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  • 19/06/2025
Relatório do Icomex, divulgado pela FGV, aponta que a escalada da guerra entre Israel e Irã adiciona novas incertezas ao cenário político e econômico mundial, impactando diretamente o comércio exterior. Deysi Cioccari e José Maria Trindade comentaram.
Reportagem: Beatriz Manfredini
Comentaristas: Deysi Cioccari e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00Ainda girando os nossos repórteres, a escalada do conflito entre Israel e Irã adicionou mais incertezas e riscos ao cenário político e mundial já conturbado,
00:10alertou o relatório do indicador de comércio exterior.
00:13Quem tem mais detalhes pra gente é a Beatriz Manfredini. Beatriz?
00:19Pois é, Paula. Foram dados divulgados ontem à noite, então, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas,
00:27o IBRI-FGV, e a partir desse relatório, que cita diversas incertezas econômicas e mundiais, como, por exemplo,
00:36tarifaços recentes promovidos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e relações conflituosas entre o país norte-americano e também a China,
00:47aparece agora, então, a questão do conflito entre Israel e Irã.
00:52O relatório cita, por exemplo, que um acordo assinado entre Estados Unidos e China no dia 10 de junho não afasta as incertezas do comércio mundial associados ao governo Trump.
01:03E que agora, então, esse confronto, esse conflito, ele termina de completar um cenário difícil, então, mundialmente pra todos.
01:13O conflito, por exemplo, já gerou mudanças e altas no preço do petróleo, entre outras coisas.
01:21Então, a FGV aponta pra um cenário bastante incerto em todo o mundo, a partir desse confronto que a gente sabe ainda tá escalando e não tem data pra terminar.
01:32Além disso, a gente citou aqui agora há pouco, existem também todos os problemas e os desafios humanitários nessa situação.
01:41A própria ONU divulgou também um relatório falando sobre o número de mortos em confrontos em 2024, que apresentou uma alta de 40%.
01:50Foram mais de 48 mil pessoas mortas no ano passado.
01:54Entre elas, a maior parte eram civis.
01:57E disse, inclusive, que a cada 12 minutos um civil é morto em conflito armado.
02:02Chamou atenção especial aí pra mulheres e crianças nessa situação e também pra defensores dos direitos humanos.
02:08No ano passado, foram 625 ativistas mortos e 123 desaparecidos.
02:14Então, esses relatórios demonstrando aí as dificuldades econômicas e humanitárias mundiais que estão aí se exacerbando nos últimos tempos.
02:22Paula.
02:24Os impactos deste conflito no Oriente Médio.
02:27Beatriz Manfredini falando aqui de São Paulo.
02:29Eu quero chamar a Deise Siocari com a gente aqui nos estúdios da Jovem Pan.
02:32São grandes os impactos, né, Deise?
02:35A gente já comentou sobre os impactos em relação a petróleo e gás, né?
02:38Tudo depende aí do preço do barril do petróleo lá fora.
02:41A gente já comentou sobre os impactos em relação ao dólar também.
02:44Tem o humor no mercado financeiro que a gente sabe que tudo movimenta também, tudo que acontece.
02:49Agora, um ponto que eu quero tocar com você, Deise, que a gente ainda não tocou no Jornal da Manhã de hoje,
02:53é em relação ao posicionamento do presidente Lula, de que forma ele deve se posicionar, enfim, nos próximos dias
02:59e como o posicionamento dele vai mexer também com a economia aqui no Brasil.
03:05Olha, essa pergunta, porque o presidente Lula, o posicionamento dele tem sido um pouco ambíguo em relação a essa diplomacia, né?
03:13A gente tem que lembrar que ele falou que iria recuperar a diplomacia brasileira, que ela estava isolada,
03:17mas não tem sido um feito muito fácil para ele, não, né?
03:22O posicionamento do Brasil, o Itamaraty sempre se posicionou de forma neutra em relação a esses conflitos,
03:27mas o presidente Lula, ele tem uma saga de se tornar o líder do sul global, né?
03:33Então, em função disso, ele tem deslizado, talvez até pela vaidade, ele tem deslizado em alguns comentários dele, né?
03:41O certo seria optar pela neutralidade, obviamente sempre defendendo as democracias,
03:45porque o Brasil, nos últimos dois ou três anos, tem tido um histórico aí de passar pano para políticos autoritários, né?
03:55A gente viu quando ele recebeu isso, quando o presidente Lula fez isso em alguns outros momentos,
04:00o próprio Zelensky acusa ele de ser pró-Rússia, né?
04:03O presidente Lula esteve na Rússia, então o ideal agora seria se posicionar de uma forma neutra,
04:08mas deixando claro que o Brasil é pró-democracia, né?
04:12Que não passa pano para políticos autoritários, mas, de alguma forma, o presidente Lula não tem conseguido fazer isso.
04:19Ele não tem conseguido deixar esse lado ideológico dele de lado por uma diplomacia maior, né?
04:26Falha e mais um compromisso de campanha.
04:31Zé Maria Trindade, nesse cenário todo, eu até queria tentar ser um pouco mais otimista, né?
04:36Será que a gente não conseguiria exatamente, nesse momento agudo de conflito,
04:41que a diplomacia pudesse prevalecer e, quem sabe, a gente mudar esse cenário de incertezas apontado aí pelo relatório, Zé?
04:49Ou é muito difícil imaginar isso?
04:51Pois é, é difícil. A diplomacia mudou muito.
04:55A diplomacia brasileira é reconhecida internacionalmente como muito boa.
04:59A formação dos nossos profissionais do setor vai ser uma formação muito boa.
05:03A Escola Rio Branco, ela seleciona muito bem, historicamente, pegou os melhores alunos
05:09e transformou em diplomatas que são reconhecidos no mundo inteiro.
05:12E a diplomacia vem se transformando muito em escritórios de negócio, né?
05:17Que defende o interesse do determinado país na comunidade internacional.
05:24Não há mais aquela história de país amigo.
05:27Existem, sim, afinidades, mas não um país amigo, mas sim um país que tacitamente pode se relacionar
05:35de uma maneira positiva economicamente.
05:37Então, esta é a nova lógica da diplomacia.
05:41Mas só que agora começam a entrar fatores que são estranhos a esta lógica racional.
05:48Por exemplo, o presidente Lula não se dá bem com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel.
05:56Lula foi considerado lá a pessoa não grata, porque ele fez comparações do holocausto de uma maneira imprópria e isso
06:03agrediu muito a cúpula do governo de Israel, que considera o Brasil como um país hostil.
06:11Um grupo de parlamentares iria agora visitar Israel para tentar dizer o seguinte, o Brasil não é hostil a Israel.
06:19Nós temos o governante atual que não se dá bem com o primeiro-ministro, mas não significa que o Brasil é hostil a Israel.
06:27E aí esse grupo que iria lá acabou cancelando exatamente porque não há condições para qualquer tipo de conversa dessa natureza.
06:36Mas o importante é o seguinte, essa incerteza que havia na economia, que foi incerteza provocada pelo presidente norte-americano,
06:45que deu uma sacudida nessa história do tarifarço, agora entra também na incerteza política.
06:52E olha, Nonato, eu tenho dito sempre o seguinte, não há nada mais covarde no mundo do que o capital.
06:58Ao menor sinal de perigo, ele sai correndo como o diabo corre da cruz.
07:02Então, a incerteza acaba afetando a economia mundial.
07:08Então, produz esta insegurança que tem como consequência danos na economia, sim.

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