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  • 27/05/2025

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Transcrição
00:00Essa vampira é uma ameaça séria para mim aqui no DPCOM, eu preciso me livrar dela o mais rápido
00:16possível antes que ela descubra que eu me contaminei também e ponha tudo a perder.
00:20Eu preciso pensar em uma maneira dela não voltar viva dessa missão.
00:30A Nath tem que morrer, e vai ser hoje mesmo.
00:33Essas delusões são ilusões, essas delusões não são reais, são reais, são apenas ilusões,
00:44ilusões ruins, é hora de acordar, é hora de acordar e voltar à realidade.
00:53Como pode?
00:54Era para você estar com muito medo agora, sendo consumido pelos meus próprios pesadelos.
00:59Eles não fazem mais respeito a mim.
01:01Você não deveria ter deixado eles te pegarem.
01:03Toma mais cuidado da próxima vez.
01:05Também estou muito feliz em te ver, Samirinha.
01:08Simpática como sempre, né?
01:10A gente não tem tempo para confraternização.
01:13Melhor a gente andar logo antes que apareça alguém por aqui.
01:17Melhor a gente andar logo antes que apareça alguém por aqui.
01:20A Jewel está à sua espera, Bra.
01:23Nossa, que honra.
01:26Então vamos embora.
01:32Caralho, você ficou louco?
01:34Você ficou completamente louco?
01:35O que você vai fazer?
01:37Eu vou acabar com o Batista.
01:40Eu e meus amigos.
01:42Mas a primeira dentadinha é minha por direito.
01:46Essa vai ser branca, né?
01:48Agora depois...
01:50Depois eu vou te transformar em uma vampira.
01:53Você vai adorar, é uma sensação incrível.
01:59Quando você chegou, meu filho? Quando você chegou, meu filho?
02:02Ah, tem pouquinho tempo que ele chegou.
02:04E por que você não veio para cá?
02:06Eu não sabia que você não estava em casa, né?
02:08Ia acabar ficando tarde e eu não ia deixar o Bené num hotel ou qualquer coisa parecida, né?
02:13Aí eu fiz questão que ele ficasse comigo.
02:15Quer dizer, ficasse comigo no meu quarto.
02:18Quer dizer, em casa, né? A casa de vocês.
02:24Erika, nós corrigimos a batalha da cabeça.
02:26Como é que é, Andros?
02:28Minha filhinha, minha filhinha, não ouve.
02:32Esse robôzinho alpinho nessa máquina infernal está falando, querida.
02:37Você não sabe? Você esqueceu que esse robô tem um parafuso a menos?
02:41Fala, Andros.
02:42Viviane empurrou a Erika.
02:44O que?
02:45É mentira desse androide albino. É mentira dele.
02:49Andros ficou programado para dizer apenas a verdade.
02:52Então é verdade, né, mãe? O que o seu teófilo disse, né?
02:56O que é isso? O que é isso? Afinal de contas, você vai acreditar em quem?
02:59Na sua própria mãe? Ou num pescador maluco?
03:02E num robôzinho lata de sardinha que veio com um defeito de fabricação?
03:06Que coisa feia, mãe. A tia Erika pode morrer, sabia?
03:10E se ela morrer, vai tarde. Ninguém mandou ela se meter onde não foi chamada.
03:14Que absurdo! Não acredito que eu sou sua filha. Preferia ser órfão.
03:21Mas que falta de respeito é esse, hein, garotinha?
03:25A senhorita pode ir subindo agora. Você vai ficar no seu quarto e só vai descer quando eu mandar.
03:31Anda!
03:33Ah, mas que que é?
03:35E olha aqui o seu robôzinho linguarudo, X9 de uma figa. Vai ver se eu tô na esquina, vai.
03:41Viviane não está na esquina. Viviane está dentro de casa.
03:44Meu Deus do céu, que saco! Que saco!
03:48Pai, a senhora, o que que tá acontecendo? Pai, a senhora, todo mundo, o mundo resolveu ficar contra mim.
03:53Eu não, Vivi. Eu não. Eu tô sempre do teu lado.
03:59Eu não. Eu tô sempre do teu lado. Eu te amo de paixão, você sabe disso.
04:05Eu tô sempre aqui porque deve é, não é? Mas...
04:10Se a Érica morrer, Vivi, o bicho vai pegar...
04:19Ai, será, paixão?
04:22Ai, saco!
04:24Quer dizer que eu ainda por cima vou ter que torcer pra aquela vigarista miolo mole viver?
04:31Ai, meu Deus, que cena minha! Que cena!
04:45Meu Deus, é um show de horrores.
04:47Pai, eu tô com medo.
04:49Calma, filha. É melhor ter medo mesmo. Vai!
04:51Agora eu quero ver vocês escaparem.
04:53Vou se arrepender de terem tentado matar uma morta-viva.
04:56É o fim da Liga do Bem.
04:58Meu Deus, que criaturas horrorosas.
05:01Se prepara, meu amor.
05:02Eita, Lelê.
05:04Essa luta vai ser difícil.
05:06Gente, lembra do que eu falei. O segredo tá no pensamento positivo. Nós podemos.
05:11A branquinha ali acha que pode vencer a gente só com a força do pensamento.
05:15Nós vamos vencer.
05:16A gente vai vencer porque a gente acredita no amor.
05:19O amor não existe. É apenas uma ilusão, amor.
05:22Nada é mais importante que o amor.
05:24O poder é mais importante que o amor.
05:26Claro que não.
05:27Só o amor pode fazer milagres.
05:29Quero ver se se estar de amor vai salvar vocês.
05:31A gente pode tudo quando tem amor no coração.
05:34Cala a boca, Fedele. Você não sabe de nada.
05:36Zumbis, vamos atacar a menina.
05:39Não.
05:40Monstros covardes. Minha filha não.
05:42Cuidado, Marcelo.
05:46Rádio, você tem que usar os seus poderes.
05:48Meu amor, eu tô com medo. Eu acho que é um medo.
05:50Tem alguma coisa me impedindo.
05:51Vem para o mato, então.
05:57Onde é que ela tá?
05:59Avante, liga do mal.
06:01Atacar!
06:11O que foi isso?
06:13Sei lá, uma onça, um vaguá.
06:17Ai, Beto, essa ilha me dá arrepios, sabia?
06:22Tá com frio?
06:23Tô. Tô com um pouquinho de frio.
06:26Vem cá que eu te esquento.
06:35Obrigada.
06:51O que foi isso?
06:52Não sei.
06:54Finalmente conseguimos, meu...
06:58Vamos, Beto.
07:08Finalmente nós conseguimos, meu...
07:10O que foi isso?
07:11Eu não sei, não sei.
07:13Eu não sei.
07:15Eu não sei.
07:17Eu não sei.
07:19Eu não sei.
07:21Eu não sei.
07:23Acho que nós podemos passar a noite aqui, Luciano.
07:26Não, vai ser mais seguro.
07:28Ainda bem que nós nos livramos dos extraterrestres.
07:31Aqueles alienígenas invasores tiveram o que mereciam.
07:34Sim, os reptilianos descobriram que há muitos mais mistérios nesse planeta do que eles pensam.
07:38Nós humanos possuímos muito mais poderes do que a tecnologia maligna deles.
07:43Mas ainda há muitas coisas para se fazer, Luciano.
07:46Eles... eles continuam com seus planos de dominação da Terra.
07:51É, ainda há muita luta pela frente.
07:54É, isso é verdade, meu primo.
07:57Mas qual vai ser o nosso primeiro passo a partir de agora?
08:00A próxima coisa a fazer é encontrar os nossos amigos da Liga do Bem.
08:04Só tem um problema nessa linha que é gigante.
08:07O Cetro do Poder. Será que ele não pode nos ajudar mais uma vez?
08:10É exatamente isso que eu estava pensando, Luciano.
08:13Vamos ver o que o Cetro do Poder pode nos revelar.
08:18Mas o que é isso, meu rei?
08:20Um verdadeiro exército de maus está atacando nossos amigos.
08:23Nós precisamos ir para lá e ajudá-los. Rápido!
08:25Onde eles estão?
08:27Na antiga casa abandonada. O lugar onde a Dra. Jolie iniciou suas experiências aqui na ilha.
08:30O que?
08:34O que? Cuidado!
08:36O que foi, Luciano?
08:38Eu estou sentindo uma presença.
08:41Uma presença muito maligna.
08:44Uma criatura nefasta está se aproximando.
08:46É verdade, Luciano.
08:48De repente, todo o meu corpo se arrepiou.
08:51Meu coração, de repente, disparou com força.
08:54Eu estou sentindo...
08:56medo.
08:58Muito medo.
09:00Uma espécie de terror.
09:02Como eu nunca senti antes na minha vida.
09:05Eu nunca estive com medo, Luciano.
09:08Mas as minhas pernas, elas...
09:10Elas começaram a tremer de repente.
09:14Eu estou sentindo que eu vou...
09:16que eu vou entrar em pânico.
09:18E eu nem sei o porquê.
09:20Como se essa noite...
09:24tivesse de repente...
09:26ganhado um mar de pesadelo.
09:30Alguém...
09:34me chamou?
09:46Aqui ninguém mais ficará
09:49reforçando o sol
09:51No final será o que não sei
09:55mas será
09:57Tudo demais
09:59Tem o bem, tem o mal
10:03Só o brilho local
10:05dessa luz
10:09O planeta sol será
10:12esse que será
10:15E lá no fim daquele mar
10:18a minha estrela vai se apagar
10:21Como brilhou
10:23o fogo tropical
10:28Agora que a onda tropical já se foi
10:33Você é a semente que o mundo nos deu
10:37Você é a semente do mundo
10:42Por que você ficou enrolando
10:43e não falou logo pra Luna sobre a gente, Tarso?
10:45Você ficou com vergonha de assumir
10:47que você me deu um beijo, é isso?
10:48Não, não é isso, Isis.
10:50Você viu, o Vavá estava morrendo de medo
10:52que aparecesse algum antimutante lá no campo, entendeu?
10:54Eu tive que teletransportar todo mundo pra cá
10:56antes que o garoto tivesse um treco, né?
10:58E não deu tempo.
10:59Tá, tudo bem.
11:00Mas então agora a gente já pode ir embora, né, Tarso?
11:02Porque é chato ficar aqui no apartamento da Luna.
11:04Não, não, não.
11:05Ela falou que não tem problema.
11:06A irmã dela ali está viajando.
11:07Está numa missão do DPCOM.
11:08Eu sei.
11:09Tarso, mas vocês dois eram namorados, né?
11:11E agora...
11:12Eu sei, mas acontece que eu não quero ir pra casa
11:14e dar de cara com o Batista e a minha mãe lá, é isso.
11:17Mas a gente pode ir pra vários outros lugares, né, Tarso?
11:20É só você se teletransportar.
11:22É, mas está tarde.
11:24Está tarde, não está de noite.
11:25Vamos esperar até amanhã de manhã e a gente vai.
11:27Por que você não diz logo
11:28que você quer ficar perto da Luna?
11:30É impressão minha ou eu vi meu nome por aí?
11:32O que é, Luna?
11:33É que eu não sei se é uma boa a gente ficar aqui, né?
11:37Por que não?
11:38Ela não me disse que a Luna foi viajar pra ilha.
11:41A barra está limpa, Luna.
11:43É verdade, gente.
11:44Não tem problema nenhum.
11:45Vocês podem ficar aqui até ela voltar.
11:47Ô, Tarso, vai embora logo, cara.
11:50Ai, Gaspar, deixa de ser mal educado.
11:52O Tarso, ele sabe que ele pode ficar aqui o tempo que ele quiser.
11:56Obrigado, Luna.
11:57Você não quer ir comer nada, não?
11:59Obrigada, Vavá.
12:00Olha, eu perdi completamente o apetite.
12:02Ih, Isis está com ciúme de Tarso e Luna.
12:04Eu não.
12:05Tarso beija a Isis, mas Tarso gosta de Luna.
12:08Isis está com ciúme.
12:09Tu é um mala mesmo, hein? Malão.
12:11Peraí, vocês estão juntos, é isso?
12:13Por isso que a Isis quer ir embora?
12:14É, não, Luna, olha só.
12:16Foi só um beijo, que nem o beijo que você deu no Gaspar.
12:18Mas você já disse que foi beijo roupado.
12:19Tu não quer dizer que foi só um beijo?
12:20Não.
12:21Né? Aquele papo de pedir uma chance foi tudo mentira?
12:23Não.
12:24Você pediu uma chance pra ela?
12:25Você não sabe o que quer, Tarso.
12:27Esse é o seu problema.
12:28Não vai dar certo.
12:29Tarso é esperto.
12:31Quer a Isis e quer a Luna também.
12:32É, mas só que desse jeito?
12:34Você vai acabar ficando sem nenhuma.
12:36Você tem que decidir com quem você quer ficar, meu, poxa.
12:57Conseguiu localizar os familiares da paciente?
13:00Ninguém.
13:01Coitada dessa moça.
13:03Sozinha no mundo.
13:04Eu liguei pra escola onde ela trabalha,
13:06me informaram que a família foi atacada misteriosamente por mutantes.
13:10Desapareceram.
13:13Então faz o seguinte.
13:16Avisa o pessoal que trouxe ela até aqui.
13:19Eles precisam saber que a Erika vai sofrer uma cirurgia no cérebro.
13:24Então ela vai mesmo ter que operar?
13:26Infelizmente, sim.
13:28Eu vou retirar o tecido que está pressionando o tronco cerebral da paciente.
13:33Se não, ela é capaz de morrer a qualquer momento.
13:37Nossa, que coisa.
13:39Uma simples queda pode provocar.
13:41É, talvez não tenha sido uma simples queda assim, Nadir.
13:45Bom, mas isso não importa.
13:48Nós temos que fazer de tudo pra salvar essa moça.
13:52Se ela sobreviver, você acha que vai ter sequelas?
13:55Provavelmente.
13:56Mas até lá não dá pra ter certeza do tamanho do estrago.
14:00Dependendo da necessidade,
14:02eu tô pensando em instalar um circuito biônico no cérebro da Erika.
14:08Como assim?
14:10Calma, não precisa ficar tão assustada.
14:15Há vários estudos científicos no mundo
14:17que mostram que é possível substituir vários órgãos
14:21e partes do corpo humano danificados
14:23por próteses e implantes eletrônicos.
14:26Olha, a audição, a visão e o tato, por exemplo,
14:30eles podem ser recuperados
14:32através de implantes de minúsculos chips de silício.
14:37Será que funciona mesmo?
14:41É isso que nós vamos ver.
14:46Quer dizer que se tudo der certo,
14:48essa moça vai ser perdida?
14:51Se der certo, essa moça vai ser meio-humana, meio-máquina.
14:58Exatamente.
15:01A Erika vai ser uma mulher biônica.
15:21Olha, olha!
15:26Parabéns, Hiromi.
15:28Mas soubemos que a sua operação foi um sucesso.
15:31É, não deve ter sido nada fácil prender aquele mutante.
15:35Nossa, gente, não foi mesmo.
15:37Eu tive que acertar quatro dardos tranquilizantes pra derrubar o cara.
15:40Nossa, quatro? Mas que mutante resistente, hein?
15:44Mas sabe o que foi ainda mais estranho?
15:46O quê, Hiromi?
15:47Quando eu voltei lá no quarto que o Sansão tinha invadido,
15:50o casal que foi atacado não estava mais lá.
15:53Eu nem pude pegar o depoimento deles.
15:55Vai ver que eles ficaram com tanto medo que resolveram deixar a cidade, né, Hiromi?
15:58Foi o que eu pensei.
16:00Mas o mais estranho é que eles saíram sem pagar o hotel.
16:03Eles deixaram uma conta astronômica em aberto.
16:05Imagina o prejuízo pro turismo que esses mutantes não estão causando. Pensa.
16:09Não existe mais lugar seguro, né?
16:11Mas eu tô contente.
16:13Porque eu consegui capturar o Sansão sem precisar fazer nenhuma vítima.
16:17Ele tá vivo e preso.
16:20Quem sabe até o dia que encontrem uma cura pra essa mutação violenta.
16:27Parabéns. Muito bom.
16:29Quer dizer que a senhorita acha bom não ter eliminado uma mutação violenta?
16:34Essa é muito boa.
16:36A minha missão era trazer o Sansão vivo.
16:39Sua missão era restabelecer a ordem e proteger a sociedade dessas aberrações violentas.
16:44Aliás, essa é a nossa missão.
16:47Defender mutante é trabalho pra ONGs.
16:50Pra desocupados que não tem coisa melhor pra fazer.
16:53Ferraz, pega leve. A Hiromi concluiu a missão dela.
16:56Você fica criticando.
16:58Pois é o mínimo que ela pode fazer.
17:00Depois de ter deixado uma mutação violenta escapar da clínica Progênese.
17:03Uma missão simples.
17:05Prender um mutante que tava praticamente dominado.
17:08Mas não.
17:09Ficou com peninha e deixou um monstro escapar.
17:13Eu só espero que a coleguinha de vocês
17:16não fique com pena da quadrilha de felinos violentos
17:19que vamos combater naquele galpão abandonado.
17:27Acho que mal o pôr.
17:29Esse cara tá cada dia mais intragável. É brincadeira.
17:33O que ele tava falando?
17:35Que felinos violentos são esses?
17:37É nossa próxima missão, Hiromi.
17:39Nós vamos atacar um galpão abandonado.
17:41Segundo a nossa inteligência,
17:43está servindo de esconderijo pra uma gangue de mutantes felinos.
17:46Caramba, e isso vai ser quando?
17:48Hoje à noite, Hiromi.
17:49Eu nunca enfrentei mutantes felinos antes.
17:52A gente vai ter que tomar cuidado redobrado.
17:54Eles são fortes, rápidos e extremamente perigosos.
18:10Minha barriga!
18:12Minhas pernas!
18:14Meus braços!
18:16É você que tá fazendo isso tudo com a gente, não é?
18:19Quem é você?
18:21Meu nome é Papa Figo.
18:23Papa Figo?
18:25Eu já ouvi falar nele.
18:28Ele tem uma doença contagiosa
18:30e adora contaminar suas vítimas.
18:32Se vocês me conhecem, sabem que não podem fugir de mim.
18:35Doutora Julia é desgraçada.
18:37Como pode criar seres tão horrorosos?
18:40Você sabe o que tá sentindo?
18:43Essa dor insuportável.
18:46Eu vou te expulsar daqui, aberração!
18:49Agora é tarde.
18:51Todos vocês já foram contaminados pela minha doença.
18:54Olha pra vocês.
18:56O que é isso?
18:58Minha pele!
19:00Meus braços.
19:01Meus braços estão feridos.
19:03Ai, as minhas mãos estão bem.
19:05Tô sem forças.
19:06Eu vou tentar dar um choque nele.
19:13Quem é você?
19:15Uma mutante com genes de enguia?
19:20Isso é pra você aprender a nunca mais se meter com a gente.
19:29É a ferida.
19:32Desapareceu.
19:33As minhas também.
19:36Minha dor de barriga também passou.
19:42Papa Figo foi embora.
19:44Levou com ele a sua doença.
19:48A dor, as feridas, a doença.
19:52Era tudo uma ilusão.
19:54Papa Figo.
19:56Um sujeitinho mais safado, hein?
19:58É.
19:59Ele veio com aquela conversa de pobre coitado inofensivo
20:01que precisava de comida e de ajuda.
20:03E a gente quase emparcou na dele.
20:07Essa foi por um triste.
20:12Subir! Encontra a menina!
20:15Larga meu filho, seu luxo!
20:18Eu vou te trazer pro meu mundo.
20:20O mundo dos mortos.
20:24Você não sabe com quem você tá mexendo.
20:31Eu tenho sorte, mas é claro.
20:33Você já esqueceu que eu já morri.
20:35Eu sou mulher subiu.
20:37Eu tenho imunidade.
20:47Desiste, coisa ruim.
20:49Nunca.
20:50Eu só vou desistir a hora que eu pisar no seu coração.
20:55Vai mesmo.
20:57Ninguém pisa em mim.
21:01Caramba!
21:03Chora pra você ter caído.
21:05Eu sou muito forte.
21:07Sou capaz de segurar seus raios.
21:09Seus poderes não vão me deter.
21:13Chegou o seu fim, mutante super poderosa.
21:22Meu coração.
21:25Você está bem?
21:27Estou bem.
21:29Estou bem.
21:31Você está esmagando meu coração.
21:51Essa casa tem que ficar muito arrumadinha hoje.
21:55A irmã adora flores.
21:57E eu espero que ela goste.
22:01É ela.
22:05Irmã Maia.
22:07Aristóteles.
22:09Nossa.
22:13Tinha tanto trânsito na marginal.
22:15Tanto, tanto trânsito.
22:17Que eu achei que nem ia conseguir chegar aqui.
22:21Paris consegue ser mais longe do que...
22:25É ela.
22:27Nossa, você está igualzinho.
22:29Saudades.
22:31O mesmo eu não posso dizer de você.
22:33Que roupa é essa?
22:37Essa roupa é o meu disfarce.
22:39Não ficou ótimo?
22:41Eu não te contei?
22:43Eu não te contei que eu consegui...
22:45Eu consegui fugir das mãos dos sequestradores...
22:47Desalmados, terríveis.
22:49Aristóteles.
22:51Aristóteles.
22:53Você vai ver que eu estou muito triste.
22:55Calma, calma.
22:57Eu comi...
22:59Senta, senta.
23:01Eu comi o pão.
23:03O pão que eu te amo.
23:05Amaçou.
23:07Foi horrível.
23:09Horrível.
23:11Horrível.
23:13Graças a Deus você conseguiu fugir.
23:15Isso que é o importante.
23:17Aliás, irmã.
23:19Eu queria te dizer que eu fiquei muito orgulhoso.
23:21Muito orgulhoso mesmo.
23:23Da sua coragem.
23:25Obrigada, Aristóteles.
23:27Mas, sinceramente...
23:29Se não fosse o Cezinha...
23:31Eu não sei o que seria de mim.
23:33Calma, calma.
23:35Cezinha?
23:37Cezinha, você está falando...
23:43Como vai, Aristóteles?
23:45Meu Deus do céu.
23:47Cesar Rubicão?
23:49Ele está morto?
23:51Você acha que eu sou o quê?
23:53Um fantasma.
23:55O que esse cara está fazendo aqui?
23:57Na minha casa?
23:59Na sua casa?
24:01Alto lar, Aristóteles.
24:03Você está aqui de favor.
24:07Meu amor, você poderia ter conseguido...
24:09Uma coisa um pouco melhor.
24:11Que decadência.
24:13Meu Deus, que miséria.
24:15Irmã Maia do Murubi.
24:17Calma, minha joia.
24:19Por pouco tempo.
24:21Não se esqueça.
24:23O que está acontecendo aqui, agora?
24:25Nesse momento, nessa casa?
24:27Me explica.
24:29É simples.
24:31Eu trouxe Tchétchen e Cezinha...
24:33Para vir morar aqui com a gente.
24:35Porque ele salvou a minha vida.
24:37Irmã, você não me falou nada sobre Cezinha.
24:39Mas estou falando agora.
24:41Não é?
24:43Estou falando agora.
24:45Você não está entendendo.
24:47Esse sujeito...
24:49Não pode ficar aqui.
24:51Não pode.
24:53Por que não pode?
24:55Porque ele está morto agora.
24:57Morto?
24:59Como que morto?
25:01Ele está aqui de carne e osso.
25:03O que está acontecendo aqui, irmã?
25:05É uma espécie de sacanagem?
25:07Você é um mutante disfarçado?
25:09Que mutante disfarçado?
25:11Pega nele.
25:13Eu posso explicar.
25:15E vou tentar resumir para você.
25:17Eu fui atacado por um dinossauro.
25:19Por que ele não apaixonou por mim?
25:41Tudo!
25:43Eu não aguento mais.
25:45Venha monstro!
25:47acabar com o meu tormento. Eu sou um lobisomem, uma besta fera, um animal que
25:54ataca os outros seres humanos. Um lobisomem sem coração. Não me importa mais o poder,
26:01a presidência da ProGênesis, o dinheiro, se a Irma me ama ou não, se os meus amigos me traíram,
26:08se eu estou sozinho. Eu só queria ter a minha alma de volta, mas só. Eu queria ter o
26:15coração puro e o espírito reto. Vem! Eu quero ser livre! A Iwona Bifri! Vem!
26:34Eu achei que ia morrer, mas acordei no laboratório da Dra. Julia. Ela conseguiu me salvar usando a
26:41sua tecnologia extraterrestre. Mas só que eu fugi quando eu percebi que aquela monstra queria
26:46implantar no meu cérebro um chip da obediência. Ele ia me tornar o escravo dela. É realmente
26:52inacreditável. Mas o que importa é que eu estou vivo, não é, Arizão?
26:58Ei, como é que você se encontrou com a Irma? Como é que vocês se encontraram?
27:07Mas Aristóteles, pelo amor de Deus, será que não te resta um mínimo de sensibilidade?
27:15Todo o processo de sequestro e fuga foi extremamente traumático. Isso não é hora
27:24para perguntas, discussões. Realmente você tem razão, Irma. O que eu vou fazer é chamar a polícia,
27:33Irma. Eu vou chamar a polícia. Que polícia, Arizão? Que polícia?
27:38Você está maluco? Se a polícia vem aqui, vai acabar me prendendo ou você esqueceu que eu sou
27:44acusada de ter roubado aquela porcaria daquele violino Stradivarius? Você roubou, Irma. Você
27:48roubou, senhora. Eu peguei, mas ele era falso. Não ficou elas por elas. Você está me dizendo
27:55que o violino Stradivarius no Sócrates é falso. Não é, não. Sabe o que aconteceu? Você foi
28:01enganada, Irma. Enganada, né? Ah, fui enganada. Alô! Alô, Aristóteles. Você acha que se eu
28:08tivesse sido enganada, eu estaria aqui nesse buraco de Paris? Eu estaria em Paris, em Paris,
28:15chéri. Abre o olho, Irma. Preste atenção. Esse cara tem que ser denunciado para a polícia. É.
28:21Você já se esqueceu? Parece que sim, né? Ele era, sim, o encarne com a doutora Júlia. Aliás,
28:28não falei nada. Aliás, aliás, nós estamos aqui debaixo desse teto, dessa casinha no Paris,
28:34por causa de quem? De Aristóteles. Meu Deus do céu. Será que você não percebe que o pobre César
28:43foi tão vítima quanto nós? Com certeza. Eu desmascarei aquela vípora. Eu coloquei toda a
28:51verdade, eu coloquei os pingos do ziz. Livrei a cara de todo mundo. É verdade. Tem alguma coisa
28:57aqui cheirando muito mal. Vocês dois, essa história, Irma, essa história tá muito esquisita,
29:05viu? Muito esquisita. Mas o que que tem de esquisito nessa história, Aristóteles? O que
29:11que tem de esquisito? O César me salvou da tortura e da morte. Ele me livrou das mãos daqueles
29:18sequestradores desalmados. Se ele, se ele não pode ficar aqui nesta casa,
29:26eu também não fico. Vou morar debaixo da ponte. Não, não, ponte não, Irma, menos ponte, não.
29:33Em algum lugar, você escolhe, Aristóteles. É isso que você quer? Hein? Mas que droga!
29:43Tá tudo bem, Irma, eu vou fazer isso, tá? Por você. Não se esqueça disso, por você.
29:50Mas não se esqueça também que depois você vai ter que me contar tudo,
29:55tudo, Irma. Tintim por tintim, tá certo? Eu quero saber o que realmente aconteceu.
30:42O que foi, hein? Tô horrorizada até agora com o que aconteceu. A morte da Joana. Ah,
30:56foi horrível mesmo. Mais um crime dos reptilianos. Como que a gente ia imaginar
31:02quando começou aquela escalada e que o Juno não ia voltar vivo? Eu sei como você deve estar
31:06não parece? Você não tá nem um pouco abalado. Eu já passei por muita coisa na vida, acredita?
31:18E olha, a morte da Joana não foi em vão. Pelo menos a gente conseguiu encontrar
31:23as inscrições no olho do gigante antes que elas fossem destruídas.
31:27Me explica, Valente. O que você quer saber? Que são essas inscrições? Por que elas são tão
31:38importantes? Essas inscrições são as últimas esperanças para tentar salvar a humanidade da
31:45grande catástrofe. Tá. Então me fala. Essas esculturas gigantes aqui na Pedra da Gávea,
31:55o Pão de Açúcar, enfim, todas essas montanhas do Rio de Janeiro,
32:00elas foram feitas não pelos fenícios, que não tinham tecnologia pra isso.
32:05Elas foram feitas por outros povos extraterrestres.
32:17E muito mais evoluídos que os reptilianos. Eu já tinha ouvido falar nisso, mas eu não
32:22acreditava. Pois é verdade. Eles moram nas Pleiades, que é um conjunto de estrelas muito
32:28próximas e que é possível de se ver principalmente no verão, aqui no Michel do Sul. Eles vieram
32:34aqui em visita há muito tempo, ajudando a nossa espécie a se desenvolver em seu estágio inicial,
32:40passando da pré-história para o novo homo sapiens. E eles deixaram em nosso mundo algumas marcas,
32:47inclusive essas inscrições. Então as inscrições não são fenícios.
32:52No século XIX achavam que elas tivessem sido feitas pelos fenícios, mas na verdade não.
32:59Essas inscrições, Gabriela, elas contêm uma chave, um código. Uma chave? Um código? Pra quê?
33:08Pra poder pedir socorro pra confederação. Confederação? Confederação intergalática
33:13dos Pleiadianos. Essas inscrições contêm uma chave pra gente poder entrar em contato com eles.
33:20Sério? Bom, pelo menos foi o que me disseram de onde eu vim. Ou melhor, do tempo onde eu vim.
33:28Então você veio pro passado pra buscar as inscrições? É, eu tenho duas missões. A primeira
33:35é achar essas inscrições, decifrar e pedir ajuda pros Pleiadianos, que são esses extraterrestres
33:41do bem, que são contra os reptilianos, essas pragas. Tá. E a segunda? A segunda missão é impedir
34:00a explosão da bomba atômica na Avenida Paulista. Sério que eles estão planejando fazer isso?
34:10No futuro de onde eu vim, a explosão da bomba atômica marcou o início da derrota da humanidade.
34:17Ele é lembrada como o dia da grande catástrofe.
34:21Foram milhões de mortos. E foi o início do fim pra nós, humanos. Quando vai acontecer a explosão?
34:43Dentro de pouco tempo. Se eu não conseguir impedir. E você, Valente? Você é mutante? Sou. Filho de mutante.
34:56E mutante também. Então me fala, Valente. Agora que você lembrou de tudo, me diz.
35:08Quem são seus pais?
35:12E aí, amorzinha? Tudo bem? Tá chorando de novo, amor? Tá vendo só? Essa história da descoberta da tua mãe só fez você ficar mais triste, pô.
35:30Eu falei. Como diz o ditado, você foi procurar a Sara pra se coçar. Não consigo parar de pensar nessa história, Beto.
35:39Do que que o meu irmão acharia se soubesse que somos filhos de Irma e Aristóteles Maia? Ai, me deu uma saudade do Meduso.
35:49É, amorzinha. Sabe, pode parecer que não, mas eu também sinto falta do Meduso. A gente tinha lá nossas diferenças e tudo mais, mas eu gostava daquele jeitão cheio de marca que ele tinha.
35:59E só de pensar que foi o Depecô que matou aquele cara...
36:05O Meduso era apenas um garoto rebelde. Aquele jeitão dele, arrogante, prepotente. Acho que no fundo era carência afetiva, sabe? Tristeza por não saber quem eram nossos pais.
36:17Sério mesmo? Ele nunca comentou nada disso comigo.
36:22Nem comigo. Mas o Meduso não era de falar muito mesmo. Nós somos gêmeos, né, Beto? Então, de alguma forma, a gente sentia as angústias um do outro. Entende?
36:34Entendo, amorzinha. Entendo perfeitamente. Só que agora o Meduso tá morto e a gente tem que fazer que nem os mexicanos. A gente tem que lembrar dos mortos com festa e alegria, tá bom?
36:47Olha pra mim, eu tô até de bigodinho. Só falta você de chapéu.
36:55Você tem razão, meu amor. Tem toda razão. E eu não sei o que seria de mim sem você pra me dar força.
37:04Agora, amorzinha, me responde aquela pergunta que eu te fiz mais cedo. Agora que você já sabe quem são seus pais, o que você vai fazer?
37:14Você vai, sei lá, chegar lá na casa da Irma, bater na porta dela e falar, olá, mamãe?
37:21Ou então você vai chegar pra Aristóteles e dizer, vença, pai?
37:26É, até que isso seria divertido. Mas o problema é que a gente já aprontou muito com eles.
37:32Olha que isso é verdade, hein? A gente tocou bastante terror naquela mansão. Falando nisso, você já hipnotizou os dois, lembra disso?
37:41Enquanto você olhou bem fundo nos olhos da Irma, você não sentiu nada diferente, não? Ou do Aristóteles, sei lá?
37:46Pois é, eu andei pensando sobre isso enquanto eu tava aqui sozinha.
37:50É que a hipnose sempre ocorreu em momentos de muita tensão. Então eu não me lembro de ter reparado alguma coisa de diferente nos nossos olhares.
37:57De qualquer modo, não deixa de ser emocionante eu ter olhado diretamente nos olhos da minha mãe e do meu pai.
38:03Se bem que naquela época, eles eram pra mim apenas a família Maia. E eu pra eles, a Mutante Olhuda.
38:10Como eles me chamavam, lembra? Assistente da Dra. Júlia.
38:15E eles não tinham como saber que eu era a filha deles. Nem eu tinha como saber, nem imaginar que eles eram os meus pais.
38:30Quer saber de uma coisa, Meta? Agora eu vou com essa história até o fim.
38:36Eu vou procurar os meus pais, sim. Eu vou procurar os meus pais.
38:41Agora eu vou com essa história até o fim. Eu vou procurar os meus pais, sim.
38:46Vou procurar a irmã Maia, pedir a benção e dizer...
38:52Pensou que ia se livrar de mim, mamãezinha querida?
38:56Pois aquele feto que você rejeitou agora está bem aqui na sua frente.
39:02E se transformou em uma mulher linda, saudável e muito poderosa.
39:09Tá bom, mulher linda, saudável e poderosa. Agora me diz uma coisa.
39:14E se ela te rejeitar?
39:17Você sabe que a Dra. Irmã Maia não é flor que se cheira. Aquela mulher é uma pilantra.
39:21Ela sumiu do mapa depois que ela roubou um violino valioso lá da herança do Doutor Sócrates.
39:26Lembra disso? Ela pode te maltratar, pode te humilhar.
39:30Eu sei que essa mulher é uma víbora ambiciosa, interesseira.
39:35Mas ela sempre foi amorosa com a Cléo e com a Regina, minhas irmãs.
39:42Ela não vai me rejeitar, mamãe. Não vai me rejeitar.
39:46Irmã Maia não vai me rejeitar.
39:50Ela vai me chamar de filhinha querida, de amor da minha vida.
39:56De qualquer outra coisa que uma mãe de verdade possa dizer para uma filha.
40:00Nem que pra isso eu precise hipnotizá-la.
40:03Ó, ó, ó...
40:07Se todos os pais soubessem o mal que eles fazem pro mundo quando rejeitam uma criança.
40:27Eu adorava o meu trabalho.
40:30Eu era um cara feliz, eu não tinha nenhuma queixa da vida.
40:34Ganhava bem, vivia cercado, ganhava bonitas.
40:38Até que eu me envolvi com a Bianca, que sempre foi uma menina muito legal.
40:42Mas aí ela engravidou e eu fiquei cheio de suspeitos.
40:45Suspeitos por quê, Filipe?
40:47Essa coisa de mutante não era um fenômeno nacional que é hoje em dia.
40:52Eu não sabia nem que existia.
40:54Mas eu me lembro que a barriga da Bianca cresceu muito rápido.
40:57Por isso eu achei que aquele filho não queria ser meu.
41:00Além disso, ela veio dizendo que se comunicava telepaticamente com o bebê.
41:05Aí...
41:07A minha cabeça veio uma confusão total.
41:10É, eu acho que eu entendo o que você passou a saber.
41:14Quando a Bianca desapareceu, depois de ter ido na clínica pra Gênesis.
41:19Eu descobri o quanto eu gostava dela.
41:22O quanto eu a amava.
41:25O quanto eu queria que o bebê que ela estava esperando.
41:29Aí...
41:31Tentei de mexer o liapo por conta própria, sumi-se dela.
41:36E a Dra. Júlia me atacou dentro da clínica.
41:42Que barulho foi esse?
41:43Foi um pássaro, Agatha.
41:45Foi uma maneira dele chamar a companheira.
41:48Uma maneira dele dizer o quanto ele a ama.
41:51Nossa, meu amor, que coisa romântica.
41:54Aliás, essa noite, com esse friozinho gostoso, essa lua linda.
41:58Tá realmente uma noite muito romântica.
42:00É verdade.
42:04Agora, assim...
42:06Voltando ao assunto, né?
42:08Você falou que você foi atacado pela Júlia.
42:11Na... Pro Gênesis.
42:14Como é que você conseguiu se manter vivo lá?
42:17Eu não me lembro de muita coisa.
42:21Eu acho que eu perdi a consciência.
42:23Quando eu acordei, eu estava largado na praia.
42:27Uma sede horrível.
42:29E não era uma sede de água.
42:31Era uma sede de...
42:33Você sabe muito bem do que era a minha sede.
42:37Foi aí que eu entendi o que estava acontecendo comigo.
42:42A primeira sensação foi de vergonha, como se eu estivesse no meio de uma multidão.
42:47Depois eu corri para uma mata que tinha perto da praia.
42:51Fiquei lá uns dias, me envergonhando.
42:56Com medo que eu descobrisse o que tinha acontecido comigo.
42:59Ué, Felipe, por que você não procurou sua família, seus amigos?
43:03É, cara, você ficou largado assim.
43:05Ficou barbado, sujo.
43:07Você ficou solto no mundo, sozinho.
43:10Eu não queria que ninguém me visse.
43:12Na verdade...
43:14Eu queria morrer.
43:17Mas eu não conseguia dar cabo da minha própria vida.
43:19Ainda bem que você não fez essa besteira, Felipe.
43:22A vida é um dom divino.
43:25Um vampiro me tirou a vida da Marli.
43:28Foi uma mulher muito importante na minha vida, me ensinou infinitas coisas.
43:32Isso despertou um ódio profundo dentro de mim.
43:35Mas com você é diferente, eu consigo sentir a sua energia.
43:39Eu tenho uma sensibilidade aguçada.
43:42E você tem uma energia de um ser humano.
43:45Como se você nunca tivesse sido contaminado.
43:48É totalmente diferente dos outros vampiros que eu encontrei.
43:53Deve ser porque você não atacou ninguém, sabia?
43:56Você se manteve puro, cara.
43:58Sabe? Puro e forte.
44:00E agora, Felipe, você tem um papel muito importante nessa luta pela salvação da humanidade.
44:05Já que você é pai de uma das crianças que pode salvar a humanidade, né?
44:09As crianças da profecia.
44:11Elas existem.
44:12E tu diz que aqui é uma delas a sua filha.
44:14E elas foram raptadas, Felipe.
44:17E é a edição da emergência que a gente resgate elas.
44:21Logo você, como pai, tem a obrigação de se juntar a gente nessa busca, nessa luta.
44:26Eu também, Eugênio, mas como é que eu vou fazer isso?
44:30Nesse estado que eu me encontro?
44:32Felipe, aqui todo mundo é mutante.
44:35Todo mundo aqui passou pelas mãos do Dr. Azul.
44:39Nós temos que ajudar uns aos outros.
44:42Meu amor, esse rapaz aqui é super poderoso.
44:45Ele pode usar os seus poderes para localizar os bebês.
44:49É isso mesmo, gente. É verdade.
44:53Então, vamos fazer um brinde.
44:55Sim.
44:56Um brinde aos bebês da profecia.
44:59Um brinde?
45:00Aos bebês.
45:01Aos bebês.
45:02Aos bebês.
45:03Aos bebês.
45:12Aos bebês.
45:13Aos bebês.
45:30G.
45:31A gente precisa sair daqui, G.
45:34O problema é que eu não consigo me desamarrar dessas cordas.
45:38Força, Carol. Força.
45:40Nossa, a gente não pode desistir, temos que aproveitar que eles saíram.
45:47E a Carol?
45:48Eu vou, eu vou me livrar desse nó mesmo que eu me machuque.
45:51E a Paty, hein?
45:52Você viu como ela se entregou fácil para aqueles vampiros?
45:55Como alguém pode aceitar assim uma maldição como essa?
45:59Vacilamos, vacilamos, Carol.
46:01A gente não tinha nada que ficar andando com a Paty, ela sempre foi da pá virada.
46:05Mulher maluca.
46:06Além de ter aceitado virar vampira, saiu por aí com esses vampiros nojentos.
46:10Certamente estão aí pela cidade agora, procurando mais vítimas.
46:13Será, Carol?
46:15Será que eles ainda estão famintos?
46:18Mesmo depois de terem atacado a gente.
46:21Aquele monstro que me mordeu quase secou minhas veias.
46:23Fomos traídas.
46:25Achei que ia sair para ter uma noite divertida, acabei tendo uma noite de terror.
46:29Que ódio.
46:30Eu vou adiar esses caras o resto da minha vida.
46:33Assim que eu tiver uma oportunidade de me vingar, eu não vou pensar duas vezes.
46:37O que será que eles estão fazendo agora, hein, Gi?
46:39Será que eles foram mesmo atacar aquele moço que o João falou?
46:42Com certeza.
46:45Coitado desse tal de Batista.
46:47Essas pessoas se alimentam do sofrimento alheio, Carol.
46:51Escuta o que eu estou te dizendo.
46:52Agora eles devem estar por aí pela cidade.
46:55Causando sofrimento e dor em inocentes.
47:04Toma, seu safado.
47:08Essa doeu.
47:09Para com isso, João.
47:10Para com isso.
47:12Isso é covardia.
47:15Assim eu não vou aguentar, meu.
47:18Pelo amor de Deus.
47:19Ele não tem culpa da nossa separação, João Ricardo.
47:21Quer uma tapa?
47:22Ele não tem culpa.
47:24A honra preso por um vampiro espancado por outro.
47:28Saca só o barulho do trem.
47:30Bate em mim, bate.
47:31Bate em mim se você quiser se brigar de alguém.
47:34Se briga em mim.
47:35É em mim que você tem que se brigar.
47:37Para com isso.
47:38Ele não tem nada a ver com isso, povo Batista.
47:41Pelo amor de Deus.
47:42Você vai matar ele.
47:43Não faz assim.
47:44Você vai matar.
47:45Mas o que você é agora, Sandrinha?
47:48Vidente?
47:49É claro que eu quero matar esse infeliz.
47:52É claro que eu vou matar esse infeliz.
47:53Para ele aprender a não se meter com a mulher dos outros.
47:56Não.
47:58Eu não era sua mulher.
48:00Quando a gente ficou juntos.
48:03A gente estava separado quando eu fiquei junto.
48:06Pera aí.
48:07Não mete essa não.
48:08Não dou a cá.
48:09Por favor, escolhe outra.
48:10Escuta aqui, João Ricardo.
48:11Sinto o cacete desse motoristazinho.
48:13Safado que ele estava te prendo assim aqui, ó.
48:16Está descendo até o vermelhinho.
48:18Está ficando fissurado.
48:23Não faz isso.
48:25Vocês são uns brutos.
48:27Sanguinários.
48:28Saem daqui.
48:29Vermes.
48:30Vocês nunca vão chegar aos pés do Batista.
48:32Nunca.
48:33Seus vermes.
48:38Sou cachorro.
48:40Destruidor de famílias alheias.
48:42Pensou que ia ficar por isso mesmo?
48:44Otário nenhum vai mexer com a minha mulher.
48:46E eu vou deixar por isso mesmo.
48:48Não mesmo.
48:51Não faz isso.
48:54Não faz isso.
48:55Você quer destruir nossa família?
48:56Não fui eu, foi você.
48:58Foi você.
48:59Seu mentiroso.
49:00Covarde.
49:01Traidor.
49:03Você nunca foi um homem de verdade.
49:04Você sabe disso, não é?
49:06Nosso casamento foi uma piada.
49:08Foi uma mentira.
49:09Uma piada mal contada.
49:11E agora você vem agora e culpa inocente.
49:13Você é um covarde.
49:14Você é um miserável.
49:15Filho de um covarde.
49:18Não.
49:19Te amo, Sandrinha.
49:21Eu te amo.
49:22E nada vai mudar isso.
49:24Você é o amor da minha vida, Sandrinha.
49:26Eu também te amo, meu filho.
49:29Você é o amor da minha vida.
49:31Você é mentira.
49:32Tio Ricardo.
49:33Que cara de pau na sua cara.
49:35Eu te amo aqui, eu te amo lá.
49:37O que é isso?
49:38Se você fizer isso comigo, meu caralho.
49:40Eu mataria.
49:41Não é, Branco?
49:42Se é comigo então, meu irmão.
49:43Se o cara diz que ama minha mulher na minha cara.
49:45Eu dou logo um chute no saco, meu desgraçado.
49:48Calma, vampirada.
49:49Calma que eu vou dar um jeito nessa situação.
49:51Agora mesmo.
49:52Esse infeliz não vai perder por esperar.
49:55Vou cravar meus dedos nessa jugular e vai ser a glória.
50:04Atenção, agentes.
50:05Estamos partindo para uma missão de extrema periculosidade.
50:10Trata-se de um galpão infestado de mutantes com genes de felinos.
50:15São mutantes ferozes, carnívoros, canibais.
50:18Não são seres humanos.
50:20São verdadeiras aberrações.
50:22Aberrações.
50:23Monstros que não valem a vida de nenhum dos nossos agentes.
50:27Portanto, na menor ameaça de perigo real,
50:32esqueçam seus escrupos.
50:34Atirem para matar.
50:35Mas isso é um absurdo.
50:37O Ferraz está extrapolando dessa vez.
50:39Mas ele pode fazer isso, mandar atirar para matar?
50:41Claro que não.
50:42Esses mutantes foram contaminados.
50:44São seres humanos, sim.
50:45Vítimas de uma doença.
50:47E eu sei que muitos agentes aqui não concordam com os meus métodos.
50:51Vão dizer que eu estou querendo transformar o TPCOM em um esquadrão da morte.
50:55Mas eles têm motivos para me acusarem justamente.
50:59São agentes com o rabo preso.
51:02Ligados a mutantes ou eles mesmos mutantes.
51:06Vocês sabem de quem eu estou falando.
51:08Palhaçada isso, cara.
51:10E agora ele vai querer colocar o departamento inteiro contra a gente?
51:13Não se preocupe, Nath.
51:14A corrigidoria vai ficar sabendo disso.
51:16Mas eu quero deixar claro que não estou ordenando que ninguém atire primeiro e pergunte depois.
51:22Mas se considerar que a sua vida está em risco, não fique em dúvida.
51:26Antes um mutante morto do que um agente meu ferido.
51:30E a população agradece a cada aberração monstruosa a menos na nossa cidade.
51:36Como vocês já estudaram a planta que eu distribuí aqui no TPCOM.
51:42Sabem que o lugar é muito grande.
51:44E como nós vamos fazer, delegado?
51:46Teremos agentes plantados na parte da frente e dos fundos do galpão.
51:51Um grupo vai permanecer lá no local.
51:54Para evitar que os mutantes tentem fugir.
51:58Um outro grupo vai ficar esperando a minha ordem para invadir.
52:02Mas antes, um grupo menor vai entrar para mapear o local.
52:06Eu quero identificar com quantos monstros estamos lutando.
52:09E para me acompanharem nessa missão, eu escolhi os agentes Miguel,
52:14Cláudia,
52:15Tony,
52:16Hiromi
52:18e Nath.
52:21Isso aqui está me parecendo mais uma missão suicida, né?
52:23Só agente contra sei lá quantos mutantes.
52:27Algum problema, agente?
52:28Problema nenhum, doutor Ferraz. Eu só acho que a gente deveria invadir com mais agentes.
52:34Está com medo?
52:36Está com medo?
52:37Pode desistir e entregar o seu distintivo.
52:40Eu coloco um soldado de verdade no seu lugar.
52:43Eu não vou desistir.
52:44Sujeito asqueroso.
52:46Nem me fale, Nath.
52:48Então, doutor Ferraz, qual vai ser a sua estratégia de invasão?
52:51Nós vamos entrar em duplas.
52:53Duplas? Como assim?
52:54É, agente Miguel.
52:56Duplas.
52:58Você sabe contar?
52:59Um mais um é igual a dois.
53:02Formam uma dupla.
53:04São grupos de dois agentes cada.
53:07E eu já escolhi as duplas.
53:11Tony e Cláudia.
53:13Hiromi e Miguel.
53:16Nath e eu.
53:20Mas eu quero ir com a Nath.
53:21Você quer o que, agente? Você não quer nada.
53:24Doutor Ferraz...
53:25Não me irrite. Quem dá as ordens aqui sou eu.
53:27Doutor Ferraz, eu e a Nath...
53:28Mas você e a Nath o que, agente Miguel?
53:30Você vai dizer que vocês estão namorando, é isso?
53:34Não.
53:35Não, não estamos namorando, não.
53:38Escuta aqui, agente Miguel.
53:40Não confunda prazer com trabalho.
53:44Todo mundo aqui no DPCOM sabe que você tem uma quedinha por essa vampira.
53:49Mas a coisa aqui é séria.
53:52Vidas estão em risco e eu quero a concentração de todo mundo.
53:55Algum problema?
53:58Não vale a pena, Miguel.
54:01Por um lado é tão bom.
54:03Sozinha com o Ferraz eu vou ter mais chances de chegar mais dúvidas ali.
54:06Nath, se ele for um vampiro, ele pode tentar te matar.
54:09Eu sei me defender, Miguel.
54:11Vocês aí no fundo, chega de papo.
54:14Hora de trabalhar, vamos ao combate.
54:17Eu quero esses mutantes felinos, vivos ou mortos.
54:22A luta, soldados!
54:23Sim, senhor!
54:30VAMPIROS