Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou distorções contábeis que somam R$ 4,3 bilhões nas demonstrações do Ministério da Educação referentes ao ano de 2024. A repórter Marília Ribeiro trouxe detalhes do assunto. Acompanhe a análise de Diego Tavares, Bruno Pinheiro e Márcia Dantas em Tempo Real.
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00:00Agora a gente vai falar sobre uma auditoria da Controladoria Geral da União, a CGU, apontou distorções contábeis que somam 4,3 bilhões nas demonstrações do Ministério da Educação, referentes ao ano passado, a 2024.
00:15Quem vai trazer os detalhes pra gente é a Marília Ribeiro. Oi Marília, boa tarde.
00:21Oi Márcio, oi Bruno, boa tarde pra vocês, a todos que estão na nossa companhia.
00:25Pois é, essa auditoria foi feita pela CGU e identificou aí um rombo de 4,3 bilhões de reais no exercício de 2024 lá no Ministério da Educação.
00:36Esse documento, ele mostra aí divergências consideráveis nos registros patrimoniais e também há problemas de gestão lá dentro do Ministério da Educação.
00:47Além disso, esse relatório mostra aí que a principal dispariedade que existe dentro do MEC é em mais de 3 bilhões de reais, está entre dados que foram aí registrados no sistema integrado de administração do Ministério da Educação
01:06e também na questão aí da administração financeira e também nos controles internos de 53 universidades públicas e também em institutos federais.
01:17Além disso, esse documento que foi obtido aí através dessa auditoria, ele traz aí diferenças em registros de bens móveis, o que soma aí mais de 1 bilhão de reais, isso tudo no exercício de 2024.
01:32Além disso, nós temos também aí que esse documento acabou criticando sobre o Fiesa.
01:38A CGU acabou aí fazendo um alerta que traz aí a forma atual da gestão do fundo garantidor pode colocar em risco a concessão de novas garantias.
01:49Depois de toda essa auditoria que foi feita, no finalzinho do relatório, a CGU aí, ela coloca aí algumas recomendações que o Ministério da Educação deve seguir.
01:59Entre elas, tem aí a sugestão de ajustes nos lançamentos contábeis e também traz aí avanços na administração pública dentro da administração patrimonial do Ministério da Educação.
02:14Nós procuramos o MEC e ele afirmou que as distorções que foram identificadas pela Controladoria Geral da União não constituem prejuízo
02:24e que essas ocorrências que acabam sendo apontadas dentro desse relatório, elas são de natureza contábil e que isso é comum em processos complexos de gestão.
02:37Eu volto com vocês aí no estúdio.
02:40Obrigado pelas informações, Marília Ribeiro, aqui da Capital Federal.
02:44E a gente segue com esse assunto, já que no Congresso começa uma movimentação.
02:50O deputado Hélio Lopes me confirmou hoje, na hora do almoço, que iniciou, está recolhendo assinaturas para uma CPI do roubo da educação.
03:01Hoje, um pouco mais cedo, o deputado Sórtines Cavalcante apoiou esta decisão.
03:06A gente já tem, inclusive, uma imagem que mostra o Twitter, na verdade, de Sórtines Cavalcante,
03:12usando nas redes sociais, reafirmando, então, a necessidade dessa investigação,
03:20conseguir responsabilizar esses envolvidos, cerca de 4 bilhões de reais que foram retirados,
03:28que tomaram um rumo ignorado do Ministério da Educação.
03:32Na minha conversa com o deputado Hélio Fernandes, o Hélio Lopes disse o seguinte,
03:37que essas distorções não são erros, elas afetam diretamente a responsabilidade fiscal
03:44e o uso do dinheiro público em áreas que são sensíveis, como a educação das nossas crianças.
03:52Hélio Fernandes disse ainda que somente uma CPI é o único caminho para expor a verdade e responsabilizar os culpados.
04:02Então, este requerimento está sendo enviado para os parlamentares.
04:06A gente ressalta que, para instalar uma CPI, serão necessárias 171 assinaturas.
04:14Estão, no início, uma força-tarefa para falar com a oposição e aí conseguir chamar a atenção de Hugo Mota.
04:22Diego Tavares já está de volta.
04:25Recentemente, um escândalo semelhante do INSS.
04:29A oposição conseguiu emplacar uma CPMI que vai ganhar força após o recesso.
04:35Esse escândalo revelado esta semana, ele consegue reunir forças, elementos para uma nova CPI, Diego?
04:46Para uma CPI, para uma CPMI, sempre é uma tarefa muito difícil.
04:51Talvez a oposição tenha que escolher qual a luta que ela vai optar por travar.
04:56Até porque dividir a atenção, a atenção das pessoas, a atenção da imprensa entre dois expedientes investigativos no âmbito do Legislativo,
05:05acaba enfraquecendo cada uma das pautas.
05:08Agora, o fato que se impõe é que R$ 4,3 bilhões, em diferença de contas públicas, não pode ser desprezado, como fez o Ministério da Educação.
05:19Então, eu acho que os brasileiros mereciam uma resposta um pouco mais consistente.
05:23E não algo no sentido de que, olha, é mero erro de conta comum a sistemas contábeis complexos, como o caso de um ministério.
05:32Essa forma de tornar um problema complexo em algo simples, que é comum à comunicação do atual governo,
05:40é um dos pontos que tem enfraquecido a popularidade dessa atual gestão do governo federal.
05:44De outro lado, quando nós falamos nesses expedientes, Bruno, é muito importante que eles não se percam naquela espetacularização da política,
05:52que uma CPI, uma CPMI, a respeito de qualquer tema, não se torne simplesmente um grande estúdio
05:58para que parlamentares façam os seus vídeos, os seus recortes para a publicação em rede social
06:02e que, de fato, seja no caso do INSS, seja no caso da educação,
06:06traga aos brasileiros a verdade sobre aquilo que ocorreu com o dinheiro público.
06:11Obrigada, Diego Tavares, então, pela análise.