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Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira aponta que a aprovação de Lula desabou em dois meses, passando de 35% para 24%.

Trata-se do pior nível de todos os mandatos de Lula.

A reprovação do petista também é recorde: subiu de 34% para 41% desde a última pesquisa do instituto, divulgada em dezembro de 2024.

José Inácio Pilar, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:

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Transcrição
00:00Bom, agora vamos ao grande assunto da noite.
00:04Pesquisa da Tafolha, divulgada agora há pouco, aponta que a aprovação de Lula desabou em dois meses,
00:12passando de 35% para 24%.
00:15Trata-se do pior nível de todos os mandatos de Lula.
00:19A reprovação do petista também é recorde.
00:22Subiu de 34% para 41% desde a última pesquisa do Instituto, divulgada em dezembro do ano passado.
00:28A pesquisa ouviu 2.007 pessoas entre 113 cidades nos dias 10 e 11 de fevereiro.
00:37Todas essas 2.007 pessoas são eleitores.
00:41E também tem margem de erros de dois pontos para mais ou para menos.
00:45A sondagem, portanto, captou o impacto da crise do monitoramento do PIX, que eclodiu em janeiro,
00:52e levou o governo a suspender a normativa da Receita Federal,
00:55que previa a fiscalização de movimentações acima de R$ 5.000,00 por mês.
01:01Duda Teixeira, que dor de cabeça.
01:04Uma sexta-feira bastante, digamos assim, crepuscular para o governo, não?
01:10É, eu acho que provavelmente o Lula agora, no final de semana, vai chamar o Sidonio Palmeira na chincha.
01:18Vai fazer o que ele já fez no passado, né?
01:22Chamar ali todos os ministros.
01:23Olha, vocês têm que trazer coisas, mostrar as coisas que vocês estão fazendo.
01:30Vai tentar, de alguma maneira, elevar a aprovação dele.
01:36Ainda tem dois anos para fazer isso.
01:38Agora, esse dado de 24% de aprovação, ele é um dado que não é qualquer notícia, não.
01:45É uma coisa impactante, porque com 24% de aprovação, ninguém se reelege, tá?
01:52Nem aqui, nem nos Estados Unidos, tá?
01:54Na China que não se reelege, não precisa disso.
01:57Na China pode ser zero, né?
01:58Mas, por quê?
02:01Porque se considera aí na ciência política, isso até, quem escreveu recentemente sobre isso
02:07foi o Leonardo Barreto na Cruzoé, que você tem que ter uma margem de segurança de 45% de aprovação
02:14para um presidente conseguir se reeleger.
02:17Isso aí, se você pegar esse dado, nos Estados Unidos, sempre que está ali abaixo de 40%,
02:23o sujeito não consegue se reeleger.
02:26O Bolsonaro no Brasil, em 2022, estava com uma aprovação de 39%, não conseguiu a reeleição.
02:35O Lula com 24%, se ele estiver em 2026 com 24%, pode esquecer, não tem a menor chance de conseguir reeleição.
02:44Então, ele vai fazer um esforço, vai dar uma gritaria, uma bronca em todo mundo para ver se melhora.
02:50E eu já passo a palavra para o Ricardo Kertzmann, para que ele fale sobre esse derretimento da popularidade de Lula.
02:57Bom, a fatura de um governo ruim, de um governo errático, ela está chegando.
03:06É um governo que, desde o início, e isso é apontado pela parte crítica da imprensa,
03:11pela parte do jornalismo que não fecha os olhos,
03:15quando precisaria abri-los e os abre, ou finge que os abre,
03:19depois que todo mundo já gritou por aí o que está acontecendo,
03:24é um governo que começou sem plano, sem planejamento, sem propósito,
03:30continua e muito provavelmente vai terminar assim.
03:33Qual é a grande pauta desse governo Lula que consegue comover ou atrair a simpatia dos brasileiros de modo geral?
03:42Nenhuma.
03:42Todas as promessas que foram feitas, elas não foram entregues.
03:47Aliás, pelo contrário, várias das expectativas criadas,
03:51o que está acontecendo é justamente o contrário.
03:53Não só não entregou, como está fazendo o contrário.
03:56A questão dos alimentos é muito clara.
03:58Quando o Lula convenceu a população que todo mundo ia voltar a comer picanha,
04:03as pessoas não conseguiram comprar picanha,
04:05agora não estão comprando nem carne de segunda ou de terceira qualidade,
04:09porque a inflação de alimentos está muito alta.
04:10E aí não importa dizer que o desemprego está em queda,
04:16a taxa de desemprego é uma das menores da história.
04:19Beleza, é verdade, mas a percepção da população é outra,
04:23porque a realidade da população é outra.
04:25Há um outro fato também, Inácio,
04:27como o governo perdeu a capacidade de monopolizar a informação,
04:33é o que a gente falou no bloco anterior,
04:35como a informação hoje é difusa e chega muito rápido a todo mundo,
04:40quando o governo tem algo bom a mostrar,
04:43a informação, os fatos que são divulgados,
04:48porque são fatos reais, não tem nada de fake news,
04:50são contrários e são coisas que colam mais.
04:54Quando se mostra, por exemplo, a Janja torrando dinheiro
04:57que ela torre em viagens internacionais,
05:00ou o Janja Palusa da vida,
05:03isso tudo elimina qualquer boa notícia que o governo tenha para demonstrar.
05:07Quando o governo apresenta algum dado econômico positivo,
05:11vem uma enxurrada de notícias que são verdadeiras
05:14a respeito da sanha arrecadatória do governo,
05:17dessa sede por tributação,
05:19que não serve para nada,
05:21se não alimentar mais gastos inúteis do próprio governo.
05:25Ou seja, ainda que tenha alguma coisa a entregar,
05:29é muito pouca coisa,
05:30as notícias negativas são muitas.
05:32E olha, vocês vão se lembrar do que eu comentei ontem,
05:37quando o Lula começa a adotar determinadas pautas,
05:41determinadas posições que são contrárias
05:44ao próprio espectro eleitoral que ele participa,
05:47como é o caso da exploração de petróleo no Amapá,
05:52isso vai fazer com que essa popularidade dele diminua ainda mais.
05:56Aquela história dos três terços,
05:58um terço do eleitorado é petista,
06:00um terço do eleitorado é antipetista
06:02e o outro terço se move muito relacionado
06:05pelas questões econômicas,
06:07todo esse terço que ele nunca teve
06:09e esse outro terço que ele já está perdendo
06:11vai se somar ao eleitorado dele
06:14que está começando a abandonar,
06:16por causa da falta de entrega
06:18e por causa dessas posições contrárias
06:20ao que historicamente ele e o PT sempre defenderam.
06:24Duda?
06:25É pouca coisa para entregar
06:27e é uma estratégia que também não está funcionando,
06:32é uma estratégia de comunicação que não está funcionando.
06:36A saída aí do Sidonio Palmeira é
06:38vamos botar o Lula para dar entrevista para jornalistas,
06:43então ele vai para o Amapá,
06:45ele fala com uma rádio do Amapá,
06:47depois vai para o Pará,
06:48fala com uma outra rádio,
06:50geralmente são rádios que transmitem pela internet,
06:53com um vídeo,
06:55mas tem um problema aí que o Lula falando de improviso
06:59não se ajuda,
07:01toda hora ele está falando bobagem,
07:04ele vai lá e fala,
07:05olha, se o alimento está caro, não compra,
07:07porque aí vai estragar
07:08e aí o vendedor vai cobrar mais baixo.
07:12O preço é mentira,
07:13as pessoas sabem que isso não vai resolver o problema delas,
07:17então ele sai falando,
07:19isso não pega bem para ele.
07:20E outra estratégia é vamos colocar o Lula
07:23com a população mais simples,
07:26porque ele se dá bem ali com esse público
07:29e aí ontem, se não me engano,
07:32colocaram uma senhora sem dente no palco com ele,
07:36ele fala, olha só, isso aqui está errado,
07:39vamos resolver,
07:40traz a primeira dama que é dentista aqui para a gente...
07:42E a gente até comentou isso aqui ontem
07:45e eu acho que não casa bem,
07:48o resto do Brasil vê o Lula com esse tipo de atitude
07:52populista, personalista
07:55e não gosta do que está vendo.
07:58Então, o Lula, nesse contato com os jornalistas
08:02e contato com a população mais humilde,
08:05aparentemente ele não está se dando bem
08:07e aí isso acaba só destruindo ainda mais a aprovação que ele tem.
08:11Agora vamos falar um pouco também sobre as questões,
08:14as consequências eleitorais
08:16e políticas
08:17dessa pesquisa.
08:20Seria bom se o Wilson Lima,
08:21com quem eu apresento o Meio Dia em Brasília,
08:22todos os dias aqui também estivesse,
08:25mas com ele a gente fala na segunda-feira,
08:27ao Meio Dia, no nosso jornal,
08:28mas com vocês a gente já pode entrar nessa seara espinhosa.
08:32Ricardo, o PT não tem plano B.
08:35Se o Lula realmente derreter,
08:37ou mesmo que ele não derreta,
08:38mas fique nesse patamar onde claramente
08:40ele não se torna já um nome forte
08:44para a eleição de 2026,
08:46para onde eles vão correr?
08:48Haddad está queimado.
08:49Não tem outro grande nome criado pelo petismo.
08:52O Lula, agora, de vez em quando,
08:55começa a dar sinais de que
08:56já tenho 79 anos,
08:58talvez não sei como é que eu vou estar,
09:00e agora com essa questão das pesquisas,
09:03para onde eles vão?
09:06Inácio, olha que interessante.
09:08O presidente Lula,
09:09uma das promessas
09:11que não é que ele não entregou,
09:13ele descumpriu,
09:14ele está fazendo o contrário,
09:16era a de não concorrer novamente.
09:18Durante a campanha ele falava isso.
09:20Aí, mal começou o governo,
09:22ele já começou a dizer
09:23que se Deus desse a ele saúde,
09:26ele tivesse força e o povo quisesse,
09:28ele poderia concorrer.
09:30Outro dia, dias atrás,
09:32ele já assumiu que está em campanha,
09:34que ia começar a viajar pelo Brasil,
09:36porque esse ano era o ano de colher.
09:38Colher eu não sei o quê, né?
09:40Enfim,
09:41ele sempre foi o plano A,
09:43o plano B,
09:45o plano C talvez fosse o Haddad,
09:47mas perdeu completamente
09:48a capacidade de disputa,
09:50e o plano D não existe,
09:52como você mesmo falou,
09:53porque não há outra liderança no PT,
09:56justamente porque o presidente Lula
09:57jamais permitiu que alguma liderança
10:00surgisse no partido.
10:02Ele jamais deixou alguém
10:04despontar,
10:05ele sempre quis ser
10:06a figura máxima,
10:07o rei sol,
10:09de forma sempre autoritária,
10:10inclusive.
10:11Toda vez que ele fala em democracia,
10:13ele nunca exerceu a democracia,
10:14nem dentro do próprio partido.
10:17Eleitoralmente,
10:18é uma situação muito complicada.
10:20O grande risco implícito
10:21nessa perda de popularidade,
10:24e isso se piorar,
10:25talvez esse risco aumente muito,
10:27Inácio,
10:27é a partir do desespero,
10:30mais medidas populistas,
10:31mais medidas eleitoreiras,
10:33que vão arrombar ainda mais o caixa
10:35do país,
10:36começam a ser tomadas.
10:37Porque essa é uma tendência do petismo.
10:40Isso é histórico também.
10:42Quando se vê nas cordas,
10:44parte para o populismo eleitoreiro.
10:46E aí abre os cofres
10:48de forma irresponsável.
10:49Esse é o grande risco
10:50que está implícito nesse momento
10:51e pode piorar
10:52nos meses subsequentes.
10:56Lula?
10:56Abre os cofres de forma irresponsável.
10:59O Lula estava discursando
11:01esses dias no Nordeste,
11:03dizendo,
11:04porque para mim é importante
11:05dar crédito,
11:06a gente vai ampliar o crédito.
11:09É claro que o que o Lula faz
11:11é para esses grupos
11:13mais ligados,
11:15que dependem de um tipo
11:17de assistencialismo,
11:19ele concede o crédito
11:20para essas pessoas,
11:21mas aí qual é a consequência imediata?
11:23Você tem um aumento
11:25da demanda dos produtos,
11:27porque essas pessoas
11:28com crédito,
11:29com dinheiro na mão,
11:29vão querer comprar mais.
11:31Só que não tem oferta,
11:32então você acaba pressionando
11:34a inflação.
11:35e aí a inflação
11:37já está pegando mal
11:38para o governo,
11:39vai pegar mais mal ainda.
11:42E em relação
11:43ao que o Ricardo falou também
11:45do Lula concentrar o poder,
11:48não passar o bastão
11:49para mais ninguém,
11:51eu recomendo o artigo
11:52da Catarina Rochamonte,
11:54que saiu hoje
11:55na revista Cruzoé,
11:57A Estrela Decadente,
11:59em que ela fala exatamente isso.
12:01Aliás, a Catarina conversou
12:03com gente que foi do PT
12:05no passado,
12:07que tinha ali no começo
12:09muita esperança com o Lula,
12:12mas que foi se decepcionando
12:14aos poucos,
12:15ao ver justamente que o Lula
12:17não dá espaço para os outros.
12:20Ele fala muito de democracia,
12:21mas dentro do partido ali,
12:24ele realmente manipula tudo.
12:26e isso aí já foi
12:28deixando muita gente
12:30incomodada
12:31e até saindo do PT.
12:33Ainda sobre esse tema,
12:35Ricardo,
12:36você crê que
12:38a reforma ministerial,
12:40que já está sendo falada,
12:41já estão sendo nomes discutidos,
12:43com esse resultado de pesquisa,
12:47fim de semana,
12:48certamente os políticos conversando,
12:50a fatura para o Ministério
12:51do governo
12:52vai ficar mais caro ainda
12:54para o Lula
12:55a partir de segunda-feira?
12:58Olha, eu acho que não,
12:59porque os ministérios hoje
13:02já estão muito engessados.
13:04A gente sempre fala isso,
13:05o Congresso retirou praticamente
13:07toda a capacidade
13:09de investimento
13:10do governo federal
13:10está concentrada no Congresso,
13:12porque o que sobrou lá
13:12são as despesas obrigatórias.
13:15Saúde, educação,
13:16você tem o custeio da Previdência,
13:18você tem o pagamento de juros,
13:20não existe mais tanta força assim.
13:21E eu nem sei
13:23se a partir desse momento, Inácio,
13:25com esse derretimento
13:26da popularidade,
13:27se é interessante
13:28para os partidos políticos
13:29e para os possíveis candidatos
13:31nas próximas eleições
13:32se atrelarem a esse governo,
13:34porque começa a haver
13:35uma contaminação
13:37da própria imagem.
13:38Só aproveitando o gancho
13:40do que o Duda falou
13:41sobre aumentar o crédito
13:43para as pessoas mais pobres,
13:45isso não funcionou no passado
13:47e não vai funcionar agora.
13:49Toda vez,
13:50além da questão da inflação,
13:51você aumenta o crédito,
13:53você aumenta o consumo,
13:54você tem mais demanda
13:56do que oferta,
13:57você aumenta a inflação.
13:58Além disso,
14:00o que acontece em médio prazo
14:02é o endividamento
14:03da população
14:04e a incapacidade
14:06dessa população
14:06de pagar as suas contas.
14:08E aí vem aquele ciclo perverso
14:10que a gente está inserido,
14:11que é ter o nome
14:12dessas pessoas negativadas.
14:13Isso aconteceu lá atrás.
14:14tchau, tchau.
14:17Tchau, tchau.

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