- 22/06/2025
Rafael Erdreich, cônsul geral de Israel no Brasil, concedeu entrevista ao Fast News e falou sobre os desdobramentos dos ataques dos Estados Unidos ao Irã e os possíveis rumos do conflito no Oriente Médio.
Apresentador: David de Tarso
Entrevistado: Rafael Erdreich
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NotíciasTranscrição
00:00aqui no Fast News para falar justamente que o Irã diz que os ataques dos Estados Unidos traíram a diplomacia
00:06e alertam sobre as consequências, inclusive França, Alemanha, Reino Unido pedem que o Irã que não tome outras reações.
00:16Por isso a gente vai conversar agora com Rafael Erdrich, ele que é cônsul-geral de Israel no Brasil,
00:22vai trazer a visão dele sobre a escalada do conflito e eu já gostaria de começar te perguntando
00:27sobre essa manifestação do governo brasileiro, então, condenando esse ataque dos Estados Unidos.
00:33Muito boa tarde.
00:35Boa tarde, Joram Pan.
00:39Eu quero dar um visão ligado às palavras do governo iraniano hoje,
00:47que é ligado também às declarações do governo do Brasil.
00:52Hoje o conselheiro do presidente iraniano deu uma nova prova que Irã está atrás de criar bombas nucleares.
01:06ele estava admitindo que Irã tem 450 quilômetros de urânio, nível de enriquecimento de 60%,
01:19que é um nível mais perto para o nível que é necessário para as bombas nucleares.
01:26Estava dizendo também que Irã possui conhecimento e a voluntade política para criar essas bombas nucleares.
01:38Essa é uma vez outra prova que Irã está fazendo esse projeto nuclear.
01:47e também todos os centros nucleares do Irã que não foram atacados pelos Estados Unidos ontem,
01:57eram centros que estavam escondidos dentro de uma montanha, dentro de túneis abaixo da terra.
02:05Se não me engano, o Brasil tem também centros nucleares para energia,
02:11mas esses centros no Rio de Janeiro não estão escondidos.
02:14Então, temos toda a prova que o ataque de Israel, o ataque dos Estados Unidos ontem,
02:22era verdadeiro ataque contra a ameaça de destruição do Estado de Israel,
02:30a ameaça mundial de Irã obtener armas nucleares.
02:36Por isso, isso é muito ligado às declarações do governo aqui,
02:43contra esses ataques, era necessário.
02:51Quero também dizer uma palavra sobre os mísseis,
02:58que os mísseis balísticos que Irã estão constantemente mandando em modo indiscriminado contra os civis em Israel.
03:08O público aqui não conhece que eles são mísseis balísticos.
03:16Um mísseis balístico tem 21 toneladas.
03:19É um enorme mísseis de dimensões de um prédio que está chegando em Israel fora da atmosfera
03:33em velocidade de 10 mil quilômetros por hora,
03:37com um teste grande de explosivos de 500 quilômetros até 2 toneladas.
03:45E isso está fazendo uma destruição enorme.
03:49Se Irã teve a capacidade, hoje, eles estavam fazendo isso,
03:58construir 300 mísseis balísticos por mês,
04:03construir um arsenal de 10 mil mísseis balísticos,
04:08e isso é uma ameaça não menos perigosa para Israel
04:14da ameaça de bombas nucleares.
04:19Então, Israel entrou nessa operação no momento último
04:24para evitar enfrentar esse ataque que Irã estava preparando
04:32para destruir o Estado de Israel.
04:34A ameaça irã é uma ameaça verdadeira contra a humanidade,
04:39contra países árabes no Oriente Médio,
04:43com objetivos de dominar,
04:49de hegemonia no Oriente Médio,
04:52de destruir o Estado de Israel,
04:55e também chegar ao momento de expansão,
04:58de siítica radical em todo o mundo.
05:01Por isso, eu acho que é muito que há
05:07por que Israel entrou nessa operação agora,
05:11neste último momento.
05:13Bom, Consul, inclusive as informações vão chegando a todo momento.
05:17Ainda há pouco, um conselheiro do líder do Supremo do Irã
05:20disse que as bases usadas pelas forças dos Estados Unidos
05:24para lançar ataques a instalações nucleares iranianas
05:27serão consideradas alvos legítimos.
05:30Ali Akbar Velayat disse em uma mensagem transmitida pela agência de notícias oficial Irna
05:36que qualquer país na região ou qualquer outro lugar
05:41que seja usado pelas forças americanas para atacar o Irã
05:44será considerado um alvo legítimo para as forças armadas iranianas.
05:49De que forma, então, que esse novo pronunciamento do líder supremo do Irã
05:55você vislumbra e, vamos dizer assim, interpreta essa fala
06:00que realmente traz bastante apreensão
06:03de que realmente eles podem promover, então, os ataques a essas bases?
06:07Bem, nada é novo aqui, porque Irã está atacando bases militares americanas,
06:17está atacando Israel, está atacando países árabes em toda a região.
06:24nada é novo neste. Eu acho que, neste momento, tomar esta decisão
06:30ou atacar bases americanas será um erro, uma coisa que vai servir
06:42mais destruição em Irã, será uma decisão ilógica para Irã fazer este momento.
06:56Nós buscamos a paz.
06:58Agora é o momento para ter acordo e terminar tudo este.
07:06Terminar, acabar com todo o projeto nuclear,
07:08projeto de mísseis balísticos e que Irã finalmente
07:14não vai continuar com este terrorismo regional.
07:18Mas, Consul Rafael, em relação a esse pronunciamento
07:22do líder supremo do Irã, ele disse que as bases americanas
07:26também podem ser atacadas, ou seja, esse pronunciamento
07:29não tinha sido feito até então, eles explicitamente dizendo
07:33olha, se a gente visualizar qualquer base americana no Oriente Médio
07:38porque tem muitas, a gente mostrou ao longo da sua programação aqui
07:41são cerca de 20 bases ao redor ali de Irã, elas também serão atacadas.
07:47De que forma então que a gente pode ver uma escalada nessa guerra também
07:50porque, obviamente, que os Estados Unidos, eles classificaram
07:54que fizeram essa ofensiva, mas para interromper o enriquecimento de urânio
08:00só que a gente não tinha uma contra-ofensiva do Irã
08:04especificamente aos Estados Unidos.
08:07Isso pode escalar em uma violência ainda maior?
08:11Bem, o Irã está fazendo tudo para destruir tudo.
08:17Estados Unidos, Estados Unidos, Estados Unidos, Estados Unidos, os países árabes, vizinhos.
08:23Então, eu não recomendo o Irã para escalar mais
08:30o que eles estão fazendo, ao contrário.
08:33Será uma decisão equivocada?
08:37Eu não acho que é lógico, mas se eles vão atacar,
08:42imagino que a resposta será muito firma, muito decisiva,
08:50e o resultado será muito péssimo para o Irã.
08:55Espero que não, mas nós estamos preparando,
08:59imagino que Estados Unidos também está preparado para esses ataques.
09:05Vamos ver o que vai acontecer, mas acho que é o ataque dos Estados Unidos,
09:16o ataque histórico do líder do mundo líbero no mundo,
09:24sim, esse é um ataque que vai promover o paz, a estabilidade na região.
09:37Não ao contrário, não vai promover a guerra.
09:40Nós temos que terminar esta guerra,
09:43mas o Irã precisa terminar com todas essas ambições ou objetivos deles
09:53de destruir tudo o que está à frente deles no Oriente Médio,
09:57Israel e todo o mundo.
09:59Este tem que acabar.
10:01Está certo, nós conversamos com o cônsul-geral de Israel aqui no Brasil,
10:06o Rafael Erdrech.
10:08Aqui eu agradeço demais a presença aqui no Fast News
10:11e seguiremos acompanhando e monitorando todas as ações no Oriente Médio.
10:15Muito obrigado.
10:16Muito obrigado a vocês.
10:18Bom, vamos retomar a nossa conversa então com o professor, o Antônio Lucena,
10:23que justamente estava trazendo ali os detalhes sobre a manifestação,
10:25mas eu gostaria também de saber com ele, né,
10:28sobre agora esse pronunciamento do líder iraniano,
10:30dizendo que as bases também dos Estados Unidos podem ser atacadas.
10:34E aí a gente pode ver realmente essa escalada da violência ainda maior
10:38e uma resposta dos Estados Unidos que provavelmente quando ataca bases militares
10:43dos Estados Unidos, ainda longe do território americano, né,
10:48pode realmente gerar consequências ainda mais graves em relação a esse conflito todo, né.
10:55Exatamente, David.
10:56Quais são as possibilidades de retaliação que o Irã pode fazer atualmente?
11:02Seria justamente atacar bases americanas,
11:06utilizar alguns dos seus próxys, como é o caso dos Houthis, né,
11:10de atacarem também alguma região,
11:13ou como o parlamento iraniano já fez, né,
11:17eles já deram essa previsibilidade de se fechar o Estrito de Hormuz,
11:21então ele passa ali em torno de 30%, né, 20%, 30% do petróleo mundial.
11:27Agora é claro que caso alguma dessas três opções que eu mencionei aqui
11:31sejam tomadas, haverá também uma nova retaliação.
11:36Então, o que é que nós temos de caso concreto atualmente?
11:40Logo depois do ataque às instalações nucleares por parte dos Estados Unidos,
11:45o Irã retaliou, mas contra Israel, fazendo o lançamento de novos mísseis balísticos, né,
11:52que terminaram atingindo algumas regiões majoritariamente de população civil.
11:57Então, atualmente, o Irã, ele se encontra com suas forças armadas extremamente degradadas.
12:04Então, é muito difícil que o Irã, ele consiga realmente travar algum conflito em larga escala atualmente,
12:13principalmente com os países na região.
12:16Uma ação militar terrestre, pelo menos pelo presidente Donald Trump,
12:20foi completamente descartada logo agora, nesse início.
12:24Mas o Irã, ele pode realmente fazer essas ações, como eu mencionei,
12:28e causar realmente algum tipo de disrupção.
12:32Com relação ao Estrito de Hormuz, o Irã pode sim tomar uma ação mais efetiva, né,
12:38contra aquela região, mas lembrando que o seguinte,
12:40a marinha iraniana, ela é composta, em sua grande maioria,
12:44por lanchas rápidas que podem lançar mísseis,
12:49assim como também fragatas e algumas corvetas de menor porte.
12:55Esse tipo de material bélico, se entrar em contato contra a marinha americana,
13:01a famosa US Navy, provavelmente eles não terão muita chance, né, de ação, né,
13:07então aí você teria realmente uma ação mais clara, né,
13:12para impedir que esse estreito, ele fosse fechado.
13:17Então, qual é a tendência de observarmos, pelo menos no curto prazo?
13:21É que o Irã, ainda bastante debilitado, né, por causa dos ataques israelenses,
13:27continue atacando com seus mísseis balísticos,
13:31porque é o que eles têm de maior opção agora no momento, né,
13:36então, desde o início da Revolução Islâmica de 1979,
13:42e depois do trauma que foi gerado pela Guerra Irã-Iraque da década de 80,
13:46e principalmente com uma fase bem específica da Guerra Irã-Iraque,
13:52que foi justamente a fase da Guerra das Cidades,
13:55em que o Iraque lançou vários mísseis Scud, né,
13:58contra algumas regiões do Irã, e isso gerou um trauma estratégico, digamos assim,
14:02é que o Irã, ele passou a investir bastante em mísseis balísticos, né,
14:07adquirindo tecnologia da Coreia do Norte, né, de outros países,
14:10desenvolvendo autonomamente,
14:12e foi onde eles conseguiram os melhores feitos.
14:16Eles também investiram muito, né, em blindados,
14:21nos chamados tanques de guerra,
14:22buscaram desenvolver sua força aérea,
14:26mas os outros setores, eles ficaram muito desprivilegiados
14:29em relação ao programa de mísseis balísticos,
14:32que é o que o Irã tem de mais moderno atualmente.
14:36Mas lembrando que é muito difícil que o Irã volte a fazer salvas de mísseis,
14:41como ele fez no início do conflito, em torno de 200,
14:44até porque não é apenas o lançamento de mísseis balísticos,
14:48você tem toda uma infraestrutura para poder fazer esse lançamento,
14:51e Israel afirma ter destruído mais de um terço dos lançadores.
14:58Então, para você colocar o mísseis no lançador,
15:00para poder fazer o abastecimento,
15:02todo o processo de aquisição,
15:05então isso leva um certo tempo,
15:07e agora o que a atual fase do conflito
15:10mostra que o Irã realmente tem sido bastante degradado,
15:14tanto que a operação que foi realizada
15:17para o ataque às instalações nucleares,
15:19não tiveram qualquer tipo de oposição aérea,
15:22qualquer tipo de defesa antiaérea presente naquela região.
15:27Então, realmente, o Irã está com opções estratégicas,
15:32retaliatórias, bastante limitado,
15:35digamos assim, no seu portfólio.
15:37E ao mesmo tempo que ele vive uma escolha de Sofia.
15:40como já foi colocado anteriormente pelo presidente Donald Trump,
15:45se houver uma retaliação agora,
15:48aí é que os americanos podem entrar na guerra de vez.
15:52Só para finalizar,
15:54de acordo com o último pronunciamento que o Donald Trump deu,
15:57que a gente está vendo, inclusive, agora na imagem,
16:00ele colocou que realmente o ataque foi pontual
16:03às instalações nucleares,
16:05mas que pode ser muito pior se o Irã resolver reagir.
16:10Mas também muito se fala sobre o poderio do Irã
16:13por meio das forças terrestres,
16:16ou seja, a incursão em terra também.
16:20E eles poderiam, teriam chance, será,
16:22de às vezes também atacar o domo de ferro,
16:25o sistema antiaéreo,
16:26para que eles pudessem ter mais potencial nessa ofensiva?
16:30Ou é muito remota essa possibilidade?
16:32Ou até mesmo uma incursão atacando essas bases dos Estados Unidos,
16:36que ficam no Oriente Médio, por solo?
16:41David, eu confesso que vejo essa possibilidade como muito remota,
16:45porque, primeiramente, o Israel não faz fronteira com o Irã.
16:51Então, ele necessariamente teria que ter uma ação,
16:55basicamente, trazendo outros países aqui para o conflito,
17:01como, por exemplo, se realizasse algum tipo de ação,
17:04poderia gerar a reação da Arábia Saudita,
17:08ou até mesmo do próprio Iraque.
17:10Então, é uma situação que realmente termina sendo bastante limitada.
17:14De fato, as forças armadas iranianas,
17:17elas são numerosas,
17:18eles têm uma quantidade de tanques maior que o de Israel,
17:22só que os tanques iranianos,
17:25eles têm uma tecnologia relativamente inferior
17:29ao que a gente tem observado recentemente.
17:33Então, na guerra atual,
17:35a gente poderia até dizer que
17:38quantidade não é tão relevante
17:41se compararmos com a qualidade do material bélico.
17:45Então, por exemplo, a força iraniana,
17:47ela era até mais numerosa
17:49em termos de quantidade de aviões
17:52do que a força aérea israelense.
17:54Mas o que a gente observou
17:55é que com o uso adequado de inteligência
17:58por meio do Mossad
17:59e também com ataques aéreos bem direcionados
18:03e também com tecnologia militar muito superior,
18:08o Irã não teve condições de reação, praticamente.
18:12Então, o que a gente observa
18:14é que sequer os caças iranianos,
18:16eles decolaram para abater
18:20ou tentar abater os aviões israelenses.
18:24E por que isso acontece?
18:26Porque, como eu mencionei anteriormente,
18:28o Irã optou por fazer um investimento
18:30justamente nos mísseis,
18:32mas outros tipos de tecnologia,
18:34principalmente de aviões de combate, como caças,
18:37eles são um conjunto de tecnologias embarcadas.
18:40Não é o avião puramente dito.
18:43Então, ou seja, o radar precisa ser eficiente,
18:47os mísseis que ele carrega também são extremamente importantes.
18:51Então, a título de comparação,
18:52a força aérea iraniana basicamente parou na década de 80.
18:57Eles ainda tinham caças F-14 americanos
19:00que foram adquiridos na época da monarquia do Reza Palev,
19:05justamente para fazer frente às incursões
19:08que os soviéticos estavam fazendo naquela época.
19:09Quando a 79ª aeronave F-14 Tomcat,
19:14ela chegou ao Irã e clodiu a Revolução Islâmica.
19:17Esses caças foram muito eficientes
19:18contra a força aérea iraquiana na década de 80.
19:22Mas, pulando agora para 2025,
19:25eles ficam muito atrás,
19:26principalmente de tecnologias embarcadas.
19:29Então, se um caça F-14 iraniano tivesse decolado
19:32para tentar interceptar um caça F-16 israelense,
19:35ou um F-15, ou até mesmo um F-35,
19:38ele sequer conseguiria ver,
19:40porque o radar do F-14 é muito limitado.
19:42Então, o piloto do F-14 não ia conseguir enxergar
19:45o outro avião adversário,
19:48e aí, com mísseis de longo alcance,
19:49ele seria abatido.
19:51E confesso que,
19:53pela que as fontes abertas que nós temos acesso,
19:57o Irã levou isso em consideração
19:59de sequer levantar suas aeronaves
20:00para tentar fazer frente à força aérea israelense.
20:03Porque, basicamente, ele estaria levantando aeronaves
20:06para matar pilotos.
20:07Então, esse é, digamos, um dos problemas.
20:09Agora, é claro,
20:10com relação à força terrestre,
20:12a gente tem uma figura completamente diferente,
20:15um plano estratégico bastante diferente.
20:17Apesar de que eu não vejo
20:18qualquer tipo de ação terrestre
20:20sendo travada agora contra o Irã.
20:22O que a gente observa é que, realmente,
20:24essas ações militares
20:26tendem a ser de interdição aérea,
20:28de contínuo bombardeio.
20:29E, claro, você atacar um país como o Irã
20:32por meios terrestres é muito difícil.
20:35É uma população muito numerosa,
20:37o exército também é grande.
20:39E aí, obviamente, no meio da guerra,
20:42você pode ter doutrinas diferentes,
20:45como aconteceu recentemente
20:47na guerra russo-ucraniana.
20:50Que aí, diferentes tecnologias
20:52podem ser empregadas,
20:54até mesmo como táticas de guerrilha,
20:56de ação indireta,
20:57para você fazer frente a um adversário
21:00que é muito superior em relação a você.
21:04Agora, é claro,
21:04tudo isso é muito difícil de prever.
21:06A gente tem, realmente,
21:07algumas ações em curso.
21:10A gente precisa observar com cuidado
21:12todo esse tipo de processo.
21:14E uma coisa é você fazer
21:15uma campanha aérea bem-sucedida.
21:16Outra coisa é você fazer
21:18uma invasão terrestre,
21:20ou, suponhamos,
21:21para tentar derrubar um regime.
21:23Você pode até conseguir derrubar o regime.
21:24Mas o pós-momento,
21:26que é a estabilização,
21:28tentativa de você lidar com guerrilha,
21:30é extremamente difícil.
21:31Como os próprios Estados Unidos
21:33enfrentaram no Iraque,
21:36que, por isso, tiveram que combater
21:38diversas forças,
21:39como foi até o mesmo caso
21:40do Estado Islâmico,
21:41ou até mesmo no Afeganistão,
21:43que os americanos ocuparam
21:45aquele país por décadas.
21:47e o resultado foi muito incerto,
21:50difícil.
21:51Eles fizeram uma estratégia
21:52de nation building,
21:54que é de construir nações,
21:55mas que, no final das contas,
21:56não deu muito resultado.
21:58E, no final das contas,
21:59o Talibã, ele retomou o poder.
22:02E, no final das contas
22:04de
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