

13:07para fazer ataques, vai começar a ser mais restrita.

13:11Então, restringindo os ataques a determinados alvos.

13:14Então, esse é um ponto.

13:15E aí, no caso do Irã, tem essa dificuldade

13:17de atingir os alvos, exatamente.

13:20E do lado de Israel, tem a capacidade,

13:23logicamente, Israel tem a capacidade de realizar ataques,

13:26principalmente por causa, né,

13:27porque os ataques de Israel não são especificamente com mísseis,

13:30mas eles usam a superioridade militar aérea que eles têm, né.

13:35Então, literalmente, utilizando caças e etc.

13:38E aí, um outro ponto muito interessante,

13:41que é importante a gente lembrar,

13:43é que existe um certo receio

13:46de que os mísseis, né,

13:48as munições de Israel

13:49para fazer a...

13:52para abastecer, né,

13:53a bateria antiaérea deles,

13:55está também...

13:56existe um receio

13:57por parte de...

13:58já houve algumas declarações

13:59por parte de alguns oficiais, né,

14:03algumas autoridades americanas,

14:05de que existe um receio

14:06de que elas estejam acabando.

14:08Então, isso também pode aumentar,

14:11de alguma forma,

14:12a capacidade do Irã

14:13de acertar

14:14algumas...

14:15alguns pontos estratégicos, né,

14:17algumas infraestruturas estratégicas.

14:19Mas, como eu falei,

14:20por outro lado,

14:20existe também um...

14:22contra...

14:22um balanço, né,

14:23do outro lado,

14:24do Irã,

14:25de não realizar tantos ataques

14:27por causa da...

14:28da limitação dos seus...

14:30dos seus mísseis.

14:32Muito bem,

14:33dá tempo de mais uma rapidinha.

14:35Pergunta da Dora Kramer

14:36para o Vitor Mendes,

14:37nosso entrevistado.

14:37Ô, Vitor,

14:39essa história,

14:40essas ameaças

14:42de...

14:42de matar,

14:43de assassinar

14:44o Ayatollah Khamenei,

14:46isso é só

14:47um instrumento

14:48de coerção

14:49ou realmente

14:51algo que estaria

14:52no radar

14:53de fato?

14:54E acontecendo,

14:56qual seria

14:56o...

14:57o...

14:58o efeito?

14:59Quer dizer,

14:59isso poderia,

15:00em vez de enfraquecer,

15:01fortalecer

15:02o regime dos Ayatollahs,

15:04visto que,

15:05até onde eu sei,

15:06o Khamenei já estava aí também

15:08organizando

15:09uma possível sucessão,

15:11não é?

15:13Sim, sim.

15:14Isso é muito interessante

15:15porque

15:15existe por parte

15:18do...

15:20de Israel,

15:20especificamente,

15:21né?

15:21Então,

15:22o Benjamin Netanyahu,

15:23ele declarou recentemente

15:24que uma possível

15:26eliminação do Khamenei

15:27não geraria

15:29uma escalada,

15:30né?

15:30Uma escalada maior

15:32ao conflito,

15:33mas, na verdade,

15:34reduziria,

15:35né?

15:36o conflito,

15:36por exemplo,

15:37a uma possível...

15:38a um possível final

15:39para o conflito.

15:40Porém,

15:41por parte,

15:42né?

15:42Do...

15:43da administração

15:44de Trump,

15:44né?

15:45Por trás de Israel,

15:47logicamente,

15:48existe um receio

15:49muito grande,

15:49exatamente com

15:50um receio

15:51de que isso

15:52leve a uma escalada

15:53maior.

15:54É possível

15:54que leve

15:55a uma escalada

15:55maior,

15:56mas um fato,

15:57um ponto interessante

15:58aqui,

15:59baseado,

15:59né?

15:59Se a gente for pegar

16:00algumas...

16:01algumas questões

16:02teóricas de relações

16:03internacionais,

16:04por exemplo,

16:04né?

16:04Se a gente for pegar

16:05a escola de Copenhague,

16:07né?

16:07Que foca muito

16:08na securitização,

16:10então,

16:10a gente utilizar

16:11falas,

16:12discursos,

16:13para a gente criar

16:14um determinado cenário

16:15de crise

16:17ou de ameaça

16:18para um país

16:19ou para um alvo

16:20específico,

16:21a gente pode analisar

16:23a partir dessa ótica

16:24as falas

16:25do Benjamin Netanyahu.

16:27Então,

16:28as falas dele,

16:28né?

16:29De...

16:29voltadas

16:31para...

16:32para...

16:33para o suporte

16:33à eliminação

16:34do Kamenei

16:35é muito voltado

16:36para essa ideia

16:37de securitizar,

16:38então,

16:38de gerar apoio,

16:40né?

16:40Angariar apoio

16:41por parte

16:42dos Estados Unidos

16:43e de outros

16:44apoiadores ocidentais,

16:46né?

16:46Que apoiam

16:47o Estado de Israel

16:49para que haja

16:50uma aprovação

16:51por parte

16:52desses aliados

16:53internacionais

16:54para a eliminação

16:55do Kamenei.

16:56Então,

16:57a ideia,

16:57né?

16:57De que,

16:58por exemplo,

16:59Israel e Estados Unidos

17:00são basicamente

17:03obstáculos

17:04no objetivo final

17:05do regime

17:06dos Ayatollahs

17:07e, no caso,

17:07Israel estaria,

17:08né?

17:09Digamos assim,

17:09na linha de frente.

17:11Então,

17:11o próximo alvo

17:12depois de Israel

17:12seria o Ocidente,

17:14né?

17:14De maneira geral,

17:15principalmente

17:15os Estados Unidos.

17:18Então,

17:19isso é muito por parte,

17:21existe muito essa ideia

17:22de angariar apoio

17:24por parte

17:24da comunidade,

17:25dos aliados

17:27internacionais,

17:28porque,

17:28com certeza,

17:29Israel,

17:30ele precisa,

17:30ele sabe que ele precisa

17:31de apoio,

17:32logicamente,

17:32principalmente por parte

17:33dos Estados Unidos,

17:34que é o maior aliado

17:36em questões militares,

17:37e,

17:38dessa forma,

17:38ele não vai,

17:39é improvável

17:40que ele tome uma decisão,

17:41por exemplo,

17:42de eliminar

17:42o Ayatollah Kamenei

17:44sem uma aprovação,

17:45por exemplo,

17:45de Donald Trump.

17:47E,

17:48caso haja

17:48uma eliminação,

17:50é muito provável

17:52que haja

17:53uma escalada

17:53no conflito,

17:54porque outros,

17:55outros países,

17:56inclusive aliados

17:57do Irã,

17:59já,

17:59por exemplo,

18:00a Rússia,

18:00já declarou

18:01que isso seria,

18:02nem se cogita

18:04esse cenário,

18:05porque seria algo

18:06inaceitável.

18:09Então,

18:09é possível

18:10que haja

18:10uma escalada

18:11em vez de uma,

18:13uma aproximação

18:15do fim do conflito

18:16com essa,

18:16com esse tipo

18:17de medida.

18:18Sim,

18:19conversamos aqui

18:19com Vitor Mendes,

18:21que é mestre

18:21em Segurança Internacional

18:22e Defesa

18:23da Escola Superior de Guerra

18:24do Ministério da Defesa.

18:25Muito obrigado,

18:26Vitor Mendes,

18:27seja sempre bem-vindo

18:28aqui a Jovem Pan.

18:30Eu queria aderir.

18:31Boa noite.

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