- 01/07/2025
Em nova declaração à imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que nunca houve acusação de traição ao Congresso por parte do governo, após a revogação do decreto que elevava o IOF. A fala veio em resposta ao vídeo do presidente da Câmara, Hugo Motta, que negou qualquer rompimento com o Planalto. A bancada do Linha de Frente, com mediação de Fernando Capez e comentários de Rodolfo Mariz, Priscila Silveira, Leandro Ferreira e Thulio Nassa, debate os impactos políticos do episódio e a relação entre Executivo e Legislativo.
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no X:
https://x.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#LinhaDeFrente
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no X:
https://x.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#LinhaDeFrente
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00E retomo fazendo já uma pergunta para o Túlio Nasa.
00:03Professor, o que seria? O que falaria na sequência?
00:07Depois da Priscila Silveira, só que ele apartiu antes,
00:10aí girou toda essa confusão de apartes.
00:12Noruega pra cá, Noruega pra lá.
00:15Pra gente virar Noruega, precisa acabar primeiro com o PCC,
00:17o Comando Vermelho, crime organizado que fatura 200 bilhões de reais aqui.
00:22Tem um Congresso Nacional que não aumenta o número pra 531
00:26contra disposição expressa de lei.
00:28Enfim, vamos aqui à nossa realidade.
00:32Professor Túlio Nasa, a conta financeira não vai fechar.
00:38Ponto.
00:392027 não vai ter dinheiro pra saúde, pra educação.
00:43Desde que criar esse tal de arcabouço fiscal,
00:46no lugar da regra do teto de gastos,
00:48tava na cara que o governo ia sair gastando,
00:51e gastando mais do que 2,5 acima da inflação.
00:54Então, um trilhão de reais de dívida,
00:56estamos pagando aí de juros...
00:59Não, de dívida, 8 trilhões de reais.
01:0280% do PIB.
01:03Agora, nós estamos de juros, estamos pagando 1 trilhão de reais.
01:06Então, esquece.
01:07A conta não vai fechar.
01:08A conta financeira.
01:10Minha pergunta é...
01:11E a conta política?
01:13É dessa que eu quero saber.
01:15Porque...
01:15E vamos fazer um exercício de futurologia
01:18com base em probabilidades.
01:21É mais do que possível,
01:23é provável que o Supremo Tribunal Federal
01:26venha em socorro da ação da AGU
01:29e declare ilegal ou inconstitucional
01:33o decreto legislativo.
01:35Motivo pra isso, o direito se arruma.
01:38Neste caso,
01:40parece que o Congresso pretende retalhar.
01:42Fala-se em Nicolas Ferreira
01:44presidindo a CPI do INSS.
01:47Como é que você vê o futuro?
01:49Você que já trabalhou na administração pública,
01:52é um professor, um publicista experiente.
01:54Como você vê o futuro
01:56desta relação já desgastada
01:58entre o Poder Executivo,
02:01o presidente Lula,
02:02o ministro da Fazenda Fernando Haddad
02:03e o Congresso Nacional?
02:06Olha, Capês,
02:07brilhante pergunta.
02:08Evidentemente que a resposta
02:10demandaria aqui algumas horas,
02:12mas tentando sintetizar,
02:14eu vou citar,
02:15eu gosto muito de citar Otto von Bismarck,
02:17um parlamentar de ferro
02:19que conseguiu dobrar ali
02:21os reinados germânicos
02:22e conseguiu unificar a Alemanha.
02:25Enganou Napoleão III.
02:26Quem tiver curiosidade,
02:27já que é um momento cultura hoje,
02:29vale a pena ver a história
02:30de Otto von Bismarck.
02:31Ele dizia o seguinte, Capês,
02:32a política é a arte do possível.
02:35A política é a arte do possível.
02:37Então, essa relação do governo federal
02:40com o Congresso,
02:42ela não é só movida por honra,
02:46paixão,
02:46como o Leandro Ferreira me contestou.
02:49Não era isso que eu estava querendo dizer
02:50quando eu disse que o governo agiu mal
02:53em colocar o centrão contra os pobres.
02:55Não é isso.
02:56É por causa de pragmatismo mesmo.
02:58É por causa da arte do possível.
03:00A hora que o governo faz esse movimento
03:02no xadrez,
03:03ele fatalmente vai colocar o Congresso
03:05contra ele,
03:06vai colocar o centrão contra ele.
03:07Por que ele vai colocar o centrão contra ele?
03:10Porque faltou um item só
03:11na análise brilhante
03:12que o Leandro Ferreira fez,
03:13que se chama popularidade.
03:16O congressista está pensando
03:18nas eleições de 2026 também.
03:21Além das emendas,
03:22além dessas questões,
03:23ele está pensando na popularidade.
03:25E se nós olharmos
03:26para o cenário de 2026, Capês,
03:28nós vamos perceber o seguinte.
03:29Primeiro,
03:30o Lula,
03:32ele está com a popularidade em baixa.
03:33Então, abre-se um campo
03:35muito grande
03:36para o centro-direita.
03:38Por quê?
03:38Porque o principal candidato
03:40da direita, o Bolsonaro,
03:41está inelegível.
03:42Nessa conjectura,
03:44nesse xadrez,
03:45na arte do possível,
03:46qual que é a aliança
03:47mais vencedora
03:49aos olhos do centrão?
03:50É o centrão se aliar
03:51com a direita.
03:53Evidente.
03:54Porque a maior chance
03:55de vitória eleitoral
03:56nesse momento
03:57é uma aliança
03:59de centro-direita.
04:00A gente sabe
04:01que existe ainda
04:02muito tempo
04:03até as eleições.
04:04Nós não temos bola
04:05de cristal,
04:05mas nós estamos analisando
04:06em cima dos fatos de hoje,
04:08dos fatos concretos.
04:10Então, para 2026,
04:12me parece
04:13que essa aliança
04:14tem um peso político
04:16maior, mais forte.
04:18É por isso, Capês,
04:19que nessa conjectura
04:20o centrão vai ficar
04:22com um pé num barco
04:24e um pé no outro.
04:25Ou seja,
04:25um olho no peixe,
04:26outro no gato.
04:27Ele vai atuar
04:29a favor do governo
04:30naquelas matérias
04:32em que há um interesse dele,
04:34por exemplo,
04:34na questão das emendas.
04:36Ele vai votar
04:36a favor do governo
04:37para receber emendas,
04:38evidentemente,
04:39mas naquelas outras pautas
04:41cuja popularidade
04:43possa pegar
04:45contra o Congresso,
04:46por exemplo,
04:47obviamente,
04:48aumento de imposto,
04:49aumento do imposto
04:50no crediário
04:51da geladeira,
04:53aumento de imposto
04:54no financiamento
04:55do carro,
04:56o Congresso
04:56vai recuar.
04:57Ele não vai aderir
04:59à tese do governo.
05:00Então, Capês,
05:01o cenário que nós
05:02avizinhamos é esse.
05:04E nós temos também
05:05um último retrato,
05:06que foi a eleição
05:07para a Prefeitura de São Paulo.
05:09Veja só,
05:09na eleição da Prefeitura
05:10de São Paulo,
05:11a esquerda fatalmente
05:13vai para o segundo turno.
05:14Por quê?
05:14Porque ela tem lá
05:1520%, 30%
05:16de eleitores fiéis.
05:19Assim como a direita
05:20também tem
05:21a direita bolsonarista
05:2220%, 30%.
05:23Onde que é o fiel
05:24da balança?
05:25É o centro.
05:26É aquele que não é
05:27radical lulista
05:28e não é bolsonarista.
05:30Enfim, Capês,
05:31está colocado o jogo,
05:32como diz na escola de samba,
05:34estamos esquentando
05:35os tamborins.
05:37É como você falou,
05:38o chanceler Otto von Bismarck,
05:40aqui citado por você,
05:42que era um mestre
05:44da Realpolitik,
05:45sabia jogar o jogo,
05:47provocou o Napoleão III
05:49e com isso
05:50ganhou a guerra
05:51franco-prussiana.
05:52Ou seja,
05:53era um grande
05:53estrategista.
05:55Leandro Ferreira,
05:58Fernando Haddad
05:58está sendo
05:59um grande
05:59estrategista?
06:00Não é o forte
06:01dele na política.
06:04Ele certamente
06:05é um estrategista
06:06importante
06:07para o país
06:07na área econômica,
06:09mas talvez
06:10na política
06:11esse governo,
06:12e não apenas
06:13o Fernando Haddad,
06:14estejam devendo.
06:16Eu concordo
06:16que a popularidade
06:18é um elemento central
06:19tanto da manutenção
06:20de governos
06:21quanto da sua
06:22possível reeleição.
06:24Então,
06:24eu acho que o governo
06:25precisa se preocupar
06:25com isso também,
06:27os parlamentares
06:28se preocupam com isso,
06:29mas eu acho também
06:30que tem um papel
06:31de como a política
06:35atualmente,
06:36de como se consegue
06:36popularidade atualmente.
06:38Quem que é popular
06:39nos dias de hoje?
06:40Tem gente
06:42nas redes sociais
06:42que tem
06:44um acesso enorme
06:45a muita gente
06:46que ganha
06:48com popularidade
06:49na política.
06:50Então,
06:51eu acho que
06:52essas pessoas,
06:53por não se tratar
06:53inclusive
06:54de cumprir
06:56regras
06:56de rede social
06:57que são diferentes
06:58das regras
06:59do jornalismo,
07:00acabam
07:00não tendo
07:01o compromisso
07:02total
07:02com a verdade
07:03ou com a apuração
07:04de fatos
07:05ou até
07:05sequer técnica
07:06para isso.
07:07E eu digo isso,
07:08Túlio,
07:09porque quando a gente
07:10fala, por exemplo,
07:11do IOF da geladeira,
07:12não é algo
07:13que se aplica.
07:13O que eu quis dizer
07:14aqui sobre a regulação
07:15do mercado de crédito
07:16por meio do IOF
07:18diz respeito a isso.
07:19O crédito do IOF
07:21para a pessoa física
07:22não mudou.
07:24Não vai mudar.
07:25Ele continua o mesmo.
07:26Você vai pagar o mesmo IOF
07:27que pagava na geladeira
07:29antes,
07:30com o decreto,
07:31continua pagando o mesmo.
07:33O carro,
07:33a mesma coisa,
07:34crediário,
07:34a mesma coisa.
07:35Só muda
07:36para a pessoa jurídica
07:37que pega
07:39acima de 100 mil reais
07:40e para
07:41quem faz
07:43gastos
07:44por meio
07:44daqueles cartões
07:45de débito
07:46em dólar
07:47fora do país.
07:48Esse sim afeta
07:48da pessoa física
07:49que é o cartão
07:50lá que você vai
07:51na casa de câmbio
07:52e o cara te oferece
07:52o cartão
07:53que é mais vantajoso
07:54do que fazer o câmbio.
07:55E esse,
07:56que era uma forma
07:56de fugir
07:57da cobrança de IOF
07:58do gasto
07:59da pessoa física,
08:00esse vai ser alterado
08:01que é o cara
08:02que está depositando
08:03lá 5 mil dólares
08:04num cartão de débito.
08:04De 0,38
08:05para 1,1.
08:06Esse do cartão de débito.
08:08O resto,
08:09as pessoas físicas
08:11já pagavam
08:12a alíquota mais alta.
08:13E o que está sendo feito
08:14agora
08:15é equiparar
08:16a alíquota
08:16de quem pega
08:17mais de 100 mil reais
08:18de crédito
08:21às pessoas físicas
08:22que compram geladeira,
08:23compram carro
08:23e assim por diante.
08:24Então,
08:25eu acho que a gente
08:25tem que ter aqui
08:26um compromisso
08:27com a informação
08:28mais apurada possível
08:30para que a popularidade
08:31não se construa
08:33com base
08:33em informações precárias.
08:36Se a gente tiver
08:36uma boa informação,
08:38aí o cidadão decide
08:39se vale um
08:40ou vale outro.
08:41mas eu entendo
08:42que no momento
08:43a gente precisa
08:44fazer o maior
08:46aprofundamento possível,
08:48apresentar as informações
08:49às claras,
08:51com o papel
08:53na mesa,
08:54inclusive,
08:54para que as pessoas
08:55formem a sua decisão.
08:57Mas eu entendo sim
08:58que o governo
08:59tem um problema político,
08:59vai ter um problema político
09:00em 2026.
09:03Vamos ver
09:04se vem aí
09:05uma campanha
09:05na linha
09:06do que foi
09:07em 2006.
09:07Eu acho que vai ser isso,
09:08viu, Túlio?
09:09Uma linha assim,
09:10deixa o homem trabalhar,
09:11sabe?
09:12Deixa o Lula trabalhar,
09:13o Congresso está atrapalhando,
09:15quem sabe esse seja
09:16um caminho para recuperar.
09:18Sim, mas o F
09:19para aplicações financeiras
09:21no exterior
09:21tinha sido aumentado, sim.
09:23E foi revisto.
09:24Por decreto.
09:25Sim.
09:26Do Lula.
09:26Tinha sido aumentado.
09:28Para investimentos
09:29de fundos no exterior.
09:29Então, e aí você,
09:30com isso, você inibe.
09:31Você investe no exterior?
09:33Você manda um recado.
09:35Posso até querer investir,
09:36sim, com certeza.
09:37Tenho o maior prazer.
09:38A maior parte dos brasileiros
09:39não investem.
09:39Se puder investir,
09:40invisto em bolsa,
09:41reda fixa.
09:43Cada um tem
09:44o passarinho que come pedra,
09:46sabe o estômago que tem.
09:47Agora,
09:48vamos lá
09:49ao meu querido
09:50Rodolfo Maris.
09:52O que você acha
09:52disso que o Leandro Ferreira
09:53falou?
09:54Que está tudo bem,
09:55que o governo
09:56não aumentou não,
09:57não foi muito,
09:58continua do mesmo jeito.
09:59Ué,
09:59se continua do mesmo jeito,
10:01por que o governo
10:01quer derrubar a decisão
10:02do Congresso Nacional?
10:04Se ele não alterou em nada?
10:05Então,
10:06deixa como está.
10:06Ué,
10:08eu entendo o Leandro Ferreira,
10:09o raciocínio dele.
10:11O Leandro Ferreira...
10:12Ele quer saber se eu invisto fora
10:13e não quer saber
10:15porque o governo
10:16quer mudar?
10:17esse Leandro,
10:19ele é terrível.
10:21Olha o menino levado.
10:23Eu acho que só
10:23que ele meia o microfone aqui,
10:24Capê,
10:25se eu posso só arrumar.
10:26Ok.
10:26Ele arruma o microfone dele.
10:28O que você achou
10:28dessa fala
10:30do Leandro Ferreira?
10:33Que não mudou nada.
10:34Não.
10:35Ah, continua.
10:35O Túlio ficou a mesma coisa,
10:37é 1,1%
10:38para quem está comprando
10:39a geladeira.
10:40Não estamos de comprar
10:41a geladeira,
10:42estamos de inibir
10:42os investimentos do exterior
10:43aqui no Brasil.
10:45Ele fica torcendo
10:46então vamos...
10:48Deixa ele explicar.
10:49Eu quero saber,
10:50quanto que era...
10:51Explica para o nosso telespectador,
10:52você economista,
10:54quanto era alíquota
10:55para investimento
10:56no exterior
10:57e quanto ficou.
10:58Quanto era alíquota
10:59para compras
10:59e quanto ficou.
11:00Eu posso fazer
11:00uma pergunta complementar?
11:02Salva ele e faz o seguinte.
11:03É que é o seguinte,
11:04isso mesmo que não vá direto
11:06no financiamento,
11:07a empresa que vai tomar o crédito
11:08não vai repassar
11:09esse custo
11:10para o consumidor?
11:11Ora,
11:12vamos ser sinceros.
11:15Vai.
11:15Não tem nada de graça,
11:17nem injeção na testa
11:18de graça.
11:20Se aumentar o custo
11:21do crédito,
11:22isso vai ser repassado
11:23no produto final,
11:24no consumo.
11:26Desculpa.
11:27Leandro,
11:27dá uma explicada.
11:28Agora,
11:29brincadeiras à parte,
11:30aqui a gente,
11:31todo mundo se conhece,
11:32sai para jantar,
11:33são amigos,
11:34a gente brinca um com o outro.
11:35Temos liberdade para isso,
11:36então o programa
11:36fica muito pesado,
11:37carregado.
11:38Mas, Leandro,
11:39explica um pouquinho
11:40esse negócio aí
11:40das alíquotas,
11:41que o pessoal também
11:42não entendeu direito
11:43esse negócio do IOF.
11:45Acho que vale a pena
11:46se aprofundar nesse assunto,
11:48quem puder
11:48e tiver essa informação,
11:50procurar os diversos
11:51materiais que foram produzidos.
11:52Não vai me dar aula,
11:53dá os tópicos aí.
11:54Pois é,
11:54eu só queria dizer o seguinte,
11:56não,
11:56porque o Capês fez um
11:57seguinte comentário aqui,
11:59inibindo investimentos
12:00do exterior,
12:02não é inibir investimentos,
12:03o que estava na primeira
12:04versão do decreto
12:05era que fundos brasileiros
12:07que investem no exterior.
12:09É fundo que manda
12:10dinheiro para fora,
12:12estava com o IOF aumentado.
12:16E o governo entendeu
12:17que pode valer a pena,
12:18sim,
12:19deixar esses fundos
12:20brasileiros
12:21investirem no exterior,
12:23porque se eles têm ganho
12:24no exterior,
12:24eles trazem de volta...
12:26Então, é isso que eu...
12:26Leandro,
12:27só para eu deixar claro,
12:28como é que ele inibe,
12:30ele inibe o investimento
12:31do exterior aqui,
12:33no Brasil?
12:34Quando você começa
12:35a taxar o investimento
12:36do dinheiro que sai,
12:38você inibe o dinheiro
12:39para entrar,
12:39porque ninguém vai querer
12:40aplicar aqui no Brasil
12:41e depois que for retirar
12:43o dinheiro,
12:44ou reinvestir no exterior,
12:45ou aplicar em fundos,
12:47comprar, sei lá,
12:48títulos da dívida pública
12:49de outros países,
12:50ou aplicar em Bolsa,
12:51ele tem que pagar o imposto
12:53de operações financeiras.
12:53Então, você inibe
12:54o fluxo de investimentos.
12:56Foi isso que eu quis dizer.
12:57A palavra é sua,
12:58porque o professor é você.
12:59E isso foi resolvido
13:00na revisão do decreto,
13:02feita em horas,
13:03depois da primeira versão,
13:05que eu acho que
13:05foi uma forma do governo
13:06reconhecer erros também.
13:08O mesmo vale
13:09para o risco sacado.
13:11Tem gente que usa
13:11o risco sacado
13:13como capital de giro.
13:14E aí, isso sim,
13:15geraria o encarecimento
13:16do produto na gôndola.
13:18E aí, foi revista.
13:20Mas o fato é que
13:21as pessoas pagam
13:22uma alíquota de IOF,
13:24que é metade
13:24do que essas grandes empresas
13:26pagam.
13:27E sabe o que acontece?
13:28Rico não compra carro.
13:29É a empresa dele
13:30que compra carro
13:31e fica como patrimônio
13:33da PJ dele.
13:34Rico não compra imóvel.
13:36Fica como patrimônio...
13:37Que raiva que vocês têm de rico!
13:39Mas que raiva que vocês têm de rico!
13:41Não consigo entender...
13:42O rico não é importante
13:43para o país também?
13:44E aí, os ricos são importantes
13:46se a riqueza deles
13:47estiver à disposição
13:48do desenvolvimento
13:49e da movimentação econômica.
13:52Se não,
13:53se estiver levando dinheiro
13:54do Brasil
13:55obtido com o esforço
13:57dos trabalhadores brasileiros
13:58para fora do país,
14:00para Miami,
14:00para onde quer que seja,
14:01isso está errado.
14:02A gente tem que garantir
14:04que o lucro
14:05seja um direito.
14:07Mas esse lucro
14:08não pode ser obtido
14:09de forma que
14:10deprecia
14:11a condição de vida
14:12do Brasil como um todo.
14:13E aí, Capês,
14:15olha só, vamos lá.
14:16Vamos fazer o debate.
14:17Rico que tem PJ
14:18ou empresas que têm
14:21grande movimentação financeira
14:22pagavam metade do IOF
14:24que você vai sempre
14:25continuar pagando
14:26na geladeira e no carro.
14:29O que foi feito
14:30foi equiparar um com o outro.
14:32Bom,
14:32meu querido Túlio Nasa,
14:33professor Túlio Nasa,
14:36eu parece que
14:37o nosso querido Leandro Ferreira
14:39repetiu a velha
14:42superada e vencida
14:43a lição de Karl Marx
14:45que ele era contra
14:46a mais-valia
14:47por parte
14:49do empresário.
14:51E essa questão
14:52do rico,
14:53o rico,
14:53o que é o rico?
14:54O proletariado, né?
14:55O...
14:55A burguesia
14:57contra o proletariado,
14:58eu não estou entendendo.
14:59O Leandro Ferreira
15:00voltou para o século XIX,
15:02ele está em 1848
15:03lendo o Manifesto Comunista
15:04aqui,
15:05no nosso Linha de Frente.
15:07Meu professor Túlio Nasa,
15:08eu quero saber o seguinte,
15:10o Brasil tem...
15:11esses governos
15:12que têm aversão
15:13às grandes fortunas,
15:15aos ricos,
15:15não vão jogar
15:16esses ricos
15:16para fora do país?
15:17Olha, Capês,
15:18tem um imposto
15:20na Europa
15:20que se chama
15:21imposto inglês.
15:23Quem tiver curiosidade,
15:24pesquisa o que é
15:25o imposto inglês.
15:25O imposto inglês
15:26é o imposto
15:27que enriqueceu a Inglaterra.
15:28Por quê?
15:29Porque a França
15:30fez uma política
15:31de taxação
15:31de grandes fortunas,
15:33que não deu certo.
15:34Não deu certo.
15:35Por quê?
15:35Porque você afugenta
15:36o capital
15:37de um país
15:39e, no caso ali,
15:40o que aconteceu
15:41com a França
15:41foi que esse capital
15:42foi para a Inglaterra
15:43e enriqueceu muito
15:44a Inglaterra.
15:45Então, evidente
15:46que é um tipo de política,
15:47o nós contra eles,
15:49taxar grandes fortunas,
15:51não funciona.
15:52O ideal
15:52é sempre o equilíbrio.
15:54É evidente
15:55que é preciso
15:56uma preocupação
15:57com o social
15:58no Brasil.
15:59O Brasil tem
15:59diferenças sociais
16:00gritantes,
16:01é preciso investir
16:02no salário
16:03do professor,
16:04é preciso
16:04dar condição
16:05de educação,
16:06de saúde
16:07boa para a população
16:08que necessita.
16:09A questão não é essa,
16:10a questão é
16:11como fazer isso.
16:12Meu Deus do céu,
16:13como que a gente vai
16:14exigir que o governo
16:16dê direitos,
16:17que é o que a esquerda
16:17quer direitos,
16:18direitos,
16:18eu também quero direitos,
16:20direito à aposentadoria
16:21boa,
16:22à educação boa,
16:23se não tiver dinheiro
16:24para pagar essa conta?
16:25Como é que você
16:26cria o dinheiro?
16:27Como é que você faz
16:28o governo ter
16:29condições financeiras
16:31para bancar
16:31todos esses direitos?
16:33não é aumentando
16:34o gasto público,
16:35não é.
16:36O Japão,
16:37não vou citar mais
16:38a Noruega aqui
16:39porque eu fui admoestado
16:40pelo meu querido Rodolfo,
16:42mas veja,
16:44o Japão
16:45estava arrasado
16:46depois da Segunda Guerra Mundial,
16:48estava arrasado.
16:49O que o Japão fez?
16:51O Japão investiu
16:51em industrialização,
16:53vendeu boa parte
16:54daquelas indústrias
16:55para a iniciativa privada
16:57para que ele,
16:58como ele não tinha
16:59condição de investimento,
17:00a indústria privada
17:01investia,
17:01ele reduziu despesas,
17:04criou limites de despesas
17:05e fez o chamado
17:06milagre econômico.
17:07Tem mais de 100 milhões
17:08de habitantes no Japão.
17:09Então,
17:10não é uma realidade
17:10diferente do Brasil.
17:11Aliás,
17:11é pior,
17:12porque o solo japonês
17:13é muito pior,
17:14muito menos produtivo
17:15que o brasileiro.
17:16Então,
17:16mesmo que a gente fale
17:17que não dá
17:18para comparar com a Noruega,
17:19a gente tem que olhar,
17:20pelo menos,
17:21Rodolfo,
17:21as boas experiências,
17:23tem que olhar
17:23o que eles fizeram
17:24e tentar
17:25ir para um caminho
17:26mais adequado.
17:27Evidente que esse caminho
17:29de taxar grandes fortunas,
17:31aumentar o gasto público
17:32numa política keynesiana
17:34há de eterno.
17:35Outro dia,
17:36eu estava ouvindo
17:36o Paulo Guedes falar
17:37que ele ficou apaixonado
17:39por Keynes.
17:39John Mayne Keynes,
17:41quando ele fez,
17:41ele estudou
17:42pós-graduação em Chicago,
17:43ele adorou
17:44as ideias de Keynes.
17:45Só que ele percebeu
17:46que aquilo lá
17:47era um antibiótico fortíssimo,
17:48que você tinha que aplicar,
17:50ou seja,
17:50o Estado imprimir dinheiro,
17:51liberar crédito
17:52e de forma irresponsável,
17:54você tinha que fazer isso
17:54em momentos de crise,
17:55de muitas crises,
17:57de muita crise,
17:58desculpa,
17:58mas não como política econômica
18:01de governo
18:01de forma definitiva.
18:03Para você poder
18:04dar benefícios sociais,
18:06direitos,
18:07você precisa ter um governo
18:08com as contas equilibradas.
18:11É isso que nós pedimos
18:13ao governo federal.
18:14Nós não queremos
18:15que o governo federal
18:15pague mal o salário
18:16ao professor,
18:17nós não queremos
18:18que o governo federal
18:18cobre imposto
18:21sobre o consumo
18:21da forma que está cobrando.
18:23E, por fim,
18:23eu não tive a explicação,
18:25eu queria ouvir
18:25humildemente
18:26do Leandro Ferreira,
18:27que é um professor
18:28de economia
18:29e também
18:31circular a palavra,
18:32mas ele não me respondeu
18:33se esse aumento
18:35do IOF
18:36não seria repassado
18:37para o consumidor.
18:38Porque ele falou,
18:38não vai direto
18:39no financiamento
18:40da geladeira,
18:41mas se a empresa
18:41tem que tomar o crédito,
18:42ela toma o crédito,
18:43principalmente a micro
18:44e a pequena,
18:45e o crédito fica mais caro
18:46porque aumentou o IOF,
18:48esse custo não é repassado
18:49no final das contas
18:50para o produto?
18:51Muito bem.
18:51Antes que o Leandro Ferreira
18:53responda,
18:54o Rodolfo Maris
18:55também quer fazer um comentário,
18:57a Priscila Silveira também,
18:58ele já responde,
18:59tudo junto,
19:00porque hoje são todos
19:01contra Leandro Ferreira.
19:05Muito bem.
19:06Tem um economista muito famoso
19:08que diz o seguinte,
19:09a verdadeira dificuldade
19:10não está em aceitar novas ideias,
19:12mas escapar das antigas.
19:14Esse é o verdadeiro país
19:15que nós vivemos.
19:16Não tenho nada contra você
19:17pegar as boas ideias
19:19de países de primeiro mundo
19:20e conversar,
19:22colocar numa mesa,
19:22mesmo sabendo
19:23que nós seremos incapazes
19:24de colocar aquelas ideias aqui,
19:26principalmente no setor financeiro.
19:28Nós não temos uma economia
19:30equilibrada
19:32para sentar e conversar
19:34com a Europa,
19:35por exemplo,
19:36com os Estados Unidos,
19:37China,
19:37muito pelo contrário,
19:38o Capês vive falando aqui
19:39que nós somos a ponta
19:40de uma caneta
19:41dentro da economia global,
19:43mundial.
19:44Nosso arrecadamento aqui
19:45está em cerca de um trilhão,
19:47os Estados Unidos
19:47em cerca de 33.
19:48Ou seja,
19:49nós somos uma potência
19:50para cá,
19:51para o Mercosul,
19:52dentro do nosso espaço global
19:55aqui na América do Sul.
19:57Fora isso,
19:58o Brasil é um país
19:59muito pequeno,
20:00quase que insignificante,
20:01perto dessas pessoas.
20:03As nossas commodities
20:04e o Lula torcia
20:05para que esse petróleo
20:07fosse explorado
20:09agora na Amazônia,
20:10para quem sabe
20:10ele tenha um segundo pré-sal,
20:12porque foi o que salvou
20:13o Lula 2,
20:13na verdade,
20:14mesmo mandando esse pré-sal
20:15para fora
20:16para comprar mais caro
20:17e trazer para o Brasil.
20:18Olha só a nossa economia,
20:19professor,
20:20como que é.
20:20A gente tem um pré-sal aqui,
20:21a gente manda para fora,
20:23eles refinam lá
20:23e a gente traz de volta
20:24para o Brasil
20:25pagando três vezes mais.
20:26Dá para entender
20:27a economia do nosso país?
20:28Não dá para entender
20:29a economia do nosso país.
20:30Agora o Leandro fala
20:31sobre os ricos,
20:33que os ricos
20:33não pagam impostos,
20:35que o IOF ia ser metade.
20:37Ricos,
20:37eles aplicam o dinheiro
20:38no Brasil
20:38através das suas empresas
20:39e colocam em mais
20:40de 50 mil trabalhadores,
20:43100 mil trabalhadores,
20:452 mil trabalhadores.
20:47Se não tivesse
20:47essas grandes potências,
20:49o número que hoje
20:50está em 7 milhões
20:51de desempregados
20:52seria muito maior,
20:54porque eles abandonariam
20:55o país.
20:55Isso aconteceu
20:56em outro governo,
20:57por exemplo,
20:58lá no governo 2,
20:59aconteceu isso,
21:00uma grande multinacional
21:01vinha para o Brasil
21:02para empregar
21:027 mil empregados.
21:04Sabe o que aconteceu?
21:05A taxa para ela
21:06empregar aqui no Brasil
21:07ficava três vezes maior
21:09que em qualquer lugar
21:09do mundo.
21:10O que eles fizeram?
21:11Abriram duas empresas
21:12no México.
21:13O dinheiro que eles
21:14iam aplicar no Brasil
21:15em uma empresa,
21:16eles colocaram
21:17duas empresas no México.
21:18Ou seja,
21:19o país ainda anda
21:20a passo de formiga
21:22quando o setor
21:23é economia.
21:24Mas também estamos
21:26caminhando para
21:26a oitava economia
21:27do país,
21:28também não somos
21:28essa bacalhação toda.
21:30O país é uma economia
21:32fó,
21:32o Brasil está entre
21:33as dez maiores
21:33economias do mundo.
21:34O problema é que
21:36nós gastamos demais,
21:38gastamos demais
21:39e não temos
21:40disciplina fiscal.
21:42Minha querida
21:43Priscila Silveira,
21:45você concorda
21:46com alguma coisa
21:46que o Leandro Ferreira
21:47colocou aqui?
21:48Porque também,
21:49senão ele não volta
21:50mais aqui no programa,
21:51foi maltratado aqui.
21:53Ele é importante
21:53porque ele traz
21:54posições.
21:56O Maynard Keynes
21:57foi o maior economista
21:59da primeira metade
22:01do século passado,
22:02alguns dizem
22:02de todo o século XX.
22:04O problema é que
22:05as ideias dele
22:06muitas vezes
22:07são mal interpretadas.
22:09Porque para você
22:10alavancar a economia
22:11com investimentos públicos,
22:13você precisa ter
22:14superávit,
22:14você tem que ter
22:15folga cambial,
22:16você tem que ter
22:16reservas,
22:17você tem que ter
22:17disciplina fiscal.
22:19Ele jamais diz
22:20para pegar o dinheiro
22:21e sair gastando.
22:22situações de crise,
22:24sim,
22:25e depois você
22:26retira o Estado.
22:27Agora,
22:28as políticas aqui
22:28têm Estados
22:29que têm mais pessoas
22:30com Bolsa Família
22:32do que com carteira assinada.
22:33Então,
22:33desse jeito,
22:34no caminho,
22:34o país.
22:35Sim.
22:35A Cecília Silveira.
22:36Eu acho,
22:37Capês,
22:37que tudo que se polariza
22:38é muito complicado,
22:39embora a gente tenha
22:40visto que a polarização
22:41tem avançado
22:42não só na política,
22:43mas principalmente nela.
22:45Eu vou discordar aqui
22:45do meu querido amigo
22:47Leandro,
22:48porque
22:48eu falo discordar
22:50do meu querido amigo
22:51já para dar.
22:52Mas é porque
22:53quando a gente coloca
22:54rico contra pobre,
22:55é claro,
22:56o atual governo
22:58realmente tem essa ideia
23:00de taxar um pouco mais
23:02ali a questão
23:03de pessoas que são
23:04melhor economicamente,
23:06mas eu acho que a gente
23:07também precisa,
23:08veja,
23:09se eu não tenho
23:09pessoas de um lado
23:11que são economicamente
23:12mais favorecidas,
23:14que possam trazer emprego,
23:15que possam trazer
23:17a circulação da renda
23:18nesse país,
23:19em contrário senso,
23:20ou seja,
23:20em sentido contrário,
23:21a gente também não tem
23:22a oportunidade
23:23daquelas que são
23:24menos favorecidas
23:25de terem emprego.
23:26Então,
23:27eu acho que a gente
23:27não pode aniquilar
23:28nenhum lado
23:29e nem aniquilar o outro.
23:31Acho que a gente
23:31tem que tentar,
23:32e aí nesse ponto
23:33talvez a gente concorde,
23:34trazer uma balança.
23:37Agora,
23:38eu não acho,
23:38já que esse governo
23:39fala de igualdade,
23:40eu não acho que é
23:41taxando um pouco mais
23:43os ricos
23:43que vai ter essa igualdade,
23:44porque daí eu trato
23:45de forma desigual
23:47no sentido
23:48deles terem mais.
23:49Então,
23:49nesse ponto,
23:50a gente discorda.
23:51E também,
23:52quando ele fala
23:52que nada mudou,
23:53que está tudo bem,
23:54me parece que o Leandro
23:55ali está,
23:56não estou questionando,
23:57até outro dia,
23:58nós falamos que
23:59o ministro Haddad,
24:00ele é,
24:01alguém me disse
24:01que ele é estudado
24:02pela USP
24:03na questão de economia
24:04ali nos seus estudos,
24:05não estou questionando
24:06a questão
24:07dele estudar a economia,
24:10mas eu acho
24:11que eu vejo
24:11no meu bolso.
24:12Então,
24:13pegando aqui
24:14do que o Túlio disse
24:14com relação a esse imposto
24:16reverberar na geladeira,
24:18eu vejo na alimentação.
24:19Então,
24:19eu não sou economista,
24:21longe de mim,
24:22não tenho essa inteligência
24:24de ser economista,
24:24que é muito difícil,
24:25mas eu vejo no meu bolso,
24:27tanto que está mais difícil
24:28a gente comprar
24:29algumas coisas,
24:31a gente tem,
24:32tudo bem,
24:32a gente vai ter escassez
24:33e não se discute,
24:34mas eu tenho visto
24:35que nesse ponto
24:36até o governo também
24:37está um pouco perdido.
24:38Por quê?
24:38Porque eles anunciam medidas
24:40e para tentar aumentar
24:42ali a popularidade,
24:43que evidentemente
24:44eu acho que isso
24:45a gente não discorda
24:46em nenhum ponto,
24:47eles tiram,
24:48eles voltam atrás,
24:49então eu acho
24:49que eles estão meio
24:50sem saber para onde
24:51atirar,
24:52até mesmo
24:53para não baixar
24:54ainda mais
24:55essa impopularidade
24:57que a gente vê,
24:57inclusive,
24:58Capês,
24:58eu tenho observado,
25:00o Lula 3,
25:01um pouco diferente
25:02dos outros Lulas
25:03anteriormente,
25:04eu vejo ele
25:04um pouco mais apagado
25:05e não vejo ele,
25:06como você disse,
25:07dentro aqui
25:08tentando controlar,
25:09ele era uma pessoa,
25:10ele é persuasivo,
25:11enfim,
25:12não se discute,
25:13eu não vejo ele
25:13mais transitando
25:15com todo o domínio
25:17que ele tinha,
25:18teve a outra hora,
25:19principalmente perante
25:20o Centrão,
25:21então eu acho
25:21que ele está perdendo
25:22ali as rédeas
25:23e isso vai sendo
25:24como se fosse um jogo
25:25quando você pega o dominó
25:26e as cartas
25:28ou aliás peças
25:29vão todas caindo
25:30e é o que eu vejo,
25:32então nesse ponto
25:32eu discordo
25:33do Leandro,
25:34eu não vejo que está,
25:35lógico,
25:36longe de estar mil maravilhas,
25:38mas eu vejo
25:39que está um pouquinho
25:39descontrolado
25:41essa questão
25:41principalmente
25:42da tributação
25:43aqui no nosso país,
25:45para quem vai pagar mais
25:46nem é isso,
25:47ah,
25:47vou tirar mais do pobre
25:48do rico,
25:48não é isso,
25:48eu estou vendo no bolso,
25:49eu não estou falando
25:50de carro,
25:51de jet ski,
25:51estou falando na alimentação
25:52que seria ali
25:53realmente o básico
25:54que é tanto o rico
25:55quanto o pobre come.
25:57Pois é,
25:58o meu querido Túlio Nasa,
26:00sabe que o professor
26:01Eduardo Bernstein
26:02que foi um grande
26:03revisionista
26:04da linha marxista,
26:05ele era um marxista
26:06inicialmente,
26:07depois ele começou a reviver,
26:08ele falou,
26:08o que significa
26:09proletariado?
26:10É algo tão extenso,
26:12tão vago,
26:12tão genérico,
26:14que fica,
26:14o que é proletariado,
26:15o que é burguesia?
26:16É algo tão abstrato
26:18que é difícil
26:18você reunir todos esses
26:19numa mesma categoria,
26:21numa mesma camada.
26:22E ele começou a constatar
26:24que no início
26:25do século XX,
26:26aquele capitalismo selvagem
26:28da Revolução Industrial
26:29estava começando
26:29a trazer também benefícios,
26:31começou a vir
26:32uma desmoralização
26:32da teoria marxista
26:34pelos dados econômicos.
26:35Agora,
26:36quando você fala em rico,
26:37estava vendo aqui
26:38o site da revista Exame,
26:40de acordo com a pesquisa
26:41do Centro de Políticas Sociais
26:43da FGV,
26:44foi realizado ano passado,
26:46o 1% mais rico do país
26:48representa todos aqueles
26:50que ganham em média
26:5127 mil reais de salário.
26:52e 0,1% que recebem 95 mil reais.
26:57Quando você vai falar
26:58de rico,
27:00vão expulsar os ricos do país?
27:02Então,
27:03se não tiver nenhum rico aqui,
27:05como é que você vai poder
27:06continuar gerando riqueza?
27:08É um debate
27:08que o Leandro Ferreira
27:09pediu à parte,
27:11mas, Leandro,
27:12infelizmente,
27:14Leandro,
27:15acabou o nosso tempo.
27:16E eu quero o Leandro Ferreira
27:18aqui essa semana ainda
27:19para continuar esse debate.
27:20Está legal?
27:21Vamos encerrando
27:22o programa de hoje.
27:22Agradeço a audiência.
27:24E o Leandro de Frente
27:24volta amanhã,
27:25antes que expulsem a gente.
27:26Bom programa aí
27:27para quem segue
27:28no 3 em 1.