A Câmara dos Deputados aprovou a derrubada do decreto que elevava o IOF, representando um revés para a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) e do ministro Fernando Haddad (PT-SP).
Assista na íntegra: https://youtube.com/live/qyf-SNxUP0Y
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
00:00Vamos imediatamente a Brasília, imagens da Câmara dos Deputados, agora Sostenes Cavalcante no púlpito, falando neste momento, Câmara acaba de aprovar a derrubada do aumento do IOF, derrota para o governo, o Senado inclusive acompanhando essas movimentações, sinalizando que pode votar derrubada também na sequência no dia de hoje.
00:26Inclusive, uma situação que os nossos comentaristas comentaram há pouco, entendiam que esse seria o caminho à derrubada do aumento do IOF.
00:37Sostenes Cavalcante, ele é o líder do PL na Câmara dos Deputados, deputado inclusive eleito pelo Estado do Rio de Janeiro, trazendo suas análises e avaliações acerca do aumento do IOF e justificando essa derrubada.
00:53383 votos favoráveis para a derrubada do aumento do IOF, placar que foi registrado há pouco, inclusive informação recuperada pela nossa produção, Felipe Gustavo, fazendo monitoramento diretamente de Brasília.
01:12Passar para o Luiz Felipe Dávila, que acompanhou toda essa movimentação, esse embrólio que envolviu o aumento do IOF, as várias manifestações de setores produtivos da sociedade, né Dávila?
01:28E havia essa sinalização de que esse aumento seria derrubado no Congresso Nacional.
01:33Claro que os últimos eventos acabaram acelerando esse processo, né Dávila?
01:39Com certeza, Caniato.
01:42Aliás, é uma grande vitória para o brasileiro, para o contribuinte brasileiro, que vai evitar de pagar mais imposto.
01:50Aliás, Caniato, é um imposto que já havia sido programado para ser terminantemente destruído, porque o IOF era um dos impostos que impediu o Brasil entrar na OCDE, justamente porque é um imposto absurdo que só existe aqui.
02:07Então, era algo que já estava para ser extinto e o governo pega um imposto que estava preparado para ser extinto e queria turbinar e cobrar mais dinheiro do contribuinte, o que é um absurdo.
02:20Agora, o Congresso deveria fazer o segundo movimento importante, o primeiro é derrubar aumento de imposto e o segundo é forçar o governo a mostrar um plano para reduzir despesa pública, porque senão essa dívida pública vai continuar crescendo e dívida pública crescente é pressão na taxa de juros e na inflação.
02:46E o brasileiro não quer nenhuma das duas coisas, não quer ver juros aumentando e não quer ver inflação aumentando.
02:54Então, esperamos que depois das festas de São João, o Congresso termine o trabalho e cobre essa segunda parte do projeto, onde o governo vai cortar custos.
03:06Você bem informado aqui na Jovem Pan News, Câmara dos Deputados derrotando o governo e derrubando o aumento do IOF, só trazendo o placar 383 votos favoráveis e 98 contrários.
03:19Inclusive, as informações de bastidores que nós temos indicam que já há um entendimento do Senado Federal para votar ainda hoje a derrubada do aumento do IOF, o que seria a ratificação dessa decisão da Câmara dos Deputados.
03:35Você, Mota, essas movimentações em Brasília e a Câmara dos Deputados fazendo o seu papel derrubando esse aumento do IOF que tinha sido anunciado pelo governo.
03:46É uma excelente notícia numa época em que notícias boas são raras.
03:54Vamos torcer para que o Congresso não pare por aí.
03:58Vamos torcer para que esse seja apenas o primeiro passo, para que o Congresso tome impulso e siga numa trajetória de redução desse apetite do governo por cada vez mais impostos e cada vez mais gastos.
04:17Quem fala nesse momento é Sostenes Cavalcante, deputado federal do PL do Rio de Janeiro.
04:25Ele é o líder, inclusive, do partido na Câmara dos Deputados.
04:28Você, Nelson Kobayashi, bola cantada, mas não deixa de ser uma derrota acachapante para o governo,
04:37já que apostava no aumento do IOF para turbinar as contas e bancar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
04:46Kobayashi.
04:47Uma lavada, Caniato, porque 383 votos é voto muito além, por exemplo, para se aprovar uma emenda à Constituição quando se precisa de maioria qualificada.
04:57Um projeto de decreto legislativo, como é o caso, que susta um decreto, um ato do Poder Executivo unilateral,
05:05ele precisa de maioria simples, ou seja, metade mais um dos presentes.
05:08E o que a gente está vendo ali são 383 votos contra os interesses do governo e somente 98 a favor.
05:17Isso mostra claramente qual é o poder de influência do Poder Executivo no Congresso Nacional.
05:23Imagine só como o Executivo que libera bilhões em emendas parlamentares, diversos cargos em estatais,
05:33diversos ministérios para muitos líderes partidários de muitos parlamentares que votaram contra os interesses do governo,
05:40está se vendo nesse momento.
05:42Há, de fato, um desembarque dos interesses do governo.
05:45Isso é sintomático, isso é um sinal.
05:48Nós estamos a um ano das eleições.
05:50Imagine só, se a gente pauta nessa mesma sessão aí, o PL da Fake News, qual seria o resultado?
05:55Imagine se a gente pauta o PL da Anistia, qual seria o resultado?
05:59Não dá para cravar, mas aparentemente o governo não tem essa maioria nesse momento, apesar de todos os esforços.
06:07E uma outra coisa para finalizar, é uma pauta que vem do Ministério da Fazenda.
06:12Se o presidente Lula queria dar prestígio ao Fernando Haddad, quando o chamou para ser ministro da Fazenda neste governo,
06:20para o cacifar como um sucessor natural na vida pública, está dando muito errado.
06:26Porque as pautas da economia, naturalmente, por tudo que está acontecendo, não significam troca de prestígio,
06:33não significam aumento do público, da popularidade do Fernando Haddad.
06:38Muito pelo contrário.
06:41Está demonstrando, inclusive, uma inabilidade política muito grande.
06:45de fazer uma medida sem conversar com os atores políticos importantes para a manutenção dessa medida,
06:52anunciar, depois desanunciar, depois ver esse projeto caindo no Congresso Nacional, distante, inclusive.
06:59Quando votou a urgência, ele não estava nem no Brasil.
07:01Agora a gente vê isso acontecendo e com uma vitória cachapante da oposição,
07:07com muitos votos do centro e de partidos fisiológicos, ou seja, uma derrota muito grande do governo.
07:13Mas, Dávila, nós tínhamos uma outra impressão, né?
07:16As pessoas que nos acompanham pela TV por assinatura e também plataformas digitais
07:20acompanham o deputado Sostenes Cavalcante esbravejando um discurso contundente
07:27defendendo a derrubada do aumento do IOF, medida alcançada pelo Congresso,
07:34especialmente a Câmara dos Deputados, 383 votos favoráveis e 98 contrários.
07:40Mas, Dávila, o que nós vimos nos últimos meses era um certo alinhamento entre Hugo Mota e o governo.
07:48Pudemos acompanhar também várias viagens internacionais em que Hugo Mota fez parte da comitiva do governo federal
07:55e isso causou até um certo desconforto com a oposição que tinha um bom contato com o Hugo Mota.
08:03Inclusive, as sinalizações eram de que Hugo Mota tinha se comprometido com algumas pautas sensíveis e importantes para a oposição.
08:12O que mudou de lá para cá? O que o governo fez para se afastar de Hugo Mota?
08:19Quais pontos você entende que foram cruciais para essa cisão?
08:26Caniato, eu acho que não vale a pena estender este comportamento na votação do IOF como um comportamento generalizado,
08:34uma espécie de rompimento do presidente da Câmara com o governo.
08:38Aliás, muitas matérias, Hugo Mota está demasiadamente alinhado com o governo.
08:44Por exemplo, uma bandeira que ele prometeu para a oposição, que era a anistia, foi totalmente engavetada.
08:52E aí, de acordo com o script do governo, de acordo com o script do Supremo.
08:59E agora estão criando um projeto a seis mãos para ver se aprova alguma coisa.
09:05Agora, é preciso lembrar que a questão especificamente de aumentar tributo, Hugo Mota foi incisivo desde o início,
09:16dizendo que a Câmara e o Parlamento não querem aumentar mais imposto.
09:21Porque o Brasil já é o país que mais paga imposto entre todos os países emergentes.
09:29O Brasil é o país que mais taxa o cidadão entre todos os países emergentes.
09:35Então, o presidente da Câmara deixou claro que nós já batemos o teto na cobrança de imposto.
09:42Não dá mais para aumentar imposto.
09:43Então, nisso ele foi contundente.
09:47E aí, fazendo oposição ao governo desde o início, neste tema.
09:52Mas nos outros temas, há alinhamento demais.
09:55E quanto mais alinhamento tiver entre o presidente da Câmara e o governo, maior será o desgaste da sua liderança entre os seus pares.
10:08Afinal de contas, os seus pares esperam um presidente da Câmara que defenda o legislativo,
10:15a independência do poder legislativo e não um poder que se curve ao supremo ou ao poder executivo.
10:25Portanto, este é o comportamento de Hugo Mota, está sendo coerente com a sua atitude em relação ao aumento de imposto.
10:31Mas que, ao meu ver, há muita convergência da atuação do legislativo com o executivo e o judiciário,
10:40ela já passou do bom senso.
10:43E isso não é aceitável para a maioria dos parlamentares.
10:48Pois é, só para atualizar nossa audiência, se o Senado Federal confirmar a derrubada dos decretos do IOF,
10:56na sequência, inclusive, acompanhamos há pouco a confirmação de que a Câmara acabou derrubando o aumento,
11:04seria uma derrota para o governo na ordem de 10 bilhões de reais, quando a gente fala de arrecadação.
11:13E aí, há muitas projeções sobre quais seriam os caminhos possíveis para essa administração.
11:20Contingenciamento de recursos para os ministérios? Possivelmente.
11:24Até a quem pense que isso pode impactar também as emendas que são entregues aos parlamentares.
11:32Enfim, a gente vai acompanhar, a depender da aprovação ou não do Senado, como será o dia seguinte,
11:37as manifestações dos representantes do governo federal a respeito dessa derrubada.
11:43A gente segue atento ao que acontece em Brasília.
