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  • 28/05/2025
O governo discute alternativas para a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A informação foi confirmada nesta quarta-feira (28) pelo secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, após reunião entre o ministro Fernando Haddad e presidentes de bancos. O encontro ocorre após o Congresso receber cerca de 20 projetos contra o aumento do imposto, anunciado pelo governo federal.

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Transcrição
00:00O governo, vamos mudar de assunto, o governo vai discutir alternativas à alta do imposto sobre operações financeiras.
00:09Mas acabaram de aumentar, já vão voltar atrás?
00:13A informação foi dada hoje pelo secretário executivo da Fazenda, Dario Durigam,
00:19após uma reunião entre o ministro Fernando Haddad e presidentes de bancos.
00:23O encontro ocorre após o Congresso receber cerca de 20 projetos contra a alta do imposto,
00:31que já foi anunciada pelo governo federal na última semana.
00:35Que confusão! Vamos ouvir o que disse o assessor Dario Durigam?
00:39E a gente discutiu alternativas também apresentadas pela FEBRABAN, outras que a gente trouxe para o debate,
00:46e é natural que a gente avance nesse debate sobre o que poderia ser uma alternativa a itens isolados desse ajuste no EOF.
00:58Então, a reunião é uma reunião que a gente segue em diálogo para estudar, entender o que a gente tem de alternativa
01:06e poder tomar uma decisão no momento seguinte.
01:09Quantas idas e vindas, meu Deus!
01:14Durante a reunião, a FEBRABAN apresentou dados do impacto da alta do EOF.
01:22Segundo o presidente da Federação Brasileira dos Bancos, que é o Isaac Sidney,
01:26o impacto no crédito chega a 40%. Vamos ouvir?
01:31Nós mostramos para o ministro Haddad e seus secretários que o impacto, no custo do crédito, é um impacto severo,
01:40é o impacto para o crédito das micro, pequenas e médias empresas.
01:45Para que possamos ter uma noção em termos de patamares, nós estamos estimando que,
01:52numa operação que possa ser prorrogada de curto prazo, em até o ano,
01:57a gente pode ter um impacto de 8 pontos percentuais, entre 3 a 8 pontos percentuais.
02:03Isso pode significar, no custo efetivo total de uma operação de curto prazo,
02:08uma variação entre 14,5% a 40% no custo efetivo total, em termos de taxa de juros.
02:16Portanto, esse é um dado que, certamente, sensibilizou o Ministério da Fazenda,
02:21que abriu um diálogo para que nós pudéssemos, então, constituir uma frente de trabalho,
02:27juntamente com a FEBRABAN, aí o Ministério da Fazenda, para analisar a alternativa.
02:33Vocês estão acompanhando, né?
02:35O Ministério da Fazenda divulgou e aí falou,
02:38Ah, eu não sabia disso.
02:41Seguindo a decisão da Câmara, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
02:46aprovou um convite para o Fernando Haddad explicar essa medida.
02:51O ministro deve ser ouvido no dia 11 de junho.
02:55Meu querido Felipe Monteiro, carinhosamente conhecido como PP.
03:01Felipe Monteiro, eu não estou entendendo mais nada.
03:05O ministro da Fazenda anuncia um aumento no IOF,
03:09sem consultar o presidente do Banco Central.
03:12Não é que ele tem obrigação, mas não existe uma coerência, uma harmonia nesse governo?
03:16As coisas são feitas assim, sem pensamento, depois ouve a FEBRABAN, volta atrás.
03:23Está parecendo uma biruta de aeroporto.
03:25Como é que se pode ter alguma segurança econômica no ministério que muda de opinião a cada momento,
03:32faz as coisas e depois volta atrás, que nem criança levada?
03:35Conta para a gente.
03:36O Capês, eu acho engraçado o seguinte, quando convém, vocês aplaudem...
03:40Eu não acho nada engraçado, não.
03:41A independência e a autonomia do Banco Central.
03:44Ah, o Banco Central decide a política de juros, a política de crédito, de forma autônoma e técnica.
03:51Mas quando o Ministério da Fazenda tem que fazer qualquer tipo de medida,
03:54tem que bater na porta do Banco Central.
03:56É autônomo ou não é autônomo?
03:57A independência não é independente do Banco Central em relação ao governo federal.
04:00Então isso é conversinha, mais uma conversinha para a Boidumir.
04:03E o que eu acho engraçado é o seguinte, primeiro eu vou falar algumas coisas que eu acho engraçadas,
04:07a incoerência das pessoas.
04:09Olha que engraçado, o presidente da FEBRABAN vem a público falar que a alta do IOF
04:13pode significar e corresponder o aumento de 40% a mais na concessão de créditos.
04:19E ele não vem a público falar como a Selic influencia também a concessão de crédito.
04:24Como que a taxa Selic a 14,75% encarece o crédito para o consumidor também.
04:29Por que a FEBRABAN não vem a público falar contra a taxa de juros alta e criminosa do Banco Central?
04:36Sabe por quê?
04:37Porque o Brasil é o país dos rentistas e os bancos ganham dinheiro com a taxa de juros alta.
04:43Então essa conversinha que a FEBRABAN está preocupada com o aumento do custo do empréstimo
04:48também é outra conversa para a Boidumir.
04:50Se estivesse preocupado, bate contra a alta de juros do Banco Central.
04:56Por que eles não fazem nada em relação a isso?
04:57Porque é banho de hipócrita rentista que vivem por meio de taxa de juros alta e elevada
05:03às custas do povo e às custas das empresas produtivas no Brasil.
05:07Essa é a grande questão.
05:08Em relação ao IOF, é bom lembrar o seguinte.
05:11Em modo de ver, eu não vou falar a favor do aumento da alíquota do IOF.
05:14Claro, ninguém quer aumento de imposto aqui.
05:16Mas a uniformização da cobrança do IOF, eu sou a favor.
05:20Não tem nenhum sentido a pessoa vir aqui comprar moeda numa casa de câmbio
05:25e pagar menos IOF que é a pessoa que vai gastar lá no exterior por meio do cartão de crédito.
05:29Não tem nenhum sentido isso.
05:30Não tem nenhum sentido as pessoas usarem previdência privada de forma a ser investimento.
05:37Não.
05:37Não tem nenhum sentido.
05:38Não tem nenhum sentido.
05:39Então se usar a previdência privada em fins de investimento, vai pagar IOF 3,5%,
05:45outra alíquota necessária.
05:47Então a uniformização do sistema do IOF, no modo de ver, é algo que eu aceito e eu acho saudável.
05:53Claro, 3,5%, no modo de ver, é alto realmente o IOF.
05:57Mas também impede que Playboy pegue o cartão de crédito de débito do pai que compra em casa de câmbio
06:02e paga menos IOF do que as pessoas normais que viajam para fora.
06:06Ô, Tauil, onde acho que eu estou tão confuso com esse negócio que o Felipe Monteiro acabou de falar, rapaz?
06:12Eu queria perguntar três pontos para você, que eu fiquei muito confuso.
06:16Primeiro ponto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi quem indicou o Gabriel Galípolo
06:22para presidente do Banco Central.
06:25Custava ter perguntado para ele quem é economista, o Haddad não é.
06:29Ter perguntado para o Gabriel Galípolo se tem efeitos ou não, uma coisa é respeitar a autonomia,
06:35outra coisa é ir fazendo as coisas individualmente.
06:37Aí chega o Galípolo e diz, ninguém me consultou, eu acho que não é uma boa medida,
06:41eu sou contra essa medida.
06:42Primeiro ponto, fiquei confuso com relação a isso.
06:44consultar, trocar opinião, conversar e interferir na autonomia?
06:49Segundo ponto, que eu também não entendi,
06:51que a Febraban é culpada pela alta taxa de juros.
06:54Então o governo obedece a Febraban.
06:56Eu não falei isso.
06:57Porque o que eu sei é que a taxa Selic...
06:58Não, para, para.
06:59O que você falou, então?
07:00Não coloquei a palavra na minha boca, não.
07:01Você não esclarece, então?
07:02O que eu coloquei foi o seguinte, o crédito fica caro quando aumenta o IOF, mas fica mais
07:08carinho ainda quando aumenta a taxa Selic.
07:09Porque a Febraban nunca se colocou contra a taxa Selic, que aumenta, que encarece o crédito
07:13também.
07:14Isso que eu coloquei aqui.
07:15Muito bem.
07:15Esse é o ponto.
07:16Agora, eu quero, então, eu vou prosseguir com a minha dúvida no mesmo patamar.
07:19É culpa da Febraban, a alta da taxa mínima de juros, ou a culpa é de um governo que
07:25gasta descaradamente e sem controle dinheiro público?
07:30E o terceiro ponto que eu coloquei é a questão do IOF, né?
07:35O IOF, ele vai servir para que Playboy não gaste cartão de crédito no exterior?
07:40Ou será que o aumento do IOF manda um recado para quem quer investir no Brasil?
07:44Que se você botar o dinheiro, a hora que você tirar, vai ter imposto.
07:47E aí vai inibir o investimento.
07:48São três pontos que eu fiquei super confuso com o que o Pepe falou.
07:52Capês, às vezes ele divaga um pouco, ele fica nervoso, ele fica assim.
07:56Pepe, toma um pouco d'água, Pepe, fica calmo.
07:58E faz parte.
07:59Na verdade, o governo precisa arrecadar, Capês.
08:01Precisamos arrecadar.
08:02Nós temos um rombo aí, gigantesco.
08:04E veja só, só do INSS aí, quanto no escudo de dinheiro público.
08:09E mais ainda, mais do que aumentar taxa, arrecadar, arrecadar.
08:13Por qual razão o governo não fecha as torneiras?
08:14Por que não diminui ministérios?
08:16Diminui o número de cargos?
08:18Seria uma receita básica de porta de botequim.
08:22Mas não, aumentamos os tributos e quem paga justamente é o povo.
08:26Tudo na conta do povo.
08:28Ele precisa arrecadar para tapar buracos, 20,5 bilhões de rombo.
08:32Inclusive, agora foi chamado lá no Congresso para conversar sobre a possibilidade de aprovar
08:38a EOF ou não.
08:38E aí, sob ameaça de se, olha, se não conseguimos aprovar, não fizemos essa arrecadação,
08:44muito provavelmente isso terá um reflexo dentro das emendas parlamentares.
08:47Veja só o fiel da balança em que ponto fica.
08:51É muito complicado isso.
08:53E o governo só quer arrecadar.
08:54É a mão, os tentáculos, né?
08:57É um povo governamental que não deixa de abraçar qualquer tipo de tributo com repasse
09:03puro e tão somente ao governo.
09:04Ao invés de economizar, nós gastamos, né?
09:07É por isso que não raro às vezes nós vemos notícias aí.
09:10Por exemplo, a primeira dama fechar um shopping, uma loja de um shopping, gastar cerca de 20 mil
09:14reais em cinco peças de roupas.
09:16Essa é a que prega o socialismo, a coisa popular, minimalista, coisa mais simples e tudo mais.
09:21Óbvio, o PP vai falar que isso não tem absolutamente nada a ver.
09:24Mas eu, como meus filhos, eu sigo no exemplo.
09:27Se o povo ver isso, como é que a gente pode falar de igualdade social?
09:30Agora, Ana Beatriz Hirsch, muita gente tem procurado e falado,
09:34tem uma grande audiência, linha de frente.
09:36As pessoas param na rua e perguntam.
09:37Esse negócio desse aumento do IOF é só para arrecadar mais,
09:41que o Haddad tem que cumprir aquela meta fiscal e o governo não para de gastar dinheiro,
09:46então ele está desesperado para aumentar a imposto.
09:48Como ele não tem mais onde aumentar, agora ele encontrou no IOF a saída para isso.
09:53Mas ele não percebeu que ao fazer isso, ele está inibindo o investimento estrangeiro
09:57de entrar no Brasil e sinalizar que aqui existe controle de capital.
10:01Quanto entra e quanto sai.
10:02Como é que você vê?
10:04É uma fúria arrecadatória ou tem uma outra explicação?
10:07O que a gente fala para esse pessoal?
10:09Ai, Capê, você sabe que eu me esforço muito para elogiar o ministro Haddad,
10:14mas dessa vez não vai ter como defendê-lo.
10:16Estamos diante de mais uma tentativa não fundamentada do governo
10:22de tentar aumentar a arrecadação.
10:25A gente está vivendo uma situação em que mais uma vez se busca aumentar a arrecadação
10:31sem um estudo técnico a respeito das consequências disso.
10:39E veja, um outro ponto que ninguém tocou e que para mim talvez seja o pior de todos
10:44não é nem a questão de estarem tentando sempre arrecadar mais,
10:47porque acho que é algo que infelizmente a gente já está acostumado no governo.
10:51O problema é ouvir, após o anúncio das medidas,
10:57diante da repercussão dessas medidas na sociedade,
11:02que agora o governo vai se debruçar sobre alternativas.
11:07Tudo que a gente menos precisa nesse momento é de mais insegurança.
11:11O governo já está extremamente enfraquecido.
11:14Todas as ações tomadas pelo governo estão sendo objeto de alta controvérsia.
11:19Quando, mais uma vez, a gente tem o anúncio do aumento de um imposto
11:24com a repercussão, aí então serão estudadas alternativas,
11:29a gente começa a questionar quão sério nós estamos sendo levados pelo governo.
11:34Por quê?
11:35Porque esse estudo, essas alternativas, elas têm que ser buscadas e estudadas
11:42antes de serem anunciadas para a população.
11:45E não jogadas para a população como quem quer dizer
11:48se vocês chiarem muito, a gente pensa em outra coisa para fazer.
11:52Não é assim que se governa um país.
11:55Não é assim que o país vai sair do buraco onde a gente está.
11:58E isso é o que, para mim, é o pior de tudo.
12:02Meu Felipe Monteiro, acho que tem coisa pior ainda.
12:04Queria te perguntar.
12:06O governo não conversou com a FEBRABAN, com ninguém,
12:09pelos Ministérios da Fazenda, e já aumentou o IOF.
12:13Quando vem a FEBRABAN, os bancos vêm e reclamam,
12:17e o governo considera voltar atrás,
12:20isso não cria também uma impressão de que é banqueiro
12:23que está mandando nesse governo?
12:25Porque é o que a esquerda diria.
12:28É banqueiro que está mandando.
12:29Nós estamos agora recuando em razão dos protestos dos banqueiros.
12:33Ficou essa impressão ou não?
12:35Não recuou o governo até agora, não, Capricha.
12:37Recuou só numa medida só,
12:38em relação à taxação pelo IOF de fundo brasileiro
12:43que investe no exterior.
12:44Essa medida realmente tinha que ser revista mesmo.
12:47E que bom que o governo reviu.
12:48Que bom que o governo reviu,
12:49porque tem uma lógica você taxar fundos de investimento brasileiro
12:52no Brasil que investem no exterior
12:55e deixar outros fundos brasileiros sem o IOF.
12:59Então, para equiparar, faz sentido você voltar atrás
13:02e não taxar o fundo brasileiro que investe no exterior com o IOF.
13:06Então, faz todo sentido. Que bom.
13:08Faz parte da democracia.
13:09O governo fazer uma medida, ouvir, mudar de lado,
13:13e refazer seu conto, refazer os estudos.
13:18Não pode viver, não fez nada de anormal.
13:20Muito me deixaria alarmado
13:21se o governo não visse o povo,
13:25não visse a sociedade, não visse o mercado
13:27e tivesse uma postura arrogante
13:28de achar que é o dono da razão.
13:30Que bom que estamos numa democracia.
13:32Que bom que o governo pode voltar atrás
13:34em determinadas situações.
13:35Agora, ninguém gosta de mais tributo, né?
13:40Então, realmente, eu sinto que o povo está estrangulado.
13:43O povo está cansado de pagar muitos tributos.
13:46E o Brasil tinha condição de rever todo o sistema tributário.
13:51Mas não.
13:52Infelizmente, o sistema tributário é o mesmo, né?
13:55O IVA, com a mudança do sistema tributário,
13:58vai chegar a 28% do imposto sobre o consumo.
14:01É elevadíssimo.
14:02O imposto sobre o consumo tem que ser mais baixo possível.
14:04Eu até acho que tem espaço para aumentar o imposto de renda.
14:06Até porque o Brasil,
14:07o máximo de alíquota que você paga é 27,5%.
14:10Estados Unidos, França,
14:12é mais de 40% do imposto de renda.
14:14Mas para fazer isso, tem que tirar o imposto sobre o consumo,
14:16que é onde o brasileiro mais sofre, não é?
14:19Então, o Brasil tinha condição de rever essa política.
14:23Infelizmente, não reviu essa política.
14:25Apresentou uma reforma tributária tímida,
14:27que não tirou o imposto do consumo
14:29e que não criou outras condições melhores do imposto de renda.
14:33Então, você vê que busca pela arrecadação a todo momento
14:37acaba criando essa distorção toda.
14:39E é fácil o Brasil tirar 100 milhões de reais.
14:42O Brasil tem isenção e subsídio de 400 milhões de reais.
14:49Bilhões de reais.
14:50Bilhões de reais.
14:51Bilhões de reais todo ano.
14:53Rever a situação do subsídio todo,
14:57você consegue recuperar 100 bilhões, 200 bilhões fácil.
15:00Chegar no superávit primário,
15:02que o governo quer e o Capiz defende, é fácil.
15:04É só revisar o programa de subsídio que tem no Brasil.
15:07É.
15:08E fiscalizar para não roubarem 6 milhões dos aposentados.
15:10Agora, meu querido Emerson Tawil,
15:13a questão que eu fico, que eu não entendi,
15:15o PP não respondeu a minha pergunta.
15:18Se o governo decide, sem ouvir a Febraban,
15:22e depois ele ouve a Febraban e considera voltar atrás,
15:26ou ele não sabe o que está fazendo,
15:28então ele teve que dar razão à Febraban porque ele está perdido,
15:32ou são os banqueiros que mandam no governo.
15:35Então, o governo precisa dar uma resposta.
15:38por que decidiu aumentar o IOF a 3,5%
15:42sem ouvir a opinião do economista Gabriel Galipo,
15:46o presidente do Banco Central,
15:47sem ouvir demais pessoas do mercado financeiro,
15:51e agora está voltando atrás.
15:52Isso cria uma insegurança, uma sensação de que está perdido?
15:56Olha, eu faço a comparação do sujeito que está com problema no coração,
15:59ele procura um ginecologista para tentar resolver o problema dele.
16:03É importante você procurar alguém que domine a área técnica.
16:07A falta de comunicação leva a esses eventos.
16:11Por qual razão não consultou o Galípolo?
16:13E aí, pô, quando é consultado,
16:15aí quando fica, sabe, aí volta atrás,
16:17fica uma coisa muito feia,
16:17parece que não existe uma verticalização governamental,
16:20ninguém fala a mesma língua,
16:22cada um faz da sua maneira,
16:24e isso é prejudicial, né?
16:25Você tem que consultar aquele que domina a matéria,
16:27aquele que está à frente, né?
16:28Uma das maiores instituições.
16:30E por qual razão?
16:32Porque, às vezes, prevalece muito mais o seu âmago ali
16:34de querer impor a regra que você acha que seja correta,
16:38sem consultar a quem verdadeiramente domina a área técnica.
16:42E, como você disse,
16:43na própria reunião que está prevista,
16:44supostamente, para o dia 11 de junho,
16:46com o Haddad no Congresso,
16:48os responsáveis pelos bancos estarão presentes também
16:51para tentar ver a melhor forma
16:53de como ficará essa IOF ou não.
16:56Mas, o PP, eu queria o seu comentário,
16:59com a observação, depois da Ana Beatriz Hirsch,
17:02não deveria se escolher alguma pessoa?
17:05O Haddad, ele conhece muito da parte da educação, né?
17:09Agora, se deveria escolher alguém formado,
17:12especializado em economia,
17:14com experiência no mercado,
17:17num momento difícil como esse,
17:18para comandar o Ministério da Fazenda,
17:21dá a impressão que os ministérios estão sendo escolhidos
17:23muito mais por afinidades, amizades ou composição política
17:26do que pela competência técnica.
17:28E aí acontecem essas coisas.
17:30Ou você acha que está tudo bem?
17:32Não, traz uma coisa com a outra, Capiche.
17:33Eu lembro que, no governo Lula, que o Brasil...
17:36Lula 1, né?
17:37Que o Brasil teve ganhos de crescimento econômico,
17:40recorde, recorde na época,
17:41o ministro da Fazenda era o médico.
17:42Ou seja, não tem nada a ver.
17:45O ministro da Fazenda é aquela pessoa que tem condição
17:47de executar uma política econômica.
17:50E ele não faz política econômica sozinho.
17:51Ele tem vários assessores que ajudam ele
17:53a chegar no denominador comum
17:56e conseguir implementar, estruturar uma política econômica.
18:01Então, um bom político pode comandar o Ministério da Fazenda, sim.
18:05Agora, não entendo como você acha que o Banco Central,
18:09como órgão, uma entidade independente e autônoma,
18:12toda política econômica que o governo fizer tem que bater na porta do Banco Central.
18:16Se o Banco Central não bate na porta do governo,
18:19quando vai resolver alterar a taxa de juros no Brasil.
18:23Então, eu acho que vocês ficam numa picuinha,
18:26querendo criar um certo conflito, um certo atlito.
18:29Hoje não tem.
18:30Hoje não tem.
18:31A IOF, quem decide se aumenta ou diminui a IOF,
18:35é prerrogativa do Poder Executivo, não é do Banco Central.
18:38Então, é natural.
18:40E digo mais uma coisa.
18:41Daria para conversar o garipo no seguinte sentido.
18:45O IOF, ele pode ser uma política de retração
18:49da concessão de empréstimo e de crédito no mercado,
18:54o que pode diminuir a taxa de juros.
18:57Então, é possível, por exemplo,
18:58qual é a lógica do Banco Central colocar taxa de juros de 14,75%?
19:02Desaquecer a economia.
19:03Fazer com que o cidadão e o consumidor gaste menos,
19:07contraia menos empréstimo.
19:08Então, o IOF pode servir como instrumento
19:10de fazer com que a política de juros diminua.
19:14Porque o IOF serve como instrumento também
19:16de redução de crédito na economia.
19:19E a taxa de juros tem um diferencial.
19:22A taxa de juros reflete exatamente
19:23quanto que o governo paga de juros na dívida externa.
19:27Só para você ter uma ideia,
19:28o governo paga, o Banco Central paga
19:30um trilhão de reais no overnight todo ano
19:33por conta da taxa de juros elevada.
19:36Ou seja, o IOF consegue, de certa forma,
19:38equilibrar isso, diminuir a taxa de juros
19:40e aumentar o IOF de modo a fazer com que as pessoas
19:42contraem menos empréstimo.
19:44Se a lógica do governo for,
19:45o que eu discordo,
19:46fazer com que a economia esteja desaquecida
19:49para reduzir a inflação.
19:50Ana, o Emerson Taúil pediu uma parte,
19:54só lembrando,
19:55quando ele se refere a médico,
19:56que já foi ministro da Fazenda,
19:57ele está falando do Antônio Palocci,
19:58que foi médico e ministro da Fazenda.
20:00Agora, meu querido Emerson Taúil,
20:02você concordou?
20:03Porque eu achei o seguinte,
20:03se é para tomar pito da Febraban
20:06e voltar atrás,
20:09por que não ouviu o Banco Central?
20:11O ministro da Fazenda que indicou
20:13que é o presidente do Banco Central,
20:14que é economista,
20:15isso interfere na autonomia?
20:17É você consultar o Banco Central?
20:19Não consultou e agora está voltando atrás
20:21e tomando um pito dos banqueiros.
20:23O que você achou de tudo isso que o Felipe falou?
20:25Eu vou dizer isso do PP
20:26no momento que ele fala assim
20:27que o Haddad não deveria consultar o Galipo.
20:31Por quê?
20:32Porque tem uma independência,
20:33o Banco Central e tudo mais.
20:34Mas veja só,
20:35as grandes políticas públicas
20:36são feitas de forma aberta, discutível.
20:39Você abre o debate
20:40para você tentar chegar a um denominador comum.
20:42E principalmente esse governo
20:43que é pluripartidário,
20:44gosta de agregar,
20:46gosta de conversar,
20:47gosta de colocar as coisas a público.
20:48Mas quando precisa tomar
20:51uma decisão um pouco mais equilibrada,
20:53muito mais preocupante,
20:55deixa de consultar os órgãos
20:56que deveriam ser verdadeiramente consultados.
20:59Então eu entendo que,
21:01se é um governo que pretende
21:02políticas públicas sérias,
21:04que possam alavancar,
21:05que sejam pujantes para a economia,
21:06e não só para a economia,
21:07mas principalmente para uma nação
21:08que vive aí um escárnio financeiro,
21:11social,
21:12é muito preocupante.
21:14Não é o governo do povo?
21:15Então se é do povo para o povo,
21:17por qual razão nós não consultamos,
21:18não abrimos o debate?
21:19Então eu acho que,
21:20se fosse do outro governo,
21:20já tinham gritado aí que era fascismo,
21:22coisa do tipo.
21:23Mas esse não,
21:24esse daí é do amor,
21:25e o amor muitas das vezes,
21:27ele é egocêntrico
21:28e fica só numa paixão
21:29e esquece de dividir o amor com os demais.
21:31É, embora o controle de capital
21:34são medidas de regimes autoritários de esquerda,
21:37sempre fazem,
21:38mais propício a isso.
21:39Mas, Ana Beatriz Rirsch,
21:40você faz tempo que não fala,
21:42e o Rodolfo Maris está achando
21:44que eu não vou chamar,
21:45coitadinho.
21:45Claro que eu vou chamar,
21:47mas primeiro eu quero te ouvir.
21:48Não, Capês,
21:49eu acho que,
21:50eu discordo do PP
21:53quando ele traz que,
21:55que bom que o governo
21:56pode voltar atrás.
21:57É sempre assim.
21:58Que voltar atrás é natural.
22:01Porque, de novo,
22:02a gente está vivendo um momento
22:03de extrema insegurança.
22:05Um sentimento coletivo
22:08de insatisfação com o governo
22:09faz com que,
22:10mais do que nunca,
22:11na hora de anunciar medidas,
22:13e medidas tão impopulares
22:14quanto o aumento de qualquer imposto,
22:16vamos combinar,
22:17acho que todo mundo aqui concorda
22:18que é impopular.
22:20A hora que você vai anunciar
22:21uma medida como essa,
22:23considerando todo o cenário
22:25que a gente está vivendo,
22:26não teria sido o caso
22:27de ter uma conversa
22:29a portas fechadas?
22:30Eu entendo,
22:31vamos que queremos
22:32a participação da sociedade,
22:34mas, poxa,
22:34a gente está tratando
22:35de uma questão técnica,
22:36o aumento de um imposto.
22:38A gente está tratando
22:39de uma questão
22:39muito objetiva,
22:41porque ela trata de números,
22:43ela trata de dados.
22:44Será que não teria sido
22:46muito mais inteligente
22:47ter se sentado
22:49a portas fechadas
22:50com representantes,
22:52não só de bancos,
22:53mas também representantes
22:54de outras vertentes
22:57da economia
22:58para que, quem sabe,
22:59se chegasse a um consenso
23:02para então ele ser anunciado,
23:04e aí no momento desse anúncio
23:05já haveria esse respaldo.
23:07Como isso não aconteceu,
23:09há o anúncio,
23:11e aí vem essa enxurrada
23:12de críticas,
23:13e aí não só o governo
23:14não sustenta o que ele diz,
23:17como ele vai atrás
23:18de então buscar alternativas.
23:21para mim a lógica
23:22está invertida
23:23e a lógica acaba
23:24enfraqueando.
23:24E veja,
23:25eu não sou dessas pessoas
23:26que torcem para o governo
23:26dar errado, não.
23:27Eu gostaria que estivesse
23:28bombando,
23:29que estivesse dando muito certo.
23:31Mas eu acho que,
23:32diante do momento
23:32que a gente está vivendo,
23:34deveria haver essa cautela
23:36por parte do governo
23:37para evitar ainda mais
23:39questionamentos,
23:40evitar ainda mais
23:40essa queda de popularidade,
23:42que é exatamente
23:43o que está acontecendo agora.
23:44Todo mundo criticando,
23:45ele volta atrás,
23:46diz que agora
23:47ele vai procurar
23:47uma alternativa.
23:48É, eu sei que você torce
23:51pelo sucesso,
23:51mas está difícil torcer, né?
23:52Não, pois é.
23:54Ô, Rodolfo Maris,
23:55o que você acha
23:56de tudo isso?
23:56O ministro anuncia o aumento,
23:58depois volta atrás,
23:59não conversa com o presidente
24:00do Banco Central,
24:01recebe a Febraban,
24:02vai reavaliar,
24:04está mudando de ideia
24:05em várias outras coisas,
24:07há um desacerto no governo.
24:09Como é que está um governo
24:10com tanto desacerto?
24:11Cada um fala uma coisa,
24:12saem boas notícias,
24:13estoura o rojão,
24:14depois vê que não tem dinheiro
24:15para a festa.
24:16Não tem dinheiro para a festa.
24:17Ô, Capês,
24:18eu fiquei aqui quieto,
24:20analisando,
24:20fazendo meus estudos aqui
24:21enquanto vocês falavam
24:23sobre esse assunto,
24:25e eu fico pensando
24:25o que o povo de casa
24:26está pensando sobre isso.
24:28O que vocês entendem
24:29sobre o IOF,
24:30onde ele atinge vocês,
24:32de que forma
24:32que isso é prejudicial,
24:34a alta dele é prejudicial
24:35para a economia
24:36do nosso país.
24:37É tudo isso
24:38que tem que ser explicado.
24:39Não adianta a gente
24:40vir aqui e falar
24:41e tacar o pão
24:42no Haddad,
24:43depois tacar o pão
24:44no outro,
24:44e falar sobre isso,
24:45e falar aquilo,
24:46porque quem está assistindo
24:48em casa deve estar pensando
24:49assim,
24:50mas isso vai me afetar
24:51exatamente aonde?
24:53Onde que isso vai
24:54pesar no meu bolso?
24:55Porque a gente fala
24:55sobre economia,
24:57e a impressão que eu tenho
24:58ao sair na rua
24:59é que as pessoas
25:01estão um pouco
25:01se lixando para isso.
25:03De verdade,
25:04a gente está discutindo aqui,
25:05colocando uma pauta
25:06tão importante,
25:07onde as pessoas
25:08querem discutir
25:09futebol, carnaval
25:10e qualquer outra coisa.
25:11esse é o cenário
25:12atual do Brasil.
25:14Peço atenção,
25:15você que está assistindo
25:15o nosso programa,
25:16obrigado pela sua audiência,
25:18mas é uma pauta
25:18de suma importância,
25:19porque realmente
25:20está mostrando
25:21que as pessoas
25:23que têm que dirigir
25:24esse país
25:24e uma pauta
25:25tão importante
25:26que é a economia,
25:27e sempre quando
25:28eu vou conversar
25:28com as minhas filhas
25:29sobre as pautas
25:30do país,
25:31eu sempre coloco
25:32a economia,
25:32a gente tem a saúde,
25:33nós temos a educação,
25:35nós temos a segurança
25:35pública,
25:36e nós temos a economia.
25:37E nesses quatro,
25:39ainda não surgiu
25:41aqui na pauta
25:42sobre o setor saúde.
25:44Eu estou contando
25:44os dias para que isso
25:45chegue,
25:45porque a gente fala
25:46sobre a economia
25:47o tempo todo
25:47e nós falamos
25:48sobre a segurança
25:49pública o tempo todo.
25:50Por quê?
25:50Porque são dois pilares
25:53que movem o país
25:54nesse momento,
25:55e é onde eles
25:56estão batendo cabeça.
25:57O Galipo entrou agora
25:58e mal foi consultado,
26:00você tem noção disso?
26:02Que ele mal foi consultado
26:04sobre a alta do IOF,
26:05eles fazem reuniões
26:06ali na bacia
26:07das almas.
26:08E não dá para entender isso,
26:10porque não é dessa forma
26:11que nós, cidadãos,
26:12gostaríamos de ver
26:13a política no Brasil.
26:14Nós gostaríamos
26:15de ver uma transparência
26:16e que todo esse alto preço
26:19fosse sanado
26:20ou cessado
26:21de uma forma
26:22mais rápida possível.
26:23Porque com o salário mínimo
26:24que nós ganhamos aqui,
26:26um pouco mais de R$ 1.500,
26:27é inadmissível.
26:29A gente está pensando
26:29em alta disso,
26:30em alta daquilo,
26:31o café batendo,
26:32sei lá,
26:32mais de R$ 50.
26:34Vai numa gôndola
26:35do supermercado
26:36que vocês vão entender.
26:37É quase que inadmissível
26:39a gente ter agora
26:40essas pessoas
26:41no controle da nossa economia
26:42e eles não conversarem
26:44entre eles.
26:46É sobre isso,
26:47é sobre essa queda de braço
26:48que existe dentro do governo.
26:50Se lá as coisas estão ruins,
26:52imagina como é que está para nós.
26:53Bom,
26:54já que você fez
26:55uma abordagem mais genérica,
26:56eu queria ouvir
26:57o Emerson Taill
26:58com o comentário
27:00do nosso Felipe Monteiro.
27:02Olha esse trecho aqui,
27:03uma matéria recente
27:04de março desse ano
27:05do Caderno de Economia
27:07da Veja,
27:08autoria da Juliana Elias
27:10e da Luana Zanóbia.
27:12Existem sinais
27:13de que o cenário
27:14de crescimento do PIB
27:16do ano passado
27:17foi anabolizado,
27:19anabolizante,
27:21com recursos
27:21para estimular o consumo.
27:22E isso não deve se repetir
27:23esse ano.
27:24Os preços altos
27:26da comida no supermercado,
27:28dos pratos
27:29e do cafezinho
27:30no restaurante,
27:31mensalidades de escola,
27:33do aluguel,
27:34do carro novo,
27:35dos insumos
27:35para a indústria,
27:36das viagens internacionais
27:38são sintomas
27:38da mesma doença.
27:40E grande parte dela
27:41é provocada
27:42pelo plano
27:42do atual governo federal
27:44de estimular a economia
27:46à base do consumo,
27:47o que já deu muito errado
27:48no passado.
27:49A falta de capacidade
27:51para manter a oferta
27:52dos produtos
27:52e dos serviços
27:53gera inflação,
27:54anabolizada
27:55sobre uma base
27:56incapaz
27:57de sustentar
27:58um crescimento saudável,
27:59a falsa prosperidade
28:01não se sustenta
28:02nesse patamar
28:02por muito tempo.
28:04Assim,
28:05a festa do anúncio
28:06de um produto interno bruto
28:07mais robusto
28:08se segue
28:09a uma forte ressaca
28:10de uma retração.
28:12Nós estamos vendo
28:13agora
28:14a ressaca
28:15de uma festa
28:16que foi feita,
28:17ou seja,
28:17o governo gastou
28:18o dinheiro todo
28:20do jantar
28:20no almoço
28:22ou gastou
28:23o almoço
28:23e o jantar
28:23no café
28:24da manhã
28:24e agora
28:25vamos ter que pagar
28:26o preço
28:26dessa gastança
28:27desenfreada
28:28de dinheiro público.
28:29Olha,
28:29eu acho que
28:30estamos vivendo
28:30bodas de canaia,
28:31em que o vinho bom
28:32está sendo usado
28:33no final
28:34e ainda há mais
28:35por vir.
28:36É muito preocupante,
28:37como você disse,
28:37o preço dos alimentos
28:38vem crescendo também
28:39de uma forma
28:40assustadora.
28:41O brasileiro
28:43médio
28:45e o pobre
28:46sabe o quanto
28:47isso tem custado.
28:48Hoje,
28:49podemos dizer
28:49que é uma ostentação
28:50você comprar
28:51quatro frascos
28:52de meio litro
28:53de azeite
28:53custando
28:54R$ 40,
28:54R$ 45 cada um.
28:56Isso é ostentação,
28:57já vi isso
28:57na rede social
28:58alguns locais.
28:59Só uma coisa,
29:00quando você falou
29:00na bolizante,
29:01acho que o tema
29:01talvez fosse mais
29:02para o Rodolfo.
29:03Rodolfo não precisa
29:04dessas coisas.
29:05Não, mas ele domina
29:06a matéria.
29:07Falou na bolizante,
29:08eu dou uma olhada
29:09para o Capês aqui.
29:09Voltamos aqui.
29:11É preocupante,
29:12você vê que
29:13todo aquele castelo
29:16que foi construído,
29:17do amor,
29:17está ruindo.
29:19E o grande problema
29:19é que nós não sabemos,
29:20quer dizer,
29:20sabemos qual será
29:21o final disso.
29:22Será,
29:23nós já estamos
29:24na desgraça
29:25e não conseguimos
29:26trazer qualquer luz
29:28no fim do túnel
29:28para poder respirar.
29:31Olha,
29:31o otimismo faz parte,
29:32talvez seja uma coisa
29:33muito mais espiritual
29:33do que verdadeira.
29:35Qual o otimismo
29:35que nós temos hoje?
29:36Um governo que não tem
29:37sequer uma comunicação
29:38com o maior órgão
29:39financeiro dentro do país,
29:40que não consegue conversar,
29:42faz a toque de caixa.
29:44E, como disse a Bia,
29:45até quando é permitido
29:47um governo errar?
29:48Faz normal,
29:48é normal.
29:49Faz parte do ser humano errar.
29:51E é,
29:51às vezes,
29:52errando que
29:52a gente consegue evoluir.
29:54Mas,
29:55dia após dia,
29:56o governo
29:56vem mostrando sinais
29:58de que
29:59estamos
30:00numa falência
30:01governamental,
30:03perdemos as rédeas
30:04em que a mesa
30:06de negócios
30:07está cada vez
30:08mais alta.
30:08As apostas
30:09estão ficando
30:09mais altas.
30:10E aqui,
30:11só para fazer
30:12um resumo
30:13para o Rodolfo,
30:14que ele pergunta
30:14a pauta da saúde,
30:15podemos dizer o seguinte,
30:16Rodolfo,
30:17nós estamos bem
30:18na UTI,
30:19mas respirando
30:19por aparelhos.
30:20É isso aí,
30:21meu amigo,
30:21não tem outra
30:22sinalização.
30:23Com relação
30:23à pauta da saúde,
30:24vamos deixar
30:25para 2027,
30:26porque não vai ter
30:26dinheiro para a saúde,
30:27já está anunciado.
30:28Agora,
30:28meu querido
30:29Felipe Monteiro,
30:31você é um amante,
30:33um amante
30:34apaixonado
30:35do déficit fiscal.
30:37Você costuma dizer,
30:38Capês,
30:39nenhum país
30:39consegue crescer
30:41sem déficit fiscal.
30:42Mas o déficit fiscal
30:43não deve ser tolerado
30:45para gerar investimento
30:46ou ele tem que ser tolerado
30:48para ser torrado
30:49em bens de consumo?
30:51Faz uma análise
30:51que você aqui na mesa
30:52é o que mais entende
30:53da economia.
30:55Ô Capês,
30:55o que eu acho interessante,
30:56e eu volto a repetir
30:57que eu falo sempre,
30:58inclusive,
30:59relembrando o que você
31:00colocou aí,
31:02é como os economistas
31:03do Brasil,
31:04como as pessoas
31:04que lidam com a economia
31:05só focam
31:06no lado da demanda.
31:08Nunca olham
31:09para o lado da oferta.
31:10Então,
31:10quando você fala
31:11que grande parte
31:12do crescimento econômico
31:13foi anabolizado
31:14porque o governo
31:15investiu
31:16que as pessoas
31:17consumissem mais
31:19e por isso
31:20houve um aumento
31:21no PIB do Brasil,
31:23eu fico um pouco
31:23preocupado.
31:24Por quê?
31:25Porque não é por aí
31:26que você resolve
31:27uma economia do Brasil.
31:27você tem que olhar
31:28para dar oferta.
31:30Qual que é a lógica
31:30que o Banco Central
31:31empreende a aumentar
31:32a taxa de juros?
31:33Pô,
31:33se aumentar a taxa de juros
31:34o que vai acontecer?
31:34As pessoas vão consumir menos,
31:36vão obter menos empréstimo
31:37para comprar menos bens,
31:40as empresas vão investir,
31:41vão contrair menos empréstimo
31:42para expandir
31:44a sua fábrica
31:45e com isso
31:46a inflação diminui.
31:48Essa é uma ideia
31:49completamente atrasada
31:51e equivocada.
31:52Você tem que olhar
31:53para dar oferta.
31:53se eu aumentar
31:54a quantidade de oferta,
31:55aumentar a quantidade
31:56de empresas,
31:56aumentar a quantidade
31:57de terras produtivas
31:59no Brasil,
32:01eu consigo fazer
32:01com que a inflação
32:03diminua
32:03porque vão ter
32:04mais produtos
32:05no Brasil.
32:06E dá para fazer isso.
32:07Até porque,
32:08quando você pega,
32:09por exemplo,
32:09áreas degradadas
32:10no Brasil,
32:11chega a 60%
32:13área no Brasil
32:14com algum grau
32:15de degradação.
32:17Então,
32:17se você recuperar
32:18as pastas degradadas,
32:19por exemplo,
32:19você aumenta a oferta.
32:21Aumentando a oferta,
32:22os preços dos alimentos
32:23vão diminuir naturalmente.
32:24Isso é lógico,
32:25isso é óbvio.
32:26Por que o governo
32:26não faz isso?
32:27Por que o governo
32:28não olha para a oferta?
32:29E por que os economistas
32:30de direita,
32:31Paulo Guedes
32:32e as pessoas
32:33que comentam
32:34a economia aqui
32:34da Jovem Pan,
32:35inclusive o segredo
32:36que está aqui do lado
32:37que acabou de entrar aqui,
32:38acham sempre
32:39que o problema
32:39está lá da demanda?
32:41Isso é errado.
32:42Isso é equivocado,
32:43de certa forma.
32:44Dá para você aquecer
32:45a economia lá da demanda,
32:46investir na oferta
32:47de modo a equilibrar
32:49e reduzir a inflação.
32:52Então essa ideia sua
32:53é completamente atrasada
32:54e ultrapassada.
32:55Pepe,
32:56eu chamo a razão.
32:57Esse mundo
32:58que você está falando
32:59não existe
32:59porque o governo
33:01não consegue produzir,
33:02a economia
33:03não consegue produzir
33:04oferta suficiente
33:06para atender
33:07a demanda.
33:09Para isso,
33:09o governo
33:10tem que gastar dinheiro
33:11primeiro incentivando
33:12a produção.
33:13É um governo
33:13que arrecada
33:14tributo no grau máximo,
33:16as empresas
33:17estão sufocadas
33:18entrando em recuperação fiscal,
33:19o governo continua
33:20gastando,
33:20gastando,
33:21gastando.
33:21Como é que ele quer
33:22que a economia
33:23produza oferta suficiente?
33:25Isso vai gerar escassez,
33:26a escassez gera inflação
33:28e a inflação gera
33:28alta de juros.
33:30Esse é o beabado da economia.
33:31Já me arrependi
33:32de ter te elogiado.
33:33Já me arrependi.
33:34Agora eu quero ver
33:34o Emerson.
33:35Você está errado de novo.
33:36Você está errado de novo.
33:37Eu não sou de escassez.
33:38Eu não sou errado,
33:39eu estou retratando
33:40a realidade.
33:41A realidade é o seguinte,
33:42se o governo investir
33:43no lado da oferta,
33:44vai ter mais produto
33:45no mercado.
33:46E dá para investir
33:47em recuperar
33:48áreas degradadas
33:48no Brasil.
33:49A oferta!
33:51Mais de 50%
33:52de áreas do Brasil
33:53que é um motor,
33:55o negócio é um motor
33:56da economia do Brasil.
33:56Desculpa.
33:57Mais de 50%
33:58tem algum grau
33:58de degradação.
33:59A oferta!
34:00Política para você
34:01recuperar áreas degradadas
34:02vai aumentar a oferta.
34:03Aumentando a oferta
34:04eu não acredito
34:05que você venha aqui
34:06sustentar esse pensamento
34:08soviético
34:09de que a oferta
34:10de produtos...
34:11Você está errado.
34:12Deixa eu falar agora.
34:13Você falou,
34:14eu te ouvi.
34:15Você tem que falar,
34:15você é um representador,
34:16você é um debatedor.
34:17Não, mas eu estou levantando
34:18a questão
34:20para o Emerson Tawil.
34:23Você está dizendo assim,
34:24quem tem que proporcionar
34:25oferta
34:26é a sociedade,
34:27é o canal de economia,
34:30o canal de produção,
34:31que são as empresas,
34:32não é o governo.
34:33A União Soviética
34:34pensou em ofertar
34:36produtos
34:36através de uma centralização
34:38da economia
34:38e quebrou.
34:39Emerson Tawil.
34:40Você é o debatedor,
34:41Emerson.
34:41Debate com ele, vai.
34:42Vai você, Emerson.
34:43O PP parece o responsável
34:45pelo marketing do black fraud,
34:46tudo pela metade
34:47e o dobro do preço.
34:48É essa parte
34:49que ele...
34:49Deve ser isso.
34:50Porque não tem como,
34:51o PP.
34:52Como não tem como?
34:52Cara, Marina Silva foi...
34:54Agora, o PP,
34:55agora deixa os outros falarem.
34:56Não estão conseguindo
34:56colocar frio nas coisas,
34:57não tem rede,
34:58não tem nada.
34:59O avanço do desmatamento
35:01está enorme.
35:01Só em janeiro
35:02teve um crescimento de 65%.
35:03Quer dizer,
35:04um governo que não consegue
35:04segurar as redes dos próprios cavalos
35:06vai ficar cuidando
35:06do estábulo dos outros.
35:08Então, pô,
35:08vai ser um novo marqueteiro
35:09do black fraud.
35:10Black fraud do governo.
35:10Não tem nada a ver
35:11uma coisa com a outra.
35:12Não tem nada disso.
35:13Ou você não entendeu
35:13o que eu falei,
35:14ou você está querendo
35:14fazer um factoid
35:15do nada.
35:16Você está preocupado
35:16criticando o nosso apresentador.
35:17O que eu estou falando
35:19é o seguinte,
35:19não dá para olhar
35:21só para o lado da demanda,
35:22tem a palavra da oferta também.
35:23E é possível você aumentar
35:24a oferta de produtos
35:25no mercado.
35:25Como é que você tem oferta
35:26se o povo não tem poder de compra?
35:27Então, você enriquece o povo também.
35:29Como é que eu vou enriquecer o povo?
35:30Cara, os únicos estão enriquecendo
35:31e a gente sabe quem são.
35:32Sabe como?
35:33Tem emprego de qualidade.
35:34Tem uma política industrial
35:35que faz com que o povo
35:36tenha emprego melhores.
35:38Tem o ensino técnico
35:39junto com a reindustrialização
35:40do Brasil
35:41de modo que o cara
35:42tenha um salário muito melhor,
35:44engrandece,
35:45engrandeça,
35:46enriqueça.
35:47É assim que tem que ser
35:48com uma nação.
35:48O problema é que você
35:50é a favor que as pessoas
35:51do Brasil
35:51fiquem no sinal
35:52vendendo bala
35:53e vendendo banana.
35:55Tudo bem, gente.
35:55Você não olha pro todo.
35:56Tá bom.
35:56O que eu quero é emancipar
35:57o povo do Brasil.
35:58Tudo bem.
35:59Você quer emancipar
35:59o povo do Brasil.
36:01Ana Beatriz Hirsch.
36:02Vamos ouvir a Ana Beatriz
36:03que a Ana não falou ainda.
36:04E outra.
36:04Ana Beatriz...
36:05Ana Beatriz...
36:05Ana Beatriz Hirsch.
36:08Eu quero ouvir agora você.
36:09Depende da fonte
36:09que você tá lendo.
36:10Me parece...
36:11Existem duas colocações
36:13que estão sendo colocadas aqui.
36:14Eu, na verdade,
36:15não quis debater.
36:16Eu quis suscitar
36:17esse ponto polêmico
36:19para o debate.
36:20E eu quero ouvir você.
36:21Quem tem que produzir
36:23ofertas suficientes
36:25para atender à demanda
36:27é o governo
36:28ou são os agentes econômicos?
36:31São as empresas,
36:32aquele que tá encarregado
36:33da produção,
36:34aquele que coloca comida
36:35no supermercado,
36:37que oferece serviços,
36:38que põe veículos,
36:39bens de consumo
36:39para serem adquiridos.
36:41Quem faz isso?
36:41É o governo
36:42ou é a sociedade como um todo?
36:44E aí vem...
36:45Como é que a sociedade
36:46vai atender à demanda
36:48sufocada por impostos
36:49de um governo
36:50que quer ser assistencialista,
36:53mas não faz a lição de casa
36:55e não estimula a produção?
36:56É isso que nós estamos falando.
36:57Essa é a discussão.
36:58É o governo
36:59quem coloca bens
37:00na prateleira
37:01para o povo
37:01ou são as empresas,
37:03os produtores,
37:04os agentes econômicos
37:04que o fazem
37:05desde que o governo
37:06não atrapalhe
37:07com tanto imposto?
37:08Essa é a discussão.
37:09Por isso que eu quis
37:09levantar a polêmica.
37:10Capês, veja bem,
37:11num mundo ideal,
37:13pelo menos no meu mundo ideal,
37:14a gente teria
37:15o mínimo possível
37:16de intervenção
37:17do Estado na economia
37:18e deixaria
37:19que as forças econômicas
37:20se equilibrassem
37:21de maneira
37:22distinta.
37:25Só que nós,
37:26no Brasil de hoje,
37:28temos uma estrutura
37:29de produção
37:30que é muito dependente
37:31do Estado.
37:32E aí,
37:32não é o problema,
37:33não é o governo Lula.
37:34Nós já estamos assim
37:36há anos, décadas.
37:37Por quê?
37:38Porque a gente vive
37:38à base de subsídio,
37:40de incentivo
37:41e como a gente tem
37:43um sistema
37:43de tributação
37:44muito elevado,
37:46sem isso,
37:47hoje,
37:48a nossa produção,
37:49que nem é tão grande assim,
37:50não conseguiria se sustentar.
37:52Então,
37:52se a gente começasse
37:53do zero,
37:54o ideal era realmente
37:55que o governo
37:56nem encostasse
37:56nesse assunto
37:57e deixasse
37:58que os entes particulares
37:59fossem aí
38:00organizados entre si
38:02da melhor forma.
38:03Aquela coisa
38:03da mão invisível
38:04do mercado.
38:05Mas como a gente
38:06já tem
38:07uma série
38:08de elementos
38:09que dependem
38:10do governo
38:10dentro do nosso
38:11processo produtivo,
38:13não tem como
38:13a gente simplesmente
38:14falar,
38:15governo tira a mão
38:16de tudo agora
38:16e deixa,
38:18sabe aquele meme
38:19da Ana Maria Braga
38:20com o foguinho
38:20todo atrás?
38:21É mais ou menos isso.
38:22Não dá para acontecer.
38:23Mas o que teria
38:24que acontecer,
38:26e aí a gente
38:27entra naquela
38:28velha questão
38:29de que os governos
38:29não estão muito
38:30preocupados com o futuro
38:31e sim apenas
38:32com a próxima reeleição,
38:34num plano
38:35de médio
38:36e longo prazo.
38:38Para quê?
38:38Para conseguir fazer,
38:40e aí eu concordo
38:40com o PP,
38:41fazer com que
38:42o sistema produtivo
38:44caminhe com as próprias
38:45pernas.
38:46Mas não é aumentando
38:47o imposto de um dia
38:48para o outro
38:48ou tirando o incentivo
38:49de um dia para o outro.
38:50Por quê?
38:51Porque o nosso sistema
38:52hoje não permite.
38:53Isso só vai fazer
38:54com que as empresas
38:55fechem e não é isso
38:56que a gente quer.
38:57A gente precisa
38:58pouco a pouco
38:59trazer segurança
39:01jurídica,
39:02trazer planejamento
39:04para tirar
39:04toda essa
39:05interferência estatal
39:07na produção econômica
39:08e aí então
39:09deixar que os entes
39:10privados
39:11caminhem sozinhos.
39:12Meu querido
39:13Rodolfo Maris,
39:15esse é o cerne
39:16da discussão.
39:18Stalin,
39:18logo que chegou
39:19ao poder
39:20na União Soviética,
39:21ele propôs
39:22a coletivização
39:24da produção agrícola.
39:26Ele passou
39:27a tratar
39:27os proprietários
39:28privados
39:29do agronegócio
39:30como kulaks,
39:32que era uma expressão
39:33perjorativa soviética.
39:35Os Estados Unidos.
39:36Política Trump.
39:37Não adianta.
39:38Pessoa que não sabe
39:38debater assim.
39:40Eu gostaria
39:40de terminar
39:41de falar.
39:43Por favor.
39:43Agora eu gostaria
39:44de ser respeitado.
39:46Então,
39:46ali essa coletivização
39:48levou
39:49o Holodomor.
39:50O Holodomor
39:51foi quando
39:52a coletivização
39:53da produção agrícola
39:55quebrou
39:55a economia soviética,
39:57o povo passou
39:58fome
39:58e em 1932
39:59e 1933
40:005 milhões
40:01de pessoas
40:01morreram na Ucrânia
40:02quando foram ali
40:03pegar o alimento
40:04do seu armário,
40:07da sua cozinha
40:07para levar até Moscou.
40:09As pessoas comiam
40:10um cachorro
40:10para você ter uma ideia.
40:12Muito bem.
40:13Isto é produção
40:14feita pelo Estado.
40:16No capitalismo,
40:17os modelos
40:17que vencem
40:18são aqueles
40:18que proporcionam
40:19que a sociedade civil
40:21produz a economia,
40:22gere produtos.
40:23É isso que nós estamos falando.
40:24E como é que vai fazer isso
40:25quando você
40:26aperta
40:27com déficit fiscal
40:28e com alta de juros
40:30do jeito que se encontra?
40:31A culpa é da sociedade
40:32ou é do governo?
40:33Isso que eu queria te ouvir.
40:34A culpa não é da sociedade.
40:36Muito pelo contrário, Capês.
40:37Cabe à sociedade
40:38entender isso
40:39e ter um raciocínio lógico
40:42de que algo tem que mudar.
40:43O Felipe Monteiro
40:44colocou aqui
40:45empregos de qualidade.
40:47Nós temos uma taxa
40:48de desemprego
40:48em alta aqui,
40:49mas o que nós não temos
40:50é mão de obra
40:51o suficiente
40:51para ocupar essas vagas.

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