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  • 19/06/2025
No Visão Crítica, Juliana Inhasz, Jason Vieira e Augusto Teixeira analisam se Israel leva vantagem no confronto contra o Irã. Avaliam poder militar, apoio estratégico dos Estados Unidos, capacidade de retaliação iraniana e riscos de uma guerra prolongada.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/vQ7LmS9odhw

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Transcrição
00:00Pegando essa passagem do professor Augusto Teixeira, receita para o caos, eu gostei da expressão.
00:08As intervenções do Ocidente, no Norte da África, vinculadas até em parte com a Primavera Árbia e no Oriente Média, não foram muito felizes.
00:17Na Líbia, não tem governo central, dia muito, é um caos.
00:21O sul da Líbia é a casa da mãe Joana, numa linguagem mais popular, tem um governo ali, outra colada no litoral.
00:26O mesmo, o episódio da Síria, o Iraque, o Síria mais recente.
00:32O Iraque, então, aí tem vários governos e será que não estão, aí eu passo para a professora Juliana,
00:40querendo queimar um pouco as etapas, o governo de Israel já determinando como deve ser o futuro governo do Irã.
00:47Será que parece jogo de futebol, quando um time já entra em campo, já se considera vencedor.
00:52O Flamengo seria campeão carioca em 95 e esqueceram que o Renato Gaúcho fez gol de barriga e o Fluminense ganhou o jogo.
01:013 a 2, se não me engano.
01:03Rapidamente, eu sei que é uma questão complexa.
01:05Não é uma intervenção que pode, na verdade, ser uma receita para o caos?
01:09Pode, pode ser uma receita para o caos, Vila, porque, claro, quando você entra no jogo achando que você já ganhou,
01:15você negligencia muita coisa, né?
01:17E, claro, o Israel tem ali, certamente, um potencial bélico expressivo,
01:24mas ele também não sabe qual pode ser, eventualmente, o trunfo da economia e do governo iraniano.
01:32Então, é uma receita para o caos, porque, claro, você pode tomar medidas que, no final das contas,
01:38podem parecer que te ajudam, mas mais te fragilizam do que ajudam.
01:41Então, é complicado, dentro desse jogo geopolítico, é complicado você achar que você tem todas as armas para vencer,
01:51quando, na verdade, você está lidando com um adversário que tem as suas potencialidades, tem as suas nuances
01:59e, claro, deve ter ali várias cartas na manga e diversas formas, inclusive,
02:04de tentar desestabilizar esse tipo de ação israelense dentro do território.
02:08Jason, dentro dessa mesma concisão que a Juliana tão bem fez,
02:13não é um pouco de pretensão de dizer nós já ganhamos a guerra, Israel em relação ao Irã,
02:18e o governo vai ser o seguinte, não vai ser mais essa república teocrática?
02:22Não há um certo exagero?
02:24Por isso que eu digo que eu acho que há uma diferença essencial nos players dessa questão,
02:30porque, como eu disse, o Irã tem suas particularidades e é muito diferente dos outros países.
02:38Ele é muito diferente da Síria, muito diferente do Iraque.
02:41E parte desse grupamento, que fez parte do poder teológico lá dentro,
02:47ele tem o potencial de ser o substituto, incrivelmente, de uma eventual mudança do Irã,
02:53especialmente aqueles que eram considerados os grupos moderados,
02:58que têm simpatia, inclusive, dentro do próprio Irã e da população.
03:03Como eu disse, o meu temor é... Israel não.
03:07Netanyahu captarnear isso, dados os desastres geopolíticos que ele criou recentemente.
03:13Não estou dizendo nada de 7 de setembro, a completa razão da reação de defesa de Israel,
03:19e concordo com o ataque também, porque o Irã foi avisado, a Alemanha concordou com o ataque,
03:24a França concordou com o ataque, os Estados Unidos, o Reino Unido, todos concordaram com o ataque,
03:28porque eles estavam tentando produzir armas nucleares.
03:31E eles provaram agora, que eles agora estão tentando arrumar um gatilho nuclear.
03:34Ou seja, eles estavam... Tudo aquilo que eles diziam que não estavam fazendo, eles estavam fazendo.
03:39Mas eu acredito que existe uma nuance importante ali,
03:42exatamente porque há um grupo moderado dentro desse mesmo grupo teocrático,
03:47que tem condições de utilizar o mesmo aparato democrático que eles têm...
03:51Democrático, entre aspas, porque...
03:53Eu não me recordo agora o nome dele, mas era aquele que usava o turbante preto.
03:59Ele foi eleito com 70% dos votos na época e ele não agradava aos ayatolás.
04:05Eu acho que o que talvez seja mais importante é a queda do sistema dos ayatolás
04:10e não da queda da estrutura de governo.
04:13E isso que eu acho que é de extrema relevância, que faz a diferença em relação aos outros países.
04:16De uma população muito mais educada e de um grupo que, dentro do próprio país,
04:21pode ter simpatia interna e fazer com que essa transição seja mais suave.
04:26Isso realmente me preocupa é que Israel...
04:29De alguma maneira, com os países envolvidos e em conexão direta com esses grupos.
04:40Não deixar que isso...
04:42A pior coisa que pode acontecer num cenário desse é o vácuo de poder.
04:45E o vácuo de poder, ele traz os piores elementos e que nós já vimos em diversos países.
04:51Professor Augusto Teixeira, você vai ter uma concisão, parece de debate eleitoral.
04:5530 segundos.
04:57É uma receita para o caos, para pegar a tua expressão?
04:59Vila, eu considero que sim, em virtude do potencial incontrolável de o que virá depois.
05:07Acho interessante os grupos oposicionistas que poderiam promover respostas importantes,
05:13mas a grande questão não respondida é qual componente de força poderia lastrear sua oposição
05:19numa potencial mudança de regime.
05:21E se tiver um componente de força, se esse grupo poderia vencer militarmente um potencial grupo opositor
05:28e dominar legitimamente a estrutura de Estado.
05:31Como são questões dificilmente respondíveis, é muito difícil imaginar a incapacidade de gerenciar um caos
05:38dentro de um processo de mudança de regime que poderia engolfar a região.
05:42O custo talvez seja muito maior do que o benefício, Vila.

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