- anteontem
A primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sob a gestão do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, decidiu elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual de 12,25% a 13,25% ao ano, conforme previsto pelo analista Pedro Kazan nesta quarta-feira, 29.
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NotíciasTranscrição
00:00Na sua primeira reunião sobre gestão do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
00:05o Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em um ponto percentual de 12,25% para 13,25% ao ano.
00:14Em nota, o Banco Central afirmou.
00:17O Copom, então, decidiu elevar a taxa básica de juros em um ponto percentual para 13,25% ao ano
00:26e entende que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação
00:32para redor da meta ao longo do horizonte relevante,
00:36sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços.
00:42Essa decisão também implica a suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.
00:50E quem analisa esse impacto da decisão é Evandique Silveira, com um comentário gravado há pouco aqui para o meio-dia.
00:57Caros amigos, é um prazer estar aqui falando com vocês.
01:01E hoje nós vamos repercutir o que aconteceu ontem com o aumento da taxa de juros pelo Banco Central.
01:09A Selic sai de 13,25% para 14,25% e grande parte disso já estava contratado desde a última reunião de dezembro.
01:21A gente sabia que existia uma espécie de guidance de aumento de 1%,
01:26tanto agora em janeiro, começo de fevereiro, e também para a próxima reunião de março.
01:33E por que isso?
01:35Primeiramente, o balanço dos riscos.
01:37A tendência é um aumento da expectativa de inflação, essa desancoragem acima da meta de 3%.
01:47Nós vemos o IPCA crescendo, o IPCA tem se mostrado muito resiliente,
01:53e a expectativa é que mais um ano, 2025, inclusive 2026, nós tenhamos um estouro de IPCA.
02:02O IPCA, a expectativa, as expectativas de IPCA vêm crescendo todas as semanas.
02:09O Boletim Focus mostra isso, ainda que o Boletim Focus tenha estado errado a maior parte do tempo,
02:16eu sempre tenho me colocado à frente do Boletim Focus,
02:21e tenho visto, de fato, que a condição da atividade,
02:25especialmente em função da transferência de renda e gasto do governo,
02:30a política fiscal, de uma maneira geral, extremamente expansionista.
02:34E isso funciona como um acelerador para a inflação.
02:38A grande preocupação de tudo isso é que nós temos essa esquizofrenia entre governo e Banco Central.
02:47Banco Central tentando de tudo e tem feito um trabalho exímio
02:51para reduzir o ritmo de crescimento da inflação e trazê-lo convergente à meta de 3%.
02:58O governo, pelo outro lado, pisa no acelerador fiscal toda a oportunidade que tem.
03:03Inclusive, no final do ano passado, quando teve a oportunidade de convencer o mercado
03:09que era sério com relação a contenções de gastos,
03:13faz uma apresentação desastrosa e apresenta um projeto que não tem um lastro fiscal,
03:18quer dizer, não existe uma contrapartida de financiamento
03:22para subir o limite da isenção de imposto de renda para R$ 5 mil.
03:27Quer dizer, tudo isso faz parte do contexto.
03:29Então, nós temos expectativas desancoradas, completamente desancoradas,
03:35até meados de 2026.
03:37Isso é muito preocupante, porque tem um limite com relação ao que o Banco Central pode fazer
03:44na subida de taxa de juros.
03:46Lembrem, nós já estamos a R$ 14,25, tem contratado a mais um para R$ 15,25
03:51e a minha leitura é que chegaremos no final desse ano a 15,5%.
03:56Isso deve durar pela maior parte de 2026.
04:00Quer dizer, é uma taxa de juros entre as três maiores do mundo.
04:05Acho que perde apenas para a Rússia, que está passando dos 25% já.
04:11Isso é muito preocupante do ponto de vista de atividade
04:14e que pode jogar o Brasil sim, eu já vejo a possibilidade disso,
04:18de uma recessão, porém uma recessão com a inflação.
04:21Quer dizer, a volta da estagflação, que é uma coisa que me preocupa muito
04:24num país como o Brasil.
04:26Segundo a comunicação do Banco Central,
04:33além das expectativas de inflação estarem desancoradas,
04:37e muito desancoradas,
04:39existem pressões externas.
04:41Obviamente, com relação à política monetária dos Estados Unidos,
04:45ontem o Fed resolveu parar a redução de taxa de juros,
04:50e de maneira acertada,
04:51a inflação dos Estados Unidos também vem mostrando bastante pressão e resiliência,
04:56muita dificuldade para chegar nos 3% de meta,
05:00quer dizer, desculpe, os 2% de meta dos Estados Unidos.
05:04Isso vem causando muita preocupação,
05:06e uma das razões principais pela eleição do Donald Trump
05:10e a saída praticamente enxotada do Biden.
05:14E vamos continuar observando o comentário do Van Dijk,
05:17que agora traz uma revelação bastante interessante na sua análise.
05:22Que erra a tarifária, outro ponto,
05:25que não se concluiu, mas não quer dizer que não ocorrerá.
05:29O Trump, bastante falastrão no seu estilo,
05:34e na verdade é uma estratégia,
05:36uma estratégia muito bem pensada por ele,
05:40vem alardeando que a economia principal do mundo,
05:44o maior importador do mundo,
05:46pode colocar uma série de barreiras comerciais
05:51através de tarifas contra países que não estejam alinhados,
05:55ou que não sejam abertos ao comércio com os Estados Unidos.
05:57Quer dizer, como o hegemon, a maior economia e força militar do mundo,
06:02os Estados Unidos podem fazer, porque pode,
06:04e nenhum outro país do mundo pode fazer isso.
06:07E é aquela máxima que vale,
06:09manda quem pode, obedece quem tem cabeça.
06:13E a gente já viu que a primeira relação de tarifas de 25% da Colômbia,
06:18em menos de 24 horas, a Colômbia baixou a crista
06:22e aceitou os termos dos americanos.
06:24Isso vai acontecer com todos os países, inclusive com a China.
06:27Mas o Donald Trump está usando isso como uma carta,
06:29uma maneira de se relacionar com o mundo.
06:34E não quer dizer que vá acontecer,
06:36a expectativa é que ele seja muito parcimanioso,
06:39da maneira que ele vai utilizar essa carta da tarifa.
06:44E isso vem sendo uma das preocupações globais,
06:50porque o aumento de tarifas pode acabar gerando uma guerra tarifária
06:56entre diversos países,
06:58e isso tem uma pressão definitivamente autista na inflação.
07:03Então, isso é uma preocupação, obviamente, com o ambiente externo.
07:06De novo, de volta à questão doméstica,
07:11a inflação de serviços no Brasil, muito, muito pressionada.
07:15Não é só inflação de serviços, mas a inflação de serviços,
07:18serviços subjacentes, principalmente aquela que tem um grande componente de mão de obra,
07:25pessoas, tem sido pressionada demais.
07:29Primeiro, por causa da pressão nos salários, aumentos reais.
07:34Segundo, baixa produtividade, mais aumento,
07:37porque tem ausência de profissionais qualificados
07:40com a economia que está queimando em todos os cilindros.
07:44A gente corre o risco de derreter o cabeçote do motor,
07:48falando aqui de uma maneira brincando,
07:52mas essa é a verdade.
07:54Nós estamos queimando todos os cilindros do motor
07:59e isso mostra uma abertura bastante notável do hiato do produto,
08:04que é o potencial de crescimento da economia.
08:08Não existe mais urciosidade na economia brasileira
08:11e é uma economia que vem de muito baixo investimento.
08:14Quer dizer, qualquer crescimento acima de 2, 2 mil por cento
08:17gera muito problema.
08:19Não podemos nos esquecer que vamos crescer em 2024,
08:222024 deve sair brevemente em março,
08:25alguma coisa entre 3,3 e 3,5 de crescimento da economia,
08:30quando o potencial de crescimento,
08:33quando você não tem nenhuma ociosidade na economia,
08:36é em torno de 2,5 no máximo.
08:38Isso, de fato, gera muita pressão inflacionária
08:41e a gente está vivendo isso.
08:42Então, o hiato, produto aberto,
08:45calculo em torno de 4,5, 5%,
08:48quer dizer, é bastante positivo,
08:50isso definitivamente põe muita pressão na inflação
08:54e a gente está vendo isso principalmente
08:56nos serviços subjacentes,
08:59intensos e mão de obra.
09:00Quer dizer,
09:01a economia, de fato, precisa de um arrefecimento.
09:06Quem sabe esse 1% a mais Selic
09:08possa ser aquela palha
09:12que quebrou as costas do camelo
09:14e a gente consegue trazer a inflação de volta
09:17na casa dos 3%.
09:19O mercado de trabalho extremamente aquecido
09:22e esse hiato do produto fora de controle.
09:26Agora, tudo isso vem da comunicação
09:29e da minha análise com relação ao que aconteceu.
09:32Agora, vale a pena a gente pensar e refletir
09:35no que não foi dito na comunicação do Banco Central.
09:39Em nenhum momento o Banco Central se colocou
09:41preocupado com a expansão fiscal brasileira.
09:45Quer dizer, a segunda vez que eu vejo
09:47e que eu comento,
09:48inclusive o primeiro discurso do Galípulo
09:51com relação a não atingir a meta de inflação
09:53no começo do ano,
09:55fala de ambiente externo,
09:57fala de hiato do produto,
09:59fala de questões de mercado de trabalho,
10:03fala a respeito de tudo,
10:05menos do gorila na sala.
10:06É um gorila peludo de dois metros de altura,
10:09um King Kong,
10:10que é a questão do governo
10:12estar gastando como nunca gastou.
10:16Arrecadando como nunca arrecadou,
10:18de um lado,
10:19e pelo outro lado,
10:20gastando o que nunca foi gasto
10:22nem durante a pandemia.
10:25Agora, nesse último trecho,
10:27o Van Dijk fala sobre os reflexos
10:28da decisão de ontem
10:29aqui no Brasil e no mundo.
10:32Quer dizer, obviamente que isso não é sustentável
10:34e é exatamente daí que vem a maior pressão
10:37sobre a inflação.
10:39E é exatamente aí que vem a preocupação
10:41com esses gastos todos,
10:42com o aumento da taxa Selic,
10:44sobre a sustentabilidade da dívida.
10:47Quer dizer,
10:48é impossível que o Banco Central
10:51não esteja atento
10:52à irresponsabilidade do governo.
10:55Nós vivemos num regime
10:57de responsabilidade fiscal,
10:58bem diferente
11:00de uma das pernas,
11:05do tripé macroeconômico,
11:08que é esse ambiente
11:10de retidão fiscal.
11:12Isso definitivamente gera
11:14muita pressão
11:15e apreensão,
11:17porque um aumento
11:18da taxa Selic em 1%,
11:21todo 1% representa
11:22cerca de 200 bilhões a mais
11:26de dívida anualizado,
11:28quer dizer,
11:28em 12 meses.
11:29Quer dizer,
11:29a gente acabou de contratar
11:31pelos próximos 12 meses,
11:33daqui janeiro de 2026,
11:35final de janeiro,
11:36nós teríamos adicionado
11:37mais 200 bilhões,
11:38que é mais ou menos
11:392% do PIB.
11:42Quer dizer,
11:42se a gente já está pagando
11:43próximo de 7% do PIB,
11:46esse ano a gente vai chegar
11:47próximo de 8% a 9%
11:49do PIB
11:50de gasto
11:53com o juro da dívida.
11:55Quer dizer,
11:55completamente sustentável.
11:57E da mesma maneira
11:58que esse juro
12:00vem aumentando,
12:02dado o spread,
12:04que a gente chama
12:05de risco,
12:08essa é a grande preocupação,
12:10nós estamos falando
12:10de prêmio de risco,
12:12esse spread
12:13em cima da taxa
12:14zero risco,
12:16é o spread,
12:17esse spread
12:18é o que a gente
12:20denomina
12:21de...
12:24Desculpa.
12:26A gente denomina
12:27esse spread
12:28em cima da taxa básica
12:30da taxa
12:32de zero risco,
12:33é o prêmio de risco
12:35que é cobrado
12:36para que o governo
12:38possa
12:39reconduzir
12:41ou fazer
12:43a sua rolagem
12:45da sua dívida.
12:46Como esse aumento
12:47do prêmio
12:50de risco,
12:51a gente também
12:51tem visto
12:52o encurtamento
12:53das maturities,
12:55da longevidade,
12:57da necessidade
12:58frequente
12:59de rolagem
12:59de dívida,
13:00o que suscita
13:01uma potencial
13:03crise de liquidez
13:04no país.
13:04Eu não descarto
13:05uma crise de liquidez
13:06porque não é
13:07aceitável,
13:09não é sustentável
13:10ter uma taxa
13:12de juros
13:13de 15%,
13:15indo para 15,5%,
13:16talvez 15,75%,
13:19em cima
13:20de uma economia
13:21extremamente
13:22aquecida
13:22que tem
13:23uma falha
13:24de comunicação
13:25e de
13:26percepção
13:29de onde
13:30nós estamos
13:30indo
13:31pelo lado fiscal.
13:32Quer dizer,
13:32o lado esquerdo,
13:33a mão esquerda
13:34não conversa
13:34com a mão direita.
13:36Então,
13:36a sustentabilidade
13:37da dívida
13:38é uma das grandes
13:39preocupações
13:40que nós temos
13:41com a capacidade
13:42do governo
13:43de honrar isso
13:44no médio prazo.
13:45Quer dizer,
13:46se a gente espera
13:46que o governo
13:47vai pagar
13:48taxa real
13:49de juros
13:50de 8,
13:519%
13:52por 10 anos,
13:54a gente
13:55tem um sério
13:57risco de quebrar
13:58no meio do caminho.
13:59Não é razoável
14:00o governo
14:01pagar taxa
14:02de juros
14:02real
14:02de 18,
14:03de 8%,
14:059%
14:07em títulos
14:09da dívida
14:09de 4,
14:105,
14:116 anos.
14:12Quer dizer,
14:13impossível
14:14manter um negócio
14:15desse.
14:16Então,
14:16grande preocupação
14:17por parte
14:18dos economistas,
14:18minha preocupação
14:19é muito grande,
14:20sem mencionar
14:23que o governo
14:24precisa
14:25fazer um ajuste
14:27fiscal de fato,
14:28que é
14:29provavelmente
14:30impossível,
14:31porque ano que vem,
14:32em 2026,
14:33e o governo
14:34já alardeou,
14:35o Lula
14:35já alardeou,
14:36que iniciaremos
14:38a campanha
14:39presidencial
14:40em 2025,
14:41a chance
14:42de corte
14:42de gasto
14:43é mínima.
14:43Então,
14:43a gente está
14:44no caminho
14:45de refazer
14:46o governo Dilma,
14:48o governo
14:49acaba
14:50de fazer
14:51uma reunião
14:52com a Febraban
14:53ontem,
14:54vão colocar
14:54mais 120 bilhões
14:56no mercado
14:57de crédito,
14:58o crédito
14:59consignado,
15:01num convênio
15:02que estão fazendo
15:02com todos os bancos
15:03privados.
15:04Quer dizer,
15:06tudo na contramão,
15:07é uma posição
15:09inexplicável,
15:11extremamente
15:12populista,
15:12que é
15:13a tônica
15:14desse governo.
15:15Então,
15:16infelizmente,
15:17o governo
15:19não consegue
15:19se ater
15:20ao fato
15:21que é necessário
15:22haver controle
15:23de gasto.
15:24Isso
15:25é a grande
15:26preocupação.
15:27Enquanto
15:27o Banco Central
15:28não aperta
15:30o botão
15:30de pânico
15:31e coloca
15:32o governo,
15:34e principalmente
15:34o presidente Lula,
15:35no centro
15:36das atenções,
15:38fica essa história
15:39de um rasgar
15:40a seda
15:40para o outro
15:41sem que haja
15:42de fato
15:43um debate
15:44profundo
15:45e profícuo
15:46com relação
15:47à questão
15:48da política
15:48econômica
15:49brasileira
15:49que precisa
15:50ter os dois lados.
15:51A gente parece
15:52que acredita
15:52que só existe
15:53política monetária
15:54para trazer
15:55a taxa de juros
15:56e isso é muito
15:57preocupante
15:57porque ainda
15:58que não estejamos
15:59em uma situação
16:02de dominância fiscal,
16:03é quando a taxa
16:05de juros
16:05perde a sua eficácia
16:07para conter
16:08a inflação.
16:09Isso não é o caso
16:10ainda,
16:10precisa ser dito,
16:12mas não quer dizer
16:13que a gente
16:14não esteja muito
16:14próxima dela,
16:15que a gente esteja
16:16já conseguindo
16:17vê-la
16:18a olhos nus.
16:19Então,
16:19com isso,
16:20eu agradeço
16:20a audiência
16:23de vocês,
16:24sou muito grato
16:26ao Antagonista
16:27pela oportunidade
16:28de poder falar
16:28com vocês,
16:29expressar
16:30as minhas análises
16:30e desejo
16:32um excelente
16:33dia,
16:34resto do dia
16:35para vocês.
16:35Muito obrigado.
16:38Nós aqui agradecemos
16:39o Van Dijk
16:40e eu já chamo
16:41o Wilson Lima
16:41diretamente de Brasília
16:42e boa tarde,
16:43Wilson.
16:44Essa alta
16:45de um ponto percentual
16:46era esperado,
16:47inclusive já foi
16:48anunciado na última
16:49alta também
16:50de 1%
16:51e também já foi
16:52anunciada mais uma
16:53alta de 1%
16:54na próxima reunião
16:56daqui a uns
16:56quarenta e tantos dias.
16:58Tudo dentro
16:59do previsto
17:00do ponto de vista
17:01econômico,
17:02não é, Wilson?
17:04Tudo absolutamente
17:05dentro do previsto,
17:07não teve nenhuma
17:07surpresa.
17:08Boa tarde para você,
17:09Inácio,
17:10boa tarde para você
17:11que nos acompanha
17:11aqui ao vivo
17:12em O Antagonista
17:13e também pelo canal
17:14BMC News.
17:16Não teve surpresa
17:17e o Gabriel Galípolo
17:19ele deu um recado
17:21muito claro,
17:22um recado que,
17:23como alertou o Van Dijk,
17:25de certa forma
17:26preocupa,
17:27porque pelas primeiras
17:29manifestações,
17:30lógico,
17:30a gente precisa ter
17:31a ata da reunião
17:32do Copom
17:33para a gente poder
17:33analisar com mais calma.
17:35Isso ainda vai ser
17:36mais para frente,
17:37mas pelo comunicado
17:38já há um indicativo
17:40de que o Gabriel Galípolo,
17:42ao contrário do que o PT
17:44pensava,
17:45e vamos falar mais
17:47sobre isso no bloco
17:48seguinte,
17:49ele já colocou ali
17:50a sua pitada
17:50nessa gestão
17:53do Banco Central.
17:54O Gabriel Galípolo,
17:55é bom lembrar que ele
17:56assumiu agora no dia 1º de fevereiro,
17:57o Lula publicou um vídeo
17:59dizendo que ele teria
18:00total autonomia,
18:02mas essa primeira reunião
18:05já indicou que a autonomia dele
18:07é um tanto quanto limitada,
18:09e isso de fato
18:10deixou o mercado
18:10um pouco mais
18:11um pouco mais preocupado.
18:14O cenário,
18:14Inácio,
18:15como eu falei ontem,
18:17não é um cenário
18:18dos mais avissareiros
18:19para o governo Lula,
18:20tá?
18:20A gente está falando
18:21de um período
18:21em que há um risco
18:23de voto da inflação,
18:25você tem o Caged
18:26apresentando números
18:27muito ruins,
18:29hoje inclusive
18:29foi divulgado um dado
18:31sobre isso,
18:31dizendo que o Caged
18:32foi o pior
18:32desde 2015,
18:34você também tem um cenário
18:36em que há possibilidade,
18:38quer dizer,
18:38você vai ter uma alta
18:40de combustível
18:41no próximo final de semana,
18:43você vai ter um impacto
18:44do diesel
18:45também no final de semana,
18:46ou seja,
18:46o cenário é bem complicado.
18:47Conforme o esperado,
18:49a decisão do Copom
18:50repercutiu politicamente.
18:52Wilson Lima,
18:53boa tarde,
18:54o PT já encontrou
18:55um novo culpado
18:56para essa nova alta
18:58nos juros
18:59que já estava contratada,
19:00a dígula de passagem?
19:03É muito curioso,
19:05não é, Inácio?
19:05Porque o PT
19:06tem duas visões
19:07totalmente distintas
19:09e elas ficaram
19:10muito claras
19:11em 24 horas.
19:12Vamos começar
19:13com a aula
19:14aloprada do partido,
19:16vai,
19:16vamos lá.
19:16Glaze Hoffman,
19:18ela foi ao X
19:19e jogou a culpa
19:21toda na costa
19:23do Roberto Campos Neto.
19:24Vamos ver se a gente
19:25consegue colocar
19:26a arte da Glaze Hoffman
19:26por gentileza,
19:27está aí.
19:28O novo aumento
19:28da taxa básica
19:29de juros
19:30já determinado
19:31desde dezembro
19:32pela direção anterior
19:34do Banco Central
19:35e anunciado hoje,
19:36no caso ontem,
19:38é péssimo para o país
19:39e não encontra
19:39qualquer explicação
19:41nos fundamentos
19:42da economia real.
19:44Ô Glaze,
19:45você está onde,
19:45minha amiga?
19:46está em Marte?
19:49Em Júpiter?
19:50Ainda está no sistema solar?
19:52Qual é esse Brasil
19:53do qual você faz parte
19:54que, enfim,
19:55que justifica
19:56essa tua manifestação?
19:59Pode trazer para cá
20:00porque
20:00depois desse post aí,
20:03a Glaze Hoffman
20:04tomou uma nota
20:05das comunidades
20:06do Twitter
20:07e ela foi desmentida
20:09pelos usuários,
20:10dizendo,
20:10olha,
20:11não tem nada
20:12de taxa contratada,
20:13tratada,
20:13isso não foi intervenção
20:14do Roberto Campos Neto,
20:16já é a administração
20:17Gabriel Galípolo,
20:18ele que se vire
20:19cada um que cuide
20:20do seu BO.
20:21Outro que falou
20:22foi o namorado
20:24da Glaze,
20:25o Lindbergh Farias,
20:26que é o líder
20:27do governo
20:27na Câmara.
20:28Obrigado, Magal.
20:29Esse novo aumento
20:30de um ponto percentual
20:31da Selic
20:32é um desastre
20:33que pode provocar
20:34uma desaceleração
20:35excessiva da economia
20:37e terá um enorme impacto
20:38fiscal.
20:40É inacreditável
20:42a armadilha
20:43criada por Roberto Campos Neto.
20:46Pode trazer para cá
20:47porque de armadilha
20:48não teve nada
20:49e a comunidade
20:51foi lá e falou
20:51o Lindbergh
20:52não teve nada
20:53de armadilha não.
20:55Está aí.
20:56A afirmação
20:56de que as taxas de juros
20:57são predeterminadas
20:58a partir de dezembro
20:59é falsa,
21:01pois elas só
21:02são definidas
21:03após cada reunião
21:04do Copom
21:04a cada
21:0545 dias.
21:08O posto também omite
21:09algumas outras informações.
21:12Mas o curioso,
21:13Inácio,
21:13é o seguinte,
21:14é que ao contrário
21:16dessa ala mais aloprada,
21:18o Lula,
21:19o presidente da República,
21:21o chefe de todo mundo,
21:23não sei se por influência
21:25do Sidonho Palmeira
21:26ou por um momento
21:27de lucidez,
21:28falou hoje pela manhã
21:29sobre a taxa básica
21:30de juros.
21:31Ele falou,
21:32não, olha,
21:32não vamos aqui
21:33responsabilizar o Galípolo,
21:34também vamos deixar
21:35as coisas mais
21:36em banho-maria.
21:37Vamos escutar
21:38o que disse o presidente Lula
21:39na entrevista coletiva
21:40que ele deu hoje pela manhã
21:41aqui no Palácio do Planalto.
21:43Uma pessoa que já tem a experiência
21:46de lidar com o Banco Central
21:48como eu tenho,
21:50tem consciência
21:51de que num país
21:52do tamanho do Brasil,
21:54com a responsabilidade do Brasil,
21:57o presidente do Banco Central
21:59não pode dar um cavalo de pau
22:01num mar, sabe,
22:04revolto, sabe,
22:06de uma hora para a outra.
22:07já estava,
22:09já estava praticamente
22:11demarcado
22:11a necessidade
22:13da subida
22:13de juros
22:14pelo outro presidente
22:15e o Galípolo
22:16fez aquilo
22:17que ele entendeu
22:18que deveria fazer.
22:19Nós temos
22:20consciência
22:21de que é preciso
22:23ter paciência,
22:24eu tenho
22:24100%
22:25de confiança
22:26no trabalho
22:27do presidente
22:27do Banco Central,
22:29eu tenho certeza
22:29que ele vai criar
22:30as condições
22:31para entregar
22:33ao povo brasileiro
22:34uma taxa
22:35de juros menor.
22:36no tempo
22:37em que a política
22:38permitir que ele faça.
22:40Nós,
22:41aqui,
22:41como governo,
22:43temos que
22:43cumprir nossa parte,
22:45a sociedade
22:45cumpre a parte dela
22:46e o companheiro Galipo
22:48cumpre a função
22:49que ele tem,
22:50que é
22:50de coordenar
22:51a política
22:52tributária brasileira,
22:53a política
22:53monetária brasileira
22:55e entregar
22:56para nós
22:57de tudo possível
22:58a inflação
22:59mais baixa,
23:00juros mais baixos
23:00possíveis.
23:01É isso que vai acontecer.
23:04Vamos ver se vai.
23:05Vejam aí que ele já...
23:06Oi?
23:07Desculpa, Inácio.
23:07Vamos ver se vai, né?
23:10É, porque ele já
23:10adotou um tom
23:11um pouco mais moderado.
23:12Olha, não, vai,
23:14os juros vão baixar
23:15de acordo com o tempo
23:17da política,
23:18dando aí um...
23:20Digamos que
23:21um meia-culpa
23:22bem, né?
23:23Passa, mas pelo menos
23:24já é um princípio, né?
23:26Mas o Lula falou
23:27em outro trecho
23:28sobre a taxa básica
23:29de juros.
23:30Vamos acompanhar.
23:31E é um companheiro
23:33que quando eu chamei
23:34para o Banco Central
23:35e disse,
23:35Galipo,
23:36você é meu amigo,
23:38mas você vai ser
23:39presidente do Banco Central.
23:40E no meu governo,
23:41presidente do Banco Central
23:42vai ter autonomia
23:43de verdade.
23:45Porque o Meirelles
23:45já teve durante
23:46oito anos.
23:47Não foi um dia.
23:48Foram oito anos
23:49do Meirelles
23:49quando o Meirelles
23:51tinha total autonomia.
23:52E você vai ter autonomia.
23:54Faça o que for
23:55necessário fazer.
23:56Agora, o que eu quero
23:57que você saiba
23:58é que o povo
23:59e o Brasil
24:00espera, sabe,
24:01que a taxa de juros
24:02seja dentro do possível
24:03controlada
24:04para que a gente
24:05possa ter mais investimento
24:06e mais desenvolvimento
24:07sustentável,
24:09gerar mais empregos
24:10e gerar mais distribuição
24:11de riqueza nesse país.
24:12É isso.
24:14Eu não esperava milagre.
24:16Eu esperava
24:17que as coisas
24:17acontecessem
24:18da maneira
24:19que ele entendeu
24:20o que deva acontecer.
24:21Wilson,
24:23ele só esquece
24:24de mencionar
24:25que essa alta
24:26na taxa de juros
24:27é justamente
24:28uma reação,
24:29segundo vários economistas
24:30que têm vaticinado,
24:32à gastança excessiva
24:34à falta de freios
24:35fiscais do governo.
24:38Então, ele está reclamando
24:39da alta de juros,
24:41mas não está reclamando
24:41tanto porque agora
24:42é um eleito dele
24:43que manteve
24:45a trajetória de alta,
24:47mas esquece
24:47que ele é o culpado.
24:49É como você
24:50realmente achar
24:51ruim,
24:52você está achando
24:53ruim quem entregou
24:54a mensagem,
24:55mas não a mensagem
24:56em si,
24:56que foi ele
24:57que escreveu
24:58ao não ter
24:59esse tipo
25:00de comportamento,
25:01digamos,
25:02de austeridade fiscal.
25:04E não é uma austeridade
25:05de tempos de crise,
25:07é uma austeridade
25:07apenas comparativa
25:09com gestões
25:10pouco tempo anteriores,
25:11por exemplo,
25:12Michel Temer,
25:13como a própria gestão
25:14dele em 2003,
25:17quando ele assumiu
25:18que ele tinha
25:18uma tensão
25:19maior a essas questões,
25:21sobretudo hoje
25:22que o mundo
25:23não está
25:23naquele ar de bonanza
25:25com China
25:25comprando
25:26adoidadamente
25:27produtos brasileiros.
25:30Exatamente.
25:31O grande problema
25:31do Lula
25:32é o seguinte,
25:35o presidente Lula
25:35precisa
25:36de fato
25:38aplicar
25:39aquilo
25:39que ele fala.
25:40essa entrevista
25:41coletiva
25:42é boa
25:42a gente
25:43lembrar
25:43ela foi
25:44ela foi
25:45num terreno
25:46muito controlado
25:47não foi
25:48um terreno
25:49em que o Lula
25:50estava no meio
25:51da militância
25:52ele sabia
25:52que tinha jornalistas
25:53tinha vários jornalistas
25:54ele foi preparado
25:55ele sabia
25:56inclusive
25:56no índice da coletiva
25:57ele até
25:58admite
25:59ele até falou
26:00ah não há
26:00pergunta proibida
26:02então vou responder
26:03todas as perguntas
26:04de vocês
26:04então assim
26:04ele já foi
26:05com o espírito
26:05preparado
26:07para ser
26:07bombardeado
26:08com esse tipo
26:09de pergunta
26:09então assim
26:10é muito fácil
26:10um presidente
26:10falar algo
26:12que agrade ao mercado
26:14numa situação
26:15em uma situação
26:16controlada
26:16num cenário
26:17controlado
26:18a questão é que
26:19esse Lula
26:20aí da coletiva
26:20ele não é
26:22necessariamente
26:22o Lula
26:23da caneta
26:24ele não é
26:25o mesmo presidente
26:26ele é um
26:26quase como se fosse
26:27um arquétipo
26:28um arquétipo
26:29bonzinho
26:29Lulinha
26:30paz e amor
26:31tentando aí
26:31enganar
26:32o eleitorado
26:34tentando enganar
26:34o mercado
26:35mas é como você
26:36bem falou
26:37Inácio
26:37a questão agora
26:38é como é que
26:39o presidente
26:40vai lidar
26:41com um cenário
26:43tão adverso
26:44sem apelar
26:46para gastança
26:46para gastança
26:47perdão
26:48pura e simples
26:49esse foi o grande
26:50problema
26:50e o governo
26:52federal
26:52até agora
26:53não deu
26:54nenhum indicativo
26:55de que pode
26:56melhorar esse cenário
26:57muito pelo contrário
26:58parece que
26:59o ministério
27:01da crise
27:01está lá
27:02lindo
27:02maravilhoso
27:03funcionando
27:04a pleno vapor
27:05Wilson
27:06esse Lula
27:07que fez
27:08essas falas
27:09hoje
27:09respondeu
27:10as perguntas
27:10mais espinhosas
27:11já é um Lula
27:12baicidônio
27:13palmeira
27:14sem dúvida
27:16nenhuma
27:16a entrevista
27:17coletiva
27:17inclusive
27:18foi coordenada
27:20pelo novo
27:20secretário
27:21de imprensa
27:21então
27:22da chamada
27:24da República
27:25da Bahia
27:26então
27:26esse
27:27momento
27:29aqui do Lula
27:29com os jornalistas
27:30ele diz
27:31que pelo menos
27:32ele pretende
27:32conversar com jornalistas
27:33mais vezes
27:35ao longo
27:35da atual gestão
27:37já há uma mudança
27:39ali de política
27:40porque como é que eram
27:41essas coletivas
27:42no Palácio do Panalto
27:43antes
27:43você escolher ali
27:45um pool de veículos
27:4610, 2 veículos
27:47mais alinhados
27:48ao Palácio do Panalto
27:49e você
27:49fazer um café da manhã
27:51que o presidente
27:51falava com todo mundo
27:52agora não
27:53agora foi regime
27:54de quebra-queixo
27:55como a gente chama
27:55aqui em Brasília
27:56todo mundo
27:58perguntando
27:58o presidente
27:59se expondo
28:00e falando
28:00o que precisa falar
28:02mas como eu falei
28:03mas como eu mencionei
28:05agora há pouco
28:05Inácio
28:06ainda é um ambiente
28:07muito controlado
28:08e o Sidonio
28:10ele está
28:12com essa
28:13visão
28:14que o presidente
28:15precisa se antecipar
28:16aos fatos
28:17ele precisa ser
28:18o protagonista
28:19dos fatos
28:19e não
28:20ter uma postura
28:21meramente reativa
28:22como acontecia
28:23na gestão
28:24do Paulo Pimenta
28:26tem aí um toque
28:27de profissionalismo
28:28agora é aquilo
28:29que a gente vem batendo
28:30na tecla
28:31aqui no meio
28:31de Brasília
28:32não adianta
28:33você querer fazer
28:35uma mudança
28:36na comunicação
28:37se o produto
28:38é ruim
28:38o produto
28:39precisa melhorar
28:40e precisa melhorar
28:42urgentemente
28:42porque senão
28:43meu amigo
28:43não vai ter marqueteiro
28:44que dê jeito
28:45não vai ter marqueteiro
28:47não vai ter marqueteiro
28:49Tchau.
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