- 05/07/2025
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NotíciasTranscrição
00:00Só vale a verdade.
00:06Nascido em quatorze de setembro de mil novecentos e setenta e um na capital paulista, o convidado desta noite tem sua trajetória marcada pela atuação em cargos ministeriais e por ser um dos principais representantes do partido dos trabalhadores.
00:19Alexandre Rocha Santos Padilha é médico infectologista pela USP, professor universitário, deputado federal licenciado pelo PT de São Paulo e atual ministro da saúde, cargo que exerceu também no governo Dilma Rousseff quando criou o programa Mais Médicos.
00:35Chefe da pasta das relações institucionais, no segundo e terceiro mandato do presidente Lula, Padilha trabalhou na prefeitura de São Paulo durante a gestão Fernando Haddad, enquanto o ministro das relações institucionais articulou junto ao Congresso Nacional a aprovação de projetos como o marco regulatório do pré-sal, o estatuto da igualdade racial e a reforma tributária.
00:56Já recentemente na saúde, lançou o programa Agora Tem Especialistas, uma tentativa de reduzir o tempo de espera por atendimentos no SUS.
01:05Hoje, Marco Antônio Vila recebe o PHD em saúde pública pela Unicamp, que esteve por quatro vezes entre os parlamentares mais influentes do Congresso, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, DIAP.
01:18A partir de agora, Alexandre Padilha. Só vale a verdade.
01:26Olá, hoje no Só Vale a Verdade vamos discutir a saúde no Brasil. É um tema fundamental e basta ver a tragédia que nós vivemos nessa década, desse século, a maior tragédia provavelmente da história do Brasil republicano no campo da saúde pública, que foi a pandemia do Covid-19.
01:45E o Brasil ainda padece, em parte ainda, de questões colocadas naquele momento histórico.
01:51Então hoje temos aqui o prazer de receber o ministro Alexandre Padilha.
01:56E ministro, a partir de agora, só vale a verdade, ministro.
02:00Opa, estou preparado.
02:02Vamos lá, ministro.
02:03A primeira coisa é justamente pegar esse gancho.
02:06A pandemia represou, presumo eu, milhões e milhões de exames.
02:12As pessoas não podiam se deslocar porque nós vemos uma situação anômala, coisa de ficção científica e tal.
02:19Como é que está a situação hoje, ministro?
02:21Ó, Vila, primeiro um prazer estar conversando aqui contigo, estar junto aqui.
02:25A pandemia provocou três feridas que a gente ainda tem que cicatrizá-las até hoje.
02:31Além das mais de 700 mil mortes, o que é muito grave.
02:37Primeiro, ela provocou uma desorganização dos fluxos de atendimento.
02:44Porque a unidade de base de saúde não podia funcionar, os agentes comunitários de saúde não estavam fazendo as visitas domiciliares,
02:51você tinha dificuldade de encaminhar uma unidade de base de saúde para um ambulatório mais especializado, um hospital.
02:57Eu te falo isso porque eu era deputado federal na época, mas continuava sendo professor universitário.
03:02Então, toda sexta-feira eu estava ali junto com os alunos, junto com os pacientes.
03:08Ia muito nos hospitais para visitar pessoas.
03:10Eu sou infectologista, é a minha especialidade e tudo.
03:14A segunda ferida é exatamente essa que você falou.
03:18Ela gerou um represamento do chamado atendimento especializado.
03:21O que é isso?
03:22A pessoa foi lá na unidade de saúde e aí ela tem que ir num cardiologista.
03:26Durante a pandemia, não tinha consulta com cardiologista, estava tudo desmarcado.
03:30Porque os hospitais estavam todos lotados do tema da Covid-19, até porque se prorrogou mais no Brasil do que deveria se prorrogar.
03:39Você tinha várias pessoas internadas, você tinha que cancelar as cirurgias porque você tinha que ocupar todos os leitos com pessoas que estavam internadas na Covid-19.
03:48Então, a pessoa que tinha câncer, ela não conseguia fazer seu seguimento.
03:51Uma pessoa que tinha uma dúvida sobre alguma coisa cardíaca, não conseguia fazer o exame.
03:57Tudo isso foi sendo represado, gerando um problema grave de pressão para os estados e municípios.
04:03E uma terceira ferida é o debate sobre a ciência.
04:05Infelizmente, a pandemia virou um terreno fértil para espalharem mentiras sobre vacina, mentiras sobre tratamentos.
04:16E é uma coisa que pega hoje, até hoje, a gente enfrenta esse debate sobre a ciência, sobre fake news na área da saúde.
04:22Então, isso gera uma pressão enorme hoje, o que faz que algo que já era crônico no Brasil, em outros países do mundo também,
04:32que é o acesso ao atendimento especializado, uma cirurgia eletiva, que não precisa ser uma coisa com urgência,
04:38mas não pode esperar seis, sete meses, um ano, dois anos, vira a capa, virando uma urgência.
04:42Isso que já era crônico ficou ainda mais agravado.
04:47Tanto, viu, Vila, que mesmo com todo o esforço que o governo federal, estados e municípios fizeram em 2023, 2024,
04:55nos últimos dois anos, por exemplo, bateu o recorde número de cirurgias eletivas no SUS.
05:00Nunca foi feita tanta cirurgia eletiva no SUS como foi feito em 2024.
05:04Esforço do ministério, estados e municípios.
05:06Mesmo com isso, a gente tem pessoas que estão esperando há seis meses, um ano, um ano e meio,
05:12para uma cirurgia oftalmológica e a pessoa vai perder na sua visão.
05:15Tem avô que não consegue mais ver o neto, não consegue ler a Bíblia, não tem autonomia própria para poder circular.
05:21Então, eu sempre digo que hoje é o maior problema que nós temos hoje em saúde pública.
05:27Por isso, nós lançamos pelo governo federal, o presidente Lula Sancionom e da provisória,
05:32ou agora tem especialistas, que na prática é a maior mobilização na saúde pública e privada
05:39para buscar enfrentar um problema.
05:41A gente usa toda a estrutura que tem na saúde do Brasil, pública, privada, internet, a distância, presencial,
05:50mobilização de unidades móveis, estruturas hospitalares.
05:54Tudo que a gente puder mobilizar, nós vamos mobilizar para tentar enfrentar esse problema.
05:57Eu vou voltar a essa questão, ministro, mas eu queria pegar esse gancho da Covid e da pandemia,
06:03a questão das vacinas.
06:05Nós éramos, dizia-se em certo momento, o país que mais vacinava no mundo.
06:10Eu me lembro, quando eu era adolescente, tinha criança, adolescente,
06:15a vacinação da paralisia infantil, o doutor Seib vinha ao Brasil, era casado com uma brasileira,
06:20só se falava naquilo, sábado e domingo, toda a cobertura,
06:23e era uma coisa dada como certa.
06:26Tem seu filho, tem o aumento de vacinação, tinha a carteira de vacinação, sem problema nenhum.
06:32Porém, contudo, todavia, quando chega a pandemia, vem algo que não é um produto nosso,
06:37essa discussão, mas grande parte norte-americana chega aqui.
06:41E aí virou essa tragédia e ainda parece que continua aqueles que advogam serem contra as vacinas.
06:48Como é que está essa situação hoje?
06:49Ó, Vila, essa é uma das cicatrizes que a gente precisa, é, é uma das feridas que precisa ser cicatrizada,
06:55a gente enfrentar isso.
06:56Eu falo, você sabe, Vila, eu já fui deputado, já fui secretário municipal,
07:00já fui ministro da saúde uma vez, estou sendo pela segunda vez,
07:05já fui ministro de coordenação política, várias áreas.
07:08Eu nunca tive inimigo na política.
07:12Tive adversário, posição diferente, isso é normal.
07:15Agora inimigo não, agora como médico, como ministro da saúde, eu tenho um inimigo.
07:18Quem é negacionista, quem levanta, espalha mentiras sobre vacina, sobre tratamento,
07:25porque isso leva a um risco gravíssimo que as pessoas morrerem.
07:28Só para você ter uma ideia, hoje, depois de tudo que a gente passou na pandemia,
07:32pega os dados há duas semanas atrás, os dados no Rio Grande do Sul,
07:36que aumentou muito a internação e óbitos por doenças respiratórias.
07:41Mais de 60% dos óbitos eram pessoas que não tinham tomado a vacina,
07:45que o Ministério está decidindo desde abril.
07:47Começou a campanha em abril contra a influência.
07:51Fizemos um dia, voltamos a fazer o dia D, o dia D nacional de vacinação,
07:56na véspera do Dia das Mães.
07:58E um dia a gente vacinou três vezes mais do que se vacina diariamente,
08:02por conta dessa mobilização.
08:03Como você falou, mobiliza a imprensa, vocês ajudaram.
08:06A imprensa no Brasil inteiro ajudando.
08:08Mesmo assim, mais de 70% das pessoas morreram porque não tomaram a vacina,
08:13porque não tomaram a vacina.
08:14Os outros quase 40% tomaram um dia antes de começar a ter os sinais e sintomas.
08:21Você toma a vacina, demora uns 10 dias para você ter proteção máxima.
08:25Então, essa é uma batalha.
08:27O Ministério da Saúde está garantindo as doses, comprou as vacinas necessárias,
08:32garantia que a gente distribuiu a estado e município.
08:34A gente está monitorando isso o tempo todo com o estado e município.
08:37Eu estou levando o Zé Gotim de tudo quanto é lugar.
08:40Temos um comitê de especialistas que analisam.
08:44Eu sou infectologista, eu tenho uma filha de 10 anos.
08:46Eu vacino o tempo todo.
08:49Eu não deixo perder.
08:50Inclusive, agora a gente tem uma caderneta digital de saúde da criança,
08:54do Ministério da Saúde, para as pessoas terem a sua caderneta no celular,
08:57acompanhar o SUS, como você falou.
09:00Eu, quando fui ministro da outra vez, recebi certificado de eliminação do sarampo,
09:05da rubéola.
09:06Nosso programa era um programa reconhecido internacionalmente.
09:09Afundou, por conta da pandemia, todo o debate anti-vacina.
09:13A gente está recuperando isso.
09:15Já voltamos a recuperar o certificado de eliminação do sarampo em 2024.
09:19O Brasil saiu da lista dos 20 países com pior cobertura vacinal das crianças.
09:24Melhoramos a cobertura.
09:25Estamos recuperando isso.
09:27Essa semana, nós introduzimos, essa semana, desde o dia 1º de julho,
09:32uma nova vacina para meningite para as crianças de 12 meses.
09:37É o reforço.
09:39Então, os pais, às vezes, tinham que pagar para ter essa vacina,
09:42R$ 300, R$ 400, R$ 500, está no SUS agora.
09:46A vacina ACWY protege contra quatro tipos.
09:51Ou seja, proteção garantindo cobertura vacinal.
09:54Mas a gente ainda é uma batalha.
09:56Voltar a recuperar aquilo que era a cultura da vacinação.
10:00Vila, eu tenho uma alegria enorme.
10:03Eu ando com o Zé Gauthier para tudo quanto é lugar.
10:05E o jeito que as crianças recebem, as pessoas recebem.
10:09E sabe uma coisa que eu sempre falo para um pai e para a mãe?
10:13Lembra a sua infância.
10:15Fazer a parte da cultura.
10:17O que seu pai, sua mãe fez para você se vacinar.
10:21Muitas vezes o pessoal morava no interior, saía lá da roça, ia lá na unidade de saúde.
10:26Esperava.
10:27Fez todo esse assunto para você estar vivo.
10:29Então, não tire essa oportunidade do seu filho e da sua filha de estar vivo com a tecnologia que a ciência descobriu.
10:37E é forte, saudável.
10:39Agora, ministro, nós temos mais de 5.540, por aí, 60 municípios por aí.
10:465.570.
10:475.570 municípios, né?
10:50Como é possível fazer um trabalho?
10:52Porque muitas das pessoas, elas não sabem.
10:54E é natural que não saiba, porque ninguém informa.
10:56Quais são as atribuições no campo da saúde, da prefeitura, do Estado e da União?
11:04Afinal, qual é o papel da União, do Ministério da Saúde nesse trabalho?
11:08É só um trabalho de coordenação?
11:10É de acompanhamento?
11:12É um trabalho das questões mais gerais, mas não das questões específicas?
11:16Como é que é essa relação?
11:17Esse é o maior desafio, né, Vila?
11:19Porque o Brasil tem dois desafios.
11:22Na verdade, são três, e aqui um é derivado do segundo, que nenhum país do mundo tem relação à saúde.
11:28Primeiro, nós somos o único país com mais de 100 milhões de habitantes
11:33que tem o compromisso de garantir a saúde como direito das pessoas, né?
11:38O SUS é a maior aposta de saúde universal dos grandes países do mundo.
11:45Então, não é simples você conseguir garantir esse direito, um país diverso como o nosso, diversidade regional, tamanho.
11:53Tudo que a gente incorpora passa a ser o quarto ou quinto maior mercado de compra.
11:59A gente acabou de introduzir no Ministério da Saúde uma medicação que custa de 8 a 11 milhões de reais a dose.
12:08Se a família tivesse que aplicar, não tem condição nenhuma, 8 a 11 milhões de reais.
12:14A gente conseguiu fazer a incorporação desse medicamento, criando um mecanismo inovador,
12:17que a gente chama de compartilhamento de risco, baixando esse valor.
12:22Quando a gente faz isso, o Brasil passa a ser um dos cinco países do mundo a ter esse medicamento
12:26pelo sistema público e o maior deles.
12:29Então, primeiro, essa dimensão do tamanho do Brasil.
12:33O segundo grande desafio é que é garantir a saúde num país federativo.
12:38Ou seja, os outros países que têm sistemas nacionais públicos, que são as nossas grandes referências,
12:43o sistema nacional público inglês, é um serviço só, é uma estrutura só, não tem estrutura federativa.
12:49O Canadá, são dois níveis da federação.
12:52O Brasil tem três níveis da federação.
12:55E aí tem um terceiro desafio, que é decorrente do segundo,
12:58são três níveis com tempos de governo diferentes.
13:01Ou seja, quando a gente está no primeiro ano da gestão do Ministério da Saúde,
13:07dos governos estaduais, começa a planejar, o município já está no terceiro ano,
13:11já não quer assumir coisa nova, já está pensando na sua reeleição,
13:15ou na eleição, ou no final da eleição.
13:17Então, é um grande desafio.
13:18O que cabe ao Ministério da Saúde?
13:21Regulamentar as questões, garantir as grandes regras, os regramentos.
13:27E algumas questões a gente compra direto.
13:29Por exemplo, eu citei esse exemplo desse medicamento.
13:32Medicamento que custava 8 a 11 milhões, uma dose, para uma doença rara,
13:36é o Ministério que faz a compra.
13:38Porque quando a gente faz essa compra, a gente ganha uma escala enorme.
13:41Vacinas.
13:41É o Ministério que compra a vacina.
13:44Porque a nossa compra é uma escala enorme.
13:46Você consegue não só ter um preço melhor,
13:49mas, inclusive, estimular o produtor a produzir.
13:53É o que faz, você tem o afioco, o fruto Butantan.
13:56São importadas ou produzidas?
13:57Uma parte, uma parte grande são produzidas aqui,
13:59mas você tem algumas que são importadas.
14:02Por exemplo, vacina para varicela, que é um problema mundial hoje.
14:06Só para você ter uma ideia, nesses últimos dois anos e meses,
14:09o Ministério já está no quarto fornecedor,
14:11porque os outros não estavam dando conta de garantir o fornecimento.
14:16Então, a gente está no quarto, que foi uma produtora chinesa,
14:18que agora garantiu, a gente conseguiu regularizar,
14:21tem a vacina, e estamos estimulando a produção aqui no Brasil.
14:26Fazer uma parceria com um laboratório público brasileiro,
14:29o Butantan, o Fiocruz, para produzir aqui no Brasil.
14:32Então, o Brasil é o que produz a vacina da febre amarela.
14:35A gente produz para cá e exporta.
14:37Então, vacinas, é o Ministério da Saúde que compra.
14:43Agora, nós estamos mudando a lei, inclusive,
14:45para permitir que o Ministério da Saúde possa entrar
14:49para contratar atendimento de média e alta complexidade,
14:53porque isso era só do município, dos municípios maiores ou do Estado.
14:57Às vezes, você tem um Estado que é muito pequeno,
14:59ele sozinho não consegue organizar seus serviços.
15:02Então, o Ministério vai entrar para ajudar esse Estado, o município,
15:05até conseguir condições melhores, a escala é maior,
15:08você consegue contratar com valor menor,
15:10para você garantir esse atendimento.
15:12Então, o Mais Médicos, é o Ministério que põe,
15:15são 28 mil médicos.
15:17Farmácia Popular, você anda no centro de São Paulo,
15:20você pega a drogaria, você tem aquele cartazão,
15:22aqui tem Farmácia Popular,
15:24é o Ministério que dá sorte para existir.
15:26Eu uso, eu uso.
15:27Então, é, você e mais 26 milhões de brasileiros.
15:30É o Ministério que garante,
15:33você garante aquele medicação,
15:34porque você consegue, em uma escala maior,
15:37garantir algo que é decisivo.
15:38Agora, o dia a dia da gestão, dos atendimentos,
15:42organização de serviços,
15:43aí é do município ou do Estado?
15:46É, a gente sempre brinca, porque eu sou historiador,
15:49que o Brasil, bem, esquece, não tem memória.
15:53E a Assembleia Constituinte, 87, 88,
15:57o papel de alguns médicos, sanitaristas,
15:59me lembrei agora, rapidamente, do Sérgio Arouca,
16:01entre outros, foram fundamentais na criação do SUS.
16:05SUS foi uma revolução.
16:06Você mesmo lembrou, ministro,
16:08que nós não temos um sistema semelhante a esse
16:13em países que tem a mesma população que a nossa.
16:17A grande questão depois foi o problema que criou o SUS,
16:20mas como financiá-lo?
16:21Aí foi o grande desafio.
16:23Eu acho que um grande desafio hoje,
16:24não sei se estou certo, ministro,
16:26é como financiar, por exemplo.
16:29O ministro lembrou esse remédio caríssimo,
16:32que seria impossível uma pessoa comprar.
16:33a questão de equipamentos, a complexidade da medicina, exames.
16:37E quando se fala em cortes,
16:40agora nós temos uma discussão no Brasil,
16:42você corta e desgaste,
16:43eu vejo, eu falo assim,
16:45puxa vida, o pessoal olha,
16:46primeiro, saúde, educação,
16:48justamente o que os mais pobres demandam, né?
16:51A previdência social precisa se resolver,
16:53eu também acho, precisa resolver tudo.
16:55Mas eu acho, pô, você vai cortar da saúde.
16:58Qual é o orçamento do Ministério da Saúde?
17:01Porque eu, por exemplo, não sei,
17:03eu sei que deve ser, aproveita o maior orçamento dos ministérios, né?
17:06Quantos funcionários tem?
17:08É só para a gente ter uma ideia disso.
17:10Hoje o nosso orçamento para aquilo que são ações e serviços de saúde,
17:16em torno de 247 bilhões de reais.
17:19As pessoas pensam, puxa, é muito dinheiro, é muito dinheiro,
17:22mas é muita gente para atender.
17:24É muita gente.
17:25A gente faz saúde pública no nosso país com 3, 4 vezes menos per capita
17:31do que o Sistema Nacional Público Inglês faz,
17:34do que o Sistema Nacional Público Espanhol,
17:35do que o Chile, do que a Argentina.
17:38Os Estados Unidos, então, nem se fala,
17:39que os Estados Unidos não tem saúde pública,
17:40é tudo privado.
17:41Então, chega a ser 10, 11 vezes maior o valor per capita que é feito lá.
17:46O Ministério da Saúde tem,
17:49dentro da estrutura do Ministério,
17:50cerca de 40 mil trabalhadores,
17:52porque o Ministério da Saúde não é ele que faz o funcionamento
17:56da unidade básica de saúde, do pronto-socorro,
17:59mesmo do SAMU, são contratados pelos municípios.
18:02Você tem ideia?
18:02Hoje a gente tem mais de 6 mil hospitais em funcionamento
18:08ligados ao Sistema Único de Saúde,
18:11contratados pelo SUS.
18:12Unidades de base de saúde são mais de 40 mil unidades de base de saúde
18:16espalhadas no país.
18:18Só o SAMU agora, que ficou um tempão sem ter reposição de ambulância,
18:22o presidente Lula comprou as ambulâncias,
18:24foram disciplinando mais de 2.100.
18:26Vamos entregar mais 2.000 até o final do ano que vem.
18:30Então, você tem uma estrutura enorme,
18:32que é muita gente para ser atendido.
18:34E quando eu sempre defendo os recursos da saúde,
18:37não só pela importância de cuidar das pessoas,
18:41ainda é subfinanciado,
18:43mas porque saúde também é desenvolvimento.
18:45Saúde faz a economia girar.
18:49Uma coisa muito direta, que são os equipamentos que a gente compra,
18:52as vacinas que a gente produz aqui.
18:55Eu fui lá para a China, junto com o presidente Lula,
18:57e a gente fez um acordo de trazer produção de equipamentos aqui para o Brasil,
19:01vacinas, medicamentos,
19:03que vão gerar emprego e renda aqui no Brasil.
19:05Tecnologia, emprego e renda.
19:08Esse é um impacto direto na economia.
19:13Além disso, tem um impacto indireto.
19:14Eu sempre falo uma coisa,
19:16eu fui secretário de saúde de gestão municipal,
19:19fui em São Paulo,
19:21eu fui coordenar um núcleo de medicina tropical da USP,
19:24lá no meio da região amazônica,
19:26vivi 6, 7 anos lá na região amazônica.
19:28Toda vez que surge um hospital,
19:30em torno dele surge um comércio,
19:33surge o restaurante,
19:36ou seja, gira a economia.
19:37Não à toa,
19:39não à toa,
19:39a saúde mobiliza de 8% a 9% do PIB brasileiro.
19:43Então,
19:44o investimento na saúde também gera renda,
19:48emprego, desenvolvimento,
19:50atividade econômica,
19:51ainda mais um setor que mexe com tecnologia,
19:54com conhecimento,
19:55com incorporação tecnológica o tempo todo,
19:58com aquilo que é mais importante hoje
20:00no dinamismo das economias do mundo.
20:03Então,
20:04o Brasil tem que continuar investindo
20:06e a gente tem uma oportunidade única,
20:07viu, Vila,
20:08nesse momento.
20:09Porque,
20:10o que aconteceu após a pandemia?
20:13Os países todos
20:14estão tentando se reorganizar
20:16as suas cadeias globais de produção na saúde.
20:19Porque ninguém quer ficar dependente mais
20:21da China, da Índia.
20:23Todo mundo viveu aquilo na pandemia.
20:25O desespero de não ter medicamento,
20:27de não ter luva,
20:28tudo.
20:29Então,
20:29o Brasil tem a oportunidade de...
20:30Não tinha nem máscara, né?
20:31Não tinha máscara.
20:32O Brasil tem essa oportunidade
20:33de aproveitar essa reorganização
20:35e ocupar um espaço nisso, né?
20:38A produção de vacina,
20:40de medicamentos,
20:41de insumos para a saúde,
20:42equipamentos.
20:43Como que a gente pode fazer isso?
20:45Fazendo parcerias com o mundo.
20:47A gente vai assumir a presidência do Mercosul agora.
20:50Então,
20:51para mim,
20:51o objeto central
20:52da nossa presidência do Brasil
20:54na saúde,
20:55Mercosul,
20:56é fazer avançar o acordo
20:57Mercosul
20:58e União Europeia
20:59na saúde.
21:01Atrair investidores europeus
21:02que estão
21:03preocupados com o que o Trump
21:04está fazendo nos Estados Unidos
21:05em relação à saúde,
21:06porque está cortando investimento,
21:08cortando investimento
21:09para pesquisa,
21:10cortando investimento
21:11de produção
21:11de vacina
21:12e estão procurando
21:14um país para investir.
21:15A gente vai querer atrair
21:15uma parte
21:16desses investimentos
21:17para cá,
21:18na indústria europeia.
21:20A gente está fazendo
21:20uma coisa muito importante
21:21que é regulamentar
21:23um novo marco
21:24de pesquisa clínica,
21:26permitir que essas empresas
21:27possam investir no Brasil,
21:29porque o Brasil
21:30é um campo de inovação,
21:31de pesquisa.
21:32Isso também facilita
21:33o acesso
21:34desses medicamentos
21:35à população brasileira.
21:37A gente tem uma grande oportunidade
21:38que a gente não pode perder
21:39nesse momento
21:40de fazer com que a saúde
21:41também mobilize
21:42o desenvolvimento econômico
21:43no nosso país.
21:44Agora, ministro,
21:47a questão do programa
21:48Mais Médicos,
21:49se eu tiver errado,
21:50me corrija,
21:51não há nenhum problema.
21:53Originalmente,
21:53muitos faziam associação
21:55entre o programa
21:56Mais Médicos
21:57e os médicos cubanos.
21:58O programa,
21:59presumo eu,
21:59seja maior do que isso.
22:01Então, duas questões aí.
22:03Como é que está
22:03o programa Mais Médicos
22:05hoje?
22:05Segundo,
22:06a questão dos médicos cubanos
22:08ou estrangeiros
22:09que não sejam cubanos,
22:10como é que está?
22:11Quem contrata,
22:12quem paga,
22:13como é que funciona?
22:13Olha, Vila,
22:14hoje nós temos
22:1628 mil médicos
22:17no programa Mais Médicos,
22:18atendendo espalhados
22:19em todo o país.
22:21Você tem ideia
22:21quando a gente criou
22:22o programa lá atrás,
22:23que eu estava no Ministério
22:24na época,
22:26o ápice chegou a 13,
22:2814, 15 mil médicos.
22:31Desses 28 mil médicos
22:33hoje,
22:33mais de 90%
22:34são brasileiros
22:35formados aqui no Brasil.
22:38Por que isso acontece hoje
22:39e não acontecia lá atrás?
22:41Porque junto com trazer
22:42médicos lá atrás,
22:44a gente fez
22:45outras duas coisas.
22:46Uma,
22:47a gente investiu
22:48em construção
22:49e reforma
22:50de unidades de saúde,
22:51unidades básicas.
22:53Foi o maior investimento
22:54de reforma,
22:55construção de novas unidades
22:56de saúde que já teve
22:57o nosso país.
22:58E também
22:59investimos
23:00na possibilidade
23:01de novas escolas médicas
23:04aonde precisava
23:05dessas escolas.
23:06isso fez com que
23:08você formasse
23:09mais profissionais médicos
23:10e por isso
23:12a gente não precisa
23:13trazer de fora
23:14mais
23:15para ocupar
23:1628 mil vagas
23:17que é mais do que
23:17o dobro do que tinha
23:18na época.
23:19Hoje o Mais Médicos
23:21ele é basicamente
23:22de jovens médicos
23:23brasileiros
23:24que se formaram,
23:25tiveram podendo entrar
23:26na faculdade de medicina
23:27a partir de escolas
23:28que foram criadas
23:29lá atrás.
23:31Infelizmente,
23:32depois do Mais Médicos
23:33teve um período
23:34onde você teve
23:35uma judicialização
23:36na criação
23:37de novas escolas
23:37que descambou.
23:39Inclusive,
23:39hoje é uma coisa
23:40preocupante,
23:42é algo que
23:43nós estamos
23:44muito mobilizados,
23:45temos conversado
23:46muito com o ministro
23:47Camilo da Educação,
23:48o Ministério da Saúde
23:49assumiu a coordenação
23:50agora de uma comissão
23:51onde a gente chama
23:52também o Conselho
23:53Federal de Medicina,
23:54as entidades médicas
23:55brasileiras,
23:56as principais universidades
23:57do país
23:57para fazer uma avaliação
23:59profunda
24:00do ensino médico
24:01no país.
24:02Inclusive,
24:02o Ministério da Educação
24:03aprovou,
24:04tem agora
24:05um exame nacional
24:06para os estudantes
24:07de medicina,
24:08está vinculado
24:09à residência
24:10quando você vai
24:10fazer a especialização.
24:11Eu ia,
24:12desculpe,
24:12interrompê-lo,
24:13ministro.
24:14Eu justamente...
24:15Me interrompe,
24:15hein,
24:15vira-se.
24:15Não,
24:15tranquilo.
24:16Não,
24:16eu ia justamente
24:18perguntar
24:18sobre isso.
24:20O número,
24:21eu assim acompanho,
24:22mas fico vendo
24:23o número
24:24de faculdades
24:25de medicina
24:25recentemente criadas
24:26nos últimos 10 anos,
24:28aproximadamente,
24:29enorme e tal.
24:30Eu fico pensando,
24:31ministro,
24:32que ensino é esse?
24:33Eles são bem...
24:34A formação tem qualificação,
24:36tem professores suficientes?
24:38Uma outra coisa,
24:41será que precisa
24:41desse número de médicos
24:43ou seria melhor
24:43formar técnicos
24:44de enfermagem
24:45e especialistas
24:47na área
24:47de técnicos de saúde
24:48que não fosse necessário
24:50ter seis anos,
24:51residência,
24:52etc, etc.
24:53Não há um excesso
24:54de faculdades
24:55e poderia ser muito melhor
24:56para o país
24:57que tivéssemos
24:57outro tipo de formação
24:58de profissionais de saúde.
25:00Ó, Vila,
25:00infelizmente foram criadas
25:02nos últimos anos
25:03vários cursos
25:04de medicina
25:05através da judicialização.
25:08E quando a gente
25:09criou o Mais Médicos
25:10lá atrás,
25:10a gente mapeou
25:11as regiões do país
25:13que tinham estruturas,
25:16tinham hospitais,
25:17mas não tinham
25:18curso de medicina.
25:19E precisava ter
25:21regiões que se podia
25:21atrair, inclusive,
25:22populações mais vulneráveis.
25:24Por exemplo,
25:24você pega
25:24a nossa região metropolitana
25:26de São Paulo,
25:27cidade de Mauá,
25:28Passou a ter
25:30cidade de Osasco
25:31que não tinham
25:31faculdade de medicina.
25:33Foram criadas
25:33através do Mais Médicos.
25:35Mas, infelizmente,
25:37a partir ali
25:38de 2016,
25:392017,
25:412018,
25:42começou a ter
25:43uma judicialização
25:44de abertura
25:44de mais vagas,
25:46algumas autorizadas
25:47na época,
25:47inclusive,
25:47pelo Ministério da Educação,
25:49dobrando,
25:50triplicando
25:51o número de vagas
25:52em cursos
25:53que já existiam.
25:55Em geral,
25:56cursos privados.
25:57Isso foi
25:57concentrando mais.
25:59Isso é um ponto grave.
26:01Por isso que agora
26:02a gente precisa fazer
26:02uma avaliação profunda
26:03desses médicos
26:04que estão sendo formados,
26:05da estrutura da faculdade.
26:07Eu defendo uma coisa
26:08que a gente criou lá
26:08na época do Programa
26:09Mais Médicos,
26:10mas foi interrompido,
26:11infelizmente,
26:12que chama
26:13do teste de progresso.
26:14É o exame da UAB?
26:16Ele é mais do que isso.
26:18É o que as experiências
26:20de instituições médicas
26:21têm feito
26:21no mundo inteiro,
26:23nos Estados Unidos,
26:24Europa,
26:25algumas faculdades
26:25no Brasil
26:25que já fazem.
26:26é você fazer uma avaliação
26:28no segundo,
26:29no quarto e no sexto ano.
26:30Você avalia o progresso
26:31desse aluno.
26:32E tome, inclusive,
26:33medidas, por exemplo,
26:34está no segundo ano,
26:35fez a prova daquela turma.
26:37Aquela turma não foi bem?
26:38Essa faculdade
26:39não pode abrir
26:41novas vagas
26:42de vestibular
26:42enquanto não melhorar
26:44a sua qualidade.
26:45Porque
26:45o que me preocupou
26:47do exame da UAB
26:47é que você deixou
26:48criar um monte de
26:48cursos de advocacia
26:50e depois você pune
26:51o aluno
26:52ao invés de punir
26:53a instituição.
26:54Eu defendo que você
26:55tenha mudanças
26:56na instituição,
26:57naquela faculdade.
26:59Você possa avaliar
26:59no segundo,
27:00no quarto,
27:01no sexto ano.
27:02Avalie o progresso
27:03desse aluno.
27:04Se tiver ruim,
27:05você tem que fechar
27:06os cursos de vestibular.
27:09Ou seja,
27:10uma faculdade privada
27:10não vai botar mais gente
27:12dentro,
27:12não vai cobrar mais mensalidade
27:13enquanto não melhorar
27:14a sua qualidade.
27:16Isso é fundamental.
27:17E a outra coisa
27:17é retomar
27:18a ampliação
27:19de qualidade
27:21da residência médica.
27:22Eu fiz medicina,
27:24depois você vai lá
27:24e faz a especialização.
27:26Fiz três anos
27:27de residência médica
27:28na Faculdade de Medicina
27:29da USP.
27:30Você complementa
27:31a sua formação,
27:32sou infectologista.
27:33Então você cria
27:35mecanismo de qualificar
27:36esse profissional.
27:38Agora,
27:39pelo agora tem especialista,
27:40a gente está criando
27:41o Ministério da Saúde
27:42voltando a investir
27:43em retomar vagas
27:45de residência médica
27:47para você formar
27:47mais oncologistas,
27:49mais cardiologistas,
27:50mais cirurgiões,
27:51daquilo que a gente precisa
27:52para reduzir esse tempo
27:53de espera
27:54no atendimento.
27:55Agora,
27:56não sei se eu estou
27:57certo ou não,
27:58ministro.
27:59Se os médicos
28:00acabam se concentrando
28:02por uma série de razões
28:03onde existe mais mercado,
28:05onde eles podem
28:05progredir materialmente,
28:07evidentemente isso
28:09não é uma coisa ruim.
28:11A pessoa,
28:11qualquer profissional
28:12procura a área
28:13onde ele é melhor
28:14remunerado.
28:15São os grandes centros,
28:16mas o país tem
28:18uma carência terrível
28:19na área de saúde
28:20nas regiões mais distantes.
28:22Então,
28:23se no caso do médico
28:24de formação geral
28:25já essa carência,
28:27como o programa
28:28de especialista
28:30vai enfrentar
28:31essa questão?
28:32Se já no contexto
28:33mais geral
28:33é complicado,
28:35na especialidade
28:36presumo eu
28:36seja mais difícil ainda.
28:37É mais concentrado.
28:39Por isso,
28:39você precisa
28:40enfrentar isso
28:41adotando várias estratégias.
28:42uma delas
28:44que nunca
28:44tinha sido
28:45feita no SUS,
28:46nós estamos fazendo
28:46com esse programa,
28:48que é você pegar
28:49a dívida
28:50de hospitais
28:51privados,
28:52hospitais filantrópicos,
28:54que nunca são pagas,
28:56ou se forem pagas
28:57não vai vir
28:58para a saúde,
29:00você trocar
29:00essas dívidas
29:01por mais cirurgias,
29:02mais atendimentos,
29:04mais exames.
29:05Por que isso é importante?
29:06Porque
29:06os médicos
29:08especialistas,
29:09a maior parte
29:10dos equipamentos
29:11de imagem,
29:12ressonâncias,
29:13tomografias,
29:14estão exatamente
29:15nos hospitais
29:16privados,
29:17nos hospitais
29:17filantrópicos
29:18do nosso país.
29:20Você tem ideia?
29:21A gente acabou
29:21de divulgar
29:23um estudo
29:23de demografia
29:24médica
29:25feito pela
29:25Faculdade de Medicina
29:26da USP,
29:27com apoio financiado
29:28pelo Ministério
29:28da Saúde,
29:29que mostra que
29:30só 10%
29:31dos médicos
29:32especialistas
29:33no Brasil
29:34são exclusivos
29:35do SUS.
29:36A maior parte
29:37está num vínculo
29:39privado
29:39em um vínculo
29:40do SUS
29:41e quase 20%,
29:43pouco mais de 20%,
29:44está só no setor
29:45privado.
29:46Então a gente criou
29:46um mecanismo
29:47para trazer,
29:48permitir que o paciente
29:49do SUS
29:50está esperando ali
29:513, 4,
29:52um ano
29:52para fazer uma cirurgia,
29:54possa ir para um hospital
29:55onde tem um médico
29:57especialista
29:57ser atendido lá
29:59pelo Sistema
30:00Único de Saúde.
30:01Como isso?
30:02Trocando dívidas
30:03que esse hospital tem
30:04que nunca são pagas
30:05por mais atendimento,
30:07mais cirurgias,
30:08mais exames
30:09para a população.
30:11As Santas Casas,
30:12me lembrei até agora,
30:13que tem um papel histórico,
30:15que vem desde a colônia,
30:16algumas delas,
30:17sempre reclamam,
30:18eu vejo os seus dirigentes,
30:21que a tabela do SUS
30:22é insuficiente
30:23para o atendimento
30:25que eles fornecem
30:26e daí a situação difícil
30:27que elas vivem.
30:28É verdade?
30:29Ó, Vila,
30:30nós estamos enterrando
30:31a tabela do SUS.
30:32Nós vamos superar de vez
30:33a tabela SUS.
30:35Não precisa superar,
30:36já estão fazendo isso,
30:38o Ministério da Sousa
30:38já está fazendo isso
30:40e agora tem especialistas
30:41que criam uma nova
30:42forma de remuneração.
30:44Isso é muito importante
30:45porque a tabela SUS
30:46tem dois problemas.
30:47Um, os valores.
30:49E o outro
30:50é que ela paga
30:51de forma fragmentada,
30:53ou seja,
30:53você precisa fechar
30:54um diagnóstico
30:55para um problema
30:55de coração.
30:56Você vai precisar
30:57fazer um eletrocardiograma,
30:58um errocardiograma,
30:59consulta especializada
31:01com cardiologista,
31:02às vezes tem que fazer
31:03uma cintilografia,
31:04um exame de sangue.
31:05A lógica da tabela SUS
31:07paga cada um
31:08desses procedimentos
31:08de forma separada.
31:10Então a pessoa às vezes
31:11faz um exame
31:12e não consegue fazer o outro,
31:13tem que ir em um outro hospital,
31:14em um outro serviço.
31:15O que nós estamos criando
31:17com agora
31:18tem especialistas
31:18dando volume para isso?
31:20Você cria um combo,
31:23como se fosse um pacote
31:24completo,
31:26onde fecha o seu diagnóstico
31:28para o coração.
31:29Garante que você tenha
31:30todo o diagnóstico
31:31fechado
31:32e num prazo específico,
31:34até 30 dias para fazer,
31:36até 40 dias,
31:37até 60 dias para fazer,
31:37dependendo do procedimento.
31:39Então com isso
31:39você estimula
31:40ao serviço
31:42a se organizar
31:42para atender melhor
31:43o paciente
31:44e num prazo definido.
31:46Então começou
31:46a superar de vez
31:47a tabela SUS.
31:48Nós vamos superar
31:49a tabela SUS
31:50e adotar esse combo
31:51de cuidado da saúde
31:53como forma de remuneração.
31:54No caso,
31:55acho que na pergunta anterior,
31:57ministro,
31:57não sei se se encaixaria
31:58a questão da parceria
31:59público-privada.
32:01Isso que é um certo preconceito
32:03durante o período.
32:04É,
32:04a gente precisa avançar.
32:06O farmácia popular,
32:07você,
32:08não lembra?
32:09É uma parceria
32:10público-privada.
32:11O que é isso?
32:11O ministério abre
32:12um credenciamento
32:13e fala o seguinte,
32:15se você entregar
32:16esse medicamento
32:17para hipertensão,
32:18eu te pago
32:19X reais
32:20para esse medicamento.
32:21Entregar diabetes,
32:22eu te pago X reais.
32:24A gente está usando
32:25a estrutura
32:26de farmácias privadas
32:28que tem capilaridade,
32:30estão em todo o país,
32:31tem seus profissionais
32:33já contratados,
32:34tudo,
32:34e o ministério
32:35usa essa estrutura
32:36para garantir
32:36o medicamento de graça
32:37pelo SUS
32:38para quem está lá.
32:39Então,
32:40nós estamos indo
32:41aonde estão
32:42os especialistas,
32:43aonde estão
32:43os exames,
32:45onde estão os equipamentos
32:46de imagem
32:46que estão mais concentrados
32:47nos hospitais
32:48privados e filantrópicos,
32:50e usando,
32:51inclusive,
32:51a dívida que eles têm,
32:53que nunca seriam pagas,
32:54trocando essa dívida
32:56com mais cirurgias,
32:58mais exames.
32:59Então,
32:59essa é uma iniciativa
33:00inovadora.
33:01É só isso que nós
33:01estamos fazendo?
33:02Não, gente.
33:02Também está aumentando
33:03a capacidade
33:04do setor público.
33:06Um exemplo,
33:07nesse sábado,
33:08dia 5 de julho,
33:10amanhã,
33:105 de julho,
33:12mais de 40 hospitais
33:14universitários públicos
33:16do país,
33:17os hospitais universitários
33:18das universidades federais,
33:20vão estar o sábado inteiro
33:21fazendo mutirão
33:22de cirurgia,
33:23atendimento,
33:24em saúde da mulher,
33:26problemas ortopédicos,
33:27cirurgias da visão,
33:29problema de audição,
33:32exames necessários
33:33para fechar
33:34o diagnóstico do câncer,
33:36vão estar ampliando
33:37a sua estrutura,
33:38usando ao máximo
33:39a sua estrutura
33:40num sábado,
33:41que normalmente
33:41só fazia atendimento
33:42de urgência e emergência,
33:44para a gente reduzir
33:45o tempo de espera,
33:45através do agora
33:46que tem especialistas.
33:47Eu vou estar
33:48no Rio de Janeiro
33:49amanhã,
33:50acompanhando lá
33:50o hospital,
33:51a Universidade Federal
33:52do Rio de Janeiro,
33:53acompanhando esse procedimento.
33:54Então,
33:55estamos também
33:55ampliando a capacidade
33:57do setor público
33:58em atendimento,
34:00mas buscando
34:01onde está
34:01o setor privado,
34:02onde estão os especialistas,
34:04ter uma nova parceria
34:05público-privada
34:06para garantir o atendimento.
34:07O ministro fez referência
34:10à farmácia popular,
34:11aquela história,
34:12eu vou lá
34:13com a receita
34:14do médico,
34:15ela tem um tempo
34:15de validade,
34:17e hipertensão,
34:18por exemplo,
34:19então tem aqueles
34:19remédios tradicionais,
34:21que acaba no fim
34:22sendo a economia
34:23para o governo,
34:24ele não vai demandar
34:25esse cidadão,
34:27esse cidadão,
34:27o serviço,
34:28porque já está
34:28recebendo o devido
34:30tratamento.
34:31Mas uma coisa
34:32que me chama a atenção,
34:33ministro,
34:33quando eu ando
34:34na Europa
34:34e ando
34:35na cidade de São Paulo,
34:36por exemplo,
34:37o número de farmácias,
34:38porque tem tanta,
34:40eu gosto das farmácias,
34:41inclusive algumas vezes
34:42eu vou até demais,
34:44sou viciado
34:44para comprar
34:45algumas coisas de remédios,
34:46mas por que nós
34:48temos tantas farmácias?
34:49Nas outros países
34:50as farmácias são,
34:52por exemplo,
34:53de 3 por 4
34:54e tem um farmacêutico
34:56e pronto.
34:57E no Brasil,
34:58em São Paulo em particular,
35:00que é a cidade,
35:00a maior cidade do Brasil,
35:02é um verdadeiro
35:02supermercado da farmácia,
35:04tem tudo,
35:04porque em um quarteirão,
35:06muitas vezes,
35:07perto de casa
35:07tem 4.
35:09Antigamente,
35:09bem,
35:10é chato ser historiador
35:12e já ter uma certa idade também,
35:14as farmácias ficavam
35:15fechadas,
35:16ou sábado e domingo,
35:16e algumas ficavam
35:17de plantão,
35:18então o senhor olhava,
35:19olhava uma placa e tal.
35:21O que acontece?
35:22Será que a saúde no Brasil
35:23tem problemas,
35:24por isso que temos
35:24tantas farmácias?
35:25Eu acho que tem um pouco
35:26de tradição no nosso país,
35:28é um setor,
35:29cresceu muito,
35:30não vende só medicamento,
35:32né?
35:32Sim.
35:33Vende outras coisas,
35:34outros produtos,
35:36parte cosmética,
35:37tudo,
35:38e cresceu.
35:38E você pega assim,
35:39pequenas cidades também,
35:41você ainda tem,
35:42além das grandes redes
35:43de farmácia,
35:44tem pequenas cidades
35:45que tem,
35:46às vezes é o farmacêutico
35:47que está lá há muito tempo,
35:48tem cidades que o farmacêutico
35:50era o único profissional de saúde
35:51que tinha na cidade,
35:52um pouco de uma certa tradição
35:55e o povo brasileiro
35:57foi se organizando
35:58dessa forma,
35:59tem grandes redes
36:00que se organizaram
36:01com muita qualidade,
36:04muito cuidado,
36:05e a gente busca aproveitar.
36:08Você até pega países
36:09que tem,
36:10as pessoas usam mais medicação
36:12do que o Brasil per capita,
36:14mas você tem estruturas,
36:16às vezes está dentro
36:17do supermercado,
36:18então o pessoal nem vê direito
36:20que é uma farmácia,
36:21então é uma forma
36:22com que organização
36:23no nosso país.
36:24Agora uma coisa
36:25muito importante,
36:27as pessoas não se auto-medicarem,
36:29e só ali
36:30uma prescrição feita
36:31pelos profissionais de saúde,
36:33pelo médico,
36:34é muito importante isso,
36:36ninguém fica achando
36:37que você pode sair
36:37tomando remédio à toa,
36:39e pode até ter,
36:42adquirir uma intoxicação
36:43por conta disso.
36:44Claro, claro.
36:45Mas, ministro,
36:46a questão da,
36:48como existe um turismo
36:50hospitalar em São Paulo,
36:52por exemplo,
36:52essa cidade é uma...
36:55Internacional,
36:55internacional, inclusive.
36:56É incrível,
36:57é fantástico,
36:57o avanço da medicina brasileira,
36:59é uma coisa fantástica.
37:02Agora,
37:02como fazer que esses avanços
37:04na medicina,
37:05que nós temos,
37:06chegue ao senhor José,
37:08a dona Maria,
37:08que mora,
37:10ou nas cidades mais distantes,
37:12ou nos estados mais pobres,
37:14mais atrasados,
37:15que é quando a gente olha
37:17o índice IDH,
37:18a gente fica extremamente preocupado.
37:19É possível mapear,
37:21o Ministério da Saúde
37:22já fez,
37:22ou faz,
37:23ou fará.
37:24Por exemplo,
37:25se a gente pegar
37:25os antigos territórios,
37:27Amapá,
37:28Roraima,
37:29Rondônia já virou estar
37:30há um certo tempo,
37:31o Acre já desde 1960,
37:33por ali,
37:34ou aquelas regiões
37:35do Nordeste,
37:36marcadamente pela pobreza,
37:38ou do Norte de Minas Gerais,
37:39eu conheço no caso
37:40da Canudos,
37:41porque foi minha tese
37:42de doutorado,
37:43foi sobre Canudos.
37:44A região,
37:45é uma região
37:46muito carente,
37:47como é que fica isso?
37:48de falar,
37:49olha,
37:49aqui precisa,
37:50que nem sempre,
37:51nós somos um país,
37:53nós vivemos
37:54sobre federalismo,
37:55mas eu fico pensando
37:56que muitas vezes
37:57o administrador
37:58daquele estado,
37:59por alguma razão,
38:00até por questão política,
38:01não quer colocar
38:02um médico
38:02naquela cidade,
38:04porque o médico
38:04também acaba virando
38:05um líder político,
38:06acaba,
38:07o número de médicos políticos
38:08é muito grande,
38:09por uma série de razões,
38:10né?
38:11Então,
38:11como é que fica
38:12esse mapeamento
38:12de falar,
38:13olha,
38:13aqui precisa um especialista,
38:15aí vem o deputado,
38:17hoje muito influente
38:18dos deputados,
38:19como nunca
38:20na história republicana,
38:22ele quer um médico ali,
38:24mas não precisa,
38:25como é que fica isso?
38:26Como é que esse diálogo
38:27entre a saúde do povo
38:28e a mediação da política,
38:31como é que fica isso?
38:32É uma interação permanente,
38:33viu, Vila?
38:34E assim,
38:35e o Ministério da Saúde,
38:37essa é uma coisa importante
38:38que o Ministério faz,
38:39é você,
38:40e voltamos a fazer,
38:42estamos recuperando isso,
38:44é você produzir conhecimento,
38:45inclusive,
38:46para poder,
38:47tecnicamente,
38:48influenciar
38:49a distribuição dos recursos
38:51para onde vão.
38:52Então,
38:53um exemplo muito concreto,
38:54vamos fazer a maior expansão
38:55de aceleradores lineares,
38:57são os equipamentos
38:58para radioterapia,
39:00vamos,
39:00até 2026,
39:02colocar mais 121 novos
39:04equipamentos de radioterapia
39:06espalhados pelo país.
39:08A gente fez todo um estudo
39:09onde você tem vazio assistencial,
39:11você não tem tanto
39:12equipamento de radioterapia,
39:14ao mesmo tempo,
39:14você tem que levar isso
39:15para um lugar
39:16onde tem estrutura
39:17para receber,
39:18se você botar um equipamento
39:19para radioterapia,
39:20você tem que fazer um bunker,
39:22o nome,
39:22inclusive,
39:22é esse,
39:23é uma casa mata
39:24de proteção,
39:26tem que ter físico médico,
39:27então,
39:28é um processo permanente
39:29de distribuição disso
39:31a partir de critérios técnicos
39:33e é uma atenção permanente,
39:35como você falou,
39:36às vezes você tem que convencer
39:37o governo do estado disso,
39:38o governo municipal,
39:40o Congresso Nacional
39:41de que é importante
39:41colocar aquela máquina
39:43nessa cidade,
39:44não na outra,
39:45então,
39:45é uma atenção permanente
39:47que a gente vai,
39:49de forma permanente,
39:50mas isso é um investimento
39:50importante,
39:51quando o Ministério da Saúde
39:52consegue planejar,
39:54ter esse planejamento,
39:56ação para isso,
39:56isso é uma orientação permanente
39:58do presidente Lula,
40:00tem um impacto
40:00muito importante,
40:01e tem muito
40:03que a gente precisa avançar,
40:04tem muito que a gente
40:04precisa avançar,
40:05mas a gente já tem avanços
40:07que a gente precisa reconhecer,
40:08por exemplo,
40:08eu quando fui Ministro da Saúde
40:09da outra vez,
40:11eu criei com o professor
40:12Silvano Raia,
40:13você,
40:14você vive de São Paulo
40:15há muito tempo,
40:16conhece,
40:16ele foi o pioneiro
40:18no transplante hepático,
40:20professor titular
40:21da Faculdade de Medicina
40:22da USP,
40:22um grande projeto
40:23para levar os transplantes
40:24hepáticos,
40:26transplantes mais complexos
40:28para o Nordeste brasileiro,
40:29para a região Norte do país,
40:30vários estados não faziam,
40:32Brasília não estava fazendo
40:33transplante hepático,
40:34por exemplo,
40:34na época,
40:35e foi um planejamento
40:36para levar,
40:37hoje,
40:38hoje está espalhado
40:39no Brasil,
40:40a gente acabou de bater
40:41um novo recorde
40:43mundial de número
40:45de transplantes realizados
40:46em sistema público
40:47de saúde,
40:48em 2024 bateu
40:49o novo recorde,
40:50qual o número assim?
40:51No ano passado
40:52foram mais de 100 mil
40:53transplantes realizados
40:54de todos os órgãos,
40:57então,
40:58um novo recorde
40:59em relação a isso,
41:00então,
41:00a gente vai crescendo
41:01cada vez mais
41:02porque a gente conseguiu
41:02planejar a expansão
41:03para lugares que não tinham,
41:05então,
41:05hoje,
41:06você vai no Nordeste brasileiro,
41:07quase todos os estados
41:08fazem o transplante hepático,
41:10durante décadas,
41:12só,
41:13Porto Alegre fazia
41:14transplante de pulmão,
41:16hoje,
41:16Minas Gerais voltou a fazer,
41:18São Paulo,
41:18mais de um serviço,
41:19está fazendo,
41:21outros serviços
41:22nos outros estados
41:22estão começando
41:23a se preparar para isso,
41:24então,
41:24você vai expandindo isso,
41:26e o transplante,
41:27eu sempre joguei
41:28muito investimento
41:30no setor de transplante,
41:31no nosso programa
41:31nacional de transplantes,
41:33em 2012 foi o primeiro ano
41:34que a gente alcançou
41:35o nível de ser o país
41:38que mais faz transplante
41:40em setor público
41:41do mundo,
41:43porque quando você,
41:44um hospital que faz
41:45transplante,
41:46ele eleva a qualidade
41:47de todo hospital,
41:48você consegue fazer
41:50um transplante reparto,
41:51tem que ter uma UTI
41:51muito boa,
41:53tem que ter um serviço
41:53de urgência bom,
41:55tem que ter uma humanização
41:56do hospital,
41:57para acolher ali na urgência
41:58e convencer a pessoa
41:59a doar o órgão,
42:01você precisa ter um laboratório
42:02muito bom,
42:04uma boa relação
42:04com os outros hospitais,
42:05então,
42:06você consegue botar
42:07o serviço de transplante,
42:08você puxa a qualidade
42:08de todo hospital,
42:09de toda a rede de saúde,
42:11por isso que é um investimento
42:11que a gente acha
42:13muito importante
42:13ser feito no país.
42:14É inevitável o ministro
42:16falar de política,
42:18o ministro é político,
42:22é toda uma história
42:23política,
42:25e é essencial,
42:27não dá para ter diversidade,
42:28recentemente,
42:29estava lá no coração
42:30do governo,
42:31no Palácio do Planalto,
42:32que não deve ser
42:33algo muito agradável,
42:3424 horas,
42:35sete dias por semana,
42:36é uma pressão enorme,
42:38mas aprende também
42:38muita coisa,
42:39e deve ter satisfação
42:40em resolver uma série
42:41de problemas.
42:42A questão que eu coloco
42:43é a seguinte,
42:44o governo,
42:45ultimamente,
42:46nesse primeiro semestre
42:47desse ano,
42:48teve uma série
42:49de derrotas
42:50no parlamento,
42:51algumas,
42:51não sei se é muito duro
42:54falar que foram
42:54derrotas humilhantes,
42:56mas a última derrota,
42:58quase que 400 votos
43:00contrários do governo,
43:01entre 513
43:02na Câmara dos Deputados.
43:03A pergunta que eu faço
43:04ao senhor,
43:05com a sua larga
43:05experiência política,
43:06o que está acontecendo
43:07no relacionamento
43:08executivo e legislativo?
43:10Ó, Vila,
43:11eu sempre falava
43:12que a gente precisava
43:13fazer um programa
43:15de reabilitação
43:16das relações institucionais
43:17no país,
43:19não só do Congresso,
43:20do Judiciário,
43:21e é um programa
43:22que você tem que ter
43:23uma agenda.
43:24Nos dois primeiros
43:25anos de governo,
43:26eu estava lá
43:26na coordenação política,
43:28foi pactuada
43:30uma certa agenda
43:31de recuperação econômica
43:32do país,
43:33de reconstrução
43:34de várias políticas sociais,
43:36de aprovação
43:37de coisas importantes,
43:38foi a reforma tributária,
43:39o marco fiscal,
43:40agora o governo
43:43está fazendo algo
43:43que é muito importante
43:45que é fazer a isenção
43:47do imposto de renda
43:48para quem ganha
43:48até 5 mil reais,
43:49que é algo
43:50que eu considero
43:50muito justo,
43:52você fazer
43:53com quem ganha
43:54até 5 mil reais
43:54não precisa pagar
43:55imposto de renda,
43:56já fez uma coisa
43:57que foi nos dois primeiros
43:58anos,
43:59até quem ganha
44:002 mil reais,
44:01até 2 salários mínimos
44:03não vai pagar
44:04imposto de renda,
44:05então avançar isso
44:06para 5 mil reais
44:07que era um compromisso
44:07exclusivo do presidente Lula.
44:08se você fazer isso
44:10vai ter que compensar
44:11de alguma forma
44:11e a proposta do governo
44:13é compensar isso
44:14no alto padrão,
44:16nos multibilionários,
44:18está certo?
44:19Ali que vai fazer
44:20essa compensação.
44:22Eu acho que tem
44:22um processo ali
44:23de construção,
44:26eu acredito
44:26sempre que
44:27é possível
44:28se ajustar,
44:30sentar
44:30para discutir,
44:31construir
44:32uma solução
44:33para isso,
44:33porque também
44:33o Congresso
44:34perde muito
44:35quando vai
44:35contra uma posição
44:36dessa.
44:37Eu acho que
44:38ninguém ganha,
44:38o Brasil não ganha
44:39quando tem
44:39estabilidade política,
44:41a economia não ganha,
44:43quem está no Congresso
44:44Nacional também
44:45não ganha,
44:46eu acho que
44:46ninguém ganha
44:47quando acontece isso.
44:49Então,
44:49eu acredito
44:50que vai ser
44:50possível
44:51sentar de novo
44:53e construir
44:54uma solução,
44:55mas acho
44:56muito importante
44:57a posição do governo
44:58de que
44:58é justo,
45:00quem ganha
45:00até 5 mil reais
45:01não precisa pagar
45:01imposto de renda,
45:02alguém tem que pagar isso,
45:03não tem que cobrar
45:04da classe média,
45:05não tem que cobrar
45:06do trabalhador,
45:07não tem que cobrar
45:08do pequeno,
45:08do médio empresário,
45:09nem do grande empresário,
45:11tem que cobrar
45:12daqueles multimilionários
45:13que podem contribuir
45:15muito mais.
45:16Os dados apresentados
45:18pelo ministro
45:19da Fazenda,
45:20até para justificar
45:21a questão do IOF,
45:22mostrava uma situação
45:23preocupante
45:24e pelos últimos
45:27acontecimentos
45:28com a rejeição,
45:29dizendo o ministro
45:31da Fazenda
45:31falando,
45:32olha,
45:32é necessário fazer
45:32uma série de cortes,
45:34ou os recursos
45:36não vão ser liberados
45:37como se esperava,
45:38isso é uma linguagem,
45:38não vou falar contingencialmente
45:40essas coisas
45:40que ninguém entende,
45:41vou falar a linguagem
45:42para que as pessoas
45:43possam compreender.
45:45E como é que fica isso?
45:46Porque o dado
45:47apresentado pelo
45:48ministro da Fazenda
45:49é preocupante,
45:50olha,
45:50nós precisamos aumentar
45:51a arrecadação
45:52porque os gastos,
45:55e são gastos,
45:56é bom lembrar,
45:56obrigatórios,
45:57o senhor mesmo
45:58lembrou a questão
45:59da saúde,
45:59você tem gastos
46:00são carimbados
46:01que são obrigatórios,
46:02quer dizer,
46:03como resolver,
46:04porque na medida
46:04em que o parlamento
46:05diz não,
46:06não queremos mais
46:07tributos,
46:08em geral,
46:09e cada parlamentar
46:10hoje tem um poder
46:11que não tinha
46:12há 10 anos atrás,
46:14por exemplo,
46:14acho que na sua
46:15primeira passagem
46:15no Ministério da Saúde
46:16era diferente,
46:17hoje o parlamentar
46:18tem um valor
46:19de emendas
46:20fabuloso,
46:21hoje ele não precisa
46:22do prefeito,
46:22do governador,
46:23do presidente,
46:25muitas vezes
46:26a emenda parlamentar
46:27é uma espécie
46:28de fundo eleitoral
46:30que ele recebe
46:31todo ano,
46:32em valores
46:33estratosférios,
46:35como é que fica?
46:36A relação
46:36está azedada,
46:37a gente percebe
46:38que teve um encontro
46:40chamado de histórico
46:41entre o presidente da Câmara,
46:42presidente do Senado,
46:44equipe econômica,
46:45no domingo à noite,
46:46numa segunda-feira,
46:48aquele encontro
46:49chamado histórico,
46:51encontro histórico,
46:51estava tudo ao contrário,
46:53e depois foi derrubado,
46:54não é uma questão
46:56muito complicada,
46:57nós já estamos em 2026
46:59e não nos avisaram?
47:01Ó, Vila,
47:01se as pessoas começarem
47:03a botar 2026 na frente,
47:04eu acho que é a pior coisa mesmo,
47:06eu acho que
47:07nós precisamos tratar
47:08dos problemas
47:08hoje do nosso país,
47:11inclusive eu
47:12que sou do governo
47:13e acho que é natural
47:14o governo
47:15vai disputar
47:16as eleições de 2026,
47:17nós estamos muito conscientes
47:19e a orientação
47:19sempre do presidente Lula
47:21que antes de mais nada
47:22a gente precisa resolver
47:23hoje os problemas
47:24do nosso país, né?
47:26Pensando aqui
47:27na área da saúde,
47:28como que eu tenho feito isso,
47:28porque eu brinco, né?
47:30Eu virei a chave
47:31desde quando assumi
47:32o Ministério da Saúde,
47:33estou concentrado aqui.
47:34O que nós fizemos?
47:35A gente fez um regramento,
47:38uma portaria
47:39para fazer com que
47:40o parlamentar
47:41e esse recurso
47:42das emendas
47:42seja investido
47:43na redução
47:45do tempo de espera,
47:46reforçar,
47:47agora tem especialistas,
47:49reforçar nossas
47:50campanhas vacinais
47:51e atrás
47:53no rastreamento
47:54do câncer
47:54para a gente fazer
47:55o diagnóstico
47:55cada vez mais precoce
47:57e eu tenho ouvido
47:59dos parlamentares
48:00uma concordância com isso,
48:02porque ele também
48:02é pressionado,
48:04eu sou deputado,
48:05eu conheço mais
48:07da cidade de Tiradentes,
48:08por exemplo,
48:08na extrema,
48:09na zona leste de São Paulo,
48:11do que às vezes
48:11um técnico em Brasília,
48:13então o parlamentar
48:13também ele é muito
48:14procurado pela população,
48:16sobretudo na área da saúde,
48:17eu quero mais atendimento,
48:18eu quero que isso se resolva,
48:19a gente tem buscado
48:20através desse regramento
48:22fazer com que esse recurso
48:24das emendas
48:24seja destinado
48:27e ajude
48:28a desenvolver
48:29aquilo que são prioridades
48:30da população,
48:31então acho que tem
48:32que ter esse esforço
48:33da nossa parte,
48:34estamos muito concentrados
48:35nisso,
48:36e acho que é muito
48:37importante o debate
48:38que o ministro Fernandão
48:39está fazendo na sociedade
48:40que é esse,
48:41para garantir
48:42que a gente possa
48:43ter mais atendimento
48:44à saúde,
48:45mais atendimento
48:45à educação,
48:46lógico que precisa
48:47sempre melhorar a gestão,
48:48mas precisa de garantir
48:49que os recursos existam,
48:51e não é justo,
48:53porque uma pequena
48:54parcela da população,
48:55menos de 1%
48:56da população
48:57que vai pagar
48:59essa conta,
49:00que quem vem a pagar
49:01a conta
49:02seja 99%
49:02da população,
49:04então eu acho
49:05que o governo
49:06tem que continuar
49:07insistindo no diálogo
49:08com o Congresso Nacional,
49:09com a sociedade,
49:10da importância
49:11da aprovação
49:11dessas medidas.
49:12é necessário,
49:14eu entendi
49:15que o ministro
49:16disse,
49:16olha,
49:16eu virei a chave,
49:18essas questões
49:18não são mais minhas
49:19agora,
49:20eu tenho outros
49:21problemas a tratar,
49:22mas é inevitável,
49:24não tem jeito
49:24de eu colocar
49:25a seguinte questão,
49:28uma delas
49:29muito rápida
49:30que o ministro
49:31fez referência
49:31lá atrás,
49:32o ministro
49:33é a favor
49:33ou contra a reeleição?
49:34Porque tem uma PEC
49:35que está desconfortando.
49:36Eu acho,
49:37Vila,
49:37você pega as principais
49:39democracias do mundo,
49:40todas elas têm
49:41o mecanismo
49:41da reeleição,
49:42eu acho que é um avanço,
49:45acabou sendo um avanço
49:46o debate da reeleição
49:47quando o Brasil
49:48adotou isso.
49:49Mas o PT votou contra,
49:51em 1997.
49:54Mas ali,
49:55quando o Fernando Henrique
49:55quis mudar,
49:56ele quis mudar
49:57no meio do jogo,
49:59aí o PT votou contra,
50:00porque ali,
50:00mesmo essa PEC
50:02não está mudando
50:03a regra
50:03para o presidente atual,
50:06nem para o eleito,
50:07é lá para frente.
50:09Então,
50:10o PT foi contra ali
50:11porque o presidente
50:11Fernando Henrique Cardoso,
50:13na época,
50:13mudou a regra,
50:14ele se beneficiou
50:16da regra
50:16que ele próprio mudou
50:17quando ele estava
50:17como presidente da república.
50:18Então,
50:19por isso que o PT
50:19votou contra ali.
50:21Mas eu acho
50:21que a reeleição
50:23foi uma penalização.
50:24Se precisa ter mecanismo
50:25para coibir excesso,
50:26eu acho que tem que ter.
50:27Tem que ter mecanismo
50:28para coibir excesso,
50:30tem que ter
50:30transparência,
50:32regramento
50:33para um presidente,
50:34vai lembrar o que
50:35que o Bolsonaro fez
50:36no ano
50:38da eleição
50:38em 2022.
50:39Foi uma operação
50:41eleitoral
50:43de boca de urna
50:43com recursos,
50:44acabou com o teto
50:45de gasto na época,
50:47rompeu qualquer
50:48questão
50:49sobre responsabilidade
50:50fiscal
50:50para garantir
50:51a sua eleição.
50:51Tem que ter
50:52regras
50:53para impedir
50:54abusos como esse.
50:55Mas eu acho
50:56que você pega
50:56pela experiência
50:56das maiores democracias
50:58do mundo,
50:59tirando o México,
51:00que o México
51:01não tem a reeleição,
51:02tem um mandato
51:03mais longo.
51:03Seis anos.
51:05Mas você conhece
51:06muito bem o México.
51:07Tirando o México,
51:08as grandes democracias
51:10do mundo
51:10têm reeleição,
51:11então eu não sou
51:12contra a mecanismo
51:12da reeleição, não.
51:14O que eu acho
51:15é que se precisa
51:16ter regras
51:16para não permitir
51:17que tenha abuso político
51:18de quem está
51:19no governo.
51:20A última pergunta
51:21política,
51:22aí eu vou voltar
51:22para a saúde
51:23para a gente fechar
51:24a nossa conversa
51:25de hoje.
51:26Muitos dizem
51:27que nós estamos
51:28mudando o regime,
51:29o sistema de governo
51:31sem que fosse
51:32comunicado
51:33da população,
51:34porque o Congresso
51:35passa a ter um poder
51:36do que sobra
51:37de 4% do orçamento,
51:39fica com um quarto
51:40disso e por aí vai.
51:41Bem,
51:43o ministro,
51:44é a favor
51:44de um semipresidencialismo
51:46ou como,
51:47por exemplo,
51:48tem na França,
51:49em Portugal,
51:50com a eleição direta
51:51do presidente
51:51da República
51:52e o chefe de governo
51:53é o primeiro início,
51:54eleito pela Câmara Baixa,
51:56ou acha que nós
51:57devemos manter
51:58a mesma estrutura
51:59que temos hoje?
52:00óbvio lá,
52:01teve um plebiscito
52:02no país,
52:03além da Constituição,
52:04a Constituição
52:04estabeleceu um plebiscito
52:06para decidir
52:06qual regime
52:07o Brasil
52:07teria que ter,
52:09presidencialismo
52:10ou parlamentarismo,
52:11o povo
52:11votou pelo presidencialismo,
52:13se alguém quiser mudar,
52:15que chame outro plebiscito
52:17e vai convencer
52:17a população disso,
52:19eu acho que tem
52:19que seguir
52:20aquilo que a população
52:21estabeleceu
52:22e falou,
52:23o Brasil é presidencialista,
52:26tem regras
52:27para o presidencialismo,
52:29tem parâmetros,
52:30tem que ter o equilíbrio
52:31entre os poderes,
52:33tem o parlamento,
52:34tem o judiciário,
52:35todo mundo tem que se respeitar,
52:37como eu estava falando,
52:37a gente tem que ter
52:38um programa permanente
52:39de reabilitação
52:40das relações institucionais
52:41no nosso país,
52:43mas eu defendo,
52:44a população
52:45votou sobre isso,
52:47defendeu
52:48que o regime
52:49seja presidencialista,
52:51acho que tem que ter,
52:52tem que se manter
52:52o presidencialismo
52:53no país,
52:53se alguém quiser mudar
52:54ou querer criar
52:56qualquer mecanismo
52:58que reduza o poder
52:59do presidente
53:00da república,
53:02o papel que o parlamento
53:03tem,
53:04o poder e o papel
53:04que o judiciário
53:05tem que ter,
53:06então faça outro
53:07plebiscito,
53:08rediscuta a constituição,
53:09agora,
53:10temos que seguir
53:11o que está na constituição
53:12e o plebiscito
53:13que o povo brasileiro
53:13estabeleceu.
53:15Então vamos para o final
53:16da nossa conversa,
53:17ministro,
53:17voltar à questão
53:18da saúde
53:19e à questão
53:19dos especialistas,
53:22da especialização
53:23dos mais,
53:23porque alguns falam assim,
53:25não, o governo
53:25busca,
53:26quer uma nova cara,
53:28o Bolsa Família
53:28já todo mundo
53:29acha que é um direito
53:30adquirido,
53:31vamos chamar assim,
53:32teve o programa
53:33mais médio,
53:34teve isso,
53:34teve aquilo,
53:35e agora porque tem eleições
53:36no ano que vem,
53:37isso é o que se fala,
53:39agora veio o que se programa,
53:41mas como é que isso
53:42vai ser colocado em prática,
53:43qual é a viabilidade disso,
53:45será que ele termina
53:46em 2026,
53:47porque é um programa
53:48eleitoral,
53:48não,
53:49como é que fica
53:49essa questão,
53:50sei que nós já tocamos
53:51em algumas perguntas
53:52hoje na nossa conversa,
53:54mas em síntese
53:55para a gente fechar
53:56o nosso papo de hoje,
53:57eu acho que a gente
53:57discutiu questões importantes,
53:59qual é a importância
53:59então desse programa?
54:01Primeiro,
54:01Vila,
54:02a importância
54:03é a necessidade
54:04e a urgência
54:05da população,
54:06como eu falei,
54:07você tem situações
54:08muito graves,
54:09as pessoas
54:10estão esperando
54:10um,
54:11dois anos
54:12para fazer uma cirurgia
54:13ortopédica,
54:14então a situação
54:15de urgência
54:15ficou mais grave
54:16depois da pandemia,
54:18por isso inclusive
54:19nós declaramos
54:20situação de urgência
54:21por 24 meses,
54:24podendo se estendir
54:24para 12,
54:25ou seja,
54:2536 meses,
54:26então ultrapassa
54:27o período eleitoral,
54:28não é um programa eleitoral,
54:29ele ultrapassa inclusive
54:30o período eleitoral
54:31pela importância
54:32e pela necessidade
54:32de enfrentar isso.
54:34Segundo,
54:34não é que o governo
54:35está buscando uma marca,
54:36nós estamos buscando
54:37dar conta de um compromisso
54:38que o presidente Lula
54:39assumiu durante as eleições,
54:41durante as eleições
54:42ele falou
54:42que ele queria
54:44ter um programa,
54:45que buscasse
54:47reduzir o tempo
54:47de espera
54:48para o atendimento
54:49especializado no país,
54:51então quando ele pediu
54:51para eu voltar
54:52para o Ministério da Saúde,
54:53eu me sinto muito honrado
54:55por conta disso,
54:56ele falou,
54:57Padilha,
54:57eu quero que você
54:58dê conta daquilo
54:59que para mim
55:00era um compromisso
55:00e uma prioridade,
55:01e nesses 90 dias
55:02nós construímos
55:03o programa,
55:04fizemos o desenho,
55:05já tem ações,
55:06como eu te falei,
55:07amanhã mais de 40
55:09hospitais universitários
55:10do país,
55:11na sexta-feira,
55:13no sábado,
55:14vão estar o dia inteiro
55:16fazendo cirurgias,
55:18reduzindo o tempo
55:18de espera,
55:19essa grande mobilização,
55:21e essa inovação
55:22que é pegar a dívida
55:23dos hospitais privados
55:24e filantrópicos,
55:26já começamos,
55:27já soltamos o edital,
55:28o processo de inscrição
55:29desses hospitais,
55:31a nossa expectativa
55:31em agosto
55:32está fazendo
55:32os primeiros contratos
55:33para uma pessoa
55:35poder entrar
55:35num hospital privado,
55:38sendo atendida
55:38pelo SUS,
55:39porque a gente
55:39está trocando
55:40uma dívida
55:40que esse hospital
55:41tenha por mais
55:42atendimento,
55:43mais exames,
55:44então,
55:45implementar
55:46desde já
55:47e vai ser
55:48um esforço,
55:49um esforço,
55:49como eu falei,
55:50que vai durar
55:51para depois
55:51das eleições,
55:53uma parceria
55:54com os estados
55:55e municípios,
55:55inclusive com estados
55:56que não são
55:58ligados ao presidente Lula,
55:59são oposição
56:00ao presidente Lula,
56:01são parcerias
56:01em vários estados
56:02do país,
56:03eu amanhã
56:04vou estar no Rio de Janeiro,
56:05o governador
56:06não é ligado
56:07ao presidente Lula,
56:08fazendo parcerias
56:09com os estados,
56:10com os municípios
56:11de todo o país.
56:14Eu queria,
56:14bem,
56:15agradecer a todos vocês
56:16que nos acompanharam
56:17no mais,
56:18no mais uma vez
56:19no Só Vale a Verdade,
56:21agradecer ao doutor
56:22Alexandre Padilha,
56:24ministro da saúde,
56:25e convidá-los
56:26na semana que vem,
56:28nesse mesmo horário,
56:29às 22 horas,
56:31a mais um
56:31Só Vale a Verdade.
56:33Até.
56:33Só Vale a Verdade.
56:40A opinião
56:41dos nossos comentaristas
56:43não reflete
56:44necessariamente
56:45a opinião
56:45do Grupo Jovem Pan
56:46de Comunicação.
56:51Realização
56:52Jovem Pan News.
56:54Jovem Pan News.
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