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O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT‑SP) defende travas constitucionais para conter supersalários e cortar altos benefícios no serviço público. Dora Kramer e Cristiano Vilela debatem os efeitos dessa medida na reforma administrativa, controle de gastos e reação do funcionalismo.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/F8zagXYlQ8I

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Transcrição
00:00A polêmica não só das contas públicas, mas também o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu cortar os altos salários públicos.
00:09No entanto, especialistas consideram difícil o Congresso analisar a reforma administrativa diante do calendário eleitoral de 2026.
00:18A reportagem é de Marcelo Matos.
00:21A urgência da reforma administrativa não é novidade nos gabinetes de Brasília.
00:27A surpresa ocorre pela proposta a ser defendida agora pelo PT.
00:32Avalia o especialista em contas públicas, Bruno Lavieri.
00:37O economista lembra que Lula completou mais de dez anos à frente do Executivo e nunca mostrou empenho pela discussão, que mexe com o funcionalismo público.
00:49É um pouco de cortina de fumaça, né? Acho que para tirar um pouco da atenção em cima da barbeiragem do IOF, né?
00:56Que foi de fato uma barbeiragem. O governo está buscando receita desesperadamente e não pensou no efeito colateral que essa elevação do IOF poderia ter.
01:06Mas, enfim, está tentando jogar ali com outras coisas na mesa para tentar agradar o legislativo, né?
01:15Que é, novamente, uma relação difícil, né? Muito difícil.
01:20E é por isso que o Lula 3 patina muito mais, né?
01:24Para conseguir colocar a sua agenda do que foi em Lula 1 e Lula 2, né?
01:29No amplo desgaste após o aumento do IOF, o ministro Fernando Haddad saiu em defesa das reformas estruturantes, com a promessa de cortar os altos salários públicos.
01:42Laviere lembra que, para ter sucesso, o tema deveria ter sido enfrentado no início do mandato.
01:50E agora, o custo político praticamente inviabiliza a tramitação no Congresso, do próprio governo, que convive com a queda de popularidade.
02:01Custo político que hoje não consegue bancar, né?
02:05Não vou dizer às vésperas, né? Mas muito mais próximo da eleição.
02:08Então, seria, de fato, gastar bala política com isso agora, não seria muito racional.
02:17Por isso que a gente não acha que reforma administrativa tem chance de avançar com um conteúdo minimamente razoável até o fim desse mandato.
02:27O diretor-presidente do Centro de Liderança Pública, Tadeu Barros,
02:32reforça que o Brasil não muda nada em sua máquina administrativa há 30 anos.
02:39E, claramente, os efeitos fiscais são prejudiciais ao custeio público.
02:45Além de corte de gastos, é ter uma qualidade do gasto público.
02:49Quando eu falo de privilégios, a gente tem super salários aí, principalmente no judiciário.
02:54A gente, teoricamente, a gente tem um teto aí de 46 mil, mas a gente vê juízes espalhados pelo país aí ganhando um milhão.
03:04Uma folha salarial incompatível com qualquer realidade.
03:07Então, tem estudos, sendo muito conservador, Marcelo, que mostram que se a gente respeitar o teto,
03:17a gente tem, pelo menos, na melhor, assim, na pior das hipóteses, 5 bilhões de economia para os cofres públicos.
03:265 bilhões, só para a gente ter uma ideia aqui, o orçamento atual do Ministério do Meio Ambiente,
03:32A gente está num ano de COP e num ano extremamente olhando para a parte ambiental, é de 4 bilhões e meio.
03:38Maus descarta caças bruxas ao funcionalismo e lembra que os super salários representam apenas 0,23% da folha pública.
03:50Primeiro, moral.
03:51Segundo ponto, fiscal.
03:53É isso, a gente vem discutindo aí, né?
03:56O Estado, ao invés de cortar custos, ele está olhando em aumentar impostos.
04:03Então, sobre o ponto de vista fiscal, também a gente consegue uma economia que é dinheiro indo para o ralo.
04:08E o terceiro ponto de vista social.
04:11Como eu disse para vocês, são 5 bilhões que a gente pode estar destinando para a saúde, para a educação, para a segurança.
04:18Então, definitivamente, não é um caça às bruxas.
04:20É sim buscar uma justiça fiscal e um equilíbrio das contas públicas por meio de privilégios que já perpetuam por algum tempo.
04:30A deputada por São Paulo, Adriana Ventura, do Novo, analisa a possibilidade da reforma neste momento.
04:38A reforma administrativa é uma das reformas mais urgentes para garantir a sustentabilidade do Estado brasileiro.
04:44Não se trata de atacar servidores, mas sim de modernizar uma estrutura obsoleta, cheia de privilégio, ineficiência e um monte de distorção que penalizam o cidadão comum.
04:56Hoje o Brasil gasta muito com a máquina pública, mas entrega pouco.
05:00A reforma busca corrigir isso.
05:02A gente quer valorizar o conservador, aquele que se dedica, entrega resultado.
05:06E a gente também quer acabar com esses super salários, benefícios indevidos, que desrespeitam o teto constitucional.
05:14No Congresso, um grupo de trabalho foi criado pelo presidente Hugo Mota para a discussão da reforma administrativa,
05:22com a promessa do governo de apoiar o tema, com a participação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos,
05:30comandado pela ministra Esther Dweck, na apresentação de estudos e diretrizes desenvolvidas pela pasta.
05:41Ô Vilela, a gente vem falando, e Dora também, né, a gente vem falando muito sobre corte de gastos,
05:46que o governo deve promover corte de gastos, mas o governo insiste na questão da reforma administrativa,
05:51que a gente sempre falou que é uma reforma importante, mas não há disposição do próprio Congresso fazer isso.
05:57Agora, o governo vai no caminho certo de insistir com isso nesse período, Vilela?
06:02Olha, Tiago, o ponto é qual reforma administrativa vai ser aprovada,
06:07e se essa reforma administrativa é a mesma desejada por grande parte da sociedade,
06:13que compreende que nós vivemos um Estado brasileiro extremamente inchado,
06:17ou se ela é uma reforma administrativa na leitura do governo,
06:21que é uma reforma administrativa que não compreende o inchaço da máquina pública,
06:26que entende que a máquina pública, ela precisa de mais concursos públicos,
06:32de trazer mais nomes, mais quadros para o serviço público,
06:37e não do que a visão que nós temos hoje, a visão que a maioria da sociedade tem hoje,
06:42é que nós temos uma máquina absolutamente inchada.
06:45Então, esse é o ponto mais importante, e é o ponto que é difícil de ser discutido,
06:50num momento onde o governo não tem maioria no parlamento,
06:53e onde o governo já está se preparando para uma disputa eleitoral,
06:57daqui praticamente um ano, onde o governo vai com bastante dificuldade
07:01tentar se reabilitar politicamente, num cenário onde os índices de aprovação
07:07são realmente muito baixos e o governo não precisa, não deve se interessar, talvez,
07:13por temas que possam acabar suscitando algum tipo de má interpretação por parte da sociedade.
07:20Ô Dora, em algum momento do seu trabalho como jornalista em Brasília,
07:24claro que você acompanha ainda o Congresso Nacional,
07:27você em algum momento achou que a reforma administrativa de qualquer governo,
07:31que sempre isso vai e volta, em algum momento essa reforma poderia ser aprovada
07:36ou tinha mais condições políticas para ser aprovada ou não?
07:38teve sim, teve lá atrás, teve um momento, um quase quase ali no governo Fernando Henrique,
07:45teve também ali no governo Temer, mas que o governo do PT não tem a menor chance,
07:51porque o economista que apareceu, Bruno Lavieri, que falou agora há pouco,
07:55eu estou inteiramente com ele, porque é isso, é uma cortina de fumaça, gente.
07:59Dez anos de governo Lula e mais tantos de governo Dilma,
08:05seis anos de governo Dilma, realmente, e o PT, o governo do PT não fez nenhuma movimentação
08:13a favor da reforma administrativa, ao contrário, sempre se posicionou contra,
08:18não vai ser agora, na véspera do ano eleitoral, que vai fazer esse enfrentamento.
08:23Claro, o Bruno tem razão, enfrentamentos desse porte se faz no início de governo,
08:30quando você tem força política.
08:32Ora, se o governo vai fazer agora, quando não tem força política,
08:35e vai defender, vai despender esforços num tema contra o qual ele sempre se posicionou,
08:43evidentemente que não.
08:45Então, tudo isso é uma conversa mole, que não adianta, que sabe,
08:49a gente pode, a gente só não precisamos ficar fingindo que a gente acredita,
08:53porque aí o governo finge que apoia a reforma administrativa
08:56e não tem cabimento a gente ficar fingindo que acredita.

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