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O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) analisou as recentes decisões do Congresso Nacional em relação às políticas tarifárias, especialmente a derrubada do aumento do IOF.

Ele caracterizou o governo Lula como "enfraquecido e com baixa popularidade", destacando a falta de diálogo com os parlamentares, o que tem culminado em sucessivas derrotas no Legislativo. Essa postura, segundo ele, prejudica a articulação e a governabilidade, gerando um clima de instabilidade em Brasília.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/GDjGo0Zub08

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Transcrição
00:00De volta a política, o governo e o Congresso ainda trocam farpas por causa da derrubada do decreto do IOF.
00:06O nosso entrevistado é o deputado Ottoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro, mais uma vez participando da programação da Jovem Pan.
00:13Muito bem-vindo, deputado. Como vai? Boa noite.
00:16É uma alegria muito grande, Tiago, estar de volta aqui com vocês. Eu quero agradecer a esse convite.
00:22Muito obrigado. Nós que agradecemos.
00:24Bom, deputado, a questão pode parecer uma pergunta básica.
00:28Talvez não tenha uma solução, não tenha uma resposta, mas como é possível, no meio desse tiroteio,
00:35apaziguar os ânimos entre o governo e o Congresso Nacional, deputado, depois da derrubada da alta do IOF?
00:44Tiago, eu acho que nós só conseguiremos analisar o que aconteceu a partir de uma visão política.
00:54O governo está com baixa popularidade, errando muito e parece que sem rumo.
01:06Isso tudo afeta as decisões do parlamento.
01:10Quando o presidente Hugo Mota resolve desfazer esse decreto do governo acerca do IOF,
01:24impondo ao governo uma grande derrota, uma avassaladora derrota,
01:29na verdade, isso se dá por uma série de questões políticas que passam por uma certa desarmonia,
01:43falta de diálogo entre o governo e o parlamento,
01:47e também por esse momento muito sensível que o governo passa diante da opinião pública.
01:56Portanto, ainda que o parlamento tenha acertado em derrubar o IOF,
02:05ou seja, esse aumento do IOF, que era um absurdo,
02:10mas acredite, isso só se deu por conta de alguns fatores.
02:16Se o governo estivesse bem em termos de popularidade,
02:21se o diálogo entre o governo e a Câmara e o Senado Federal estivesse pleno,
02:29não tenha dúvida também de que esse parlamento se furtaria a tomar essa decisão
02:39tão importante para o país, tão importante para o Brasil.
02:44Então, não é um parlamento feito de anjos,
02:48não é um parlamento feito de pessoas sem interesse,
02:55claro que dessa vez o interesse foi o interesse em que a população brasileira
03:02vai aplaudir, está aplaudindo, em que o mercado está aplaudindo,
03:08mas passa por esse fator de crise, de diálogo entre o parlamento e o governo federal
03:18e também por esse momento delicado de impopularidade
03:22que enfraquece o governo diante do parlamento.
03:26Deputado, na sequência, os nossos comentaristas.
03:28Dora Kramer faz a próxima pergunta.
03:30Dora.
03:30Boa noite, deputado.
03:34Pela sua análise, o senhor atribui essa situação ruim a dois fatores que se conjugam,
03:42a impopularidade do presidente e falhas na articulação política,
03:46que me parece que quando o senhor diz que falta diálogo, é isso que o senhor quer se referir.
03:51Muito bem, nesse quadro, como é que o Congresso, o senhor acha que o Congresso
03:58vai tratar a proposta de isenção do imposto de renda
04:03para quem ganha até 5 mil salários, 5 mil reais?
04:08Eu entendo de que o Congresso, neste caso, ele vai tratar esse tema
04:15com os olhos voltados à população.
04:19Ou seja, ainda que o governo ganhe com a aprovação desta isenção,
04:28para a faixa de quem ganha até 5 mil reais,
04:33chegando até ali a faixa de 7 mil reais também, de algum benefício,
04:38o Congresso, ao aprovar, ele não está aprovando para o governo,
04:45mas ele está aprovando uma pauta que é uma pauta altamente popular,
04:51principalmente às vésperas de um ano eleitoral.
04:53É uma pauta, Dora, que deixa todo o Congresso refém.
05:02Ou seja, mesmo aqueles que são contrários ao governo Lula,
05:08oposição ao governo Lula,
05:11diante de um projeto de tamanha popularidade
05:16e que é abraçado por boa parte da nossa população,
05:21acaba que o governo ganha não pelos seus próprios méritos,
05:26mas ganha porque o Congresso está olhando para a opinião pública, não é?
05:32Foi mais ou menos o que aconteceu no final do governo Bolsonaro,
05:37quando até a oposição teve que aprovar alguns pacotes
05:42que beneficiavam, naquele momento, o governo Bolsonaro,
05:46às vésperas de uma eleição,
05:49porque não tinha como dizer não, não é?
05:51Por exemplo, foi o aumento do Bolsa Família, não é?
05:57Daquele dinheiro que se destinava ao Bolsa Família.
06:01Até quem era do PT sabia que aquilo tinha uma...
06:06Era uma bomba eleitoral de benefício a Jair Bolsonaro,
06:11mas não tinha como, naquele momento, negar isso à população.
06:14Eu vejo mais ou menos isto com esta votação dessa isenção
06:22para quem ganha até R$ 5 mil.
06:25Deputado, na sequência, a pergunta de Acácio Miranda.
06:27Acácio.
06:29Deputado, boa noite.
06:31Falamos bastante sobre a relação executivo-legislativa.
06:35Eu vou acrescentar mais um elemento nessa história toda,
06:38que é o Supremo Tribunal Federal.
06:40Se, porventura, o Supremo Tribunal Federal derrubar
06:45a decisão do Congresso Nacional em relação ao IOF,
06:50você acha que isso, de uma forma, vai contribuir
06:53para um desgaste ainda maior
06:55nas relações entre legislativo e judiciário?
06:59O legislativo vai receber bem isso
07:02e vai acatar a decisão do Supremo
07:05ou buscará alternativas a isso?
07:10Eu não tenho dúvida de que, se isso acontecer,
07:15azedará e muito essa relação entre o legislativo e o executivo.
07:22Não é?
07:23Até porque já há uma máxima dentro do Congresso Nacional
07:29de que questões políticas se resolvem na política
07:34e não usando o Supremo Tribunal Federal
07:38como uma espécie de puxadinho para resolver os meus problemas
07:43quando eu não tenho voto do parlamento.
07:45Isso vai ser muito ruim.
07:47E eu não tenho dúvida de que nós ainda ouviremos ainda este ano
07:52rumores, rumores de uma tentativa de começar a se falar sobre epítema.
08:04Anota o que eu estou lhe falando.
08:06E por quê?
08:07Primeiro porque o governo Lula comete os mesmos erros do governo Dilma II.
08:13São os mesmos erros.
08:15Principalmente a incapacidade de ter um diálogo com o parlamento.
08:21Outra, todo o processo de epítema,
08:26ele começa a ser falado a partir do momento que há um desgaste
08:32e uma impopularidade do governo.
08:35Então, eu acho que essa decisão, se o STF tomar essa decisão
08:40de derrubar aquilo que o Congresso Nacional decidiu,
08:45nós vamos ter muitas dificuldades daqui para frente
08:49nessa relação Congresso Nacional e governo Lula.
08:52Deputado, uma última questão de forma rápida.
08:56Essa discussão sobre a justiça social.
08:59Claro que o Congresso faz esse discurso também
09:02e o próprio governo Lula pelas características.
09:04mas ficar insistindo nesse debate, nós contra eles,
09:10de que forma isso a opinião pública entende que é uma discussão,
09:15apesar de necessária, uma discussão talvez vazia, deputado?
09:21Tiago, isso vai aumentar.
09:23Isso não tem como a véspera de um ano eleitoral diminuir.
09:27Vai aumentar.
09:28O presidente Lula está apostando no eu contra eles,
09:32nos pobres contra os ricos,
09:36na divisão do Brasil.
09:39Nós veremos daqui para frente
09:41não um Lula que queira dialogar com o centro
09:46ou com a centro-direita.
09:48Nós vamos ver um Lula mais sindicalista,
09:52um Lula como aquele Lula de lá de trás,
09:55antes do Lula, paz e amor.
09:57É isso que nós vamos ver daqui para frente,
09:59porque não resta um outro caminho a este governo,
10:04que está sem rumo, que está sem uma direção clara,
10:08se não fazer esse papel de tentar falar com a nossa população,
10:16principalmente aqueles de mais baixa renda
10:20e que dependem desses projetos
10:23de assistencialismo do governo,
10:28que por mais que a gente saiba que eles são importantes,
10:32mas mais importante do que isso é emprego.
10:35Mais importante do que isso é o crescimento do Brasil.
10:38Mas essa aposta Lula não vai fazer,
10:42até porque não dá tempo de Lula
10:45consertar tudo o que ele tem feito de errado
10:48nesses últimos anos.
10:49Então, eu aposto de que isso vai se intensificar
10:54e o que nós vamos ver daqui para frente
10:57é um Lula cada vez mais distante
11:00daquilo que deveria ser a sua grande preocupação,
11:03que é com o equilíbrio das contas públicas.
11:06Deputado Tony de Paula, do MDB do Rio de Janeiro,
11:09como sempre, muito obrigado pela atenção
11:11com os nossos espectadores.
11:12Até a próxima, deputado.
11:13Boa semana.
11:14Muito obrigado.

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