- anteontem
Hugo Motta (Republicanos-PB), Presidente da Câmara, alertou que o Congresso pode "romper" com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) se a derrubada do aumento do IOF for levada ao STF. O líder do Legislativo ainda ameaça "impôr novas derrotas" ao Executivo.
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NotíciasTranscrição
00:00Tem uma outra notícia, essa super importante, que pode mexer inclusive com o bolso de quem nos acompanha.
00:05O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, enviou um duro recado ao governo
00:10sobre as consequências de ingressarem com ações no Judiciário
00:13para questionar a derrubada do aumento do IOF.
00:17O parlamentar afirmou que o gesto será visto como um enfrentamento claro
00:21que só fará o Congresso querer dobrar a aposta nos embates com o Planalto.
00:26Segundo ele, a judicialização do caso mostrará que o governo abriu mão de governar com os parlamentares
00:33e agora busca governar por meio da justiça.
00:36Por fim, Mota avaliou que a ação pode levar à ingovernabilidade.
00:41Enfim, um aspecto importante para a gente destacar, que naturalmente estampa a capa dos principais portais,
00:48você, Davila, a gente trazia as muitas sinalizações dadas pelo Executivo
00:54e a maneira como o Congresso Nacional, seja pela Câmara ou pelo Senado,
01:00acabava lendo ou interpretando esses movimentos do Executivo.
01:06Alguns projetavam que estávamos diante de um novo embate, um novo capítulo
01:12nessas trocas entre Executivo e Congresso Nacional.
01:18E agora esse recado, Diogo Mota, que até postou um vídeo falando sobre esse possível rompimento com o governo.
01:25Criato, este exemplo ilustra perfeitamente o que eu disse,
01:30que nós precisamos de um freio de arrumação para voltar a equilibrar os poderes,
01:34a fazer os poderes funcionarem devidamente.
01:36Veja só, o Poder Executivo quer usar um imposto que é meramente regulador do sistema financeiro
01:45como arrecadatório.
01:46Isso é inconstitucional, não está na Constituição que você pode usar o IOF para aumentar a arrecadação.
01:51Isso é absolutamente inconstitucional.
01:54Então, o projeto apresentado pelo governo é inconstitucional.
01:59Começa na partida.
02:00Aliás, quem deveria ter entrado no Supremo era o Legislativo contra o projeto inconstitucional do Executivo
02:09que quer usar o IOF, que é um imposto meramente regulador, para aumentar atributo.
02:15Isso é inconstitucional.
02:17Então, começou errado no Poder Executivo.
02:21Aí o que acontece?
02:23O Legislativo veta o projeto.
02:26Vota contra o projeto.
02:27E quem é que judicializa a disputa?
02:30O Legislativo.
02:32Um partido nanico vai lá, do outro lado da rua, vai no Judiciário e fala assim,
02:36eu quero agora discutir a constitucionalidade desse projeto.
02:39Então, veja só.
02:41Imagina agora se o Supremo decide que é constitucional.
02:46Olha a bagunça que você cria.
02:48No fundo, ninguém tem razão.
02:50É esse o ponto.
02:51Porque cada um não consegue respeitar a decisão soberana do voto do Congresso.
02:56O Executivo não consegue fazer redução de despesa e fica inventando subterfúgio inconstitucional para aumentar a receita.
03:06E o Judiciário que devia falar, esse é um problema?
03:10É aí, já foi resolvido no Legislativo?
03:12Não.
03:13Vai querer se meter na conversa.
03:15Então, é um problemaço que a gente está vivendo.
03:17É uma desfuncionalidade generalizada da democracia brasileira.
03:23Esse é o ponto.
03:24Esse é um exemplo, é uma medida que a gente está discutindo aqui.
03:27Então, o que eu acho que deve fazer?
03:30O presidente da Câmara, Hugo Mota, deveria orquestrar com o presidente Davi Alcolumbre,
03:36aprovar uma emenda constitucional para acabar com o IOF em 26.
03:40Aliás, esta medida era para ser terminada, esse imposto, em 2029.
03:46Esse foi um projeto, inclusive, lá discutido no governo passado.
03:50Era uma das condicionantes para o Brasil entrar na OCDE.
03:54Porque o IOF é um imposto que não é reconhecido por ninguém.
03:57É uma desfuncionalidade.
03:59E para o Brasil ingressar na OCDE, um dos compromissos assumidos pela nação brasileira
04:06foi acabar com o IOF.
04:07Então, por que não faz o seguinte?
04:09Já que isso vai virar outro embrólio constitucional,
04:12aprova uma emenda constitucional,
04:15acabando com o IOF já para 2026.
04:18Vale 2025 e 2026 acaba.
04:20E aí não tem uma discussão.
04:22Porque do jeito que as coisas estão indo,
04:25que tudo é judicializado,
04:27tudo se descuide à Constituição,
04:29e cada um que inicia uma iniciativa,
04:31como é o caso do Executivo,
04:32não respeita a Constituição,
04:34então é isso aí.
04:35É uma desfuncionalidade absoluta da democracia brasileira.
04:39É mais um quadro triste
04:41do que está acontecendo com as nossas instituições no país.
04:45Pois é.
04:46Você, Edorgan,
04:47a judicialização da derrubada do aumento do IOF,
04:50esse alerta feito pelo presidente da Câmara, Hugo Mota,
04:54e esse ambiente de desarmonia entre os poderes.
04:58Quais aspectos precisamos destacar?
05:00Embora o poder tripartite parte do princípio ali,
05:05que tem que ser cada um independente, cada poder,
05:09no presidencialismo,
05:11o Executivo, normalmente,
05:13se você não tiver Executivos fortes,
05:16fortes que eu falo, não são totalitários, longe disso,
05:19mas Executivos estruturados,
05:20com planejamento e com certo controle do Congresso ali,
05:24você tem problemas com o Legislativo e com o Judiciário.
05:29O que a gente está assistindo, na verdade,
05:31se inicia principalmente ali no final do primeiro governo do Dilma,
05:35para o segundo, e não parou mais.
05:38O Eduardo Cunha ali vem,
05:39e cria, o Mota, por exemplo,
05:41cria, entre aspas,
05:43dessa lógica do Eduardo Cunha,
05:46de pulso de ferro ali no Congresso,
05:50e fazer com que o Congresso mande ali
05:53e tenha sua vida própria, independente do Executivo.
05:57Só que ali, isso se agrava demais
05:59quando o governo Bolsonaro passa o orçamento ali
06:02praticamente para a mão do Congresso.
06:04E isso continua no governo Lula, do mesmo jeito.
06:08E aí virou esse negócio,
06:10não se discute mais país,
06:11as questões estruturais que o próprio Felipe colocou,
06:14muito real, não se discute mais
06:16na pauta do Congresso também,
06:18o Congresso poderia estar provocando essas pautas
06:20se o governo tem uma certa confusão interna ali.
06:24Só se discute eleições a cada dois anos,
06:28espaços de poder e emendas.
06:31E daí o país fica completamente enfraquecido.
06:33O governo não tem o controle total ali do Congresso,
06:37porque Lula vence a eleição muito mais
06:40por uma questão personalista ali,
06:43de rejeição do Bolsonaro
06:44e de uma expectativa de melhora no custo de vida,
06:46do que numa organização de partido forte.
06:50O PT não vence a eleição presidencial.
06:53Quem vence é Lula.
06:54E daí ele não tem essa liga.
06:55O Congresso ali, majoritariamente,
06:57já tinha perdido a identidade com o PT
06:59no impeachment da Dilma.
07:01Então ele não tem isso.
07:02Então ele fez ali uma alocação do governo,
07:05para ter uma certa governabilidade
07:07de coisas importantes,
07:08mas aquela alocação que os caras estão falando
07:12dois anos antes que vão ter outros candidatos
07:14da sua presidência.
07:15Então não tem essa relação, é muito frágil.
07:18E um Congresso acostumado ali,
07:20agora acostumado nos últimos tempos,
07:22de ter o orçamento praticamente na mão ali.
07:25E daí é muito difícil.
07:26Aí tudo vira moeda ali de tensionamento
07:29e não é chantagem,
07:31mas é negociação ali pesada.
07:34E daí o Supremo Tribunal Federal
07:37que nunca teve protagonismo na história
07:41e não é para ter em nenhum lugar do mundo
07:43a Suprema Corte é protagonista,
07:45ele tem também protagonismo,
07:47porque daí ele se vê também
07:48nessa fragilidade executiva
07:51que eu acho que se inicia ali em 2014,
07:5413, 14,
07:55e dura até hoje praticamente sem interrupção.
07:59E daí o Supremo começa a se desgarrar
08:02e começa a entrar em competências do Legislativo
08:04e até do Executivo.
08:06Então, assim,
08:07existe uma necessidade mesmo de um restart,
08:10que seria esse freio aí que o Felipe fala,
08:12que é voltar ali
08:13e ter que ter uma volta ali
08:16para algum momento
08:16ou a gente tem que andar para frente
08:18e ter uma mudança ali.
08:22Eu acho que isso se dá ali pelo Executivo.
08:25Eu acho que é muito...
08:26O problema brasileiro é do Executivo.
08:27Na minha opinião,
08:28são governos frágeis.
08:30Dilma, Bolsonaro e Lula
08:31foram governos frágeis.
08:33Michel Temer foi um governo só
08:35de correção de rumo,
08:37tudo que também foi frágil
08:39do ponto de vista institucional.
08:41Claro que ele teve algum sucesso
08:43na questão econômica,
08:44com o Meirelles ali,
08:45mas também...
08:46Então, essa fragilidade do Executivo...
08:48Não adianta o presidencialismo,
08:50o protagonista é o Executivo.
08:53Senão a gente tem que...
08:54Porque a Constituição de 88
08:55é projetada para o parlamentarismo.
08:57Tem essa confusão também.
08:59Então, assim,
09:00senão a gente tem que começar a discutir
09:03que talvez o parlamentarismo
09:04seja a opção de futuro, né?
09:06Porque presidencialismo Executivo
09:08realmente tem que ser forte ali,
09:10decidido ali das coisas
09:12e ter planejamentos
09:14e ter controle...
09:15Não é controle sobre os outros poderes,
09:17mas ter uma interlocução
09:19mais altiva e mais segura ali.
09:22É isso.
09:24As análises dos nossos comentaristas
09:26a respeito do posicionamento
09:27do presidente da Câmara,
09:29Hugo Mota,
09:30em relação à judicialização
09:32da derrubada do IOF.
09:35E aí, Mota,
09:36o seu chará de sobrenome
09:40fez a seguinte leitura,
09:42que a judicialização
09:44indicaria que o governo
09:46abriu mão de governar.
09:49Abriu mão de governar
09:50com os parlamentares,
09:51que é algo que se espera
09:53de um Executivo.
09:54E agora busca governar
09:56somente com a Justiça,
09:57no caso, com a Suprema Corte.
09:59E é sempre importante lembrar
10:00que o nosso Mota,
10:01o Roberto Mota,
10:02não tem nenhum parentesco
10:04com o Hugo Mota, né?
10:06Roberto?
10:08Não tenho, não tenho.
10:11E o outro Mota
10:13está parcialmente correto, né?
10:15Parcialmente porque o governo
10:17não abriu mão de governar agora.
10:19Esse jogo já está sendo jogado
10:22já tem algum tempo.
10:24E mais uma vez,
10:25o Brasil enfrenta
10:26a mesma questão.
10:28Quem tem a última palavra
10:30em uma república democrática?
10:33Uma possível resposta é
10:34ninguém,
10:35ninguém tem a última palavra.
10:37A outra possível resposta é
10:39depende do caso.
10:42Porque uma república é formada
10:43pelo equilíbrio dos três poderes.
10:46Agora, o mundo,
10:47o mundo inteiro,
10:49tem sido tomado
10:50por uma onda
10:52de uma doutrina
10:53que muita gente chama
10:54de neoconstitucionalismo.
10:58E essa doutrina,
10:59ela diz que os juízes
11:00devem ter um papel proativo
11:03na interpretação da Constituição.
11:05Os magistrados devem preencher
11:08lacunas legislativas
11:10e corrigir as injustiças sociais.
11:14E aí, os juízes podem interpretar
11:16a Constituição como eles quiserem.
11:19Até mesmo, em alguns casos,
11:21abandonar o texto original
11:23e se basear
11:24nas suas próprias convicções.
11:27E aí, nesse cenário,
11:30os tribunais assumem
11:31uma posição de supremacia.
11:35E o jurista,
11:36que muita gente chama de
11:37juristocrata, nesse caso,
11:40ele se transforma
11:41numa espécie de super-homem estatal.
11:44Porque ele é mais forte
11:46que todos os outros participantes
11:49do jogo democrático.
11:50Porque ele tem o poder
11:52de anular
11:53os poderes
11:55dos outros participantes.
11:56E uma coisa
11:58é muito clara.
12:00É difícil
12:00compatibilizar
12:02essa doutrina
12:03do neoconstitucionalismo
12:05com o que a gente
12:07está acostumado
12:08a chamar de república.
12:10Agora,
12:11Dávila,
12:12tem um aspecto
12:12que é importante,
12:13que é quando
12:14integrantes da Câmara Federal
12:16fazem a leitura
12:18de que
12:19a depender
12:20dos movimentos feitos
12:21pelo Poder Executivo
12:22e a resposta dada
12:24pelo Congresso Nacional
12:26ou pela Câmara
12:26dos Deputados,
12:27isso poderia levar
12:28à ingovernabilidade
12:29da atual
12:32administração federal.
12:34Há mecanismos
12:35para que o Congresso
12:36faça isso.
12:37Se for para dobrar
12:38a aposta,
12:39se o Executivo
12:41quiser judicializar
12:43uma questão
12:43que foi aprovada
12:45ou a decisão
12:46foi tomada
12:47pelo Congresso Nacional,
12:49é preciso
12:49respeitar,
12:51ainda que você
12:52não goste,
12:53não concorde
12:53com o posicionamento,
12:55quando a gente
12:55fala de ingovernabilidade,
12:57a gente está dizendo
12:58que o Congresso
13:00poderia travar
13:02e congelar
13:03qualquer tipo
13:04de tramitação
13:05de projeto
13:06de interesse
13:07do governo,
13:07seria mais ou menos isso.
13:09Quais seriam as consequências
13:10de um processo
13:11como esse
13:11olhando para o final
13:13do mandato
13:14de Lula
13:15que é somente
13:16no final do ano
13:16que vem.
13:17É, Criato,
13:18você tocou
13:19no ponto fundamental.
13:20Olha como esse governo
13:22está completamente
13:23desconectado
13:24da realidade.
13:25Os sinais
13:26preocupantes
13:27hoje
13:28de que o presidente
13:29da República
13:30precisa buscar
13:30mais diálogo,
13:32ainda mais com os sinais
13:33de um Congresso Nacional,
13:34cada vez mais
13:35os partidos
13:35dão sinais
13:36que querem desembarcar
13:37do governo,
13:38o que você deveria
13:39estar fazendo
13:39é usando o famoso
13:41poder suave,
13:42o soft power
13:43para seduzir,
13:44conquistar,
13:45atrair.
13:45Não, o que esse governo
13:47está fazendo?
13:47O oposto,
13:48acirrando a divisão.
13:51Veja só
13:51as propostas,
13:54o linguajar usado
13:55é cada vez
13:56acirrando mais
13:57a divisão
13:58ao invés de buscar
13:59justamente o oposto.
14:01O que constrói ponte?
14:02Como é que eu vou conciliar?
14:04Opa,
14:04como é que eu não vou perder
14:05esse resto do centrão?
14:06Porque se eu perder
14:07o resto do centrão
14:07é o que você falou
14:08na prova manada
14:09no Congresso Nacional.
14:10Então, o governo
14:11vai dobrando a aposta
14:13na briga
14:14ao invés de
14:15recuar
14:16e, opa,
14:17vamos trazer os bombeiros,
14:19os conciliadores aqui
14:20para poder
14:22compor com o governo.
14:23Não,
14:23inclusive o ministro
14:24da Fazenda,
14:25que era visto ali
14:27como moderado,
14:27está cada vez mais
14:28com esse discurso
14:29político,
14:31eleitoreiro,
14:32radical,
14:33de acirramento
14:34de relação
14:35com o Congresso Nacional.
14:37Então,
14:37é assim,
14:38é um governo
14:39desconectado da realidade.
14:40Parece que ele não entendeu
14:41o que está acontecendo.
14:42e isso pode
14:44levar, sim,
14:45não só ao desembarque
14:46imediato desses partidos
14:47do centro
14:49até o fim do ano,
14:50que eu acho
14:50que é o que vai acontecer,
14:52mas como criar
14:53dificuldade gigantesca
14:54para aprovar
14:55pautas do governo.
14:56E aí você tem uma paralisia,
14:58porque isso vai acabar
14:59algumas matérias
14:59no Supremo
15:00e aí, na verdade,
15:02é o Supremo
15:02que governa
15:03dependendo com a decisão dele.
15:04mesmo com a decisão,
15:06quem é que diz
15:06quem vai executar aquilo?
15:08Então,
15:08é um negócio
15:08complicadíssimo
15:09que está acontecendo.
15:10Mas parte muito
15:12desse aumento
15:14de tensão
15:15de uma atitude
15:16completamente
15:18dissociada
15:19da realidade
15:20do governo federal.
15:21O governo parece
15:22que não entendeu
15:22a gravidade
15:24que essa polarização,
15:25esse acirramento
15:26das relações
15:27está causando
15:29entre os poderes.
15:31Pois é,
15:31vários aspectos
15:32para analisarmos,
15:33mas, Renato,
15:34você, grosso modo,
15:36disse que esse cenário
15:37de desarmonia
15:38entre os poderes
15:39teria começado
15:40na gestão
15:41de Dilma Rousseff,
15:42especialmente
15:43na segunda administração
15:44e isso
15:45se deu
15:47principalmente
15:47por conta
15:48na sua avaliação
15:49de executivos
15:51fracos, né?
15:52Então,
15:53presumo que você
15:55tenha avaliado
15:56que as gestões
15:57Lula 1 e 2
15:58foram muito diferentes
16:00dessa atual
16:01administração.
16:02porque lá atrás
16:03ele conseguia criar
16:04essas pontes
16:05que o Dávila
16:06mencionou
16:07e agora não.
16:08O que mudou
16:10das gestões Lula
16:111 e 2
16:11para 3?
16:12Só recebendo agora
16:13as pessoas
16:13que nos acompanham
16:14pelas emissoras de rádio
16:16as manifestações
16:18de Hugo Mota
16:18a respeito
16:19da possível judicialização
16:21da derrubada
16:21do IOF
16:22e as análises
16:24sobre esse cenário
16:25com os nossos comentaristas.
16:26Vai com você, Renato.
16:27Então, primeiro
16:28que a eleição
16:29de 2002
16:30ela foi
16:32o Lula
16:33ali praticamente
16:34continua
16:35via Palocci
16:36com a equipe
16:37do Fernando Henrique
16:37econômica.
16:39Eu fico imaginando
16:40se em vez de começar
16:41o atual governo
16:42com o Haddad
16:42ele tivesse começado
16:44ali, por exemplo
16:44o que não era
16:45tão impossível ali
16:46porque o MDB
16:47estava na coalizão
16:48desse governo
16:49o Meirelles
16:51de ministro da fazenda
16:52será que
16:52se o Lula
16:53tivesse feito
16:54os mesmos
16:54movimentos iniciais
16:56com o Meirelles
16:57teria tanto
16:57acirramento
16:59na discussão
16:59principalmente no mercado
17:01o Haddad
17:02é um político
17:03profissional
17:04é um cara
17:04que foi prefeito
17:05de São Paulo
17:06tem uma simbologia
17:07toda ali
17:08o que mudou
17:09mudou muita coisa
17:10a Dilma
17:11foi impeachment
17:12num processo
17:13ali
17:13que parte
17:14do centro
17:15que governou
17:16junto com
17:17com o Lula
17:18nos dois mandatos
17:19e no primeiro
17:19da Dilma
17:20rompeu ali
17:22com o governo
17:22e votou
17:23pelo impeachment
17:24da Dilma
17:24e depois
17:25teve a questão
17:26até da prisão
17:26do Lula
17:27então
17:27o PT ali
17:28entre 14
17:29e 2018
17:312014 e 2018
17:33foi defenestrado
17:34ali
17:35e perdeu
17:36totalmente
17:36uma força política
17:37uma relação
17:38com esse centro
17:39então o Lula
17:40vence agora
17:40muito mais
17:41o Lula personalista
17:43mas não era uma coalizão
17:44completamente à vontade
17:46o centro ali
17:47já era um outro centro
17:48não era um centro
17:49que tinha sido
17:50cooptado pelo Lula
17:51nos dois primeiros
17:52mandatos
17:53mas era um centro
17:54já que tinha
17:54ido
17:56para um outro lado
17:57principalmente
17:57um lado mais à direita
17:59Lula de uma maneira
18:00ou de outra
18:00é a continuação
18:01ali do governo
18:02Fernando Henrique
18:03do ponto de vista
18:04de
18:05arranjo econômico
18:07ali no começo
18:08Lula 1
18:08e também
18:09do Congresso
18:10o Congresso
18:11que dava a base
18:11de sustentação
18:12para o Lula
18:12para o Fernando Henrique
18:14deu para o Lula
18:15então
18:15existia uma certa
18:17harmonização
18:18agora é uma coisa
18:19bem artificial
18:19você vê que ali
18:20a relação
18:21ficou bem ruim
18:22por exemplo
18:22a relação
18:23com o MDB
18:23não é fácil
18:24tirando a ala
18:25mais progressista
18:28ali do MDB
18:28foi o MDB
18:29um dos partidos
18:30que articularam
18:31o impeachment
18:31da Dilma
18:32então
18:32a relação ali
18:34é uma outra relação
18:35uma relação
18:35muito mais tensa
18:36eu acredito muito
18:37na questão
18:37da relação
18:38política
18:38para tudo isso
18:39por mais
18:39complicado
18:41que seja
18:42a relação
18:44política brasileira
18:44é muito eleitoral
18:46então se passa
18:47ali praticamente
18:48todos os anos
18:48de mandato
18:49discutindo eleições
18:50é um ano antes
18:51da eleição
18:52já discute eleição
18:53no ano da eleição
18:53não se faz nada
18:54porque é eleição
18:55e como tem eleição
18:56a cada dois anos
18:57então
18:57fica o tempo todo
18:58essa questão eleitoral
19:00então
19:00eu acho que assim
19:03por que que o
19:05eu acho que o
19:06Felipe falou
19:06você
19:07por que que o
19:08sempre está apostando
19:09ali
19:10o governo está apostando
19:11em aumentar
19:12o cacife
19:13ali
19:13porque o governo
19:14precisa arriscar
19:15porque ele está perdendo
19:16a classe C2D
19:17que o elegeu
19:18em 2022
19:19com a expectativa
19:20de melhora
19:21de custo de vida
19:22ele está arriscando
19:23como Dilma
19:24arriscou em 14
19:24ele está tentando
19:26recuperar
19:27esse corte
19:27que ele está perdendo
19:28e é aí que ele pode
19:29perder realmente
19:30a eleição
19:31o centro
19:32que votou
19:33com o Lula
19:34por uma questão
19:35de uma parte
19:37do centro
19:38assustada ali
19:38com o Bolsonaro
19:39na pandemia
19:40e votou em Lula
19:41ele possivelmente
19:42já perdeu
19:43para esses
19:44governadores
19:45mas se ele perder
19:46a classe C2D
19:47mesmo com alguém
19:49da família Bolsonaro
19:49com alta rejeição
19:51aí ele tem um risco
19:52enorme de perder
19:53eleição no segundo turno
19:54porque a classe C2D
19:56é que deu a sustentação
19:57na expectativa
19:57do custo
19:58então eles vão partir
19:59de algum jeito
20:00para melhorar
20:02o custo
20:02mesmo se for
20:03para criar um super
20:05desequilíbrio fiscal
20:06e é visível
20:08que é isso
20:09a aposta
20:10é para tentar
20:11ali como Dilma
20:12fez em 14
20:13e da Dilma
20:14deu certo
20:15eu acho que
20:17essa é a estratégia
20:18deles
20:18estou falando
20:19que é correta
20:20ou errada
20:20mas é eleitoral
20:22a estratégia
20:23é eleitoral
20:24tá certo
20:25a gente vai seguir
20:25monitorando
20:26essas discussões
20:28qualquer novidade
20:28a gente traz aqui
20:29ao vivo
20:30na programação
20:31que é o que é isso
20:33é o que é isso