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  • 30/06/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta segunda-feira, 30, que as estatais tenham registrado um déficit recorde. Ele abordou o assunto horas após o Banco Central divulgar um levantamento que apontou déficit de 6,04 bilhões de reais de janeiro a novembro deste ano, envolvendo 13 empresas estatais não dependentes do Tesouro. É o maior valor para o período já apurado na série histórica, iniciada em 2002.
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Transcrição
00:00E vamos começar o programa falando sobre o governo Lula, ou melhor, sobre a crise fiscal do governo Lula.
00:06O presidente Lula publicou nesta segunda-feira um despacho no Diário Oficial da União,
00:10cancelando as férias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
00:13Segundo a assessoria do Ministério da Fazenda, Haddad retornará à Brasília nesta segunda-feira
00:18para cumprir a agenda que já estava prevista anteriormente com o presidente Lula.
00:23O ministro e o presidente se reúnem no Palácio do Planalto pela manhã desta segunda.
00:27Segundo a agenda publicada, o encontro será reservado entre os dois.
00:32Já trago o nosso querido Wilson Lima, direto de Brasília.
00:37Wilson, boa tarde. O que você espera dessa reunião?
00:42Boa tarde para você, Inácio. Feliz Ano Novo, meu caro. E aí, aproveitou? Aproveitou bem, rapaz?
00:48Aproveitei. Sempre bom descansar, viajar, ver novos ares, mas é sempre bom voltar aqui,
00:54estar com você e com você que também está em casa, aqui nos acompanhando na TV BMC e no nosso YouTube.
01:01É, eu sei que Zé Inácio com certeza passou as férias deles ali na Europa, é um cara chique.
01:07Mas enfim, vamos falar sério, vamos falar agora de governo Lula, porque é o seguinte,
01:10porque essa reunião entre Lula e Fernando Haddad, ela já acabou.
01:14Ela acabou agora há pouco aqui no Palácio do Planalto,
01:16que era uma reunião que não estava prevista a priori na agenda do governo federal.
01:21E o seguinte, vamos entender essa história com calma.
01:25O Fernando Haddad, ele tinha férias previstas até o dia 21 de janeiro deste ano.
01:33Mas diante de dois fatos extremamente relevantes, que são a alta do dólar,
01:40ligado à falta de um orçamento para o governo em 2025, o Haddad teve que cancelar suas férias.
01:48E aí, nessa reunião, pelo que a gente já apurou no primeiro momento,
01:52foi uma reunião ali para azeitar a relação do Palácio do Planalto com o Ministério da Fazenda.
01:59Até porque vai precisar de muita arrumação nesse início de ano,
02:02o governo Lula, para conseguir dar conta, primeiro, de aprovar o orçamento de 2025,
02:11orçamento esse que não está aprovado, orçamento esse que ainda depende de votação junto aos deputados e senadores.
02:18Dois, há uma preocupação também do governo já de estabelecer algumas outras medidas de ajuste fiscal,
02:26porque aquelas medidas que foram aprovadas no final do ano passado, são consideradas insuficientes.
02:33O que se fala no governo é que o pacote aprovado pela Câmara pode trazer uma economia de 50 bi em 2025,
02:41e não necessariamente de 70 bi como estava inicialmente previsto.
02:45Então, por isso que o governo agora precisa fazer uma rearrumação,
02:49um ajuste de rota para começar bem o ano.
02:52Um ano que vai ser extremamente difícil.
02:54Já destacamos isso aqui no meio-dia em Brasília, na semana passada.
02:57Então, vai ser um ano muito complicado para o governo,
03:00porque ele vai ter que lidar com uma crise fiscal, que ela é muito aguda,
03:05de fato é uma crise muito delicada,
03:07se fala até na possibilidade de recessão a partir do segundo trimestre,
03:13e no ano em que o governo vai ter pouca margem de manobra,
03:16para conseguir se reajustar, se reagrupar no Congresso.
03:19Nós falávamos isso aqui na nossa reunião de pauta especial da quinta-feira da semana passada.
03:24O governo Lula vai ter que se rebolar, vai ter que criar uma situação
03:28para conseguir adequar e encaixar peças importantes,
03:34como Arthur Lira e Rodrigo Pacheco na próxima reforma ministerial.
03:39Quando vai acontecer essa reforma, Wilson?
03:41Até agora não tem uma data.
03:43O que se fala é que provavelmente ela deve acontecer na segunda quizena de fevereiro,
03:48quiçá no início de março.
03:50Então, esse é o cenário.
03:52Então, essa reunião emergencial do Haddad, meu caro Zé Inácio,
03:55ela vem justamente para tentar, já para dar um ajuste ali para o governo,
04:02já para dar um rumo para o governo federal,
04:04para dar um rumo nas contas públicas,
04:06porque a situação ela é delicada,
04:08e ela é uma situação que requer muita atenção por parte do governo federal.
04:15Não é uma situação fácil.
04:17Dólar nas alturas, possibilidade de aumento de juros,
04:20e o governo sem margem de manobra para fazer corte de gastos.
04:23Esse é o problema e essa é a fórmula que o Haddad vai ter que lidar a partir de agora, meu caro.
04:27Ótimo. Já convido também a nossa conversa, o nosso querido Rodolfo Borges.
04:33Boa tarde, Rodolfo.
04:35E você, como você, Rodolfo, analisa essa situação do Lula e do Haddad, já no começo do ano?
04:42Boa tarde, José Inácio Pilar.
04:43Boa tarde, o senhor Lima.
04:44Boa tarde para a nossa audiência.
04:46O governo já começou o ano negando que essa reunião não foi de emergência,
04:55mas a gente já tinha falado que, como o Wilson disse, o Haddad tinha um horizonte maior para essas férias.
05:00E aí, chega antes da hora, porque, de fato, é uma situação de emergência.
05:06Não emergência para esse momento, né?
05:07Hoje, inclusive, o dólar está caindo.
05:09O dólar chegou a 6,9 hoje, está em 6,12, a última vez que eu vi.
05:13Ele abriu em 6,18 reais.
05:16Mas aí é por uma questão externa,
05:18por conta de expectativas sobre as medidas tarifárias do Trump nos Estados Unidos.
05:23O Washington Post deu uma matéria sugerindo com fontes que as medidas do Trump seriam menos intensas do que o prometido.
05:31O Trump já negou isso hoje, inclusive, na rede social dele.
05:34Mas, de qualquer forma, isso mexeu, mexe com o dólar.
05:38E o Haddad, até, na saída da reunião, já falou que é parte de uma movimentação.
05:44Ele falou mais tranquilo do que ele tinha falado nas últimas semanas.
05:46A última vez que o Haddad deu uma declaração pública, ele chegou a embarcar um pouquinho naquela história de que o mercado estava especulando e tal.
05:55E aí estava mais estressado naquele momento.
05:57A situação estava mais estressada e ele foi um pouco por esse lado.
06:01Hoje não. Hoje não está mais desconfiando no mercado.
06:03Hoje já está mais tranquilo.
06:04E já passou uma mensagem de tranquilidade.
06:07Agora, quando tem uma reunião de emergência, é um indicativo de que não tem um cenário de tranquilidade.
06:12O que o governo precisa fazer agora é o que ele não conseguiu fazer ao apresentar o pacote de corte de gastos em 27 de novembro.
06:20Esse pacote de corte de gastos, ele tinha a missão de tranquilizar os agentes financeiros sobre o compromisso do governo com o gasto público.
06:29Não conseguiu.
06:30Eles vão precisar agora tentar fazer isso de outra forma.
06:42E aí
07:08E aí

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