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A bancada do 3 em 1 aprofunda a análise da crítica do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas, AL), sobre o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) nas decisões do Congresso, especialmente em temas como o orçamento.

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Transcrição
00:00Zé Maria Trindade, como é que você vê a fala do ex-presidente da Câmara?
00:04É uma manifestação importante, relevante até pela influência
00:07que Arthur Lira ainda continua exercendo em Brasília, né?
00:11É, influência e conhecimento ali de bastidores e o que pensam os ministros do Supremo, inclusive.
00:18Ele, na presidência da Câmara, conversou muito com integrantes do Supremo Tribunal Federal.
00:23Essa tese, ela é antiga, quando o José de Seu falou isso, todo mundo, nosso e tal,
00:27mas é assim mesmo, é uma tese, é uma tese puramente acadêmica, né?
00:33De que o Supremo não seria um poder por não ser eleito diretamente pelo povo, né?
00:39Quem foi eleito foi o presidente da República para governar
00:43e o Congresso eleito para estabelecer a lei.
00:47E ali o Supremo ficaria no controle constitucional e na guarda,
00:53na aplicação das leis que são elaboradas pelo Congresso Nacional.
00:56Mas isso é muito fácil de falar academicamente, de citar,
01:01mas na prática, no dia a dia, as coisas às vezes se misturam.
01:05E é disso que ele está falando, porque, na verdade,
01:08todos esses grandes figurões da política, as raposas felpudas,
01:13sempre se acostumaram a sentar na mesa, que o Lira fala, e decidir.
01:18E quando eles decidiam, levavam na prática aquela velha máxima,
01:24quem parte e reparte, fica com a maior parte.
01:27Agora, quem parte e reparte, não fica com a maior parte e não tem arte.
01:31É uma fala do Congresso, ou seja, o Congresso partindo e repartindo o orçamento,
01:37falou, opa, quero a maior parte.
01:39E aí veio o Flávio Dino, falou, não, não é bem assim, não, tem que ter transparência.
01:45E isso irritou os figurões da política que estão lá encalacrados no tal orçamento secreto.
01:51Então, é esse o debate, é sobre orçamento, e no final tudo aqui roda muito em torno de dinheiro mesmo.
01:58Quero te ouvir, Alangani.
01:59Olha só, eu vejo que o Supremo Tribunal Federal, se ele determina transparência em emendas parlamentares,
02:08eu acredito que isso seja absolutamente válido e bem-vindo, se ele exige essa transparência.
02:14Agora, relacionado à questão do IOF, que é o caso específico,
02:19o Supremo Tribunal Federal, ele vai dizer se, primeiro, aquele aumento do governo federal,
02:26ele foi ou não constitucional, ou seja, o IOF é um imposto com fins regulatórios,
02:34e aí tem essa tese, que o PL recorreu ao Supremo Tribunal Federal,
02:38que foi utilizado para fins arrecadatórios.
02:41Me parece muito claro que foi utilizado para fins arrecadatórios.
02:44Então, ele vai dizer se foi constitucional ou não.
02:47E aí eu acho que é válido, sim.
02:49O outro ponto é a decisão do Congresso de ter derrubado o IOF por meio de um PDL,
02:56que também eu acho que é prerrogativa do Congresso, está na lei e é válido.
03:00E aí o Supremo, novamente, vai dizer se aquilo foi constitucional ou não.
03:05Então, houve aí um arbítrio e ele vai ter que, enfim,
03:09determinar se vale ou não, no final das contas, este imposto.
03:14Agora, extrapolando a questão do IOF, eu concordo, sim, com o Arthur Lira,
03:19que muitas vezes o Poder Judiciário não se atém apenas a dizer se é constitucional ou não,
03:26mas ele dá um passo além e acaba legislando,
03:31e muitas vezes também acaba sendo até uma espécie de ator político,
03:35como nesse caso do IOF, como um mediador de atrito entre os poderes.
03:40E aí, é claro que isso não é função do Poder Judiciário.
03:43Gustavo Segral, o que me chamou a atenção, nesse vídeo que a gente viu há pouco,
03:47do ex-presidente Arthur Lira falando a respeito do tema,
03:50é que no primeiro momento ele fala, o STF vai julgar quem é que está certo e quem é que está errado.
03:54Julga quais são as ações procedentes aí que estão chegando no STF.
03:59Na frase seguinte ele já fala que precisariam sentar a mesa ali,
04:03o Poder Legislativo, o Executivo e o Judiciário, para chegar a uma conclusão.
04:07E aí, como é que funciona?
04:08Porque parece que uma coisa não combina com a outra, né?
04:11Ou o Judiciário julga, ou o Judiciário senta na mesa para chegar a uma conclusão.
04:16Ou se faz um acordo, ou se chega a uma decisão final, Segral.
04:19Você entendeu essa fala do presidente Arthur Lira?
04:21Eu acho que eu entendi.
04:23Nos explique.
04:24Vamos lá.
04:24É minha interpretação.
04:26Não sei se é válida, mas eu acho que entendi.
04:28O que ele está dizendo, o Arthur Lira, é o STF tem, por atribuição, a verificação, como guardiã da Constituição,
04:37que o que está dentro da Constituição seja respeitado por quem que fosse.
04:41Se o Executivo excedeu em Constitucional, fora.
04:46Se o Legislativo excedeu em Constitucional, fora.
04:49Mas o Legislativo, quando legisla, ou ainda quando não legisla, é o representante do povo.
04:58Ele que está sendo, pelo voto popular, o representante de todos nós, através de diputados, e dos estados, através de senadores.
05:05Quando o STF não apenas disse, isso é constitucional ou não é constitucional, e dá uma interpretação de como seria uma legislação,
05:15tivemos isso, reoneração da folha, marco cível da internet, a questão dos indígenas, que não me lembro o nome.
05:23Marco temporal.
05:24Marco temporal.
05:26A questão da maconha.
05:27Olha que absurdo.
05:28O STF, só para mostrar um exemplo, o STF permite a utilização para uso pessoal de até 40 gramas de maconha.
05:40Só que se você vai tirar a CNH, vai ter que fazer um exame toxicológico para ver se usa drogas.
05:48Imaginemos que a pessoa usa drogas, usa maconha.
05:51Aí fala, peraí, não pode tirar o CNH.
05:53Como que eu não posso?
05:55Como que eu não posso tirar o CNH se eu tenho autorização do STF para usar maconha até 40 gramas?
06:01É ridículo.
06:02Então você tem uma contradição entre uma normativa e uma determinação do STF.
06:09E agora vem a interpretação desse, vamos dar um passo para trás.
06:13Eu acho que aí o que está tentando mostrar o Arthur Lira, é dizendo, gente,
06:18A gente está indo num caminho em que a batida do carro vai ser muito grave para todos os que estejam ocupando o carro.
06:27Esse carro se chama República Federativa do Brasil.
06:30Se não temos um pouquinho de freio para evitar esse confronto, vai chegar um momento que vai ser muito complexo.
06:37E hoje você tem dois poderes eleitos pelo povo, mas quem manda hoje, e todos sabemos isso, é o STF que não foi eleito.
06:45Só para acalmar uma parte da nossa audiência, que estava aqui ouvindo o que disse o Segrém,
06:51essa exigência de toxicológico, por enquanto, é só para habilitação profissional, categoria CID.
06:57Você deu um susto numa turma aí, viu, que está ouvindo aí.
06:59Mas mesmo assim, ok, CID, escolha o que você quiser.
07:03A determinação do STF, Neuzinho, não disse que pode todo mundo utilizar menos aqueles que vão ter a CNH-CID?
07:10Sim.
07:11Ou sim?
07:11Não fala isso.
07:13Então, como é que fica?
07:14Tem contrariedade.
07:14Eu quero te ouvir também, ô senhor Fábio Piperno.
07:18Não, só uma coisa.
07:19A decisão do STF, ela não criminaliza mais quem consumir até 40, né?
07:25Mas não que você pode sair consumindo 5, 10, sair fumando na rua.
07:30Não, enfim, não é isso.
07:32Se alguém tiver com um cigarro, enfim, de maconha aqui na Avenida Paulista,
07:36provavelmente a autoridade policial vai tomar.
07:38O que ele não vai poder fazer é prender, né?
07:40Mas ele vai poder tomar lá.
07:41Bom, mas deixando essa questão toxicológica de lado, a gente tem que entender uma coisa.
07:49Primeiro, onde é que o Arthur Lira fez essa manifestação?
07:53Ele fez essa manifestação em um evento promovido por um ministro do STF.
08:00E lá estão outros ministros.
08:02Metade da Suprema Corte mais ou menos está lá, né?
08:06Obviamente o Gilmar Mendes, o André Mendoza, o Alexandre Moraes, o Barroso.
08:11Então tem bastante gente do STF lá.
08:14Também muitos governadores foram para esse evento.
08:17vários deputados, vários deputados, o ex-presidente do Senado, outros senadores importantes,
08:26governadores de estados que são aí fundamentais para o país, né?
08:32Acho até que o de São Paulo está indo, se aqui já não foi.
08:35Então, é claro que não foi uma manifestação assim do nada.
08:42Eles estão conversando sobre isso.
08:47Então, veja, quando ele fala exatamente em dar um passo atrás,
08:51é possível que isso aí também seja com base no conjunto de opiniões que ele,
08:57de alguma forma, ouviu, ou, enfim, que ele pôde obter dos seus próprios interlocutores.
09:04Porque Arthur Lira é, sim, um personagem central na vida do parlamento brasileiro.
09:09Agora, a questão da legitimidade foi muito maltratada nessa manifestação dele.
09:16Porque a Constituição do Brasil, ela não exige, por exemplo, que o ministro do STF
09:21precise de votos para ter legitimidade.
09:24A legitimidade dele, enquanto autoridade, ela é constituída de uma outra forma.
09:32E não é pelo voto popular.
09:34Sim, mas sim, inclusive, pelo voto dos senadores que estão lá pelo voto das pessoas.
09:40Então, também jogou um pouco para a torcida, jogou para o seu público interno.
09:46E outra coisa, quando o STF, se o STF chegar e falar,
09:50bom, o Congresso, a Câmara, não podem ter direito a tocar em 50 bilhões do orçamento
10:00que não foram eleitos para isso.
10:02Está errado o STF.
10:04Agora, o STF não disse isso.
10:06O que o STF está determinando é que o parlamento dê transparência
10:13para esse trânsito do dinheiro público, para esse trânsito de emendas.
10:18E, em relação a isso, é óbvio que ele tem toda a autoridade para tomar esse tipo de decisão.
10:24Agora são 16 horas, 36 minutos.
10:27Quem está na rádio vai para um rápido intervalo.
10:29Por aqui a gente segue.
10:30E eu quero também ouvir a opinião do nosso Zé Maria Trindade
10:34a respeito disso que falava o Piperno, justamente, Zé Maria.
10:37É, sobre a questão toxicológica, álcool, por exemplo, também é permitido,
10:45é mais permitido até do que a maconha e você não pode dirigir sob efeito do álcool.
10:49Então, não é bem assim.
10:53Agora, essa relação do Supremo com o Congresso e com o Palácio,
10:58veja bem que ela não é institucional, ou seja, não é um choque de interpretação da Constituição,
11:06mas de posturas, porque antes esse choque do Supremo era com o Palácio.
11:12Quando estava no Palácio, o, então, presidente Jair Bolsonaro.
11:16Então, havia choques constantes.
11:19E agora, e a gente já falou disso antes, até um pouco antes da posse do presidente Lula,
11:25de que haveria uma mudança do eixo ali e a disputa de poder,
11:30porque a tendência foi e é de união, ou pelo menos de um acerto ou de uma harmonia
11:37entre a presidência da República, o Executivo e o Supremo.
11:42E o Congresso está se sentindo isolado, porque foi emboderado de outras formas,
11:48e aí faz esse choque com o Supremo Tribunal Federal.
11:52E agora, a incoerência está na acusação mútua de judicialização.
11:58Então, a oposição diz que o governo judicializa,
12:03mas a oposição também, quem primeiro levou esse assunto do IOF ao Supremo foi o PL.
12:09Quando o presidente Lula assinou, o PL foi lá e disse, isto é inconstitucional.
12:14E veja bem, a grande novidade lá é o seguinte, o Supremo já está em recesso.
12:19E o recesso do Congresso é daqui a 17 dias, aliás, no dia 17, pouco mais de 15 dias.
12:26Então, o que acontece?
12:29O presidente da Câmara promete mais emoções e votar projetos,
12:34como restrições em incentivos fiscais e a anistia.
12:40E nesse item, em incentivos fiscais, eu falei ontem aqui sobre esse assunto,
12:45foi aprovada a urgência e a Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados
12:51vai elaborar uma proposta para reduzir muito os incentivos fiscais
12:58e mexer no vespeiro chamado a Zona Franca de Manaus.
13:04Mexeu nisso ali, os deputados e senadores da região
13:07são muito, muito, muito defensores do setor.
13:10Então, até o dia 17, nós teremos mais emoções no Congresso Nacional.
13:16Agora que eu quero saber, Sr. Alangani,
13:18aí o capítulo inaugurado pelo Zé Maria,
13:20as retaliações do que pode vir adiante.
13:23Vamos supor, o governo leva para a STF e ganha no STF,
13:27inconstitucional, o decreto legislativo,
13:30tem aumento de OEF,
13:31enfraquece a autoridade ali do Hugo Mota,
13:34dos deputados, dos parlamentares todos.
13:36Você acha que o Congresso vai começar, então,
13:38a devolver de pouquinho para o governo federal
13:42e para o STF também algumas reações ali em retaliação?
13:47Não tenho dúvidas.
13:49Inclusive escrevi isso nos artigos que eu escrevo aqui
13:53para a Jovem Pan.
13:55Coba, veja, o Congresso sairia derrotado.
13:59Por quê?
14:00Porque, novamente, o governo federal recorre ao Supremo Tribunal Federal.
14:04E a gente já viu isso no passado relacionado às emendas parlamentares.
14:09Em vez de escolher o caminho que seria o caminho mais adequado,
14:14ou seja, negociar com o Congresso Nacional,
14:17o que o Poder Executivo fez?
14:19Recorreu ao Supremo Tribunal Federal justamente para diminuir o número
14:23e o volume de emendas para o parlamento.
14:26Sob o argumento de que, ah, falta transparência, né?
14:31Mas o motivo real a gente sabe qual é.
14:33Agora, e a partir daquele momento, o que aconteceu, Coba?
14:37Retaliações, dificuldade de aprovação, cada vez mais pedindo preço,
14:41cada vez mais pedindo emendas.
14:44Existe uma insatisfação do Congresso Nacional relacionada a essa questão das emendas
14:49e a insatisfação aumentou quando foi judicializada.
14:52E agora, novamente, com o IOF também.
14:54O Congresso não vai aceitar tranquilamente essa derrota.
14:58E eu acredito, até porque tem precedente disso lá no governo Bolsonaro,
15:03o Supremo deve dar um voto favorável ao governo,
15:09retornando o IOF.
15:11E aí, provavelmente, o Congresso vai retaliar.
15:14E uma das possíveis retaliações é atrasar ou dificultar
15:20ou até mesmo impedir a aprovação da isenção de imposto de renda
15:24de pessoas que ganham até R$ 5 mil.
15:28Eu vejo que a governabilidade está em cheque.
15:31E o dólar para cima, se isso acontecer, e a Bolsa para baixo, né?
15:34Impactos econômicos também, né?
15:36Segurança jurídica daqui até a China.
15:38Pois é.
15:39Para você acessar esses artigos aí que falou o Alan Ghani,
15:41não só os artigos, mas muitos vídeos também exclusivos
15:44dos nossos analistas aqui é jp.com.br.
15:48Vai lá, seja um assinante.

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