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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é obrigado a recuar em mudanças com receio de nova ‘crise do Pix’.
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NotíciasTranscrição
00:00O governo Lula anunciou nesta quinta o congelamento de 31,3 bilhões de despesas
00:06do orçamento de 2025 para cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal
00:12e a meta de resultado primário fixada para este ano.
00:16E eis a nova lambança do governo federal.
00:20Pois para cobrir esse rombo, o executivo também anunciou, no finzinho assim do anúncio,
00:26o aumento do imposto sobre operações financeiras, o IOF.
00:31O mercado reagiu mal às mudanças e obrigou o Ministério da Fazenda a revogar parte das medidas.
00:38Entre as medidas que estão valendo, transações de câmbio com cartões de crédito e débito internacional,
00:47compra de moeda, cartão pré-pago internacional e cheques de viagem para gastos pessoais,
00:53que passam a ter IOF unificado de 3,5%.
00:58Os mesmos 3,5% incidem agora nos empréstimos externos para operações com prazo inferior a 365 dias
01:10para tomada de empréstimos feitas do Brasil, aliás, para o exterior.
01:17Do outro lado, o governo federal revogou as mudanças relacionadas a aplicações de fundos nacionais do exterior.
01:25Elas continuarão isentas, assim como as remessas de pessoas físicas ao exterior destinadas a investimentos,
01:33que continuarão com alíquota de 1,1% por operação, como era antes.
01:39Vamos ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciando este pacotão.
01:44Esse item é muito residual desse acervo, desse conjunto de medidas.
01:51Nós entendemos que, pelas informações recebidas, valia a pena fazer uma revisão desse item
01:58para evitar especulações sobre objetivos que não são próprios da Fazenda nem do governo.
02:06de inibir investimento fora, não tinha nada a ver com isso, então nós entendemos que era correto fazer uma revisão disso.
02:15Ontem, eu conversei com a equipe ao longo da noite, virtualmente, o Tesouro e as Secretarias Inovilhas, a Receita e o Tesouro, sobretudo.
02:28Comuniquei às 8 da noite para o Bruno Moretti da Casa Civil, muito provavelmente nós estávamos analisando a possibilidade de rever um item do decreto
02:41para deixar a Casa Civil aposta, caso fosse necessário, mas, para o fim da noite, nós entendemos que a revisão era justa, era correta.
02:52Mandamos para a Casa Civil a redação e o decreto de revisão foi processado e já está publicado no Diário Oficial, numa edição extraordinária de hoje pela manhã.
03:04Então, só para dizer que já está publicado no jornal, o secretário do Tesouro vai manter contato com as pessoas que entraram em contato conosco,
03:16para quem, inclusive, nós agradecemos, porque nosso diálogo com o mercado tem sido constante.
03:23Não temos nenhum problema em corrigir rota, desde que o rumo traçado pelo governo seja mantido,
03:31de reforçar a busca fiscal, cumprir as metas para a saúde financeira do Brasil.
03:38Vamos continuar abertos ao diálogo sem nenhum tipo de problema e contamos com a colaboração dos parceiros tradicionais nossos
03:45para ir corrigindo rota, mas para atingir o objetivo declarado ontem, que é o mais importante.
03:52Esse anúncio atabalhoado de Haddad ocorreu menos de seis meses após a chamada crise do PIX.
03:59Na época, Lula disse que nenhum aumento seria anunciado sem a anuência dele, do presidente da República.
04:07Vamos lembrar este momento.
04:08Mas o que eu quero de vocês é o seguinte, daqui para frente, é dedicação.
04:14Mais do que vocês já tiveram.
04:16Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria, que depois crie confusão para nós,
04:22sem que essa portaria passe pela presidência da República, através da Casa Civil.
04:27Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria,
04:31alguém faz um negócio qualquer, daqui a pouco arrebenta e vem cair na presidência da República.
04:36E é importante vocês lembrarem, é importante vocês lembrarem que quando a gente não trabalha, a gente não colhe.
04:46E para ajudar a entender esse embrólio sobre o IOF, esse pacotão,
04:51estamos novamente com o economista Jason Vieira aqui no Meio Dia em Brasília.
04:55Jason, muito boa tarde.
04:57O que é que você analisou deste pacote?
05:01O que você achou desse pacote que inclui esse aumento do IOF, mas não se restringe a isso?
05:08Bom, nós tivemos a primeira parte que efetivamente foi a tentativa do governo de aplicar o pacote de corte de gás,
05:15que teria sido bem recebido em tese, se ele não fosse muito voltado à revisão do passado.
05:24Você teve muita coisa que foi revisada ali no sentido de mostrar que o governo superestimou receitas lá atrás e subestimou despesas.
05:31Ainda existem despesas que estão subestimadas no atual pacote, mas ele já era melhor do que nada, digamos assim, podemos chegar nesse ponto.
05:42Mas o problema é que do momento que veio com a medida anunciada junto com o pacote de aumento do IOF,
05:48que eles foram obrigados, de certa maneira, a recuar, porque o alerta que foi dado,
05:55muito provavelmente esse alerta partiu do Banco Central,
05:58de que uma taxação naquele volume, do modo como seria feito,
06:03teria sim o sinal emitido de controle de capitais, eles acabaram por recuar.
06:07Mas o problema é que o governo continua atuando via receita.
06:13Porque nós vimos isso, ainda que haja a redução, a redução é mínima, inclusive, dessa questão do IOF para o exterior,
06:23dado o tamanho do pacote, a redução é mínima.
06:25Mas você está falando, por exemplo, de elevação de alíquota para empresas nas operações de crédito.
06:31Você acabou de matar o FDIC.
06:33Você, falando da alíquota de 5% para aportes elevados em planos de previdência privada.
06:40Ninguém que tem esse valor de dinheiro põe dinheiro em previdência.
06:44Então, aí já é uma superestimação de receita.
06:47Já pode contar que o que tiver ali já é superestimado em termos de receita.
06:51Porque ninguém, sem consciência, que tenha condições de aportar 50 mil reais por mês, vai colocar num VGBL.
06:57E aí mantém o IOF, o aumento do IOF para a compra de moedas estrangeiras, mas saiu de 3,38% para 3,5% também.
07:06Ele disse que não houve aumento, foi houve equalização.
07:09É, tudo muda de nome, né?
07:11Mas, de qualquer modo, sim, houve aumento, ainda que 0,12%, houve aumento de imposto.
07:15Wilson Lima, também já estou aqui dando boa tarde a você para participar deste meio-dia em Brasília.
07:24Pode continuar aqui com a nossa conversa com o Jason Vieira, sempre muito preciso nas suas colocações.
07:31Boa tarde.
07:31Boa tarde, Nácio. Boa tarde, Jason.
07:35Mas, principalmente, boa tarde para você, meu amigo de um antagonista e também do canal BMC News.
07:41Meu amigo, minha amiga, que está aqui com a gente todo santo dia.
07:45Tem que ter muita paciência, né, Jason?
07:47Porque, me parece, e aí, eu não sei se o mercado teve essa impressão, mas, pelo menos, para mim, ficou essa impressão.
07:54Vamos falar ao longo do programa também sobre o contingência do governo federal.
07:58O governo federal preparou uma tesourada de 30 bi, era até maior, né, do que a gente, do que se imaginava.
08:04Se imaginava 10, 15 bi, o governo veio com 30 bi.
08:09Mas, o que me preocupa, Jason, é que essa conta não fecha. Por quê?
08:14Porque, mesmo com essa mudança do IOF, hoje o Fernando Haddad disse que, na prática, é uma mudança que há uma...
08:23Que o impacto dessa mudança é uma perda de arrecadação de 1 bi, que não afetaria as outras alíquotas, né, que já que o governo federal acredita que pode arrecadar uns 20 bi.
08:33Mas, a impressão que eu tenho, Jason, e eu não sei se você compartilha essa mesma impressão, é que essa conta do Haddad não fecha.
08:42Ainda não fecha. Porque agora o governo federal vai ter que achar uma outra forma de contingência a recursos, vai ter que fazer outros bloqueios para conseguir fechar, para conseguir chegar na meta zero da arcabouça fiscal.
08:55Você também tem essa impressão ou eu estou sendo um pouco pessimista?
08:59Não, não, essa impressão não está errada, não.
09:01Então, o governo agora, por exemplo, ele colocou o contingenciamento de 30, 31,3 bi.
09:10E aí, nas próximas semanas, vai haver o anúncio que vai vir em conjunto com os ministérios para saber efetivamente o que vai ser contingenciado.
09:18E vamos lembrar que o pacote de corte de gastos que foi proposto lá atrás, ele não teve mudanças de gastos, não houve uma reforma estrutural de gastos.
09:27Houve um remanejamento de rubricas que acabou levando àquelas reações negativas e o dólar chegou a bater praticamente 6,30 em algum momento em 2024.
09:37Óbvio, aquilo ali casou com um erro crasso do governo de estratégia de se fazer esse tipo de anúncio no momento em que havia um fluxo natural de saída de dólares do Brasil e só fez por intensificar o processo.
09:49Agora, a questão maior fica que o governo continua, de certa maneira, não trabalhando pela questão da...
10:02É só arrecadação, é só via arrecadação.
10:05Você não vê nenhum...
10:07Esse contingenciamento é sempre por pontos muito específicos, questões específicas, muito menos por...
10:14É muito mais pontual do que por fluxo.
10:17Então você não vê uma mudança estrutural dos gastos do governo.
10:21Você só vê uma mudança conjuntural.
10:24Ou seja, do jeito que estamos, vai continuar...
10:28Nós continuamos...
10:31O governo continua incompetente em termos de não cortar gastos, não vender ativos importantes, não propõe reforma estrutural.
10:37Ele continua do mesmo jeito.
10:39Ele continua do mesmo jeito.
10:41E a reação disso, óbvio, é de que nós vamos ver no futuro próximo, o governo tendo que fazer mais algum pacote para, de novo, tentar mudar mais alguma coisa.
10:53Agora, Jason e meu caro Inácio, duas informações importantes, inclusive uma que chegou agora de uma fontinha do Congresso Nacional.
11:03Primeira, o Haddad, a equipe econômica do governo, junto com o Sidonio Palmeira, chefe da SECOM, eles resolveram agir rápido.
11:14Por quê?
11:15Porque no Palácio do Planalto havia o temor de um novo efeito Nicolas Ferreira.
11:21Havia um temor de que o Nicolas pudesse fazer um outro vídeo, que esse vídeo viralizasse,
11:25viralizasse e o governo federal poderia sofrer outro baque de popularidade.
11:31É bom lembrar, só para a gente relembrar essa fase turbulenta do governo Lula,
11:38é bom lembrar que o governo Lula tenta, ele tenta insistentemente, atrair a classe média para o seu barco.
11:45Porque aquele projeto de reforma do imposto de renda, de aumento da faixa de isenção,
11:50tem o objetivo muito claro, de atingir o eleitor de classe média.
11:55Só que tem um detalhe, quando você aumenta o IOF, você também atinge o eleitor de classe média.
12:02Então, acaba sendo um sinal trocado.
12:05Outra informação importante que eu acabei de receber é a seguinte,
12:07é que a oposição na Câmara já vai apresentar, não, apresentou, melhor dizendo,
12:14um pedido de convocação do Fernando Haddad para que ele explique essa barbeiragem
12:19na forma como ele conduziu o aumento do IOF.
12:24Então, o Fernando Haddad agora vai ter que se explicar.
12:27E eu vou aproveitar, Jason, pode fazer da minha parte uma última pergunta.
12:32Você acredita que, de fato, houve uma barbeiragem do governo?
12:36Porque o que se chegou de informações pela manhã é que, num primeiro momento,
12:43o Fernando Haddad não tinha noção, não tinha conhecimento, não tinha a percepção
12:50de como é que essa questão do IOF poderia bater, poderia dar hashtag ruim no mercado,
12:56principalmente para se dar uma impressão de que o Brasil estava tentando segurar
13:00os investimentos estrangeiros.
13:01mas isso, para mim, eu acho que é uma questão muito óbvia para se enxergar por parte de um ministro da Fazenda.
13:10Eu não consigo, sinceramente, conceber um ministro da Fazenda que não vá decretar,
13:14que não vá anunciar uma medida e não pense nas consequências dessa medida.
13:18Você acha que essa desculpa colou ou é uma bela de uma desculpa estarpada?
13:25Eu acho que, na verdade, a primeira bronca, eu acho que não foi nem uma questão de se observar para frente
13:30se efetivamente ia dar um vídeo Nicolas 2 ou coisa parecida.
13:35Eu acho que o grande problema, na verdade, a bronca deve ter vindo do Banco Central.
13:37Porque você tomar medidas em que você depende muito do Banco Central,
13:43especificamente naquelas ligadas ao exterior,
13:46e o Banco Central, ele está sendo um Banco Central técnico,
13:50podemos dizer isso sim, ele continua sendo um Banco Central técnico
13:54e continua a responder tecnicamente até agora.
13:57Então, não vemos nenhum sinal de mudança nítido no Banco Central.
14:01Ele fez alguns balões de ensaio de comunicação
14:03na tentativa de ver qual era a sensibilidade do mercado a, de repente,
14:07uma mudança em termos de juros,
14:09ou talvez começar a alinhar a comunicação no sentido de se buscar taxas de juros menores,
14:13que é, sim, a premissa nesse momento,
14:16porque estamos chegando no fim do ciclo de elevação de juros,
14:18é natural que isso aconteça.
14:20Mas ele fez isso de maneira muito melhor.
14:24Ele foi durante discursos com outros membros do mercado financeiro,
14:28isso foi alinhando, em certo momento houve uma resposta um pouco mais negativa,
14:32aí veio medidas do governo que o Banco Central teve que responder
14:35e, por fim, o Banco Central agora tem...
14:39Estamos ainda aguardando novos sinais de membros do Banco Central,
14:42mas eles têm uma comunicação que é muito mais, vamos dizer assim,
14:48dispersa, dá a impressão de ser dispersa,
14:52porque é um dia aqui, outro dia ali,
14:54ou seja, não é que nem um anúncio concentrado do governo,
14:57de sentar, falar, fazer o anúncio e depois ter a reação, não.
15:00Ele vai numa reunião aqui, ele faz outra reunião aqui,
15:03ele emite um sinal aqui, ele fala alguma coisa na imprensa
15:05e, no final, você vai tentar chegar ao rumo que o Banco Central está esperando.
15:08Ministério da Fazenda, não.
15:10Normalmente, o que acontecia antes?
15:12Acontecia o balão de ensaios.
15:14Normalmente havia um vazamento providencial de alguns indicadores,
15:18mas isso era, provavelmente, dias antes.
15:23Às vezes, esse governo mesmo, ele sentia a temperatura do mercado
15:26e alterava suas mudanças.
15:28Agora, não. Isso aconteceu, foi algum vazamento, foi no próprio dia.
15:34A medida de contenção de gastos, ela foi bem recebida,
15:38porque ela superou as expectativas do mercado.
15:40Inclusive, nós tivemos, naquele momento, dólar de queda,
15:42fechamento da curva de juros.
15:43Tudo isso em reação a um processo fiscalista,
15:47um pouco melhor por parte do governo.
15:48Mas depois que via que havia dependência, em grande parte,
15:52de uma elevação severa de impostos em diversos modais de crédito,
16:01aí o mercado reagiu negativamente, especialmente com essa percepção
16:04de que poderia suar e suar pesadamente como controle de capitais.
16:08E daí veio o papel do Banco Central de dizer,
16:10olha, é a gente que vai ter que lidar com essa história aqui,
16:12então é bom a gente rever, porque isso aqui não vai pegar bem.
16:16Isso vai reatingir negativamente do mercado.
16:18Obrigado.
16:22Obrigado.
16:23Obrigado.
16:24Obrigado.
16:25Obrigado.
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