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A derrota do governo na derrubada do decreto que aumentava o IOF gera forte repercussão. O deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), ao lado dos comentaristas Dora Kramer e Cristiano Vilela, analisa as implicações políticas e econômicas, afirmando que o governo Lula (PT-SP) "não dialoga com a Câmara". A rejeição ao decreto escancara as dificuldades de articulação do Executivo e o poder do Congresso.

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Transcrição
00:00Nesta quarta-feira agitada, vou chamar os nossos comentaristas Dora Kramer e Cristiano Vilela.
00:05Ainda não temos, viu Dora, 100% de certeza em relação a esse projeto da Câmara,
00:10se já vale também para a isenção de 5 mil reais, porque há uma dúvida em relação à compensação.
00:16Daqui a pouquinho chega a informação, mas fique à vontade, Dora.
00:19É correção da tabela, acho que é correção da tabela,
00:23porque apenas o Arthur Lira lê o relatório, tá certo?
00:29Da isenção, que ele é relator, isenção dos 5 mil.
00:33Então vamos esperar para ver o que é.
00:35Mas o que você quer me perguntar?
00:38Para falar mais sobre o OEF, se em relação ao próprio governo,
00:42de saber o que vai acontecer agora, qual articulação e também a posição do deputado Hugo Mota,
00:49que de uma certa maneira tem informação de bastidores,
00:54de que ele não teria aceito uma reunião com outros integrantes do governo,
01:00de que forma o bastidor, hoje no Congresso Nacional, aponta para isso, Dora?
01:06Pois é, o que dizem que ele não deu a menor pelota.
01:09Lindbergh Farid, líder do governo, Gleisi Hoffman,
01:13a ministra da articulação política,
01:16que aí eles saíram dizendo, não foi nem bastidor,
01:19saíram dizendo para quem quisesse ouvir,
01:21que não foram atendidos pelo Hugo Mota.
01:25O governo, quando eu falei que o governo era desatento,
01:28eu usei uma expressão assim, muito amena, né?
01:32Porque o governo foi completamente indiferente às evidências,
01:36porque achou, confiou que o Hugo Mota seria um parceiro, gente do céu.
01:45E está muito claro para qualquer pessoa que acompanha a política
01:48que o Hugo Mota e o Davi Alcolumbre dão prioridade a quem os elegeu,
01:53respectivamente presidentes da Câmara e do Senado.
01:57E não foi o governo, porque não eram candidaturas governistas,
02:01eram candidaturas do parlamento e é ao parlamento que eles darão prioridades.
02:07Isso é cristalino.
02:08Agora, rola por aí uma informação,
02:12uma possibilidade de que o governo vá recorrer ao Supremo.
02:16Porque hoje a gente viu, inicialmente,
02:18depois que o governo, os líderes saíram daquele atordoamento inicial,
02:23porque ficaram todos chocados, né?
02:26Aí resolveram partir para uma atitude mais agressiva.
02:31O Tom foi bastante mais agressivo, né?
02:34E aí, nessa coisa de ir para cima,
02:37dizendo, olha, vai ter que ter contingenciamento e vai ter que ter mesmo.
02:41Porque a lei manda que se não tem dinheiro de um lado,
02:45tem que contingenciar ou bloquear de outro.
02:47Claro.
02:48Agora, vai ter reação.
02:50E aí o governo, de repente, está pensando em recorrer ao Supremo.
02:54Não sei mediante que argumento para derrubar essa decisão do Congresso.
03:01Se fizer isso mesmo, pode esperar.
03:04A coisa vai ferver, a coisa vai ficar pior,
03:08porque quem tem a força hoje e quem dá o ritmo do jogo
03:12é o Congresso Nacional, não é o Palácio do Planalto.
03:16Pois é, Vilar, então agora chega a informação.
03:18Essa aprovação sobre o Imposto de Renda tem a ver com a correção.
03:22É um projeto de lei que atualiza a tabela do Imposto de Renda.
03:27O deputado Arthur Lira fez a leitura do documento dele.
03:30Ele que está relatando o projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda.
03:35Mas isso ainda vai ser votado pela Câmara dos Deputados.
03:38De qualquer forma, essa correção da tabela ou esse ponto que atualiza a tabela,
03:44agora a análise será feita pelo Senado.
03:46Vilela.
03:48Exatamente, Tiago.
03:49O que não demonstra, portanto, uma vitória do governo,
03:53haja vista que se tratava de um tema de consenso dentro do Parlamento.
03:57De fato, já foi feita a aprovação no ano anterior
04:00de que a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos,
04:05naturalmente tendo havido esse aumento no salário mínimo,
04:09deve acompanhar e foi acompanhado inicialmente esse aumento através de um MP
04:13e que agora ele vem aprovado.
04:15O fato é que o governo realmente não demonstra a menor capacidade de dialogar
04:21e de articular com relação ao Parlamento.
04:24E o Parlamento tem altivez.
04:26O Parlamento, naturalmente, não pode ser tratado de uma forma submetida
04:31pelos interesses e pelo discurso do governo.
04:34O governo não pode encaminhar determinadas decisões,
04:37determinados projetos com aquele discurso do bem contra o mal,
04:41do nós contra eles, do rico contra o pobre,
04:43e querer que o Congresso Nacional engula isso a frio.
04:46Não, o Congresso Nacional se posiciona e o fato é que hoje,
04:51se olharmos a fotografia do Congresso Nacional,
04:54vamos ver um governo absolutamente enfraquecido,
04:57os setores que apoiam o governo, aqueles partidos mais à esquerda
05:01que tradicionalmente apoiam o governo,
05:03dariam mais votos, inclusive, do que o governo teve nesse episódio,
05:07envolvendo o IOF.
05:09Então, demonstra, de fato, que, inclusive, dentro do seu quintal,
05:13o governo talvez não consiga a maioria em temas caros como esse.
05:17E, mais uma vez, sofre uma derrota acachapante.
05:21Ou o governo muda sua forma de agir com o Parlamento,
05:24ou, então, outras derrotas ainda vão acontecer.
05:27Para falar mais sobre o embate entre o governo e o Congresso Nacional,
05:31o nosso entrevistado agora é o deputado Joaquim Passarinho,
05:34do PL do Pará, presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
05:39Tudo bem, deputado?
05:39Sempre bom receber o senhor aqui.
05:41Bem-vindo.
05:41Boa noite.
05:43Boa noite.
05:43Boa noite a todos.
05:44Muito obrigado pelo convite.
05:45Deputado, então, só para esclarecer a nossa audiência,
05:47em relação ao imposto de renda,
05:49não é ainda a isenção do imposto de renda
05:52para quem ganha até R$ 5 mil?
05:53É uma correção da tabela, é isso?
05:56Isso.
05:56É uma correção até dois salários mínimos.
05:58É antigo, já está em vigor,
06:00só que está a ser ratificado pela Câmara e pelo Senado.
06:03Aquela outra isenção, até R$ 5 mil,
06:05ainda está sendo elaborado o relatório pelo ex-presidente Arthur.
06:11Deputado, e sobre essa derrota do governo?
06:14A gente acompanhou a sessão durante toda a tarde,
06:17começo da noite aqui na Jovem Pan.
06:19De uma certa maneira, o que representa a força do Congresso Nacional
06:23em relação ao Executivo?
06:25A gente até destacava aqui que, desde 92,
06:28o Congresso Nacional não derrubava um decreto presidencial.
06:32O que isso representa?
06:34O que é possível esperar dessa Câmara?
06:37É possível costurar um outro acordo com o governo?
06:40Será que o governo, dessa vez, vai tentar costurar
06:42de forma mais ampla algum acordo com o governo?
06:45Que leitura política é possível fazer dessa quarta-feira, deputado?
06:50Olha, eu acho que a análise de vocês aí da Jovem Pan foi muito coerente.
06:55O governo não dialoga com a Câmara, não dialoga com a sociedade como um todo.
07:02Então, o governo inventa dentro de quatro paredes um certo equilíbrio fiscal
07:06que ele esquece que, quando você equilibrar suas contas,
07:10você tem duas vertentes.
07:11Uma de arrecadação e o governo vem batendo recorde de arrecadação.
07:15Mas a outra vertente é da economia, da eficiência do gasto,
07:19de acabar com o desperdício.
07:21E essa parte o governo não faz.
07:23Parece que o governo do PT não tem o DNA para isso.
07:26E não consegue fazer essa sua segunda parte.
07:29Equilibrar suas contas, melhorando, dando eficiência,
07:32qualidade no gasto público e economizando o público.
07:36Então, o governo sempre quer fazer mais benefícios à sociedade
07:40e, para isso, ele quer arrecadar mais.
07:43Esse problema do IOF, o governo fala que não houve entendimento para colocar em pauta.
07:47Mas o governo também, quando mandou, fez uma medida provisória para cá,
07:50também não conversou com o Congresso.
07:51Não conversa com a sociedade, com o setor produtivo.
07:54Não conversa com quem emprega, com quem está lá na ponta pagando essa conta.
07:59Eu digo, nós não temos mais condições de pagar mais imposto do que pagamos.
08:03O governo cobra muito e entrega pouco.
08:06E o governo não conversa, não dialoga.
08:08Não trata o parcero do parlamento como parceiro nessa construção.
08:13E sim, como subsegente que possa ficar aqui apenas votando
08:17e ratificando aquilo que o governo pensa.
08:20Então, eu acho que a análise de vocês é muito certa.
08:23Ou o governo para para acertar,
08:25ou ele vai ter muita dificuldade aqui para frente.
08:27Doutor, eu vou passar para os nossos comentaristas.
08:29Dora Kramer e Cristiano Vilela.
08:30Dora faz a próxima questão. Dora.
08:32Boa noite, deputado.
08:34Hoje, durante o dia, o governo teve, depois que ele saiu do torpor inicial,
08:41teve uma atitude mais agressiva.
08:44Você ouviu o tom do Lindbergh, viu o tom do Zé Guimarães,
08:50um tom bastante mais agressivo.
08:52E aí, no meio dessa reação, surge, não sei se é ainda uma informação
08:57ou alguma maneira de exercer pressão,
09:02de que o governo pretende ir ao Supremo,
09:04não sei mediante que argumento, nem que instrumento específico,
09:09ir ao Supremo para tentar fazer uma reação via judiciário.
09:13O que o senhor acha que vai acontecer se o governo fizer isso mesmo?
09:19Olha, eu acho que, primeiro, eu já era esperado.
09:21Toda vez que o governo tem uma derrota no Congresso,
09:24ele procura e corre para se resguardar,
09:27para se respaldar dentro do Supremo.
09:29É o que ele sempre faz, sempre fez e vai continuar fazendo.
09:32Não é nenhum tipo de surpresa para nós.
09:35O problema é que o governo esquece de ver qual é a reação do próprio Congresso.
09:40Ele não acha que isso vai ficar impune.
09:42Se ele fizesse, nós tivemos aqui quase 400 votos hoje,
09:46mostrando que a base do governo votou conosco.
09:49Se eles fizeram essa análise, muito bem vendo os números.
09:51O governo está votando junto conosco nessa situação,
09:54porque essa situação econômica, situação de aumento de impostos,
09:58ele passa por cima de acordos políticos.
10:01Ele vai para cima da vida pessoal de cada um,
10:03da sua base, do seu eleitorado, que não vai aceitar isso.
10:07Então, o governo pode ir, como sempre fez,
10:09mas se ele conseguir algo contra a decisão do Congresso,
10:13tenho a certeza que ele vai ter mais problemas aqui para frente.
10:16Acho que o governo devia, ao contrário,
10:19ver a regra do recado, ver o que nós estamos dizendo,
10:22o que o Congresso está mostrando para ele,
10:24tentar mudar a sua forma e não afrontar o Congresso mais uma vez.
10:29Deputado, vou passar para o Cristiano Villela,
10:31que é advogado, inclusive, antes da pergunta para o deputado,
10:34é bom dizer se o governo teria esse espaço para recorrer ao Supremo Villela.
10:39Olha, Tiago, no meu entendimento, não teria esse espaço.
10:43O argumento que se colocou no dia de hoje seria de tentar criar um paralelo
10:48com aquela questão da desoneração, que era um tema totalmente diferente,
10:52era uma lógica diferente.
10:53Naquele contexto, o parlamento, vamos dizer assim,
10:56criava despesas, acabava diminuindo determinadas receitas.
11:00Agora, nós temos o contrário, quer dizer, nós temos o governo
11:03criando de uma forma inadequada despesas, gastos ou impostos,
11:10algo que, de fato, não é compreensível, não é aceitável
11:15para o Congresso Nacional, que é quem, eventualmente,
11:18teria a competência através da legislação.
11:21Então, eu vejo, nesse sentido, que uma tentativa,
11:23do ponto de vista jurídico, não político,
11:26político, o deputado já colocou bem essa questão,
11:28mas, do ponto de vista jurídico, eu vejo que seria uma medida
11:31absolutamente inadequada.
11:33Mas, para o deputado, eu gostaria de fazer uma pergunta.
11:36Deputado, na sua visão dos erros que o governo tem cometido,
11:40que, muitas vezes, o governo atribui a esses erros
11:42como erros de comunicação, mas, na sua visão,
11:45onde o governo está pecando mais?
11:48Na economia, com a falta de medidas que venham efetivamente
11:52a promover corte de gastos, a sanidade fiscal,
11:56ou na política, com a total incapacidade de ouvir setores
12:00que não sejam aqueles setores mais íntimos ligados ao governo?
12:05Olha, eu acho que ele erra em todos os lugares.
12:07Ele erra na comunicação, ele erra no relacionamento com o Congresso,
12:11ele erra com o relacionamento com o setor produtivo.
12:14Quer dizer, o governo erra toda hora.
12:16Num assunto tão grave como esse, o governo tinha que chamar
12:19aqueles que estão na ponta, aqueles que estão passando pelos problemas agora,
12:23que estão voltando de uma pandemia, tentando reaquecer a nossa economia.
12:28E aí o governo vem com invenções que não têm recabimento.
12:32Como você falou, juridicamente, eu não vejo por onde ele recorrer disso.
12:36E vou dizer mais, se fosse falar juridicamente,
12:38talvez o aumento do IOF fosse ilegal,
12:41porque esse é um imposto regulatório, não arrecadatório.
12:43Então, o governo já estaria errando aí nesse momento,
12:47quando usou esse instrumento.
12:49Mas eu acho que o governo precisaria,
12:51eu acho que o governo tinha que parar para entender.
12:53Olha, nós estamos pecando, vamos parar, vamos reiniciar,
12:56vamos resertar aqui o governo,
12:57e começar a ver que o governo precisa dialogar.
13:00Precisa chamar, hoje a sociedade organizada, a sociedade civil,
13:04os setores produtivos, eles têm representação em Brasília.
13:07Tem entidade que representa os setores.
13:10Acho que tem muitas coisas que, conversando, nós podemos fazer.
13:12Por exemplo, o corte de gasto, onde é que está?
13:15Só para você ter uma ideia, a informação que a gente tem na imprensa,
13:18que, segundo defesa, cresceu no governo agora do PT, 57%.
13:22É impossível ter crescido.
13:24Não, não temos 57% a mais de pescadores em dois anos.
13:27Isso é impossível.
13:28Então, alguma coisa errada.
13:29Então, vimos o que aconteceu no INSS.
13:30Quer dizer, nós temos que estancar essa sangria.
13:33O governo precisa entender isso, conversar com a sua base,
13:37conversar com a sociedade, para ver como nós podemos fazer.
13:40Acho que podemos ver alguns incentivos que estão há muito tempo
13:43e não estão dando resultado.
13:45Podemos.
13:45Mas o governo não fala, o governo não dialoga.
13:48O governo resolve em quatro paredes
13:50e quer enfiar a goela abaixo dentro do Congresso Nacional.
13:53E o Congresso já disse que, dessa forma, não aceita.
13:55O governo não sabia o problema.

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