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  • 15/06/2025
A escalada dos conflitos entre Israel e Irã levanta preocupações também sobre as relações globais dos países envolvidos, especialmente no Oriente Médio. O coordenador de Relações Internacionais da StandWithUs Brasil, Augusto Lerner, analisa os impactos dos ataques no terceiro dia de confrontos.

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Transcrição
00:00E a escalada dos conflitos entre Israel e Irã levanta uma preocupação também a respeito das relações entre os países envolvidos,
00:06as relações globais entre todos os países, em especial do Oriente Médio.
00:11Para entender os impactos dos diversos ataques neste terceiro dia de conflitos,
00:16nós vamos conversar com o coordenador de relações internacionais da Stand Vivas Brasil, Augusto Lerner.
00:23Augusto, bem-vindo ao Fast News, a Jovem Pão, prazer te receber.
00:26Eu já quero te perguntar a respeito da possibilidade de um diálogo, pra que este conflito cesse.
00:32Qual a perspectiva, a chance de uma pacificação?
00:37Quem estaria protagonizando essa intermediação?
00:40Augusto, bem-vindo à Jovem Pão.
00:43Bom dia a todos, boa tarde, bom dia e boa tarde.
00:48Essa chance agora de acontecer um diálogo não de paz entre Israel e Irã,
00:53que isso é impensável no momento, mas sim uma possibilidade de um cessar-fogo
00:59entre israelenses e iranianos, sendo mediado, quem sabe, pelos Estados Unidos,
01:05que já estavam em negociações sobre o programa nuclear iraniano,
01:09é uma possibilidade, sim, que pode vir a acontecer,
01:13principalmente através do governo iraniano,
01:17já demonstrou através do seu ministro de Relações Exteriores,
01:21já deu declarações que se Israel cessar os ataques aos militares no Irã,
01:28o Irã também vai cessar os ataques contra Israel,
01:32e isso já seria uma possibilidade pra chegar a um cessar-fogo.
01:36Mas acho que nesse momento a gente vê, a partir do início dos ataques israelenses
01:41aos alvos militares, cientistas nucleares e também alvos de instalações nucleares iranianas,
01:51a partir da noite de quinta-feira aqui no Brasil,
01:55na sexta-feira de madrugada no Oriente Médio,
01:59eu não vejo como a possibilidade de Israel, sim,
02:03aceitar uma possível cessar-fogo nesse momento,
02:06por uma série de fatores, primeiro porque Israel deu um golpe muito forte militarmente no Irã,
02:13que o Irã esperava um ataque já israelense,
02:16é importante a gente trazer essa informação,
02:20mas mesmo esperando um ataque ele não conseguiu se precaver
02:24da potência do ataque israelense que aconteceu,
02:28por uma série de motivos.
02:31Israel atacou muito forte tanto a capital iraniana,
02:35quanto outros locais pelo país,
02:38eliminando dezenas de comandantes do alto escalão,
02:41não somente do exército iraniano,
02:43mas também das guardas revolucionárias do Irã,
02:45e também a sua força Quds,
02:47que é onde é responsável por levar os braços do regime iraniano
02:53pelo Oriente Médio, principalmente pelo Iraque, Síria, Líbano e também Iêmen e faixa de Gaza,
03:00mas com esse ataque muito forte israelense,
03:03Israel ganhou vantagem no campo militar,
03:05a gente viu nos outros dias também ataques iranianos contra Israel
03:10de uma forma muito significativa, também nesse ponto.
03:14Eu estava estudando, acompanhando hoje de manhã o noticiário,
03:17e uma informação que eu acompanhei é bastante lúcida,
03:20que diz que nem o Hamas nem o Hezbollah,
03:25em mais de quase dois anos de guerra contra Israel,
03:27principalmente após o 7 de outubro,
03:29conseguiram danificar e atingir alvos civis israelenses,
03:35como o Irã fez nesses dois dias.
03:36Então foi uma resposta iraniana muito forte,
03:39mas a gente vê sim o Irã com uma possibilidade de chegar a um cessar-fogo,
03:43Israel hoje em dia não, por dois motivos.
03:45Primeiro, porque ainda tem muitos alvos a serem atacados
03:49na questão, não somente na questão militar iraniana,
03:53mas também, principalmente, que é o objetivo
03:55que Israel deu início a essa guerra contra o Irã,
03:58que é alvos para eliminação por completo
04:02de alvos que seriam ligados a enriquecimento de urânio,
04:09que tem como Irã um discurso de uma construção do marmo nuclear.
04:12Israel tem como seu principal objetivo nesse conflito
04:16a não deixar que o Irã atinja esse objetivo.
04:21Augusto, a grande expectativa por uma solução desse conflito
04:24envolve alguns outros países também,
04:27como, por exemplo, Estados Unidos,
04:29que seria ali o interlocutor de prestígio de Israel,
04:32por outro lado, a Rússia,
04:34que seria a interlocutora de prestígio do Estado iraniano.
04:39Houve, inclusive, notícia de uma ligação
04:40entre o presidente Donald Trump e o Vladimir Putin da Rússia ontem,
04:45uma ligação de mais de 50 minutos.
04:47Você acredita nessa interlocução entre esses países
04:50para alcançar uma solução, um consenso do conflito?
04:56São os dois interlocutores hoje possíveis
05:00que eu acredito que possa chegar a um denomador comum
05:04para um cessar-fogo.
05:05Se a gente vê a União Europeia hoje como um todo,
05:07não tem esse potencial de diálogo,
05:11tanto entre israelenses e iranianos,
05:13para a questão de chegar a um acordo.
05:16Não tem essa força diplomática possível.
05:19E também a China, ela nunca teve
05:22e provavelmente nunca vai ter esse potencial
05:24de chegar a um cessar-fogo em conflitos no Oriente Médio.
05:28A gente já viu a China uma vez
05:29fazendo um acordo,
05:33uma retomada das relações diplomáticas
05:35entre Arábia Saudita e Irã.
05:38Foi a primeira jogada chinesa de Pequim no Oriente Médio.
05:42Então a gente já viu uma influência chinesa na região.
05:44Mas no que diz respeito
05:45entre israelenses e iranianos,
05:49a única possibilidade que eu vejo à mesa,
05:52não agora, mas num futuro próximo,
05:56seria sim entre norte-americanos
05:59devido à influência dos Estados Unidos
06:02de Washington com Jerusalém,
06:05com o governo israelense,
06:07o governo do Trump dos Estados Unidos,
06:09e também a influência que tem
06:11o regime russo de Vladimir Putin
06:15com o regime iraniano de Masuka Pesekian,
06:20que é o atual presidente iraniano,
06:23e também ao Yatollah Ali Khamenei,
06:27que seria uma possibilidade.
06:28Mas a gente vê a Rússia também,
06:30por outro lado, muito enfraquecida
06:32no campo da diplomacia
06:34por causa da guerra,
06:36da invasão do exército russo contra a Ucrânia.
06:41Então com essa questão,
06:43a gente vê uma Rússia muito enfraquecida,
06:45criticando também Israel por ter atacado o Irã,
06:48mas ao mesmo tempo a Rússia fez e faz
06:51um ataque também contra a Ucrânia.
06:54Então a gente vê a Rússia
06:55sem um discurso muito propositivo à paz
06:59no mundo diante dos seus atuais
07:02ideias de conflito,
07:06principalmente no campo europeu.
07:08Estados Unidos, sim, através do Donald Trump,
07:10ele tem essa ideia de fazer acordos comerciais,
07:13acordos de cessar fogo e acordos de paz,
07:16porque a ideia principal do Trump
07:17é que não aconteça guerras,
07:19e sim acordos e que a máquina econômica internacional funcione.
07:24E uma guerra entre Irã e Israel
07:28é totalmente ao contrário
07:30da lógica pretendida por Donald Trump.
07:34Tá, e conversamos aqui com o Augusto Lerner,
07:36que é coordenador de relações internacionais
07:38da West End Vivas Brasil,
07:39nos ajudando a entender melhor
07:41as relações entre os países todos
07:43que possam contribuir de alguma maneira
07:45para a construção de um consenso
07:47entre Israel e o Irã.
07:49Muito obrigado, viu, Augusto?
07:50Sempre um prazer te receber aqui na Jovem Pan.
07:52Obrigado, prazer e um bom domingo a todos.

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