Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 22/06/2025
Em entrevista ao Jornal da Manhã, a professora de relações internacionais da ESPM, Denilde Holzhacker, avalia a tensão entre EUA e Irã como uma "disputa geopolítica de âmbito global". A análise levanta a preocupação se o mundo estaria à beira de uma Terceira Guerra Mundial, discutindo as implicações da escalada no Oriente Médio para a segurança internacional.

Assista à integra: https://youtube.com/live/-mCT6hl2l9s

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalDaManhã

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Nós recebemos agora uma convidada aqui também na programação do Jornal da Manhã,
00:04a professora de Relações Internacionais da ESPM, Denilde Rose Hacker.
00:10Professora, bom dia. Muito obrigado por nos atender nessa manhã.
00:14Bom dia. O prazer é meu estar aqui com vocês.
00:17Professora, são vários assuntos que vão se sobrepondo.
00:20A gente ia falar aqui a respeito da coletiva, das autoridades americanas,
00:24mas eu queria ouvi-la também a respeito dessa fala do ex-presidente russo, Dmitry Medvedev,
00:31dizendo que alguns países podem ajudar o Irã com ogivas nucleares.
00:35E, por outro lado, a imprensa iraniana dizendo que uma forte explosão foi ouvida na província de Boucher,
00:41onde funciona essa única usina nuclear do país, aquela que efetivamente está ativa
00:46e que tem participação de funcionários russos, que, inclusive, a Rússia alertou nessa semana
00:53que Israel não deveria atacar essa região, até por causa da radioatividade,
00:58para que isso não se transforme numa nova Chernobyl.
01:02É um receio de que a gente esteja perdendo um pouco o controle,
01:06se é que havia desse conflito, professora?
01:10É uma escalada, né?
01:12O ataque americano abriu aí um novo cenário para o conflito e essa era sempre uma preocupação,
01:21como seria o envolvimento de outros países.
01:26A Rússia tem interesses, tem uma preocupação sobre a estabilidade no Oriente Médio,
01:33especialmente é uma preocupação o quanto o Irã permanece como um aliado importante russo,
01:41tem uma disputa aí regional, mas a gente sempre tem que olhar que ela é uma disputa também geopolítica
01:48em âmbito global.
01:51As instalações nucleares e possíveis radiações eram uma preocupação,
01:58sempre foi já na fase anterior em que Israel começou a bombardear,
02:05para, de fato, entender o que poderia ter ali de impacto por Irã.
02:13E a gente sempre tem que lembrar que o impacto é para o Irã,
02:16mas o impacto é para a região como um todo.
02:18Então, a questão aí, as dúvidas sobre, para além da capacidade,
02:24ou de que, de fato, com esse bombardeio americano,
02:28se destruir o programa nuclear iraniano,
02:32é também como vai ficar essas usinas e como vai ficar o regime iraniano como um todo.
02:40Então, aqui a gente tem muitas incertezas e muitas dúvidas.
02:44A frase, tem uma escalada também retórica,
02:49que a gente tem que entender,
02:50tanto do lado americano quanto do lado russo,
02:55é israelense, iraniano,
02:59o que acontece no campo de batalha e nas ações militares,
03:05mas também tem uma parte dessa tensão que é dada por essas posições.
03:13Então, de fato, o quanto a Rússia vai ceder os divas nucleares,
03:21acho que é pouco provável,
03:23especialmente pelo grau de incerteza que isso geraria,
03:27até para toda a região.
03:29Agora, é um uso retórico,
03:31é dizer que a Rússia apoia o Irã,
03:34que está ao lado do Irã,
03:35e que poderá também ser um outro ator
03:41nesse xadrez que a gente já tem acompanhado.
03:45Então, acho que eu olharia nesse sentido
03:47o que a Rússia está colocando
03:51e o que o ministro russo está pondo.
03:55Agora, professor,
03:56o ataque que aconteceu na manhã de hoje nessa usina de Boucher
04:00traria um agravamento ainda maior para esse conflito,
04:04gerando a possibilidade, inclusive,
04:06que eu acredito que é o que a nossa audiência quer saber,
04:09o professor Marcos Vinícius falou sobre isso,
04:11a possibilidade até mesmo de uma terceira guerra mundial.
04:17A área da terceira guerra mundial ainda não está colocada.
04:22Então, teria que ter aí o envolvimento direto
04:27de outras potências,
04:30mas isso pode gerar mais um risco.
04:36Aumenta as chances da gente ter uma escalada
04:41e uma generalização do conflito.
04:44Mas a gente tem que olhar,
04:45a Rússia, por exemplo,
04:47está num fronte de guerra,
04:49que é o fronte com a Ucrânia.
04:51Não deve estar nos planos russos do Putin
04:55em uma nova, um novo fronte de conflito,
04:59especialmente um fronte de conflito
05:01que estaria diretamente ligado também aos Estados Unidos.
05:06A China, que é um outro ator,
05:08que tem interesse no Irã,
05:10tem uma questão econômica,
05:14o Irã é fornecedor de petróleo,
05:16tem uma preocupação sobre a estabilidade regional
05:19ali do Oriente Médio,
05:20também não tem sinalizado que está disposto
05:23a entrar em uma investida militar neste momento.
05:28Então, assim, é uma situação preocupante,
05:31ela gera mais uma estabilidade,
05:33mas a gente ainda está olhando para um cenário
05:37em que os grandes players
05:40que poderiam ter e generalizar o conflito
05:48ainda estão numa posição muito retórica,
05:51de posição de condenação,
05:55mas não uma posição de envolvimento direto.
05:59Mas o cenário está mudando rapidamente,
06:01então essa situação pode ser que
06:04em algumas horas ou em alguns dias
06:07a gente tenha um outro quadro,
06:09mas não é o quadro atual.
06:10Lembrando que o chanceler do Irã
06:13deve se encontrar amanhã com o colega dele,
06:16o Sergei Lavrov, na Rússia,
06:18exatamente para tratar desses assuntos.
06:20Agora, professor, eu vou na contramão aqui da Paula,
06:23que falou em Terceira Guerra Mundial,
06:24e a gente ouvindo hoje o Peter Hedsek,
06:26que é o secretário de Defesa dos Estados Unidos,
06:29ele disse que conversas privadas
06:31são mantidas com os iranianos.
06:34Ou seja, a gente seria muito otimista
06:37de imaginar que tem espaço para a diplomacia,
06:40quem sabe, acabar com esse conflito Israel-Iran?
06:43Eu sou sempre muito otimista, na verdade,
06:49e é um canal que ainda está aberto,
06:53os Estados Unidos,
06:55e aqui para o Trump seria o caminho mais seguro,
06:59ele também tem aí as questões internas,
07:02que a gente, inclusive vocês já anunciaram,
07:05responderia que tem força militar,
07:09tem capacidade militar,
07:10mas também estaria na mesa de negociação.
07:14O problema agora está com os iranianos,
07:19que já declararam que este canal de negociação
07:22dificilmente vai se avançar.
07:25Primeiro porque eles,
07:27o Trump tinha anunciado
07:29duas semanas de trégua
07:32para negociar um acordo,
07:34então os iranianos iriam sentar
07:38na mesa de negociação
07:39mediado por Oman,
07:42agora você tem uma alta desconfiança
07:45em conseguir, de fato,
07:48para os iranianos
07:49sentarem novamente na mesa de negociação
07:52com os Estados Unidos.
07:53É uma possibilidade,
07:55é uma possibilidade,
07:57agora ela vai depender
07:58dessa reunião que vai acontecer
08:00com a Rússia,
08:01vai depender do que os europeus
08:05também vão colocar
08:06como possibilidade de negociação.
08:11Acho que aqui o regime iraniano
08:13vai olhar também
08:15a sua capacidade de permanecer
08:17num fronte de combate
08:20com Israel diretamente,
08:23ou suas opções de retaliação
08:25frente aos ataques
08:27que eles sofreram dos Estados Unidos.
08:29Então, o quadro diplomático
08:32é possível,
08:33mas acho que aqui
08:34o cenário
08:34de uma retaliação iraniana
08:37que pode ser
08:39a bases militares americanas
08:41no Oriente Médio,
08:43pode ser no fechamento
08:44do Estreito de Hormuz,
08:46continuar o ataque a Israel.
08:49Então, esses cenários
08:51são aí os cenários
08:52que provavelmente estão
08:53mais prováveis
08:54de acontecer nesse momento.
08:56Professora Denilde
08:58de Relações Internacionais
08:59da ESPM,
09:00professora,
09:01muito obrigada
09:01pela sua participação
09:02aqui no Jornal da Manhã de hoje.
09:06Bom dia.
09:07Tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau

Recomendado