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No Direto ao Ponto, os senadores s senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Marcos Rogério (PL-RO) discutem a tensão entre o Congresso e o governo federal diante de propostas como o aumento do IOF e promessas de isenção do imposto de renda. Eles avaliam os impactos fiscais e os riscos de desgaste político com o Legislativo.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/gFEfz2R02DE

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Transcrição
00:00Meus amigos, a gente está aqui com um pouco mais de meia hora pela frente ainda no nosso direto ao ponto.
00:05A gente não pode deixar de aproveitar a presença dos senadores para tratar de outros assuntos importantes também do debate público, da política brasileira.
00:12A gente tem para essa semana, senadores, a audiência marcada pelo ministro Alexandre de Moraes em relação ao IOF.
00:18Aquela briga toda em relação a decretos do governo, do Poder Executivo e ao decreto legislativo aprovado no Congresso Nacional.
00:25Portanto, uma matéria de interesse do parlamento e dos parlamentares, eu quero entender dos senhores como os senhores têm avaliado essa questão do IOF.
00:33Tem uma usurpação de poder entre os poderes? Quem é que está passando na frente de quem?
00:38O que os senhores esperam da solução final agora dessa questão que está judicializada?
00:43Vamos começar com o senador Marcos Rogério.
00:45Eu acho que aqui há uma situação, parafraseando até uma cena do presidente Lula dessa semana, essa é uma jaboticaba brasileira.
00:59Você tem o governo federal editando um decreto para aumentar a alíquota do IOF, você tem o parlamento votando um projeto de decreto legislativo
01:08para assustar os efeitos desse decreto contra o aumento de impostos no Brasil, contra o aumento do IOF.
01:14E aí, o tema é judicializado e o ministro Alexandre de Moraes, ele toma uma decisão com duplo alcance.
01:22Primeiro, declara inconstitucional o decreto porque ele abordou o tema do IOF como um imposto arrecadatório.
01:30E o IOF é um imposto regulatório.
01:32Então, há uma inconstitucionalidade aqui.
01:34Aí ele vai e diz, mas o parlamento também errou porque não houve exorbitância.
01:41O poder regulamentar do presidente daria a possibilidade dele editar um decreto nesse aspecto.
01:45Então, também é inconstitucional o decreto, o PDL do legislativo.
01:51Então, os dois são declarados inconstitucionais.
01:52Aí vem a jaboticaba brasileira.
01:54Sentem à mesa, por determinação do ministro, as partes, Congresso Nacional e o Executivo, para buscar um entendimento.
02:05Aí, para mim, é algo que extrapola o papel do poder judiciário no controle de constitucionalidade.
02:11Isso, para mim, é algo que fugiu totalmente à regra.
02:14Eu acho que essa questão, a escolha, se vai aumentar a alíquota ou deixar de aumentar a alíquota, aumentar imposto ou deixar de aumentar imposto,
02:20é uma escolha política do governo.
02:23E aí, quando o assunto diz respeito ao Congresso Nacional, a possibilidade do Congresso dizer sim ou não a essa pauta.
02:29Eu acho que o Congresso está mais do que claro que é totalmente contrário ao aumento de impostos no Brasil.
02:35E o senhor senador Nelsinho Trádio, o que espera desta audiência de conciliação?
02:41Vai sair um acordo?
02:42O que é possível esperar em termos de acordo em uma, como disse o senador Marcos Rogério,
02:46um controle concentrado ali de constitucionalidade, algo que deveria ser julgado constitucional ou inconstitucional?
02:52Qual é o acordo possível aí entre os poderes legislativo e executivo?
02:58Olha, muitas das vezes, na política, você tem que observar os sinais.
03:02Qual foi o sinal que o Congresso deu em relação a aumento de imposto, aumento de IOF?
03:11Foi um não.
03:13Ninguém quer votar aumento de imposto.
03:16Já chega de aumentar a carga tributária no Brasil.
03:19Ninguém aguenta mais pagar tanto imposto.
03:22O tempo para poder ter discutido isso já passou.
03:26Está faltando um ano para esse governo acabar.
03:28A troco do que vão querer agora, sem o dever de casa sendo feito, enxugando a máquina pública,
03:36cortando a metade desses ministérios que criou, querer aumentar imposto para poder fazer frente a essas situações?
03:43O Congresso já deu o recado claramente.
03:47As duas casas disseram não.
03:50Nós não queremos aumentar imposto.
03:52Essa é a prerrogativa nossa, do nosso parlamento.
03:56Se a gente deu esse recado, isso tem que ser respeitado.
04:00Perfeito, agora, segunda rodada, Mano Ferreira.
04:03Falando de imposto, a gente está dizendo que não quer aumentar imposto,
04:07mas essa semana deve andar um projeto que visa isentar imposto.
04:13Estou me referindo ao projeto do imposto de renda.
04:15Inclusive, o relator, deputado Arthur Lira, propôs aumentar a faixa de isenção em relação à proposta do governo,
04:22que era de 5 mil reais, propôs para 7 mil e tanto.
04:25Quase num leilão de bondade.
04:27Num contexto que a conta não fecha.
04:30A gente, qual clima para um projeto como esse andar?
04:35Dado que a dívida pública está estourando numa trajetória completamente insustentável.
04:40Há muita vontade em fazer bondade e pouca responsabilidade em fazer a conta fechar?
04:46Olá, primeiro, senhor Nelsinho.
04:49Veja bem, toda questão tributária, você precisa prever de onde vai sair aquilo que você vai deixar de arrecadar.
05:00Isso é o princípio da lei de responsabilidade fiscal, idealizada lá há 25 anos atrás.
05:08A partir do momento que isso não estiver devidamente explícito e claro,
05:14você pode ter certeza que o Congresso vai ter a responsabilidade suficiente
05:18para poder avaliar essa questão com muita serenidade.
05:22Não vejo, não vi ainda o relatório final do deputado Arthur Lira,
05:31vou me debruçar sobre isso,
05:32mas você pode ter certeza, pelo que eu conheço dos meus pares,
05:35ninguém vai sair votando nenhuma coisa em relação a essa chapéu de bondade que está se passando
05:46para poder arrebentar mais as contas públicas.
05:50A gente tem lá o papel de divergir, de pensar diferente do governo,
05:55de fazer oposição, mas com responsabilidade.
05:59Também a opinião do senador Sérgio, Sérgio, perdoe, senador Marcos Rogério.
06:05Marcos Rogério.
06:07Como é, acho, esse tema, o tema do imposto de renda,
06:10a revisão da tabela do imposto de renda,
06:13foi uma proposta que começou lá atrás ainda no governo do presidente Bolsonaro.
06:18Não é uma novidade do governo do presidente Lula.
06:20Lula, na verdade, ele apresenta tardiamente
06:23a correção da tabela do imposto de renda
06:26por uma questão de popularidade.
06:28O governo está derretendo, a imagem do governo está derretendo,
06:31só que o problema desse governo
06:32é que ele, às vezes, ele apresenta
06:36uma proposta
06:37e aí ele tenta passar para o Congresso
06:40a pecha de que, olha, o governo é bonzinho
06:42e o Congresso que é malvado.
06:44E nesse momento, eu vou dizer
06:45qual é a minha posição claramente em relação a esse tema.
06:48Eu vou votar a favor
06:49da revisão da tabela do imposto de renda.
06:51Esse é um tema que o Brasil deve há muito tempo.
06:54Essa não é uma questão de direito de esquerda,
06:56é uma questão de necessidade
06:59de se fazer a revisão da tabela do imposto de renda
07:00há muito tempo.
07:01É um pacto do Brasil
07:03que vem sendo descumprido historicamente.
07:07A questão aqui é
07:08qual vai ser o endereço dado
07:10para esse rombo
07:12que vai ser criado
07:14com essa revisão da tabela do imposto de renda.
07:17E aí cabe ao governo
07:18dizer aonde é que ele vai cortar.
07:20Porque o governo não pode o tempo todo
07:22ficar querendo fazer
07:24praticar o populismo
07:27e ao mesmo tempo pagar a conta sempre
07:30para uma parcela da sociedade pagar.
07:33Não dá para ficar com essa cultura
07:34de só aumento de imposto.
07:36Não é à toa que nós temos
07:37um ministro da Fazenda no Brasil
07:39que ele é conhecido
07:41pela nova...
07:44É o taxade.
07:45Então, assim, qualquer coisa
07:47uma taxa nova.
07:49Qualquer coisa
07:49aumento de alíquota.
07:51Isso não dá.
07:52O parlamento já disse claramente
07:54que não é a favor
07:55de aumento
07:56de impostos.
07:59E, sobretudo, nesse momento
08:00veja a contradição.
08:03Nós estamos discutindo aqui
08:04a taxação do governo americano
08:07ao Brasil
08:07que vai diminuir
08:10a nossa competitividade
08:11e, ao mesmo tempo,
08:13o governo
08:13querendo lançar
08:14mais peso de impostos
08:16para uma parcela da sociedade.
08:17Eu, particularmente,
08:18voto a favor da revisão
08:19da tabela do imposto de renda.
08:21Repito,
08:21esse debate começou ainda
08:22no governo
08:23do presidente Bolsonaro.
08:24Cabe ao governo
08:25dizer de onde vai ser cortado.
08:27Só lembrando que
08:29a proposta agora
08:30nova do deputado Arthur Lira,
08:32ex-presidente da Câmara,
08:33que é relator do projeto,
08:35ele aumenta a faixa
08:37de redução parcial.
08:39A isenção continua sendo
08:40até R$ 100,00
08:40e a redução parcial,
08:42que era de R$ 5,00 a R$ 7,00,
08:43passa a ser de R$ 5,00
08:44a R$ 7,350,00.
08:47Essa é a bondade
08:48do pacote
08:49que trouxe aqui
08:49o Mano Ferreira.
08:51Vamos lá agora
08:51a pergunta do Jason Vieira.
08:53Bom, uma pergunta relevante
08:54agora em relação a 2026.
08:56O governo estava
08:57até muito pouco tempo,
08:59muito baixo nas pesquisas,
09:01sofreu a questão
09:02da emenda PIX,
09:03sofreu na questão
09:04do IOF,
09:05está sofrendo
09:06com a inflação,
09:08sofreu com a questão
09:08das taxações,
09:10mas ele começou
09:10a ver no curto prazo
09:11tanto a questão
09:12da mudança
09:13da tabela do imposto de renda
09:14como a tábua de salvação,
09:16daí a insistência
09:17nessa taxa
09:18para cumprir um lado
09:19do que eles não querem
09:20cortar os gastos
09:21e por outro lado
09:22eles podem observar
09:24essa questão também
09:25da tarifação
09:26dos Estados Unidos
09:26como uma tábua
09:27de salvação
09:28no sentido de buscar
09:29uma popularidade perdida.
09:31Esse não seria
09:31um expediente
09:32muito perigoso
09:33nesse momento
09:33para o país
09:34o governo ficar
09:35pensando em 2026,
09:36que aliás ele não
09:37para de pensar
09:38em 2026,
09:39nesse momento crucial,
09:40especialmente com
09:41todas essas questões
09:42que estão em aberto,
09:43a gente podendo ir
09:44para um lado
09:44muito ruim?
09:45pode comentar
09:49senador Marcos Rogério.
09:50Bom, eu concordo
09:54que é um tema
09:55escorregadio
09:57e muito perigoso,
09:58nós já temos hoje
10:00um rombo enorme
10:03nas contas públicas
10:04em razão
10:05das políticas
10:06equivocadas,
10:07erráticas
10:07do governo
10:08e isso
10:09pelo desenho
10:10que está posto
10:11a tendência
10:12é que a gente
10:13tenha aí
10:14um impacto ainda maior.
10:15E aí você pressiona
10:16a taxa de juros
10:18porque o presidente Lula
10:20até pouco tempo atrás
10:20culpava
10:21o aumento da Selic
10:23sempre,
10:23a culpa é do Campos Neto
10:24que era
10:25uma indicação
10:26do presidente Bolsonaro.
10:27Campos Neto saiu,
10:29a Selic
10:29estava na casa
10:30dos 13%.
10:31O Galípolo
10:32foi indicação
10:33do presidente Lula.
10:34A Selic
10:34já está em 15%.
10:36E pelo caminho
10:37que o governo
10:38tem adotado hoje
10:39essa taxa de juros
10:41vai continuar subindo
10:42e a inflação
10:43vai continuar
10:45fora de controle.
10:46Então é um cenário
10:47muito ruim.
10:48Quanto mais você tem
10:49o desajuste
10:50das contas públicas
10:51mais você compromete
10:53o poder de compra
10:54dos brasileiros.
10:55Esse é um caminho
10:56equivocado.
10:57Agora, por outro lado,
10:58isso obviamente
10:59vai criando
11:01uma diferença
11:02entre
11:03o grupo político
11:06que é representado
11:07pelo presidente Lula
11:08e daquele nome
11:09que vai vir
11:10representando
11:10o pensamento
11:11da direita.
11:11Então eu acho
11:13que essa postura
11:15mais radical
11:16do governo
11:17do presidente Lula
11:18ela pavimenta
11:19um caminho
11:20cada vez mais seguro
11:21para a volta
11:22da direita
11:22ao poder.
11:23Eu acho que
11:23cada dia que passa
11:24o maior aliado
11:26do nome
11:28de direita
11:28é justamente
11:29a política equivocada
11:30do governo Lula.
11:32Senador
11:32Nelsinho Trad.
11:35Eu entendo
11:36que realmente
11:37é equivocado
11:38inoportuno
11:41no momento
11:42em que nós
11:42estamos
11:43vivendo
11:44faltando
11:45menos de dois anos
11:48para terminar
11:48esse governo
11:49vim com medidas
11:51em que venha
11:52a arrebentar
11:53mais ainda
11:54o já arrebentado
11:55cofre público.
11:56não adianta
11:58você
11:59querer fazer
12:00aumento
12:02de arrecadação
12:03se você
12:04não dá o exemplo
12:05dentro da sua
12:06própria casa
12:07enxugando
12:08despesa
12:09cortando
12:10gastos
12:11fazendo
12:12aquilo que
12:13qualquer governo
12:15que queira
12:16acertar
12:17deveria ter feito
12:18
12:19no momento
12:19mais apropriado.
12:20assim que
12:22sai
12:23de um processo
12:24eleitoral
12:24com a força
12:26do resultado
12:27das urnas
12:28é o momento
12:29de se implantar
12:30as medidas
12:31tributárias
12:32mas agora
12:34faltando
12:35menos de dois anos
12:36para terminar
12:36um governo
12:37como se fosse
12:38a tábua
12:39da salvação
12:40para poder viabilizar
12:41as contas
12:42que não estão
12:42mais fechando
12:43e jogar
12:44a responsabilidade
12:46para cima
12:46do congresso
12:47para ver se aprova
12:49questão de aumento
12:50de imposto
12:51meu amigo
12:52pode ter certeza
12:53lá não vai passar
12:54pelo menos
12:55aquilo que a gente
12:56escuta entre os colegas
12:58nenhuma matéria
12:59que venha
13:00a impactar
13:01o bolso
13:02do cidadão brasileiro
13:04que já
13:04volta a dizer
13:05não aguenta mais
13:07pagar tanto imposto
13:08para poder empreender
13:10para poder gerar emprego
13:11para poder subsistir

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