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  • 22/06/2025
O governo da China condenou veementemente os recentes ataques dos EUA no Irã, pedindo o fim imediato do conflito no Oriente Médio. A postura de Pequim, buscando o cessar-fogo, reflete a preocupação com a escalada regional e as implicações geopolíticas globais.

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Transcrição
00:00A China condenou os ataques dos Estados Unidos ao Irã, que considera ter violado carta da ONU em comunicado.
00:08O Ministério das Relações Exteriores chinês pediu que as partes em conflito, especialmente Israel,
00:14cessem os ataques o mais rápido possível e inicie o diálogo e as negociações.
00:20E nós vamos trazer aqui para conversa os nossos analistas hoje, os comentaristas,
00:24Gesualdo Almeida e também o professor Marcos Vinícius de Freitas.
00:28Professor, tivemos aí então essa manifestação da China pedindo o cessar dos ataques.
00:34Não foi o que a Miriam Sanger trouxe para a gente de Israel, dizendo que Israel disse que vai continuar os ataques
00:39até que o Irã esteja completamente aniquilado de suas possibilidades de contra-ataque.
00:44E por outro lado, a China chamando para a diplomacia, professor.
00:49Primeira manifestação que a gente tem assim mais clara dos chineses em relação ao conflito.
00:54Está dentro do esperado, professor Marcos?
00:58Acho que a gente está com um problema na comunicação com o Marcos lá, o áudio dele não está rolando.
01:05E agora, professor? Vamos lá.
01:06Não, está funcionando agora?
01:07Bora.
01:08Não, perfeito.
01:09Eu acho, Nonato, que você acabou de ter a resposta pela Miriam com relação à sua pergunta.
01:15Até quando vai e até onde vai essa guerra?
01:18E a resposta dela foi muito clara.
01:20Vai até a gente achar que acabou com o programa nuclear, que está aí.
01:25Veja só, a natureza do discurso como mudou.
01:28Eram quatro, agora virou o país inteiro.
01:32Então você vai notando que o discurso já está se mudando, justamente no sentido de dizer que vai ser uma guerra aí contra o Irã,
01:39e eventualmente contra a própria questão do regime, de você querer alterar o regime.
01:47Então, em princípio, é uma guerra que iniciou sobre um argumento falso de que a gente estava aí buscando atingir quatro lugares principais
01:55e com isso acabar com o programa nuclear e agora mudou a conversa nesse processo todo.
02:02O que é extremamente preocupante, porque isso vai deteriorando a situação.
02:07E, obviamente, que a China não pode ter, se pretende atuar como mediador, uma outra postura, a não ser falar
02:14vamos para a questão diplomática.
02:18Porque estes ataques e esta narrativa não muda.
02:23O objetivo aí é ter um estado de guerra contra o Irã, até saber, eventualmente, que se atingiu um objetivo
02:31e a impressão que se tem não é de troca de regime.
02:35E aqui é importante enfatizar isso.
02:37O que se quer e que se nota pela atuação é um colapso do regime.
02:42Ou seja, você converter o Irã numa nova Líbia, num novo Afeganistão.
02:48O que é preocupante até mesmo para os chineses, porque eles têm um relacionamento comercial com o Irã
02:55e é muito mais fácil você negociar com um do que negociar com quatro que estão brigando entre si.
03:01Então, não interessa para a China que haja instabilidade no Oriente Médio, não interessa que haja instabilidade no Irã.
03:09E precisa, necessariamente, que a via diplomática seja retomada, porque este tipo de ação preventiva,
03:18e se nós reconhecermos isso como legítimo, nós não sabemos onde isso vai parar.
03:25Este que é o grande desafio do direito internacional de estabelecer regras claras, quanto à guerra.
03:31Você só tem guerra em questão de legítima defesa e depois você for atacado.
03:36Essa é uma questão muito importante e autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
03:41Se nós começamos nessa questão preventiva, a gente não sabe onde vai parar.
03:45E a China, que pretende ser o adulto da sala, tem que dizer, olha, este é um problema que precisamos resolver diplomaticamente.
03:53Interessa à China que o Irã seja nuclearmente armado? Não.
03:56Interessa para a Rússia? Não.
03:58As potências nuclearmente armadas querem se manter fechadas no clube e não querem que mais ninguém entre.
04:03Então, para nenhuma delas interessa.
04:05Agora não se pode permitir e reconhecer esta questão da ação preventiva
04:11como uma possibilidade ou um cheque em branco dado a cada país
04:15de atacar a quem quiser toda vez que se achar que está ameaçado.
04:21A China diz, vamos para a questão diplomática.
04:24O professor já havia comentado que não há interesse da China entrar em conflito,
04:27não há interesse de guerra em relação à China, apenas uma relação econômica.
04:31Esse é o maior interesse sempre para os chineses.
04:35Professor, e vamos lembrar que desde a década de 50, quando houve a Guerra das Coreias,
04:42que foi a última vez que a China participou diretamente de uma guerra,
04:46fornecendo material e fornecendo pessoal.
04:49Para a China, o Irã é um grande parceiro econômico, sobretudo fornecedor de petróleo,
04:53a preços muito convidativos.
04:53E que assim se mantenha.
04:56E para que isso aconteça, a estabilidade do regime iraniano é fundamental para os interesses econômicos chineses.
05:03Além disso, há um outro player a ser destacado, a Rússia.
05:06Aliás, chama atenção só de um outro detalhe.
05:09Essa invasão americana, vamos chamar assim, embora tenha sido apenas um bombardeio,
05:13é uma justificativa posterior para os chineses fazerem algo parecido, se não muito próximo disso, em Taiwan.
05:22É sabido, é consabido que os chineses querem a anexação de Taiwan para si e sofrem grande resistência dos Estados Unidos.
05:29Portanto, quando pululam essas brigas, essas contendas em cenário mundial,
05:34sempre com grandes atores, como a Rússia e os Estados Unidos, sendo os invasores e sendo os agressores iniciais,
05:41isso dará, inclusive, argumento posterior para a China, para as suas tentativas em Taiwan.
05:47E quanto à Rússia, que se nós olharmos hoje, convido você agora a procurar lá no site da Jovem Pan,
05:53está lá o site do nosso jornal, dizendo que foi marcado para segunda-feira
05:57uma reunião entre o líder iraniano e o líder russo, o Putin.
06:01Dessa reunião, que é muito mais simbólica do que ficam de forma de prática, pouco dali sairá.
06:07A Rússia não tem condições hoje econômicas e tampouco militares para ajudar diretamente o Irã nessa guerra.
06:14Que, aliás, professor Marcos Vinícius, o Jesualdo chama atenção aí para essa questão de anexações, né?
06:20A gente tem essa possibilidade da China-Taiwan, tem Rússia e Ucrânia, Rússia-Crimeia e por aí vai.
06:26Agora, o Putin chegou a dizer nessa semana que estaria preocupado com a possibilidade
06:31de uma terceira guerra envolvendo todo mundo, chamada Terceira Guerra Mundial.
06:37O senhor também se preocupa com isso ou a gente caminha para uma coisa mais segura
06:42e um conflito mais regional, professor Marcos?
06:46Posso só fazer uma nota de rodapé aqui?
06:49Vamos lá.
06:50Os chineses não encaram a Taiwan como uma invasão porque faz parte daquilo que aconteceu em 1949
06:58na separação das Chinas, tanto é que a China-Taiwan se chama República da China
07:03porque o objetivo era que as duas fossem unidas no longo prazo.
07:07Então, esse que é a narrativa chinesa não é uma questão de invasão,
07:11mas uma questão de reincorporação de Taiwan à República Popular da China,
07:17como aconteceu com Hong Kong e com Macau.
07:20Mas eu acho que não interessa para o mundo uma Terceira Guerra Mundial,
07:25mas nós sempre também nos lembramos que a Primeira Guerra Mundial começou com o fato
07:31das potências querendo ali lutar entre si e de uma coisa pequena, em princípio.
07:39E o grande medo é que, nesse processo todo, esta narrativa ou esta guerra pode começar a se expandir regionalmente
07:48e depois nós temos aí uma situação muito mais perigosa.
07:54Porque a gente vive num mundo, no Nato, em que os próprios Estados Unidos, nesse processo todo,
08:00têm incentivado aí os europeus a voltarem a comprarem armamentos
08:05porque se entende que existe a probabilidade de a Rússia eventualmente vir a invadir a Europa.
08:13Então, nós criamos aí uma série de narrativas que estão gerando uma corrida armamentista global.
08:20E isso é perigoso porque, quando a gente começa, todo mundo começa a se armar até os dentes,
08:25a possibilidade de alguém dar um tiro na pessoa errada, a possibilidade de houver uma situação inesperada é muito alta.
08:36E reverter narrativas, principalmente numa época em que a gente vive a imposição da mídia social,
08:45em que o político hoje em dia atende muito mais a questão da mídia social do que o pensamento de longo prazo,
08:52é difícil você dizer que não estamos livres da possibilidade de termos um cenário de guerra nesse processo todo.
09:01Deus queira, já que todo mundo invoca a Deus, o Trump, o Netanyahu, o próprio Ayatollah,
09:08todo mundo invoca a Deus nesse momento, queira Deus que nós não enfrentemos esse tipo de situação,
09:15afinal, o que nós teríamos aí é um cenário devastador que teria implicação para todo mundo.
09:21Nesse processo todo.
09:23Então, a esperança é que prevaleça, de alguma forma, não o bullying internacional,
09:30e é isso que preocupa muito a questão de Trump, mas a gente sabe que Trump também faz bullying com quem é pequeno.
09:37Porque com os países grandes, ele também tem que afinar um pouco a forma do tratamento
09:42e utiliza até mesmo esse processo todo.
09:45Veja que interessante, Nonato, ninguém está falando mais do fracasso, que foi a questão do tarifácio,
09:50dos outros problemas que o mundo tem e que foram, de alguma forma, encobertos por essa situação.
09:56Então, faz parte deste diálogo.
09:59Vamos esperar que prevaleça aí a boa vontade e o bom senso em todas essas discussões.
10:05Sem contar, antes de você passar para o Gesualdo, Paulo, só para ilustrar o que está dizendo o professor,
10:10que a gente tem também isso muito com governos mais longevos.
10:13Você pega aí no Irã, o Ayatollah está lá desde 89.
10:18E aí você tem também, na Rússia, o Putin que não sai do poder, Netanyahu em Israel,
10:24idem, Lukashenko em Belarus, aí você tem o presidente húngaro, o Viktor Orbán,
10:31também se perpetuando no poder.
10:33E aí, quando eles se voltam às baterias para essa questão mais bélica,
10:37infelizmente, você não tem uma oxigenação para que um outro líder possa entrar e dizer
10:41não, vamos parar por aqui, vamos arrumar a casa, vamos tentar na diplomacia.
10:45Não, infelizmente, esses líderes mais bélicos, a impressão que dá é que eles vão se mantendo no poder,
10:50até por serem assim e até por forçarem situações sem muita democracia, Paula.
10:55Com certeza.
10:56Agora, Gesualdo, o professor havia comentado que a China quer ser o aluno mais velho da sala,
11:01aquele aluno mais maduro, quer mostrar diplomacia,
11:04mas já foi dito que, caso exista uma terceira guerra mundial,
11:10precisaria mexer com a China também.
11:12De que forma a China poderia ser afetada no meio desse caminho
11:15para que o conflito ganhe uma escalada ainda maior?
11:19Paula, eu acho que a única forma de provocar a China é mexendo com o bolso dela.
11:23Ela tem um perfil basicamente econômico, como já dito aqui várias vezes, né?
11:28Ela não entra em guerra desde a década de 50.
11:31Ela entende que entrar em guerra é ter gastos trilionários, como os Estados Unidos têm,
11:36e essas guerras causam também um aumento no déficit público das contas
11:39e tudo o que o chinês quer é fazer negócio.
11:43Portanto, enquanto não houver um impacto econômico direto na China,
11:46acho pouquíssimo provável que ela entre nessa guerra a não ser através da verborragia,
11:51a não ser através da diplomacia mesmo,
11:53tentando ser, como já foi dito aqui, o adulto da sala.
11:57Então, vamos lá.

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